Embora concordem no todo ou em parte com o que lêem aqui, muitos têm dito: “Não cabe a nós julgar”,“Quem é você para julgar?” ou, ainda, “Somos o único exército que mata os seus soldados”.

Ora, como diz a Palavra de Deus,“já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus”(1 Pe 4.17). E, se alguém ainda pensa que não cabe a nós julgar, e que o fato de reconhecermos os nossos erros e combatê-los segundo a Bíblia é “matar soldados”, é bom que reflita com base nos pontos mencionados abaixo:

1. Segundo a Bíblia, nunca devemos desprezar pregações, ensinamentos, profecias, hinos de louvor a Deus, bem como sinais e prodígios (At 17.11a; 2.13; 1 Ts 5.19,20). Nesse sentido, de fato, não devemos julgar. Mas cabe a nós provar, examinar se tudo é aprovado pelo Senhor (At 17.11b; 1 Ts 5.21; Hb 13.9). Em 1 Coríntios 14.29 está escrito: “E falem dois ou três profetas, e os outros julguem”. E, em 1 João 4.1, lemos: “Amados, não creais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo”. Este é o tipo de julgamento que faço neste blog.

2. Devemos julgar segundo a reta justiça (Jo 7.24), e não pela aparência, por preconceito ou mágoa de alguém. Jesus condenou o julgamento no sentido de caluniar: “Não julgueis, para que não sejais julgados” (Mt 7.1), mas, no mesmo capítulo, Ele demonstrou que devemos nos acautelar dos falsos profetas e apresentou critérios pelos quais podemos julgar, isto é, discernir, provar, examinar (Mt 7.15-23).

3. Sempre devemos julgar pela Palavra de Deus (At 17.11; Hb 5.12-14), pois ela está acima de mim, de você, de nós, do cantor fulano, do pregador beltrano, da vocalista cicrana, dos anjos (Gl 1.8), da igreja tal, etc. Leia 1 Coríntios 4.6; Salmos 138.2.

4. Devemos julgar de acordo com a sintonia do Corpo com a Cabeça (Ef 4.14,15; 1 Co 2.16; 1 Jo 2.20,27; Nm 9.15-22). A verdadeira Igreja de Cristo é a que o acompanha, o segue, e não aquela que segue ao seu próprio caminho. Em Apocalipse 2 e 3 vemos exemplos de igrejas que agradavam a Jesus (a minoria) e de outras, que não faziam a vontade dEle.

5. O julgamento deve ocorrer também segundo o dom de discernir os espíritos dado às igrejas de Cristo (1 Co 12.10,11; At 13.6-11; 16.1-18). Mas a falta deste dom em algumas igrejas locais faz com que os crentes se conformem com o erro e digam: “Quem sou eu para julgar?”, etc.

6. Devemos julgar tudo com bom senso (1 Co 14.33; At 9.10,11). Você pode me julgar, analisar o que eu escrevo, examinar, contestar, sabia? Mas com bom senso, à luz da Palavra de Deus, e não de maneira agressiva, com um comportamento de fã, defendendo o seu grupo ou seu cantor preferido. E não basta fazer citações bíblicas. É preciso saber citar versículos bíblicos que estejam em harmonia com contexto. É necessário saber manejar bem a Palavra de Deus (2 Tm 2.15).

7. Devemos julgar, ainda, de acordo com cumprimento da predição, no caso da profecia (Ez 33.33; Dt 18.21,22; Jr 28.9), se bem que apenas isso não é suficiente para autenticá-la (Dt 13.1,2; Jo 14.23a). Com já mencionei neste blog, a “apóstola” tal (Alguém sabe do seu paradeiro?) afirmou que Jesus voltaria num dos sábados de julho de 2007? Muitos esperaram o seu cumprimento até o último sábado... Mas, no caso desta predição, não era nem necessário esperar, pois já estava reprovada desde o início pelo teste da Palavra!

8. Finalmente, devemos julgar de acordo com a vida do pregador, da cantora, do profeta ou do milagreiro (2 Tm 2.20,21; Gl 5.22):

Ele(a) tem uma vida de oração e devoção a Deus?
Ele(a) honra a Cristo em tudo, não recebendo glória dos homens?
Ele(a) demonstra amar e seguir a Palavra do Senhor?
Ele(a) ama os pecadores e deseja vê-los salvos?
Ele(a) detesta o mal e ama justiça?
Ele(a) prega contra o pecado, defende o evangelho de Cristo e conduz a igreja à santificação?
Ele(a) repudia a avareza, ou ama sordidamente o dinheiro?

"Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis"
Mateus 7.15-16
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Autor: Ciro Sanches Zibordi
Fonte: Blog do Ciro
Via: Pulpito Cristão




Dez Motivos para a Meditação

Eis dez razões por que você deveria fazer da meditação na Escritura parte da sua vida cristã.

1. A meditação detém o pecado
Se guardarmos a Palavra de Deus no coração ela deterá o pecado na sua raiz (Sl 119.11).

2. A meditação dá início ao bem
A meditação acerca de mandamentos e exortações práticas da Bíblia lembra-nos os nossos deveres cristãos. Aquilo em que pensamos é o que finalmente fazemos (Pv 23.7).

3. A meditação guia e renova a oração
A meditação nos versículos da Escritura abre novos tópicos e áreas para a oração.

4. A meditação faz da falta de sono uma bênção
O salmista transformou a horas “perdidas” da insônia num banquete que sacia a alma (Sl 63.5-6).

5. A meditação não desperdiça tempo
É mais proveitosa do que, digamos, assistir tevê, e fará você mais feliz (Sl 1.1-3).

6. A meditação lhe deixa pronto para testemunhar
Ao enchermos o coração com Deus e sua Palavra estaremos mais bem preparados para responder a todos que pedirem a razão da esperança que há em nós (1Pe 3.15).

7. A meditação auxilia na sua comunhão com outros
Você pode edificar outras pessoas na comunhão com elas, podendo sugerir um versículo para discussão e apresentar algumas ideias a respeito dele.

8. A meditação aumenta a comunhão com Deus
Deus encontra-se com o seu povo mediante as Escrituras. Quem nunca medita na Escritura jamais se encontrará com Deus e caminhará com ele.

9. A meditação revive a vida espiritual
“Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz” (Rm 8.6).

10. A meditação tem ainda muitos precedentes e exemplos bíblicos (Sl 19.14; 39.3; 77.12)
“Seja-lhe agradável a minha meditação; eu me alegrarei no SENHOR” (Sl 104.34)



Dez Métodos de Meditação

1. Limite-se
— Para começar a praticar a meditação, separe não mais do que cinco ou dez minutos
— Comece com um único versículo ou parte de um versículo

2. Varie
— Em alguns dias, escolha um versículo teológico; em outros, um texto prático ou devocional

3. Escreva
— Escreva o texto num cartão pequeno
— Coloque-o num lugar onde possa acessá-lo regularmente (carteira ou bolso?)

