tag:blogger.com,1999:blog-75739142077129451882024-03-05T21:06:44.270-03:00Antes que as pedras clamemCláudio Netohttp://www.blogger.com/profile/02343893445500444454noreply@blogger.comBlogger175125tag:blogger.com,1999:blog-7573914207712945188.post-40532093474099815032012-08-17T21:40:00.000-03:002012-08-17T21:40:29.941-03:00Evangelho Versão 2.0<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgm9TDCw9NCFc0WMHj5UOZHBY4MnqWZ_SF149adsQhhZ8FY7sxLatmBj28dcmbT66pogO44QSIFWm9L4Kf66Iav5I6peDLNkGPwgE7Ys-nsNjlkci9-0lqGQ78FfrzHM7XD7-ncrw1QUAz7/s1600/michelangelo-creation-of-adam-detail-7157.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgm9TDCw9NCFc0WMHj5UOZHBY4MnqWZ_SF149adsQhhZ8FY7sxLatmBj28dcmbT66pogO44QSIFWm9L4Kf66Iav5I6peDLNkGPwgE7Ys-nsNjlkci9-0lqGQ78FfrzHM7XD7-ncrw1QUAz7/s320/michelangelo-creation-of-adam-detail-7157.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-size: 110%;"><br />
Todo mundo parece que quer reinventar o Evangelho. Se você não sabe, a palavra “evangelho” significa “boas-novas” – e o Evangelho de Cristo são as boas-novas da salvação. Ponto. O Verbo encarnou, morreu e ressuscitou para que tivéssemos salvação, ou seja, vida eterna. Ponto. O resto é só o resto. Por isso me impressiona a quantidade de cristãos que acham que o Senhor encarnou para resolver os problemas desta vida, da nossa sociedade, do mundo. O Evangelho não são as “boas-novas do saneamento básico”, as “boas-novas do enriquecimento financeiro”, as “boas-novas da influência sobre a política social” ou as “boas-novas da luta pelo fim da miséria”. Isso é Evangelho 2.0, uma nova versão daquilo que Jesus ensinou: seu Reino não é deste mundo. Ponto.<br />
<br />
Um homem brasileiro vive, em média, 72,5 anos, enquanto na eternidade teremos vida – ou morte – eterna por 72 trilhões de trilhões de trilhões de trilhões de anos. E isso não será 0,1% da eternidade. E você realmente acha que Deus está tão preocupado assim com nossos anos sobre a terra? Um-hum. Claro que Ele se preocupa, mas esta vida, que a Bíblia diz que é como “um sopro” e “uma neblina”, é uma ridícula e minúscula portinhola de entrada para o porvir eterno. Daí a influência marxista sobre o Evangelho ser um equívoco tão elementar: Jesus se ofereceu ao sacrifício não para que seus servos fossem ao Planalto, fizessem comitês, organizassem passeatas, lançassem manifestos sobre política partidária. O sacrifício vicário é um sublime exercício espiritual, um estímulo à vida devocional.<br />
<br />
Quando Jesus morre na Cruz não é a porta do palácio de Herodes que se rompe para que seus seguidores possam exigir melhores condições de vida, nem a fechadura da residência de Pilatos que arrebenta para que os discípulos tenham como reivindicar um melhor padrão de vida para as massas carentes: é o véu do templo que se rasga, para que o homem pecador tenha acesso ao Santo dos Santos, ao Altíssimo, ao Sagrado, ao espiritual, ao Pai. Para praticar o religare com o Todo-Poderoso, o tão mal-falado bicho papão do momento: religião. Uuuuuu, que medo, teve gente que só de ouvir essa palavra se arrepiou todo.<br />
<br />
É lógico que agora, furiosos, os adeptos dessa linha terrena de Evangelho 2.0 virão com todos os argumentos das classes oprimidas, que temos que ajudar o próximo, que amparar os órfãos e as viúvas em suas tribulações. Isso é óbvio! A consequência das boas-novas é o amor pelo próximo. Não sou filho de família rica: meus pais eram professores do estado e tinham cada um quatro ou cinco empregos para poder sustentar os filhos. Mas não é pelas minhas raízes proletárias que segurarei a foice e o martelo e farei do foco da morte e da ressurreição de Cristo uma luta política por uma vida melhor. Segurarei a Bíblia. Meu compromisso, como o de todo cristão, é com a Jerusalém Celestial, não com Brasília.<br />
<br />
Os problemas desta vida nós, que vivemos numa pseudodemocracia, resolvemos no voto. Ou, pelo menos, deveríamos resolver, se soubéssemos votar. A fé é sobre outras coisas. Amar o próximo, sem dúvida, mas a Deus sobre todas as coisas. Como disse o Cordeiro, a Videira, “de que adianta ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”. Quem não entende que o Evangelho é sobre nossa comunhão eterna com Deus e não sobre nossa comunhão momentânea com os problemas desta vida não compreendeu que o Pai deu seu Filho unigênito para que os que nEle cressem não perecessem, mas tivessem…adivinha o quê? Bem, você conhece João 3.16.<br />
<br />
Olho para os mártires dos 313 primeiros anos de Cristianismo e não consigo ver nenhum deles morrendo no Coliseu para que os pobres tivessem acesso a educação e saúde. Não me ache um insensível, acredite, choro pelos que choram e faço a minha ação social – e o que faço Deus sabe, não preciso alardear aqui. Mas não é por isso que vou ignorar o testemunho dos mártires da Igreja primitiva, que fizeram o bem ao próximo, mas que, como os casos citados em Hebreus 11, deram suas carnes alegremente aos leões e às torturas pelo entendimento de que a meta é o Céu – e não asfaltar um bairro. Blandina, Romano, Policarpo, Estêvão e tão grande nuvem de testemunhas deram-se ao martírio em nome da eternidade. Por entenderem que o Evangelho não é a respeito deste sopro de vida. Que adianta erradicar a miséria e irmos todos para o inferno? Jesus não é um super-herói que veio à terra para salvar mocinhas em becos escuros de batedores de carteiras.<br />
<br />
O Evangelho 2.0 é um equívoco. Simplesmente porque põe uma das muitas consequências da Cruz como a causa. Ação social, caridade, cavar poços artesianos, construir creches e escolas, influir sobre as instâncias do poder público… não foi por nada disso que Jesus encarnou, morreu e ressuscitou. Isso é consequência e não causa. Jesus veio para tirar pecadores do inferno e não pobres das favelas. Isso é Evangelho.<br />
<br />