4. Memorize
— Memorize o texto em blocos de duas ou três palavras
— Diga-o em voz alta
— Defina momentos específicos ao longo do dia para relembrar o versículo (café/refeições)

5. Mantenha o foco
— Identifique as palavras-chave e procure-as num dicionário (português ou Bíblia)
— Substitua algumas palavras por significados paralelos ou mesmo opostos

6. Questione
— Pergunte ao versículo (quem, o quê, onde, quando, por quê, como?)

7. Explique
— Como você explicaria o versículo a uma criança ou a alguém sem formação cristã

8. Ore
— Use o versículo ao orar (adoração, confissão, graças, súplicas)

9. Revise
— Guarde os cartões e todo domingo releia-os e teste sua memória acerca deles

10. Pratique
— Que não seja apenas um exercício intelectual, mas que leve à prática (creia, arrependa-se, tenha esperança, ame, etc.)



Fonte: Head Heart Hand
Tradutor: Marcos Vasconcelos
Via: Monergismo



Voddie Baucham compartilha as evidências que o levaram a crer que "a Bíblia é um confiável acervo de documentos históricos escritos por testemunhas oculares durante a vida de outras testemunhas oculares. Elas nos relatam eventos sobrenaturais que aconteceram em cumprimento a profecias específicas e declaram que a origem dos seus escritos é divina e não humana."

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Recebi da minha querida irmã Thânia Basile



Se eu tivesse a mente de Cristo ─ não choraria só por Jerusalém, Gaza e Israel. Choraria sobre as favelas do nosso Brasil onde o tráfico de drogas mata muito mais do que o conflito Israel-Palestino.

Se eu tivesse a mente de Cristo ─ não discutiria sobre teologia e religiões. Antes diria que a verdadeira religião pura e imaculada para com nosso Deus seria: visitar os órfãos e viúvas em suas aflições, e guardar-se isento da corrupção do mundo.

Se eu tivesse a mente de Cristo ─ as minhas vestimentas de obreiro seriam idênticas à da maioria das pessoas que estão ao meu redor.

Se eu tivesse a mente de Cristo ─ toda vez que fosse orar a Deus, eu me trancaria secretamente em um quarto, sem ter ninguém por perto.

Se eu tivesse a mente de Cristo ─ eu não amaria os primeiros lugares nas ceias, nem as primeiras cadeiras nos templos.

Se eu tivesse a mente de Cristo ─ não me importaria de ser chamado beberrão e comilão ao sentar à mesa com os pecadores.

Se eu tivesse a mente de Cristo ─ eu defenderia os meus discípulos do veneno dos escribas e doutores da Lei.

Se eu tivesse a mente de Cristo ─ eu ficaria do lado das prostitutas, fazendo calar os seus acusadores.

Se eu tivesse a mente de Cristo ─ eu chamaria de raposa, certos Herodes de hoje; assim como denominaria de sepulcros caiados a maioria dos que estão sentados na cadeira de Moisés.

Se eu tivesse a mente de Cristo ─ eu chamaria quem me traísse, de amigo.

Se eu tivesse a mente de Cristo ─ eu me surpreenderia com a fé dos que não são nossos.

Se eu tivesse a mente de Cristo ─ eu diria que condenação eterna seria rejeitá-Lo, e diria que vida eterna era reconhecê-Lo como Filho de Deus.

Se eu tivesse a mente de Cristo ─ eu não andaria ansioso, nem procurando sinais do fim do mundo.

Se eu tivesse a mente de Cristo ─ eu não procuraria bens terrenos, onde a traça come e o ferrugem corrói.

Se eu tivesse a mente de Cristo ─ eu diria para os que se preocupam com o vestuário: “olhai para os lírios do campo. Nem mesmo Salomão em toda a sua glória se vestiu como eles”.

Se eu tivesse a mente de Cristo ─ eu diria para os fariseus de hoje: “vocês estão fechando o Reino dos Céus; nem entram, nem deixam entrar os que estão querendo”.

Se eu tivesse a mente de Cristo ─ eu denunciaria os que estão fazendo da igreja covil de ladrões.

Se eu tivesse a mente de Cristo ─ eu deixaria as minhas empresas para seguí-Lo, como fez o empresário da pesca Simão Pedro.

Se eu tivesse a mente de Cristo ─ não estaria profanando o lugar sagrado (púlpito) com “shows”, espetáculos, e retetês estimulantes de êxtases carnais coletivos.

Se eu tivesse a mente de Cristo ─ não diria vim para mandar. Diria vim para ser servo.

Se eu tivesse a mente de Cristo ─ eu não colocava fardos pesados sobre as ovelhas, que nem eu mesmo com a mão consigo movê-lo.

Se eu tivesse a mente de Cristo ─ tudo que eu falei até agora, ficaria gravado em meu coração e num quadro bem visível na parede interna dos templos.



Autor: Levi Bronzeado dos Santos
Fonte: Ensaios e Prosas
Via: Genizah



Não tenho heróis. Heróis são artificiais, chatos, enfadonhos...

Não gosto de heróis. Eles são sempre perfeitos, tão certinhos, nunca falham e nunca perdem.

Os heróis são de outro planeta. Talvez por isso eles sejam tão diferentes das pessoas comuns, que tem fraquezas, falhas, que choram, e morrem.

O “cristianismo” está cheio de heróis. Salvadores de homens, curandeiros portentosos, perfeitos e absolutos, acima do bem e do mal, sócios do criador, redentores da pátria que os pariu!

Não, meu amigo, eu não vou te salvar! Não olhe para mim como quem olha para um deus, nem espere de mim mais do que eu posso te dar. Não sou teu herói.

Sou vilão! Vilão da minha própria história. Sou a dualidade dos versos do Lenine, e levo no peito “uma vontade bigorna e um desejo martelo”.

Sou um mendigo carente de indulgência, assim disse meu irmão Lutero. Um mendigo carente, dependente da graça, viciado em misericórdias que se renovam à cada manha, e com muita saudade do tempo em que éramos apenas humanos – meramente humanos! – pérfidos pecadores, conhecedores do pior que há em nós.

Saudade do tempo em que não éramos heróis...

Sim, eu tenho saudade daquele tempo. Do tempo em que éramos tão vis, que não hesitávamos em cair prostrados, rosto em terra, suplicando perdão a Deus por nossas faltas. Do tempo em que não usávamos racionalização para exorcizar nossos demônios, que nos arrependíamos mais do que justificávamos, saudade do tempo em que precisávamos de Deus.