Quando eu era mais jovem, com meus 17 anos, cheio de testosterona, filiado a organizações estudantis de esquerda e crente que ia mudar o mundo, acharia o Evangelho 2.0 o máximo. Fui a comícios nas eleições de 1989, fui orador na minha turma de formatura na escola ostentando um button do partido que eu apoiava, discutia com os padres do colégio São Bento, onde estudei como bolsista, porque eles eram uns “reacionários de direita”. Mas aí os anos se passaram, a esquerda assumiu o poder no país e tudo continuou igual, veio a minha conversão e fui discipulado por um bom sacerdote, que me mostrou que a grande revolução social ocorre mediante a pregação do Evangelho (o 1.0, o original). Refiz meus pensamentos. Mudei minhas premissas. E compreendi a razão de Jesus ter vindo à terra. Entendi o que é graça e a diferença entre causa e consequência da Encarnação do Verbo. Cheguei a ir a um Congresso Teológico sobre a vertente evangélica e da moda da Teologia da Libertação para entender melhor as ideias que importamos do Equador sobre o tema. Continuo acreditando em caridade, em ação social e em dar de comer a quem tem fome e beber a quem tem sede, em amar o próximo, em ajudar o necessitado. Mas não acredito que isso suplante a pregação das boas-novas de salvação e que isso seja a locomotiva. Não é, é o vagão.<br />
<br />
Que os adeptos do marxismo cristão joguem pedras. Não tem importância. Antes importa agradar a Deus que aos homens. Não sou rico, não sou da elite, amo o próximo e quero o bem de pobres e ricos. Não vou aderir ao Evangelho 2.0, porque desejo proclamar as boas-novas de salvação para os miseráveis e também para os milionários. Olho para as favelas e para os condomínios de luxo e o que vejo são a mesma coisa: almas. Pior: almas pecadoras, destituídas da graça de Deus. Cobrirei quem tem frio com um cobertor, visitarei o preso, darei pão ao faminto e água a quem tem sede. Farei isso por amor e porque Jesus nos ensinou a fazê-lo. Mas investirei a maior parte de meu tempo e de minhas forças e esforços em proclamar o Evangelho. Em proclamar a Cruz. Em anunciar o Caminho estreito. Em cumprir o ide para fazer discípulos bons e fiéis que um dia, tenham passado fome ou não nesta vida, compartilhem comigo dos quadrilhões de séculos que dura a eternidade ao lado do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ponto final.<br />
<br />
Paz a todos vocês que estão em Cristo.<br />
<br />
<br />
<b>Autor: Maurício Zágari<br />
Fonte: <a href="http://apenas1.wordpress.com/2012/06/19/evangelho-versao-2-0/">Apenas</a><br />
Via: <a href="http://bereianos.blogspot.com.br/2012/06/evangelho-versao-20.html#.UC7iUN1lQXI">Bereianos</a></b><br />
</span>Cláudio Netohttp://www.blogger.com/profile/02343893445500444454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7573914207712945188.post-76490809541430025512012-08-16T21:22:00.001-03:002012-08-17T21:33:49.256-03:00O evangelho desumano e o cristianismo das aparências<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqIkJVFwV6YOnK5gUJfydA4DeikNbmsJoekpe-UsuN8opEvMVVwluSx6RHV0SUkBH9IyOYknFUwxmuvmfTZiVTFKfebwE0yy2gm-gksgvpvzFJolfNCrGMASMMggu8FVqYdyjU431xXPof/s1600/mascara.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqIkJVFwV6YOnK5gUJfydA4DeikNbmsJoekpe-UsuN8opEvMVVwluSx6RHV0SUkBH9IyOYknFUwxmuvmfTZiVTFKfebwE0yy2gm-gksgvpvzFJolfNCrGMASMMggu8FVqYdyjU431xXPof/s1600/mascara.jpg" /></a></div><span style="font-size: 110%;"><br />
<b><i>“Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo. Ninguém se faça árbitro contra vós outros, pretextando humildade e culto de anjos, baseando-se em visões, enfatuado, sem motivo algum, na sua mente carnal, e não retendo a cabeça, da qual todo o corpo, suprido e bem vinculado por suas juntas e ligamentos, cresce o crescimento que procede de Deus.” Colossenses 2:16-19</i></b><br />
<br />
<br />
Paulo, o apóstolo dos gentios, judeu, cidadão romano, ex-fariseu, ex-perseguidor da Igreja, teria todos os motivos para ser um guardião da lei e seus preceitos, chamado e escolhido por Cristo sobrenaturalmente, agraciado com visões inefáveis, coberto de autoridade a ponto de repreender o apóstolo Pedro, sim, é neste Paulo que Deus coloca um espinho na carne, para que não se achasse superior aos demais e para revelar que o Seu poder se aperfeiçoa na fraqueza do homem.<br />
<br />
Hoje vemos muitos que por muito menos já acham-se em posição superior aos irmãos a ponto de inventar regras e doutrinas humanas para satisfazer seu egocentrismo, dizem-se com tamanho relacionamento com Deus que este lhes entrega visões particulares, modelos maravilhosos, conhecimento nunca dantes alcançado.<br />
<br />
Pensamos que nossas igrejas supostamente pregam a verdade, mas a verdade é que estamos longe da Verdade. Criamos leis e cerimonialismos sem fim, usamos os textos bíblicos a nossa própria vontade e interpretação, encaixamos esses textos em pensamentos contrários aos de Deus e ainda atribuímos isso a Ele. Nossas orações revelam uma espiritualidade fraca, são tão automáticas e vazias que são facilmente repetidas por toda a congregação, nossas músicas mostram nossa pobreza em todos os sentidos, pobreza teológica, pobreza rítmica, pobreza espiritual, pobreza da alma. Parece que ninguém é mais capaz de criar nada novo, vivemos das inspirações norte-americanas, ou de nossos conterrâneos que já se desvirtuaram do evangelho de Cristo. Nossas pregações são nutridas pelo humanismo e pela auto-ajuda. Ninguém mais quer reconhecer sua fraqueza diante de Deus, ninguém mais quer depender Dele, ninguém mais quer esperar. Os pastores precisam encher as igrejas, precisam agradar o povo e supostamente devem dar um “alimento” todo domingo. A verdade é que desde os líderes até as humildes ovelhas o compromisso com Deus é vago. Não oramos, não jejuamos, não lemos e meditamos na bíblia como deveríamos. Somos clones de religiosos e com isso carregamos o peso da vã religião.<br />
<br />