Não, não foi Nietzsche que matou Deus. Fomos nós que o “matamos”! A nossa arma? A auto-suficiência.

Quem lê, entenda.



Autor: Leonardo Gonçalves
Fonte: Púlpito Cristão



Por que muitos evangélicos agem como se os falsos mestres na igreja nunca pudessem ser um problema sério nesta geração? Muitos parecem estar convencidos de que “rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu” (Apocalipse 3.17).

Na verdade, a igreja hoje é possivelmente mais suscetível aos falsos mestres, aos sabotadores doutrinários, e ao terrorismo espiritual que qualquer outra geração na história da igreja. A ignorância bíblica dentro da igreja parece ser mais profunda e mais espalhada que em qualquer outra época desde a Reforma Protestante. Se você duvida, compare o sermão típico de hoje com um sermão aleatoriamente escolhido de qualquer grande pregador evangélico anterior a 1850. Também compare a literatura cristã de hoje com quase tudo publicado por editoras evangélicas há cem anos ou mais.

O ensino bíblico, mesmo nos melhores lugares hoje, tem sido deliberadamente facilitado, feito tão vago e raso quanto for possível, supersimplificado, adaptado ao mínimo denominador comum – e então formatado para criar apelo em pessoas com déficit de atenção.

Os sermões são quase sempre breves, simplistas, cobertos de referências à cultura pop o quanto for possível, saturados com anedotas e ilustrações. (Piadas e histórias engraçadas retiradas de experiência pessoal têm vantagem em relação a referências e analogias retiradas da própria Escritura). Os tópicos típicos de sermão são grandemente ajustados para favorecer questões antropocêntricas (como relações pessoais, vida de sucesso, autoestima, listas de como fazer, e por aí vai) – até a exclusão de muitos dos temas doutrinários da Escritura que exaltam a Cristo. Em outras palavras, o que muitos pregadores contemporâneos fazem é virtualmente o oposto do que Paulo descreveu quando disse que nunca deixou de “anunciar todo o conselho de Deus” (Atos 20.27).

Não apenas isso, mas aqui está como Paulo explicou sua abordagem como ministro do Evangelho, mesmo entre os pagãos incrédulos da mais libertina cultura romana:

E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado. E eu estive convosco em fraqueza, e em temor, e em grande tremor. A minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder; Para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus. (I Coríntios 2.1-5)

Note que Paulo deliberadamente se recusou a adaptar sua mensagem ou ajustar seu anúncio para se encaixar no padrão filosófico ou gostos culturais dos coríntios. Quando ele diz mais tarde na epístola, “e fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus… Para os que estão sem lei, como se estivesse sem lei … Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns” (1 Coríntios 9.20-22), ele estava descrevendo como se fez um servo de todos (v.19) e um companheiro daqueles a quem tentava alcançar. Em outras palavras, ele evitou se fazer uma pedra de tropeço. Ele não estava dizendo que adaptou a mensagem do Evangelho (que ele claramente disse que é uma pedra de tropeço – 1.23). Ele não adaptou os métodos para ser agradável aos gostos de uma cultura mundana.

Paulo não pensava em satisfazer as preferências de uma geração em particular, ele não usou qualquer artifício para ganhar atenção. Qualquer que seja o antônimo que você possa pensar para a palavra showman, esse provavelmente seria uma bela descrição do estilo do ministério público de Paulo. Ele queria deixar claro a todos (incluindo aos próprios convertidos de Corinto) que vidas e corações são renovados por meio da Palavra de Deus, e nada mais. Desta forma, eles começariam a entender e apreciar o poder da mensagem do Evangelho.



Autor: John MacArthur
Traduzido por Josaías Jr, no site iPródigo
Via: Bereianos



Às vezes nos é dito que a Justificação pela Fé está "fora de moda", obsoleta. Seria uma pena se fosse verdade. Isso significaria que o caminho da salvação estaria fechado e "nenhuma passagem" estaria "pregada sobre as barreiras". Não há nenhuma justificação para pecadores a não ser pela fé. As obras de um pecador serão sempre, é claro, tão pecaminosas quanto ele mesmo, e nada exceto a condenação pode ser construído sobre elas. Então onde poderia ele conseguir obras nas quais pudesse fundamentar a sua esperança de justificação, exceto em algum Outro? A sua esperança de Justificação, lembre-se, é de ser declarado íntegro diante de Deus. Será que Deus poderia declará-lo íntegro sem ser com base em obras que são, elas mesmas, íntegras? Onde um pecador poderá arrumar obras que são íntegras? Seguramente, não em si mesmo; afinal, não se trata ele de um pecador, e todas as suas obras tão pecaminosas quanto ele? Ele precisa, então, sair de si mesmo e encontrar obras que ele possa oferecer a Deus como justas. E onde ele poderá encontrar tais obras se não em Cristo? Ou como fará ele com que elas passem a ser suas a não ser pela fé em Cristo?

Justificação pela Fé, portanto, não é oposta à justificação através de obras. Só há contradição com a justificação por nossas Próprias obras. É uma justificação pelas obras de Cristo. A questão inteira, conseqüentemente, é se nós podemos esperar ser recebidos no favor de Deus com base no que nós fazemos, ou apenas com base no que Cristo fez por nós. Se nós esperamos ser recebidos com base no nós mesmos fazemos - isso é chamado Justificação por Obras. Se o nosso fundamento é o que Cristo fez por nós - isso é o que significa Justificação por Fé. Justificação por Fé significa, portanto, que nós olhamos para Cristo e para ele somente em busca de salvação, e vamos a Deus alegando que a morte e a retidão de Cristo são a base da nossa esperança de sermos recebidos no favor dEle. Se a Justificação por Fé tornou-se obsoleta, isso significa, então, que a salvação em Cristo está obsoleta. Não há nada a se fazer, se for assim, a não ser que cada homem faça o melhor que puder para se salvar.