No afoito de mostrar a presença de Deus criamos os maiores absurdos, forjamos os super-crentes, aqueles que entram na igreja sorrindo, que levantam as mãos no louvor, que soltam a voz a plenos pulmões, que se emociona, que sente-se alimentado por pregações vazias. No seu íntimo ele sabe que vive atrás de uma máscara, que sua vida é miserável e faltosa da graça de Deus, que precisa de ajuda, do Pai e dos seus irmãos na fé, mas demonstrar isso na igreja é sinal de fraqueza, sendo assim ele continua disfarçando por quanto tempo conseguir.<br />
<br />
Perdemos o senso da humanidade das pessoas, desvalorizamos seus sentimentos, pisamos na sua pequena fé, exigimos o cristianismo de aparências. Não toque, não coma, não beba, não ouça, faça isso, faça aquilo, participe deste ministério, participe daquele outro. Nos sentimos aprisionados num cárcere que é a igreja. Perdemos a nossa liberdade cristã, perdemos o amor dos irmãos, e alguns chegam ao ponto de perder a fé.<br />
<br />
A solução para tudo isso é tão simples, mas penosa para ser executada. É necessário abnegação, compromisso, amor a Deus e amor ao próximo. É como Paulo escreve na carta aos colossenses, retendo a cabeça, que é Cristo, cresceremos o crescimento que vem de Deus. Não o crescimento pregado por métodos e modelos, por músicas, por pregações, mas do próprio Cristo nos ensinando, o próprio Caminho, Verdade e Vida atuando em nossas vidas, através do Espírito Santo, poderoso, santo e imaculado, que com gemidos inexprimíveis leva nos necessidades ao Pai, nos convence da nossa miserabilidade e da grandeza de Deus.<br />
<br />
Quero uma carreira cristã longe dos modismos, regras e leis evangélicas, distante do disfarce de cristão, longe da desumanidade. Quero falar e cantar aquilo que sinto, expressar aquilo que penso, adorar a Deus como Ele quer que eu adore – e não como querem que eu o faça – quero viver a graça, quero sentir a misericórdia, quero provar do amor do Pai. Quero mostrar que também sou humano aos irmãos, mas quero ter ousadia para dizer que sejam meus imitadores como eu sou de Cristo. Quero viver uma vida santa, mas santa segundo Deus não segundo os homens. Quero servir, não ser servido, quero me humilhar e não me exaltar.<br />
<br />
Sei que a porta é estreita e o caminho apertado que conduz a salvação, mas creio que a graça e misericórdia de Deus são suficientes para conduzir a mim e a sua Igreja por ela. Precisamos que Ele mesmo nos aumente a fé.<br />
<br />
<br />
<b>Autor: Matheus Soares<br />
Fonte: <a href="http://entendes.blogspot.com.br/2007/07/o-evangelho-desumano-e-o-cristianismo.html">Entendes?</a> </b><br />
</span>Cláudio Netohttp://www.blogger.com/profile/02343893445500444454noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7573914207712945188.post-34212669279202256942012-07-13T15:54:00.001-03:002012-07-13T15:54:46.386-03:00A César o que é de César<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOkWs4tEexdc32Cbo59iIzBUOZYPBRppKvecE8m15-ngKRMaw72vS8WjSuZt11EMt4Hrs1zH2G1o4leeex5xOZMyXI3q4SJFelmzfs4ODDSVcwRT-DmoehBwMS4bGguDlZtjfuHms7BvzF/s1600/cesar.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOkWs4tEexdc32Cbo59iIzBUOZYPBRppKvecE8m15-ngKRMaw72vS8WjSuZt11EMt4Hrs1zH2G1o4leeex5xOZMyXI3q4SJFelmzfs4ODDSVcwRT-DmoehBwMS4bGguDlZtjfuHms7BvzF/s320/cesar.jpg" width="244" /></a></div>
<span style="font-size: 110%;">
Dentro da história do cristianismo sempre existiu o desafio de identificar e definir critérios de relacionamentos entre os homens e do homem para com Deus. Este desafio torna-se mais urgente no mundo pós-moderno, quando o relativismo é um fenômeno comum e corriqueiro. É relevante e interessante a máxima bíblica que estabelece o modelo relacional entre os homens e do homem para com Deus a partir da resposta dada por Jesus ao questionamento malicioso de alguns fariseus:
<br /><br />
“Dize-nos, pois, que te parece? É lícito pagar o tributo a César, ou não? Jesus, porém, conhecendo a sua malícia, disse: Por que me experimentais, hipócritas? Mostrai-me a moeda do tributo. E eles lhe apresentaram um dinheiro. E ele diz-lhes: De quem é esta efígie e esta inscrição? Dizem-lhe eles: De César. Então ele lhes disse: Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.” (Mt 22.17-21)
<br /><br />
A resposta de Jesus revela o tratamento divino com as contingencias da vida caracterizada pela injustiça, corrupção e desigualdade. Em uma primeira analise esperava-se de Jesus uma revolta e atitude objetiva em relação às injustiças da vida cotidiana. Porém, parece que Jesus não priorizava os sintomas, mas focalizava a causa de toda desigualdade – o pecado. Isto incluía também a forma injusta de relacionamento entre o estado e o povo. Jesus sabia que o imposto cobrado por Roma era arbitrário e injusto, contudo, Jesus conhecia os modus operandis que sempre determinaram os relacionamentos entre os homens extraviados da graça divina – injustiça, escravidão e desigualdade.
<br /><br />
Na verdade, a figura de César representava um sistema humano que procurava regimentar os comportamentos e relacionamentos entre as pessoas, inclusive entre a sociedade e o estado. Este sistema sempre perpetuou dentro da historia e se manifestou em diversas formas de governos e maneiras de viver em comunidades, onde existiram sempre os deveres, obrigações e direitos, sendo eles justos ou não. Enquanto isto, o alvo do evangelho sempre foi o estabelecimento do Reino de Deus nos corações humanos para que os reflexos desta nova realidade interna se concretizassem na vida diária das pessoas através da igualdade, da justiça, e da paz.
<br /><br />
As obrigações para com César quase sempre foram caracterizadas pela injustiça e desigualdade, expressando apenas o que é comum na vida de uma sociedade que se rebelou contra Deus. Porém, temos a segunda parte da resposta de Jesus aos fariseus como sendo a mais importante: “Daí a Deus o que é de Deus”. Enquanto que, no relacionamento de deveres e obrigações entre os homens e César as coisas acontecem no plano da violência, força e desigualdade, no relacionamento com Deus a dinâmica dos deveres e obrigações deve acontecer no plano da liberdade e da voluntariedade. A diferença é descomunal e incomparável.
<br /><br />
Enquanto que, o símbolo do poder humano é o dinheiro, o símbolo do poder divino é a graça. Deus requer a obediência voluntaria, enquanto que, César exige o sacrifício. Mt. 12. 7. Deus espera a adoração em espírito e em verdade, César requer o condicionamento humano para a adoração. Joao 4. 21-23. Deus requer o louvor ao Senhor do Templo, enquanto que César exige o culto e veneração ao templo. Mt 12.6. Enquanto que, César espera por obras de madeira, palha e feno (temporais), Deus aguarda por obras de ouro, prata e pedras preciosas (obras que transcendam o tempo e perdurem na eternidade) 1 Co 3.12
<br /><br />
Uma vez definida a diferença básica dos princípios que pautam as obrigações para com César e para com Deus, surge outra incógnita – é possível o homem confundir e dar a César o que pertence a Deus, enquanto que, oferece a Deus o que pertence a César? Certamente que, a ignorância neste assunto pode fatalmente proporcionar esta inversão, conduzindo o homem a dar a César o que é exclusivamente de Deus, enquanto que, oferece a Deus o que pertence a César.
<br /><br />
Inúmeras pessoas neste exato momento pensam que Deus é como César e procuram se relacionar com Ele através do medo, barganhas, e sacrifícios. Quantas pessoas estão entregando a glória que pertence somente a Deus para César! Infelizmente o culto a César (ao homem) vem ganhando grandes proporções em muitos redutos cristãos, uma vez que, o culto é exclusivamente de Deus. Várias pessoas atualmente servem a Deus por obrigação como se servissem a César, enquanto que, para Deus tudo deve ser realizado através de um coração voluntário. Quantos pensam que podem chamar a atenção de Deus através de feitos humanos, enquanto que, na verdade Deus habita com o coração contrito e quebrantado.
<br /><br />
Sendo assim, devemos a Deus mais do que as coisas superficiais e temporais da vida, mas, sobretudo as coisas que habitam o âmago do nosso ser, que redundarão na eternidade. Porém, enquanto existir duvida entre o que pertence a César e a Deus, certamente haverá a inversão de valores e correremos o risco de dar a César o que pertence a Deus, enquanto que, damos a Deus o que pertence a César. Que o Senhor ilumine com sua palavra e Espírito e nos conduza para a plenitude da consciência e discernimento em Cristo Jesus!
<br /><br /><br />
<b>Autor: Samuel Torralbo
<br />
Fonte: <a href="http://www.pulpitocristao.com/2011/09/a-cesar-o-que-e-de-cesar/">Pulpito Cristão</a></b>
</span>Cláudio Netohttp://www.blogger.com/profile/02343893445500444454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7573914207712945188.post-88877484814017355942011-09-24T13:41:00.000-03:002011-09-24T13:41:26.481-03:00Isso é Discipulado<iframe width="560" height="346" src="http://www.youtube.com/embed/aeie7NPnRfA" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>Cláudio Netohttp://www.blogger.com/profile/02343893445500444454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7573914207712945188.post-49075846789770999182011-09-24T13:21:00.001-03:002011-09-24T13:21:10.855-03:00Não Confie na sua Motivação<div style="text-align: center;"><span style="font-size: 110%;"><i><b>"Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?" (Jeremias 17:9-10)</b></i></span></div><span style="font-size: 110%;"><br />
Fico muitas vezes surpreendido com as coisas que nós cristãos somos capazes de fazer apenas baseados nas nossas emoções, sentimentos e motivações. Por vezes questiono se têm bases bíblicas alguns métodos adotados pelas igrejas, as ações que são realizadas por elas e as atividades que são promovidas. Contudo, não é raro ouvir respostas que se resumem a essas três coisas: "se fazem bem para o lado emocional das pessoas, ou se trazem bons sentimentos, ou se são feitas com uma boa motivação, então por que não fazer?".<br />
<br />
O problema é que a fé dada por Deus a nós (Efésios 2: 8) não foi feita para se basear nas nossas emoções, sentimentos ou motivações. Enganoso é o coração do homem, por isso não devemos fazer dele o nosso aferidor de medida. Não podemos nos basear nas intenções dele. Ainda que Deus nos dê um novo coração no momento da nossa conversão, não devemos depositar a nossa confiança em algo tão inconstante. Ou vai me dizer que, mesmo depois de convertido, você nunca teve más intenções ou nunca foi enganado pelas suas motivações e sentimentos?<br />
<br />
A fé deve basear-se unicamente em uma visão clara e correta do nosso Senhor Jesus Cristo, o autor e consumador da mesma (Hebreus 12: 2). Ele é a nossa firme Rocha e o porto seguro para depositarmos nossa confiança. Toda vontade e desígnio dEle estão revelados nas Escrituras, de Gênesis a Apocalipse. Por este motivo, as ações e atividades que dizemos ser em pról do avanço do Evangelho e do Reino de Deus devem estar baseadas na vontade expressa do Senhor em Sua Palavra. Cada motivação, cada sentimento e cada emoção deve passar pelo crivo das Escrituras.<br />
<br />
A pergunta que primeiramente devemos fazer não é se a nossa motivação é boa para realizarmos alguma tarefa, mas sim se aquilo que intentamos fazer foi expressamente recomendado por Cristo para nós fazermos e se tem base firme, real e sólida em Sua Palavra. Se a resposta for afirmativa então podemos prosseguir confiantes de que não estamos cometendo nenhum desvio doutrinário. Caso contrário, é melhor pararmos tudo e dedicarmos o nosso tempo em oração e meditação nas Escrituras para ouvirmos a Deus, ao invés de gastarmos nossos esforços em coisas temporárias que não produzirão resultado algum para o Reino dEle.<br />
<br />
Pensem nisso.<br />
<br />
<br />
<b>Autor: <a href="http://www.blogger.com/profile/02343893445500444454">Cláudio Neto</a></b><br />