Portanto, Justificação por Fé não significa "salvação por acreditar em certas coisas" em vez de "salvação por fazer o que é certo". Significa pleitear os méritos de Cristo perante o trono da graça em vez de nossos próprios méritos. Pode ser correto acreditar em certas coisas, e fazer coisas certas certamente é certo. A dificuldade em apresentar nossos próprios méritos diante de Deus não é que nossos méritos não seriam aceitáveis a Deus. A dificuldade é que nós não temos nenhum mérito nosso para lhe apresentar. Adão, antes da queda, tinha seus próprios méritos, e porque ele os tinha ele era, em si mesmo, aceitável a Deus. Ele não precisava de Outro para se interpor entre ele e Deus, cujos méritos ele pudesse pleitear. E, por isso, não havia nenhuma conversa sobre ele ser Justificado por Fé. Mas nós não somos como Adão antes da queda; nós somos pecadores e não temos nenhum mérito em nós mesmos. Se nós tivermos que ser justificados, terá que ser com base nos méritos de Outro, cujos méritos possam ser feitos nossos pela fé. E foi por isso que Deus enviou seu Único Filho para que todo que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna. Se nós não crermos nele, obviamente teremos que perecer. Mas se nós acreditarmos nele, nós não morreremos, mas teremos a vida eterna. Isso é tão somente a Justificação pela Fé. Justificação pela Fé não é nada mais, nada menos, do que obter a vida eterna crendo em Cristo. Se a Justificação por Fé está obsoleta, então a salvação em Cristo está obsoleta. E como não há nenhum outro nome debaixo do céu, dado entre homens, pelo qual devamos ser salvos, se a salvação em Cristo está obsoleta então obsoleta está a própria salvação. Seguramente, em um mundo cheio de pecadores precisando de salvação, isso seria uma grande pena.



Autor: Benjamim B. Warfield
Traduzido por Juliano Heyse, no site Bom Caminho
Via: Orthodoxia



Quem não conhece o evangelho de Jesus deve mesmo ficar perdido ao ligar o rádio ou a televisão e se deparar com tantas denominações evangélicas e suas mais variadas propostas e atrações.

É uma verdadeira CORRIDA MALUCA, mais parecendo uma disputa entre financeiras e suas linhas de crédito.

Uma delas diz que “o Deus que ela serve é campeão, não perde uma guerra e é de fogo!”, outra diz que “o seu Deus é maior e melhor, que dá tudo o que eu quero, basta fazer um voto e rapidinho está na mão”, outras vão mais longe e dizem que “com algumas ofertas e alguns sacrifícios, tudo o que está no céu se materializa aqui na terra e podemos desfrutar hoje mesmo de toda herança”.

Será que foi para isso que Cristo morreu na cruz?

Será que Jesus foi pobre para que eu seja milionário?

Fico admirado com a coragem desses “profissionais da fé” que, em meio a tantos escândalos de seus líderes, continuam enfrentando seus concorrentes, vendendo sua “mercadoria” e faturando muito.

Esses homens, usando sempre de muita astúcia, falam com voz firme e forte, como se estivessem cobrando uma dívida, deixando muita gente constrangida, porém, outros, que gostam e concordam, aplaudem o espetacular “SHOW DE OFERTAS”.

Creio que, se eu não conhecesse a verdade do evangelho de Jesus Cristo, já teria sido devorado vivo, ou, no mínimo, seria escravo desses lobos em pele de cordeiro, para os quais as trevas eternas já estão reservadas (II Pe. 2.17).

É muita falta de amor e de respeito com um povo que carece de esperança.

Esses homens podem conhecer muito bem sobre o ouro e a prata, mas desconhecem o evangelho de Jesus e a promessa de uma herança reservada no CÉU.

“[...] e, por avareza, farão de vós negócio com palavras fingidas [...]” II Pedro 2.3

“Prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção [...]”. II Pedro 2.19



("Corrida maluca" é um texto da apostila Um Mestre de Sandálias, do irmão Milton Carlos Mendes, página 35)
Fonte: Caminhando na Graça, de graça!
Via: Bereianos



“Deus não olha para mim e diz que, devido eu crer, ele considerará isso como justiça. Absolutamente, não! O que Ele diz é o seguinte; ‘Eu lhes darei a justiça de meu filho, que guardou a lei perfeitamente por vocês, e que morreu pelos pecados de vocês. Ele é absolutamente justo diante da lei, e Ele os tem representado diante da lei. Ele cumpriu todos os iotas dela, e portanto lhes conferirei Sua justiça’. Deus me convoca a crer nEle, e Ele me deu, pelo Dom da fé, o poder de crer. Portanto, olho para Cristo, não para mim mesmo, não para minha fé; minha justiça está inteiramente no Senhor Jesus Cristo. Deus O fez ‘sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção’ (1Co.1:30). Por conseguinte, não confio em nada que esteja em mim mesmo, nem mesmo na minha fé. Minha fé me leva a confiar inteiramente no Senhor Jesus Cristo. E, sabendo que Deus imputou a mim Sua justiça, sei que tudo está entre mim e Deus. Creio em Sua declaração. Minha fé a aceita. Ele lançou a meu crédito o perfeito, o imaculado, o inconsútil manto de justiça de seu amado Filho. Essa é a doutrina bíblica e a doutrina protestante da justificação somente pela fé.”


Autor: Martyn Lloyd Jones
Disponível em: Orthodoxia




A sociedade, no geral, olha com ojeriza para o estranho. Existe uma repulsa quase que natural ao que não lhe é habitual. Jesus foi ridicularizado e ao mesmo tempo temido pelos fariseus, os "verdadeiros" crentes de seu tempo... o ridicularizavam e o repeliam pois ele era estranho, deslocado dentro daquela vida de aparências... mas também o temiam, pois seu interior testemunhava contra eles... ali estava um que não tinha aparência, verdadeiramente Era.

O cristianismo decaído hoje, tal qual o judaísmo no início da pregação de Cristo, tem o mesmo sentimento para com àqueles que decidem viver na contramão de sua carnalidade. A igreja contemporânea simplesmente não tem lugar para os que desejam viver na santidade que proporcionará ver a Deus (Hb12.14).

No entanto, se nas primeiras décadas do milênio anterior, o judaísmo era uma religião de aparências, hoje, o cristianismo é a religião das aversões à aparência. Não que eu seja pró-aparência... longe de minha boca tal afirmação... entretanto, a igreja atual não difere em nada do mundo... e não falo de vestimenta (se fosse só por isso, algumas de nossas “irmãs” seriam confundidas com meretrizes e alguns de nossos “irmãos” com cafetões tirados de um clipe do 50cent).

Então aparece alguém que diz não assistir televisão... e a reação de seus irmãos em Cristo é semelhante a dos confessadamente descrentes ao escutar de um rapaz de 25 anos que ele é virgem. É lamentável... mas o comportamento do cristão é tal qual o do mundo.

Algum tempo atrás em um grupo de pessoas evangélicas (ou algo perto disso) surgiu uma discussão considerada por alguns dos presentes: teológica. Na verdade, era uma busca vazia por justificação dos pecados nos próprios méritos. Após um tempo, alguém resolveu colocar na pauta o tempo dedicado à leitura da Bíblia. Depois de muito se discutir se o tempo devia ser contado por dia, semana ou mês, chegou-se a conclusão que uns 15 minutos por dia estava bom.