</span>Cláudio Netohttp://www.blogger.com/profile/02343893445500444454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7573914207712945188.post-17047406697303604802011-09-24T11:04:00.000-03:002011-09-24T11:04:57.102-03:00Aos Pregadores da Prosperidade<div style="text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidG5Ubl2YwnPSAYzWxEkwsp4oHeetBNvNWJRdK0rdBRd-zeS7wwxTvTpQWcVGOQjDBRiX1fo6dLHRpDvr4P69UT2utjp8S06xyU_MQWbnBWu1Z2WeRTThLC9CtEgGDjetPO9GXLmLIPxEp/s1600/jp-pregadores-prosperidade-10.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidG5Ubl2YwnPSAYzWxEkwsp4oHeetBNvNWJRdK0rdBRd-zeS7wwxTvTpQWcVGOQjDBRiX1fo6dLHRpDvr4P69UT2utjp8S06xyU_MQWbnBWu1Z2WeRTThLC9CtEgGDjetPO9GXLmLIPxEp/s1600/jp-pregadores-prosperidade-10.jpg" /></a></div><i><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Esse post é a décimo de uma série de doze. O conteúdo vem de “Doze Apelos aos Pregadores da Prosperidade”, que pode ser encontrado na nova edição do <a href="http://www.editoraculturacrista.com.br/produtos.asp?codigo=198">“Let the Nations Be Glad ”Regozijem-se as Nações</a>, publicado pela Editora <a href="http://www.editoraculturacrista.com.br/default.asp">Cultura Cristã</a>*).</span></i></div><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> Uma mudança fundamental aconteceu com a vinda de Cristo ao mundo. Até aquele tempo, Deus focou sua obra redentora em Israel com obras eventuais entre as nações. Paulo disse: “Nas gerações passadas, [Deus] permitiu que todos os povos andassem nos seus próprios caminhos” (Atos 14:16). Ele os chamou de “tempos da ignorância.” </span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> “Não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam” (Atos 17:30).</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> Agora o foco passou de Israel para as nações. Jesus disse: “O reino de Deus vos será tirado [Israel] e será entregue a um povo que lhe produza os respectivos frutos [seguidores do Messias]” (Mateus 21:43). Um endurecimento veio sobre Israel até que o número total das nações entrasse (Romanos 11:25).</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> Uma das principais diferenças entre essas duas épocas é que, no Antigo Testamento, Deus glorificou amplamente a si mesmo ao abençoar Israel, de modo que as nações pudessem ver e saber que o Senhor é Deus.</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> “Faça ele [o Senhor] justiça ao seu [...] povo de Israel, segundo cada dia o exigir, para que todos os povos da terra saibam que o SENHOR é Deus e que não há outro” (1Reis 8:59-60).</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> Israel não foi enviada como uma “Grande Comissão” para ajuntar as nações; pelo contrário, ela foi glorificada para que as nações vissem sua grandeza e viessem a ela. Então, quando Salomão construiu o templo do Senhor, foi espetacularmente abundante em revestimentos de ouro.</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> O Santo dos Santos tinha vinte côvados de comprimento, vinte côvados de largura e vinte côvados de altura. E foi coberto com ouro puro. Ele também cobriu de ouro um altar de cedro. E Salomão revestiu o interior da casa com ouro puro, e fez passar correntes de ouro frente ao Santo dos Santos, o qual também cobriu de ouro. E cobriu de ouro toda a casa, inteiramente. Também cobriu de ouro todo o altar que estava diante do Santo dos Santos. (1Reis 6:20-22)</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> E quando ele mobiliou o templo, o ouro mais uma vez se tornou igualmente abundante.</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> Então Salomão fez todos os utensílios que estavam na casa do Senhor: o altar de ouro, a mesa de ouro para os pães da proposição, os castiçais de ouro finíssimo, cinco à direita e cinco no lado sul e cinco no norte diante do Santo dos Santos; as flores, as lâmpadas e as linguetas, também de ouro; as taças, espevitadeiras, bacias, recipientes para incenso e braseiros, de ouro finíssimo; as dobradiças para as portas da casa interior e do Santo dos Santos, também de ouro. (1Reis 7:48-50)</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> Salomão levou sete anos para construir a casa do Senhor. E então levou treze anos para construir sua própria casa (1Reis 6:38 e 7:1). Ela também era abundante em ouro e pedras de valor (1Reis 7:10).</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> Então, quando tudo estava construído, o nível de sua opulência é visto em 1Reis 10, quando a rainha de Sabá, representando as nações gentias, vai ver a glória da casa de Deus e de Salomão. Quando ela viu, “ficou como fora de si” (1Reis 10:5). Ela disse: “Bendito seja o SENHOR, teu Deus, que se agradou de ti para te colocar no trono de Israel; é porque o SENHOR ama a Israel para sempre, que te constituiu rei” (1Reis 10:9).</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> Em outras palavras, o padrão no Antigo Testamento é uma religião venha-ver. Há um centro geográfico do povo de Deus. Há um templo físico, um rei terreno, um regime político, uma identidade étnica, um exército para lutar as batalhas terrenas de Deus, e uma equipe de sacerdotes para fazer sacrifícios animais pelos pecados.</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> Com a vinda de Cristo tudo isso mudou. Não há centro geográfico para o Cristianismo (João 4:20-24); Jesus substituiu o templo, os sacerdotes e os sacrifícios (João 2:19; Hebreus 9:25-26); não há regime político Cristão porque o reino de Cristo não é deste mundo (João 18:36); e nós não lutamos batalhas terrenas com carruagens e cavalos ou bombas e balas, mas sim batalhas espirituais com a palavra e o Espírito (Efésios 6:12-18; 2Coríntios 10:3-5).</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> Tudo isso sustenta a grande mudança na missão. O Novo Testamento não apresenta uma religião venha-ver, mas uma religião vá-anunciar. “Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mateus 28:18-20).</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> As implicações disso são enormes para a forma que vivemos e a forma que pensamos a respeito de dinheiro e estilo de vida. Uma das implicações principais é que nós somos “peregrinos e forasteiros” (1Pedro 2:11) na terra. Nós não usamos este mundo como se ele fosse nosso lar de origem. “A nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Filipenses 3:20).</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> Isso leva a um estilo de vida em pé de guerra. Isso significa que nós não acumulamos riquezas para mostrar ao mundo o quão rico nosso Deus pode nos fazer. Nós trabalhamos duro e buscamos uma austeridade em pé de guerra pela causa de espalhar o evangelho até os confins da terra. Nós maximizamos o esforço de guerra, não os confortos de casa. Nós criamos nossos filhos com a visão de ajudá-los a abraçar o sofrimento que irá custar para finalizar a missão.</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> Então, se um pregador da prosperidade me questiona sobre as promessas de riqueza para pessoas fiéis no Antigo Testamento, minha resposta é: Leia seu Novo Testamento com cuidado e veja se você encontra a mesma ênfase. Você não irá encontrar. E a razão é que as coisas mudaram dramaticamente.</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> “Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes” (1Timóteo 6:7-8). Por quê? Porque o chamado a Cristo é um chamado para participar de seus sofrimentos “como um bom soldado de Cristo Jesus” (2 Timóteo 2:3). A ênfase do Novo Testamento não são as riquezas que nos atraem para o pecado, mas o sacrifício que nos resgata dele.</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> Uma confirmação providencial de que Deus planejou esta distinção entre uma orientação venha-ver no Antigo Testamento e uma orientação vá-anunciar no Novo Testamento, é a diferença entre o idioma do Antigo Testamento e o idioma do Novo. Hebraico, o idioma do Antigo Testamento, não era compartilhado por nenhum outro povo no mundo antigo. Era unicamente de Israel. Isto é um contraste surpreendente com o Grego, o idioma do Novo Testamento, que era o idioma de comércio do mundo romano. Então, os próprios idiomas do Antigo e do Novo Testamentos sinalizam a diferença de missões. O hebraico não era apropriado para missões no mundo antigo. O grego era perfeitamente apropriado para missões no mundo romano.</span><br />