Essa está na lista das maiores hipocrisias que já ouvi. 99% dos nominalmente crentes... e afirmo isso sem temer nenhuma praga, sequer tocam na Bíblia durante uma semana inteira... 15 minutos por dia significaria pelo menos uma hora e meia por semana (excluindo-se o domingo, pois já a teriam lido no culto) lendo a Palavra Sagrada. A maioria dos crentes não passa nem mesmo uma hora por ano lendo a Bíblia.

Quanto à discussão infrutífera que vi, os mais exaltados quanto ao tempo a se dedicar eram justamente os que menos conheciam e portanto menos liam a Bíblia. E por fim, foram estes que acharam serem 15 minutos aceitável... por quê? Esses “cristãos”, assim como os fariseus, temem ver em outro também cristão, membro de sua comunidade evangélica, dedicando 1 hora de leitura por dia... por que eles são incapazes de fazer o mesmo, então, nivelar os outros a seu patamar ridiculamente baixo os põe em igualdade... e quando alguém os critica usam pedaços da própria Bíblia para acusar – a letra mata – assim mesmo procediam os fariseus.

Esses mesmos “crentes”, quando percebem algum sinal, alguma aparência, genuína ou não, de santidade em alguém, fazem de tudo para destruí-la, pois a santidade do outro compromete o seu pequeno deus ventre tão cuidadosamente ornamentado e alimentado com o mundo. Ao ver outro no caminho estreito o olham como se aquele fosse o pior dos homens... e ele realmente é... pois só os que percebem não ter valor algum, nenhum bem, nenhum mérito e nenhum atrativo é que podem andar neste caminho... pois se existe algum dom, algo que atrai ou alguma riqueza, ela é proveniente dos céus e não de sua própria vida, que por si só é morta.

Portanto, àqueles que desejam andar na contramão do cristianismo contemporâneo, onde até a sombra da santidade é alvo de apedrejamento, viverão em conflito com quase tudo e com quase todos.

Quando você disser que não faz tal coisa, de imediato terá seu pastor acusado de o estar doutrinando errado, se você no entanto estiver no meio deles, dirão que você está virando fariseu, legalista e desejando ser mais santo que os outros... quem sabe dirão até que a Bíblia o está prejudicando (essa em especial eu já ouvi).

Em uma coisa eles estarão certos... você deseja ser mais santos que eles... não para ser melhor, mas para ser salvo... no entanto é no coração destes, que estipulam tempo para leitura da Bíblia, roupas aceitáveis, vida em conformidade com a sociedade e não com a Palavra que reside o legalismo moderno. Pois não desejam um Deus Rei dos reis em suas vidas, mas um deus presidente, onde eles, congressistas, fazem as leis e doutrinas e depois dizem: - Toma: assina e endossa ó glorioso presidente!


Autor: Daniel Clós Cesar
Fonte: Batalha pelo Evangelho
Via: Bereianos




O pecado domina o coração humano, e se fosse pela sua vontade, condenaria cada alma. Se não compreendermos nossa própria perversidade ou não enxergarmos nosso pecado como Deus o vê, não poderemos entendê-lo ou fazer uso do remédio contra ele. Aqueles que tentam justificá-lo, negligenciam a justificação de Deus. Até compreendermos quão totalmente repugnante nosso pecado é, nunca poderemos conhecer a Deus.

O pecado é abominável a Deus. Ele o odeia (cf. Dt 12.31). “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal e a opressão não podes contemplar…” (Hc 1.13). O pecado é contrário à sua própria natureza (Is 6.3; 1 Jo 1.5). A pena máxima – a morte – é exigida para cada infração contra a lei de Deus (Ez 18.4,20; Rm 6.23). Até a menor transgressão é digna da mesma pena severa: “Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um ponto, se torna culpado de todos” (Tg 2.10).

O pecado suja a alma. Ele rebaixa a dignidade da pessoa. Obscurece o entendimento. Torna-nos piores que animais, pois os animais não podem pecar. Polui, corrompe, suja. Todo pecado é vulgar, repulsivo e revoltante aos olhos de Deus. A Bíblia o chama de imundícia (Pv 30.12; Ez 24.13; Tg 1.21). O pecado é comparado ao vômito, e os pecadores são os cães que voltam ao seu próprio vômito (Pv 26.11; 2 Pe 2.22). O pecado é chamado de lamaçal, e os pecadores são os porcos que rolam nele (Sl 69.2; 2 Pe 2.22). O pecado é semelhante ao cadáver em putrefação, e os pecadores são os túmulos que contêm o mal cheiro e a sujeira (Mt 23.27). O pecado transformou a humanidade em uma raça poluída e imunda.

As terríveis conseqüências do pecado incluem o inferno, sobre o qual Jesus disse: “E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo no inferno” (Mt 5.30). As Escrituras descrevem o inferno como um lugar terrível e medonho onde pecadores são “ atormentados com fogo e enxofre… ” e “A fumaça do seu tormento sobe pelos séculos dos séculos, e não têm descanso algum, nem de dia nem de noite, os adoradores da besta e da sua imagem e quem quer que receba a marca do seu nome” (Ap 14.10,11). Essas verdades se tornam mais alarmantes ainda quando percebemos que são parte da Palavra inspirada de um Deus de infinita misericórdia e graça.

Deus quer que entendamos a excessiva pecaminosidade do pecado (Rm 7.13). Não ousemos encará-lo com leviandade ou rejeitar nossa própria culpa frivolamente. Quando encaramos o pecado como ele é, é nosso dever odiá-lo. As Escrituras vão até mais fundo que isso: “Ali, vos lembrareis dos vossos caminhos e de todos os vossos feitos com que vos contaminastes e tereis nojo de vós mesmos , por todas as vossas iniqüidades que tendes cometido” (Ez 20.43, ênfase acrescentada). Em outras palavras, quando verdadeiramente vemos o que o pecado é, longe de obter auto-estima, nós nos desprezaremos.

A natureza da depravação humana

O pecado penetra no mais íntimo do nosso ser. O pecado está no âmago da alma humana. “Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias. São estas coisas que contaminam o homem” (Mt 15.19,20). “O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração” (Lc 6.45).

No entanto, o pecado não é uma fraqueza ou um vício pelo qual não somos responsáveis. É um antagonismo ativo e intencional contra Deus. Os pecadores livre e prazerosamente optam pelo pecado. Está na natureza humana amar o pecado e odiar a Deus. “O pendor da carne é inimizade contra Deus” (Rm 8.7).

Em outras palavras, o pecado é rebeldia contra Deus. Os pecadores raciocinam no próprio coração: “Com a língua prevaleceremos, os lábios são nossos; quem é o Senhor sobre nós?” (Sl 12.4, ênfase acrescentada). Isaías 57.4 caracteriza os pecadores como crianças rebeldes que abrem sua enorme boca e mostram a língua para Deus. O pecado destronaria Deus, o destruiria e colocaria o ego no seu lugar de direito. Todo pecado é, em último caso, um ato de orgulho, que diz: “Dê o lugar, Deus, eu estou no comando”. Por isso é que todo pecado, no seu âmago, é uma blasfêmia.

Para começar, amamos nosso pecado; temos prazer nele, buscamos oportunidades para praticá-lo. No entanto, por sabermos instintivamente que somos culpados diante de Deus, inevitavelmente tentamos camuflar ou negar nossa própria pecaminosidade. Há muitas maneiras de fazer isso, como observamos nos capítulos anteriores. Elas podem ser resumidas, grosso modo, a três categorias: encobri-lo, justificar-nos e ignorá-lo.

Primeiro, tentamos encobrir o pecado: Adão e Eva fizeram isso no Jardim, depois de ter pecado: “Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si” (Gn 3.7) – então se esconderam da presença do Senhor (v.8). O rei Davi tentou em vão encobrir sua culpa quando pecou contra Urias. Ele tinha adulterado com a esposa de Urias, Bate-Seba. Quando ela ficou grávida, primeiro Davi tramou um plano tentando fazer parecer que Urias era o pai da criança (2 Sm 11.5-13). Quando o plano não funcionou, ele conspirou para que Urias fosse morto (vs.14-17). Isso somente agravou o seu pecado. Durante todos os meses da gravidez de Bate-Seba, Davi continuou encobrindo o seu pecado (2 Sm 11.27). Mais tarde, quando Davi foi confrontado com seu pecado, ele se arrependeu e confessou: “Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio” (Sl 32.3,4).

Segundo, tentamos nos justificar: O pecado é sempre culpa de alguém. Adão culpou Eva, e a descreveu como “a mulher que me deste” (Gn 3.12; ênfase acrescentada). Isso mostra que ele também culpava a Deus. Ele não sabia o que era uma mulher até acordar casado com uma! Deus, raciocinou ele, era o responsável pela mulher que o vitimizou. Da mesma maneira, nós nos desculpamos pelos nossos erros porque pensamos que a culpa é de outra pessoa. Ou argumentamos ter um bom motivo. Convencemos a nós mesmos que é correto retribuir o mal com o mal. (cf. Pv 24.29; 1 Ts 5.15; 1 Pe 3.9). Ou então pensamos que se os motivos finais são bons, o mal pode ser justificado – raciocínio errado de que os fins justificam os meios (Rm 3.8). Chamamos o pecado de desequilíbrio, rotulamos a nós mesmos de vítimas ou negamos que os nossos atos sejam pecaminosos. A mente humana é de uma criatividade sem-fim quando se trata de encontrar mecanismos para justificar o mal.

Terceiro, ignoramos nosso próprio pecado: Sempre pecamos por ignorância ou presunção. Por isso Davi orou: “Quem há que possa discernir as próprias faltas? Absolve-me das que me são ocultas. Também da soberba guarda o teu servo, que ela não me domine; então, serei irrepreensível e ficarei livre de grande transgressão” (Sl 19.12,13). Jesus nos advertiu sobre a loucura de tolerar uma trave nos nossos olhos e nos preocuparmos com um argueiro no olho do outro (Mt 7.3). Pelo fato de o pecado ser tão difuso, nós naturalmente tendemos a nos tornar insensíveis ao nosso próprio pecado, do mesmo modo que o gambá não é incomodado pelo seu próprio mau cheiro. Até mesmo uma consciência supersensível pode não saber todas as coisas (cf. 1 Co 4.4).

O pecado não se expressa necessariamente por atos. Atitudes pecaminosas, disposições pecaminosas, desejos pecaminosos e um estado pecaminoso de coração são tão repreensíveis quanto as ações que ele produz. Jesus disse que a ira é tão pecaminosa quanto o homicídio, e a concupiscência tanto quanto o adultério (Mt 5.21-28).

O pecado é de tal maneira enganoso que torna o pecador insensível contra sua própria perversidade (Hb 13.3). É natural desejarmos minimizar nosso pecado, como se ele não fosse de fato uma grande coisa. Afinal de contas, dizemos a nós mesmos, Deus é misericordioso, não é? Ele compreende nosso pecado e não pode ser tão duro conosco, não é mesmo? Mas raciocinar dessa maneira é deixar-se ludibriar pela astúcia do pecado.

O pecado, de acordo com as Escrituras, é “a transgressão da lei” (1 Jo 3.4). Em outras palavras, “aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei”. Pecado, portanto, é qualquer falta de conformidade com o perfeito padrão moral de Deus. A exigência central da lei de Deus é que o amemos: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento” (Lc 10.27). Sendo assim, a falta de amor a Deus é a epítome de todo pecado.

"O pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar” (Rm 8.7). Nossa aversão natural à lei é tal que mesmo sabendo o que a lei requer, ela suscita em nós uma ânsia pela desobediência. Paulo escreveu: “as paixões pecaminosas postas em realce pela lei… eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não cobiçarás” (Rm 7.5-7). A inclinação do pecador pelo pecado é tal que este o controla. Ele é escravo do pecado, porém o busca com uma fome insaciável e com toda paixão do seu coração.


Autor: John MacArthur
Fonte: Josemar Bessa
Via: Bereianos




Bom seria se não fosse necessário haver um dia internacional da mulher. Se existe, é porque ainda não conseguimos, como sociedade, respeitar os direitos da mulher de maneira integral. Se ainda é preciso marcar tal data, é porque ainda existe discriminação, ainda existe opressão. A mulher ainda sofre por conta de sua própria condição feminina, por conta da dominação machista que ainda acontece.

Fico intrigado porque geralmente as minorias é que são oprimidas, mas no caso da mulher, elas não são minoria, pelo contrário, há um pequeno percentual quantitativo em favor delas. Então a razão pela qual o machismo predominou durante quase toda a história da humanidade é mesmo cultural.

Ainda bem que estamos vendo as mulheres ocupando os espaços que por tanto tempo lhes foram negados. Em nossa sociedade elas já lideram, já têm funções de alto nível, estão onde sempre deveriam ter estado, ou seja, dividindo espaço com os homens.

Mas, sem querer ser sexista, ainda acho que as mulheres têm algo de superior aos homens. Além de serem capazes de realizar qualquer atividade que os homens realizam, elas podem gerar e gestar a vida. Só isso já deveria ser razão para nós homens reverenciá-las, embevecidos, como semi-deusas.

Só elas é que conseguem – não me perguntem como – demonstrar competência em qualquer atividade laboral e, ao mesmo tempo, ter capacidade para serem boas mães, esposas amorosas e ainda cuidarem delas mesmas – o que, aliás, elas adoram fazer.

Ah, o que seria desse mundo sem as mulheres, sem a beleza, a doçura, a delicadeza – às vezes bruta, sem o acolhimento, sem o colo das mulheres?