<br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> Por </span><b style="font-size: 110%;">John Piper</b><span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;">. © Desiring God. </span><b style="font-size: 110%;">Website</b><span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;">:</span><a href="http://desiringgod.org/" style="font-size: 110%;">desiringGod.org</a><br />
<b style="font-size: 110%;">Original:</b> <a href="http://www.desiringgod.org/Blog/2373_to_prosperity_preachers_dont_make_heaven_harder/" style="font-size: 110%;">To Prosperity Preachers</a><br />
<b style="font-size: 110%;">Tradução :</b> <a href="http://voltemosaoevangelho.com/" style="font-size: 110%;">voltemosaoevangelho.com</a><br />
<b style="font-size: 110%;">Via:</b> <a href="http://voltemosaoevangelho.com/blog/2010/07/john-piper-%E2%80%93-aos-pregadores-da-prosperidadeensine-os-o-ide/" style="font-size: 110%;">Voltemos ao Evangelho</a><br />
<br />
<i><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"> * A edição da Cultura Cristã é anterior a nova edição lançada nos EUA, portanto não possui estes artigos</span></i><span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;">.</span>Cláudio Netohttp://www.blogger.com/profile/02343893445500444454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7573914207712945188.post-73980932908775783252011-09-17T17:57:00.000-03:002011-09-17T17:57:33.270-03:00Diga para o irmão que está ao seu lado #EpicFail<span style="font-size: 110%;"><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdKgBwOEy5DJlIwAhxQTnV8RIAm-wN-tuWijGowqQyr26qw1hKjE_Z9mmnvYWMbInJlRDAle0E__LPm38OgZQWLqhRFIQH0hZNnTCYPh0UPjf2-XEBJsH62vzcgJnuDPU2znWsDtFRyUsp/s1600/forever-alone-igrejas-640x960.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" rba="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdKgBwOEy5DJlIwAhxQTnV8RIAm-wN-tuWijGowqQyr26qw1hKjE_Z9mmnvYWMbInJlRDAle0E__LPm38OgZQWLqhRFIQH0hZNnTCYPh0UPjf2-XEBJsH62vzcgJnuDPU2znWsDtFRyUsp/s640/forever-alone-igrejas-640x960.jpg" width="426" /></a></div><br />
<b>Fonte: <a href="http://www.pulpitocristao.com/2011/09/diga-para-o-irmao-que-esta-ao-seu-lado/">Pulpito Cristão</a><br />
</b></span>Cláudio Netohttp://www.blogger.com/profile/02343893445500444454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7573914207712945188.post-41523513482955318532011-09-08T20:13:00.004-03:002011-09-08T21:10:50.086-03:00Aranhas mergulhadoras e insectos que usam a energia do Sol<span style="font-size: 110%;">Os mergulhadores conseguem explorar as profundezas subaquáticas em primeira mão devido a um equipamento especializado desenvolvido no século passado.<br /><br />Semelhantemente, aviões que usam o Sol como fonte de energia, actualmente em desenvolvimento, prometem disponibilizar vôos livres de combustível. <br /><br />Estas invenções abrem novas dimensões para a exploração humana, mas os equivalentes no mundo dos aracnídeos e no mundo dos insectos já existem no planeta há séculos.<br /> <br />A palavra “Scuba” hoje em dia tem um significado próprio, mas originalmente isso era um acrónimo para “Self-Contained Underwater Breathing Apparatus“. Uma das versões mais antigas com o nome de “aqualung” foi arquitectado em parte pelo falecido Jacques Cousteau. O equipamento scuba moderno é o resultado de vários refinamentos de engenharia.<br /><br />No entanto, parece que algumas aranhas já eram mergulhadoras especializadas muito antes de Cousteau. A aranha-de-água (Argyroneta aquatica) é capaz de conectar uma bolha de ar no seu abdómen e usá-la debaixo de água como forma de trocar de gás.<br /><br />Um artigo da LiveScience descreve como estes aracnídeos constroem teias subaquáticas nas lagoas e depois servem-se da zona circundante como depósito de presas, usando uma ou mais bolhas de ar colocadas por perto como forma de se manterem debaixo de água.1 Um estudo recente descobriu que as aranhas podem ficar debaixo de água “mais do que um dia“, o que surpreendeu os pesquisadores.2<br /><br /><iframe width="570" height="345" src="http://www.youtube.com/embed/GidrcvjoeKE" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br /><span style="align: center;">________________________________________</span><br />Num contexto similar, cientistas da Universidade de Tel Aviv (UTA) tentaram descobrir o motivo que leva a que algumas vespas (“hornets”) estejam mais activas quando a luz do Sol é mais intensa. Eles descobriram que estas criaturas convertem a luz ultravioleta para energia eléctrica usando 1) estrias microscópicas presentes nas suas listras castanho-escuro, 2) furos minúsculos nas listras amarelas, e 3) os pigmentos de melanina (castanho) e xantopterina (amarelo).<br /><br />Os autores do estudo publicado no jornal Naturwissenschaften escreveram:<br />As superfícies cutículas estão estruturadas de forma a reduzir a reflectância e agir como grades de difração para reterem a luz e aumentarem a quantidade absorvida na cutícula.3<br /><br />A equipa tentou duplicar as estruturas do corpo do insecto que absorvem a energia solar, mas<br /><br />obtiveram resultados pobres no seu plano de atingir as mesmas taxas de eficiência em termos de recolha de energia. Num futuro próximo eles tencionam refinar o modelo para verificarem se este bio-mimetismo pode fornecer pistas em torno de soluções para energia renovável.4<br /><br />A exposição a luz solar intensa ajudou os insectos na recolha de energia, mas será que a energia suplementar presa ao corpo as aqueceu em demasia? Segundo os pesquisadores, não, uma vez que estas vespas estão equipadas com pequenos sistemas refrigeração.