Não, não estamos num ringue competindo com elas. Somos parceiros delas. Essa foi a idéia original no relato da criação: Deus formou o homem e a mulher para serem parceiros, e viu que isso era muito bom. Nós é que mudamos tudo e passamos e oprimir as mulheres. Então cabe a nós mesmos fazermos as coisas retornarem ao plano original, em que mulheres e homens têm o mesmo valor, a mesma importância.

Sei, porém, que assumir todos esses novos papéis gera uma dificuldade imensa para conciliar a vida contemporânea com os antigos papéis de mãe e esposa. Mas elas não se intimidam por conta disso, não recuam com medo dos novos horizontes que lhe são propostos. Como amazonas da modernidade, elas continuam conciliando tenacidade com doçura, força com leveza e poder com sensibilidade.

Por tudo isso, a elas, minhas reverências.


Autor: Márcio Rosa da Silva




Salmo 119.96 – “toda perfeição tem o seu limite; mas o mandamento do Senhor é ilimitado.”

Salmo 19.7 – “a lei do Senhor é perfeita e restaura a alma”

Dizer que algo é suficiente é dizer que não precisa de substitutos, nem complementos. De fato a Bíblia não necessita de substitutos nem de complementos. Tudo o que precisamos saber sobre Deus está na Bíblia. Os textos bíblicos acima declaram esta suficiência usando o adjetivo perfeição. Assim, a Bíblia é suficiente em si mesma, ou seja, por sua própria definição.

Mas a Bíblia é suficiente para você?

Uma boa forma de aferirmos essa suficiência em nossa experiência é refletir sobre como podemos nos aproximar do Livro Sagrado. Citaremos brevemente, a seguir, algumas formas negativas de aproximação e concluiremos com o testemunho da própria Bíblia de sua suficiência, com o intuito de incitar-nos a uma aproximação saudável:

(os títulos que utilizaremos nas descrições são meramente ilustrativos, ou seja, não os usamos aqui em seu sentido etimológico mais profundo)

Intelectuais: são aqueles que lêem de uma forma seca e técnica. Utilizam-se de uma mente arguta e altamente curiosa para “dissecar” o livro, pela sua riqueza histórica e literária. A seguir escrevem livros e mais livros apontando a complexidade das descobertas, e de fato, são importantes em alguma medida. Mas, para estes a Bíblia não é suficiente, pois tanto faz ser a Bíblia ou outra obra literária histórica qualquer. Para estes logicamente a Bíblia não passa de um mero objeto de pesquisa.

Pragmáticos: são aqueles que querem lições para viver bem, ajudar os filhos, vizinhos e colegas. São caçadores da funcionalidade do texto na solução de suas dificuldades diárias. Para estes, a Bíblia também não se mostrará suficiente, pois logo ganhará a preferência o que responder de forma mais prática e imediata às questões inquietantes do dia a dia. Não importa princípios, ética ou verdade, mas se funciona. Aí, tanto faz o Apóstolo Paulo, Içami Tiba, Augusto Cury ou qualquer outro autor. O que “funcionar” primeiro ganha.

Sentimentais: são os que buscam histórias emocionantes e inspiradoras. Poesia, parábolas e provérbios são apreciados. Logo desenvolvem uma teologia marcada pelo humanismo, pelas frases de efeito, pela filosofia barata e pela exaltação da auto-estima. Para estes, os gurus da auto-ajuda convivem no mesmo plano dos autores bíblicos. Para estes também, aqueles que buscam conhecimento de toda verdade de Deus revelada nas Escrituras são chamados de “teólogos, ortodoxos e fundamentalistas” da forma mais pejorativa possível.

Pregadores: procuram na Bíblia apenas mais um sermão, somente uma mensagem, ou um pretexto. Se não acharem... Pregam assim mesmo! Outro dia ouvi falar de um pregador que fez a seguinte confissão na maior cara-de-pau: “preparei uma mensagem tremenda, só me falta achar o texto bíblico que servirá de base”. E outro que introduziu seu sermão com esta pérola: “irmãos folheei a Bíblia pra lá e pra cá e não achei um texto em que pregar, então...” Durma-se com um barulho desses! A Bíblia para estes é mero detalhe.

Os “sem Bíblia”: são os que não lêem de forma alguma. Seguem a falsa premissa de que ler, estudar e meditar é função de pastor e pregador. Há dois tipos desses infelizes auto-enganados, os “sem Bíblia” que têm uma para carregar e fazer tipo, e os “ortodoxos”, aqueles que nem sequer têm uma, ou pelo menos não querem que alguém saiba que têm. Vão aos cultos de “mãos abanando” e mente vazia.

Todos os tipos descritos acima são crentes obviamente, pelo menos é o que dizem. Ou, como dizia certa música vivem da “arte de viver da fé, só não se sabe fé em que”.

A aproximação que faz da Bíblia suficiente é aquela que busca, sobretudo, aproximar-se de Deus, que procura trazer Deus para a realidade da vida, colocando-se sob sua autoridade. O trecho do Salmo 19 (7-10) mostra a suficiência da Bíblia sob muitos aspectos, e o que ela promove aos que a lêem de forma adequada. Segundo este salmo a Bíblia é: Perfeita – completa, única, sem necessidade de remendos; Fiel – digna de confiança; Reta – sempre precisa em seus ensinos; Pura – sem misturas; Limpa – não contamina, nem envenena; Verdadeira – capaz de clarear a visão. Escrevendo a Timóteo, Paulo nos fala da maior qualidade das Escrituras, dando-nos o tom da sua suficiência. Que o Senhor tenha misericórdia de nós e nos dê corações sedentos e famintos das Sagradas Letras, transformando-nos a cada dia em homens e mulheres de Deus que glorificam o Altíssimo em toda maneira de viver.


Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra. 2Tm.3.16,17


Autor: Francisco Jr.
Fonte: Adoração e Pregação
Via: Bereianos




Jesus disse que receberíamos poder quando o Espírito Santo viesse sobre nós. Assim, onde está o poder? Você que não acredita na continuação dos dons sobrenaturais: Você diz que tem o Espírito, que todos os crentes têm o Espírito, mas onde está o poder? Seu hipócrita – você finge ter isso redefinindo o conceito. E você que crê na continuação dos dons sobrenaturais: Você alega ter o Espírito, mas onde está o poder? Seu hipócrita – você insulta o Espírito implementando um padrão baixo, de forma que as falsidades e os excessos são numerados juntamente com o que é genuíno, se é que há manifestações de fato genuínas entre vocês. Quando Elias desafiou os falsos profetas, ele não tornou isso fácil para si mesmo ou para o Senhor. Ele não derramou gasolina nos sacrifícios, mas derramou muita água. Ele era da opinião que se Deus não fizesse isso, então que não fosse feito, mas se Deus fizesse, então que não houvesse dúvida que foi um milagre do Senhor, e não dos esquemas e artimanhas dos homens.


Autor: Vincent Cheung
Disponível em Monergismo




Se com o "gospel nacional" você quer dizer "música cristã brasileira" ou "música para se cantar em nossos cultos", no que diz respeito à qualidade técnica musical, eu creio que tivemos grandes avanços. Mas, isso é muito óbvio.

O que não me parece ser óbvio é a falta de um senso comum quanto à pobreza das canções no quesito conteúdo. Seria muito bom encontrar mais profundidade bíblica em nossas canções. Muitas canções seriam melhor taxadas de canções auto-ajuda.

É claro que com isso eu não estou dizendo que se ajudar não é importante, mas se vamos dar nomes, vamos dar os nomes corretos. Só porque a palavra Deus entra em uma canção ela não serve pra ser cantada ou ensinada pra crianças e adultos em nossos cultos. Precisamos avaliar melhor o que estamos cantando. Isso dá trabalho, sim! Mas, isso é porque o Alvo das nossas canções não é papai Noel, mas El Shaddai, o Todo Poderoso!

Nós vivemos num momento único da história da música cristã, um momento bastante peculiar e perigoso. Quando vemos no passado músicos como o Rei Davi e compositores como o irmão de John Wesley, Charles Wesley, que escreveu mais de cinco mil canções, percebemos que suas motivações e inspiração vinham da revelação de Deus. Suas preocupações estavam na glória de Deus, sua intenção era equipar o povo de Deus com canções que expressariam sua devoção a Ele.

Não sou Deus pra julgar corações, mas sou são o suficiente para saber que em nenhum momento da história do mundo se fez tanta riqueza com música cristã. Um conhecido meu, que trabalha no meio da música cristã internacional, me disse que algo muda quando um homem faz dois milhões de dólares ao compor uma canção de adoração. E ele trabalha com os GRANDES nomes.

E se eu não conheço outros corações, eu conheço o meu. E por conhecer um pouco do meu, eu posso dizer que a tentação em compor uma canção que venda, ao invés de compor uma canção que exalte ao Senhor, é presente e real. Minha motivação deve ser a Glória de Deus! Minha preocupação deve ser equipar o povo de Deus de maneira que isso ajude o povo a se manter santo e irrepreensível aos olhos do SENHOR!

Nós compositores cristãos precisamos ter temor quanto as palavras que vamos colocar nos lábios daqueles a quem o Senhor comprou por alto preço. Vamos exaltar a realidade sublime de Deus ou incentivar mentiras, percepções humanas e expressões mesquinhas quanto à vida cristã?

Puxa... que desabafo...

Em amor, sempre...


Autor: Juliano Son (vocal do Livres Para Adorar)
Fonte: Retirado do perfil do autor no Formspring.me
Via: Blog Livres Para Adorar





O ser humano, em geral, é muito criativo e produtivo, mas também é altamente destrutivo. Tudo depende da oportunidade, da época, das influências e logicamente da vontade de cada um.

Em nossas igrejas atualmente impera a modernidade aproveitando o inegável avanço da tecnologia. Tudo é moderno, prático e cômodo dentro do contexto, para facilitar e até para economizar espaço usando a logística e o "bom gosto".

Em função desta modernidade, hoje muitas pessoas não levam mais a Bíblia à igreja, também não levam o seu hinário, e creio que dentro de pouco tempo também não vão levar dinheiro, pois a moda hoje é usar apenas o cartão. Hoje somos uma espécie de "crentes virtuais". Quando alguém aparece na igreja trajado à moda antiga, geralmente atrai olhares e provoca admiração. Os crentes mais antigos se sentem deslocados, envergonhados e fora do contexto.

Sem dúvida, o que sofreu mais alteração com todas essas mudanças foram os nossos hinos. Ninguém mais quer cantar os hinos antigos que para muitos são ultrapassados, velhos e devem ser descartados. A maioria dos crentes abandonou o velho e saudável costume de louvar a Deus. Em muitas de nossas igrejas não se canta mais os hinos da Harpa Cristã, e quando alguém se arrisca a canta-los "com a igreja" acaba cantando sozinho. Que pobreza! O louvor a Deus é tão importante que o maior livro da Bíblia é o livro de Salmos, com 150 louvores. Sem louvar a Deus, estamos nos perdendo na bruma do comodismo e estamos ficando para trás.

Com toda essa deficiência, nós ainda batemos no peito e nos orgulhamos de nossa fé e de nossa crença. Gostamos de estatísticas e sempre dizemos que somos mais de 40 milhões de crentes no Brasil. No papel tudo fica bonito, colorido e atraente. Porém quando entramos na igreja, o que fazemos? Em geral, bem ou mal assistimos o culto. E depois saimos satisfeitos elogiando a mensagem e o pregador. As música cantadas foram agradáveis, melodiosas e terapêuticas. Pude rever muitos amigos e no final entrei na fila e cumprimentei o pastor. Estou satisfeito. Semana que vem tem mais.

É assim que acontece. Não preciso fazer mais nada, a tecnologia faz tudo por mim. Para que levar a Bíblia na igreja? Eu não vou ler, não vou pregar e se tiver que falar algumas palavras, falo de improviso. Cantar? Lá tem os cantores da igreja, os levitas, o grupo de louvor; eles cantam por mim. Vou apenas ouvir e depois bater palmas (se eles cantarem bem) e vou dizer que estou batendo palmas para Jesus. Afinal, hoje virou moda "dar uma salva de palmas para Jesus" - como se Ele estivesse interessado em nossos aplausos. E se eu não bater palmas, alguém vai perceber e até vai dizer que eu não gostei e sou um rebelde que nunca obedece ao pastor.

A nossa igreja é assim, e deverá sofrer ainda muitas mudanças com o passar do tempo, de acordo com as supostas necessidades. Estamos fazendo como o povo judeu que em certas ocasiões abandonava a forma de adorar a Deus e "inventava" a sua forma particular de culto. Criava regras, mudava a sua liturgia e imitava as nações vizinhas inclusive fazendo e adorando ídolos. O resultado dessa mudança todos nós sabemos - e a consequencia não era nada agradável. Eu sei que essas palavras aqui escritas provavelmente não vão surtir nenhum efeito e poderão até ser motivo de chacota, zombaria ou ironia, mas vejo como uma necessidade de alertar a todos, e a mim primeiramente. A Bíblia diz: "Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso também ceifará". (Gálatas 6.7). Nunca é tarde para voltar ao primeiro amor.

Autor: Cícero Alvernaz
Fonte: Editora Ultimato