<br /><br />David Bergman, da Escola de Física e Astronomia da Universidade de Tel Aviv, declarou que o insecto possui “um sistema de extracção de calor bem desenvolvido” que o mantém o corpo fresco, “algo que não é fácil de fazer“.4<br /><br /><span style="align: center;">________________________________________</span><br /><b>Algo para os militantes evolucionistas pensarem:</b> se não é fácil para um ser inteligente (com visão, propósito e planeamento) criar um sistema vagamente análogo, vocês acham mesmo que a natureza (vazia de inteligência, planeamento ou visão futura) consegue? No entanto, os vossos “cientistas” continuam a encher os vossos ouvidos com “fábulas enganosas” ao atribuírem ao que foi criado o poder de criar. Eles falam-vos em “milhões de anos”, “mutações aleatórias” e “selecção natural” e vocês caiem que nem patinhos na sua teia evolutiva. <br /><br />Não é mais do que óbvio que estas maravilhas de bio-design estão bem para além do que a natureza ou o ser humano alguma vez conseguiriam copiar na sua plenitude? Então porque é que alguns militantes evolucionistas continuam cegos às evidências e tentam usar estruturas com este tipo de design contra o Designer? <br /><br /><b><br />Fonte: <a href="http://www.icr.org/article/6213/">Institue for Creation Research</a><br />Via: <a href="http://darwinismo.wordpress.com/2011/07/04/aranhas-mergulhadoras-e-insectos-que-usam-a-energia-do-sol/">Darwinismo</a></b><br /></span>William Ramoshttp://www.blogger.com/profile/08725877110001917166noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7573914207712945188.post-89351840550065761652011-09-05T23:56:00.001-03:002011-09-05T23:56:00.430-03:00Cristianismo de Entretenimento!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLhzEXjhJy7qewL4KXIpSZRcWGteLgzpsxmqMREXEdYqplI9w290Dz_SrIvKzbiTbvem0QU-1gEVyv3gYInzHGXylNoESGy9U7JF2J_LzTnfmgZsDG4haVyXBtX-Qyb1qjyPcuZbeqnSaF/s1600/entretenimento.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="174" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLhzEXjhJy7qewL4KXIpSZRcWGteLgzpsxmqMREXEdYqplI9w290Dz_SrIvKzbiTbvem0QU-1gEVyv3gYInzHGXylNoESGy9U7JF2J_LzTnfmgZsDG4haVyXBtX-Qyb1qjyPcuZbeqnSaF/s320/entretenimento.jpg" width="320" /></a></div><span style="font-size: 110%;"><br />
A igreja pode enfrentar a apatia e o materialismo satisfazendo o apetite das pessoas por entretenimento? Evidentemente, muitas pessoas das igrejas pensam assim, enquanto uma igreja após outra salta para o vagão dos cultos de entretenimento.<br />
<br />
Uma tendência inquietante está levando muitas igrejas ortodoxas a se afastarem das prioridades bíblicas.<br />
<br />
<b>O que eles querem</b><br />
<br />
Os templos das igrejas estão sendo construídos no estilo de teatros. Ao invés de no púlpito, a ênfase se concentra no palco. Alguns templos possuem grandes plataformas, que giram ou sobem e descem, com luzes coloridas e poderosas mesas de som.<br />
<br />
Os pastores espirituais estão dando lugar aos especialistas em comunicação, aos consultores de programação, aos diretores de palco, aos peritos em efeitos especiais e aos coreógrafos.<br />
<br />
O objetivo é dar ao auditório aquilo que eles desejam. Moldar o culto da igreja aos desejos dos freqüentadores atrai muitas pessoas.<br />
<br />
Como resultado disso, os pastores se tornam mais parecidos com políticos do que com verdadeiros pastores, mais preocupados em atrair as pessoas do que em guiar e edificar o rebanho que Deus lhes confiou.<br />
<br />
A congregação recebe um entretenimento profissional, em que a dramatização, os ritmos populares e, talvez, um sermão de sugestões sutis e de aceitação imediata constituem o culto de adoração. Mas a ênfase concentra-se no entretenimento e não na adoração.<br />
<br />
<b>A idéia fundamental</b><br />
<br />
O que fundamenta esta tendência é a idéia de que a igreja tem de “vender” o evangelho aos incrédulos — a igreja compete por consumidores, no mesmo nível dos grandes produtos.<br />
<br />
Mais e mais igrejas estão dependendo de técnicas de vendas para se oferecerem ao mundo.<br />
<br />
Essa filosofia resulta de péssima teologia. Presume que, se você colocar o evangelho na embalagem correta, as pessoas serão salvas. Essa maneira de lidar com o evangelho se fundamenta na teologia arminiana. Vê a conversão como nada mais do que um ato da vontade humana. Seu objetivo é uma decisão instantânea, ao invés de uma mudança radical do coração.<br />
<br />
Além disso, toda esta corrupção do evangelho, nos moldes da Avenida Madison, presume que os cultos da igreja têm o objetivo primário de recrutar os incrédulos. Algumas igrejas abandonaram a adoração no sentido bíblico.<br />
<br />
Outras relegaram a pregação convencional aos cultos de grupos pequenos em uma noite da semana. Mas isso se afasta do principal ensino de Hebreus 10.24-25: “Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos”.<br />
<br />
<b>O verdadeiro padrão<br />
</b><br />
Atos 2.42 nos mostra o padrão que a igreja primitiva seguia, quando os crentes se reuniam: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações”.<br />
<br />
Devemos observar que as prioridades da igreja eram adorar a Deus e edificar os irmãos. A igreja se reunia para adoração e edificação — e se espalhava para evangelizar o mundo. Nosso Senhor comissionou seus discípulos a evangelizar, utilizando as seguintes palavras: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações” (Mateus 28.19). Ele deixou claro que sua igreja não tem de ficar esperando (ou convidando) o mundo para vir às suas reuniões, e sim que ela tem de ir ao mundo.<br />
<br />
Essa é uma responsabilidade de todo crente. Receio que uma abordagem cuja ênfase se concentra em uma apresentação agradável do evangelho, no templo da igreja, absolve muitos crentes de sua obrigação pessoal de ser luz no mundo (Mateus 5.16).<br />
<br />
<b>Estilo de vida</b><br />
<br />
A sociedade está repleta de pessoas que querem o que querem quando o querem. Elas vivem em seu próprio estilo de vida, recreação e entretenimento. Quando as igrejas apelam a esses desejos egoístas, elas simplesmente põem lenha nesse fogo e ocultam a verdadeira piedade.<br />
<br />
Algumas dessas igrejas estão crescendo em expoentes elevados, enquanto outras que não utilizam o entretenimento estão lutando. Muitos líderes de igrejas desejam crescimento numérico em suas igrejas, por isso, estão abraçando a filosofia de “entretenimento em primeiro lugar”.<br />
<br />
Considere o que esta filosofia causa à própria mensagem do evangelho. Alguns afirmam que, se os princípios bíblicos são apresentados, não devemos nos preocupar com os meios pelos quais eles são apresentados. Isto é ilógico.<br />
<br />
Por que não realizarmos um verdadeiro show de entretenimento? Um atirador de facas tatuado fazendo malabarismo com serras de aço se apresentaria, enquanto alguém gritaria versículos bíblicos. Isso atrairia uma multidão, você não acha?<br />
<br />
É um cenário bizarro, mas é um cenário que ilustra como os meios podem baratear e corromper a mensagem.<br />
<br />
<b>Tornando vulgar</b><br />
<br />
Infelizmente, este cenário não é muito diferente do que algumas igrejas estão fazendo. Roqueiros punk, ventríloquos, palhaços e artistas famosos têm ocupado o lugar do pregador — e estão degradando o evangelho.<br />
<br />
Creio que podemos ser inovadores e criativos na maneira como apresentamos o evangelho, mas temos de ser cuidadosos em harmonizar nossos métodos com a profunda verdade espiritual que procuramos transmitir. É muito fácil vulgarizarmos a mensagem sagrada.<br />
<br />
Não se apresse em abraçar as tendências das super-igrejas de alta tecnologia. E não zombe da adoração e da pregação convencionais. Não precisamos de abordagens astuciosas para que tenhamos pessoas salvas (1 Coríntios 1.21).<br />
<br />
Precisamos tão-somente retornar à pregação da verdade e plantar a semente. Se formos fiéis nisso, o solo que Deus preparou frutificará.<br />
<br />
<b><br />
Autor: John MacArhtur<br />
Fonte: <a href="http://plugadoscomdeus.blogspot.com/2011/01/cristianismo-de-entretenimento.html">Plugados com Deus</a><br />
Via: <a href="http://bereianos.blogspot.com/2011/01/cristianismo-de-entretenimento.html">Bereianos</a></b><br />
</span>Cláudio Netohttp://www.blogger.com/profile/02343893445500444454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7573914207712945188.post-76838012113327216952011-09-05T23:08:00.000-03:002011-09-05T23:08:34.460-03:00Não é Você que Escolhe Cristo!<div style="font-size: 110%; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvPfetx-3ZMVKdv9kh_K8_KQ_9YYaCpAiJge0Me7ZuSv90Rs-EXsKHafwOqLMikbzdIZm6ZumXC5_HrT8IKDGif3cQdBK3U15qc1d8_rNCxFwx_6Tcj6G3lFa74WDQ3NIYHp2VduFcR2uB/s1600/posso+escolher+%25281%2529.jpg" imageanchor="1"><img border="0" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvPfetx-3ZMVKdv9kh_K8_KQ_9YYaCpAiJge0Me7ZuSv90Rs-EXsKHafwOqLMikbzdIZm6ZumXC5_HrT8IKDGif3cQdBK3U15qc1d8_rNCxFwx_6Tcj6G3lFa74WDQ3NIYHp2VduFcR2uB/s320/posso+escolher+%25281%2529.jpg" width="320" /></a></div><br />
<br />
<b><i>Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça. João 15.16</i></b></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 18px;"><br />
</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> Esta é uma afirmação sobremodo humilhante e, ao mesmo tempo, bastante abençoadora para o verdadeiro discípulo de Jesus. Foi muito humilhante para os discípulos ouvirem que não haviam escolhido a Cristo. As necessidades de vocês são tantas, e seus corações, tão endurecidos, que vocês não me escolheram. Mas, apesar disso, foi extremamente reconfortante para os discípulos saberem que Cristo os havia escolhido — “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros”. Isto lhes mostrou que Cristo os amou antes de eles O amarem — Ele os amou quando ainda estavam mortos em pecados. Em seguida, Jesus mostrou aos discípulos que seria o amor que os tornaria santos: “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça”. </span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> Consideremos as verdades deste versículo na ordem em que são expressas. </span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"><b> OS HOMENS NÃO ESCOLHEM NATURALMENTE A CRISTO </b></span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> “Não fostes vós que me escolhestes a mim”. Isto era verdade a respeito dos apóstolos; também é verdade a respeito de todos os que crerão em Jesus, até o final do mundo. “Não fostes vós que me escolhestes a mim.” O ouvido natural é tão surdo, que não pode ouvir; os olhos naturais, tão cegos, que não podem ver a Cristo. Em certo sentido, é verdade que todo verdadeiro discípulo escolhe a Cristo; mas isto acontece somente quando Deus abre os olhos da pessoa, para que ela veja a Jesus; quando Deus outorga vigor ao braço ressequido, para que ele abrace a Cristo. </span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> O significado das palavras de Jesus era: “Vocês nunca me teriam escolhido, se eu não os tivesse escolhido”. É verdade que, quando Deus abre o coração do pecador, este escolhe a Cristo e a ninguém mais, somente a Cristo. É verdade que um coração vivificado pelo Espírito sempre escolhe a Cristo, a ninguém mais, somente a Cristo, e por Ele renunciará o mundo inteiro. </span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> Irmãos, este versículo nos ensina que todo pecador despertado se mostra disposto a seguir a Cristo, mas não antes de ser tornado disposto. Aqueles que dentre vocês foram despertados, não escolheram a Cristo. Se um médico viesse à sua casa e dissesse que viera para curá-lo de sua enfermidade, e se você sentisse que não estava doente, diria ao médico: “Não preciso de você; procure o vizinho”. Esta é a maneira como você age para com o Senhor Jesus: Ele lhe oferece a cura, mas você Lhe diz que não está enfermo; Ele se oferece para cobrir, com a obediência dEle mesmo, a nudez de sua alma, mas você responde: “Não preciso dessa roupa”. </span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> Outra razão por que você não escolhe a Cristo é esta: você não vê qualquer beleza nEle. “E como raiz de uma terra seca; não tinha aparência nem formosura” (Is 53.2). Você não vê qualquer beleza na pessoa de Cristo, nenhuma beleza na obediência dEle, nenhuma glória na sua cruz. Você não O vê e, por isso, não O escolhe. </span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> Outra razão por que você não escolhe a Cristo é esta: não quer que Ele o torne santo. “Lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1.21). Mas você ama o pecado, ama os seus prazeres. Por isso, quando o Filho de Deus se aproxima e lhe diz: “Eu o salvarei dos seus pecados”, você responde: “Amo o pecado, amo os meus prazeres”. Por conseguinte, você nunca pode chegar a um acordo com o Senhor Jesus. “Não fostes vós que me escolhestes a mim.” Embora eu tenha morrido em favor de vocês, não me escolheram. Tenho lhes falado por muitos anos, mas, apesar disso, vocês não me escolheram. Tenho lhes dado a Bíblia, para instruí-los, e ainda assim vocês não me escolheram. Irmão, esta acusação lhe sobrevirá no Dia do Juízo: “Eu o teria vestido com a minha obediência, mas você não o quis”. </span><br />
<br />
<b style="font-size: 110%;"><br />
Autor: R. M. M’Cheyne (1813-1843)<br />
Fonte: <a href="http://www.josemarbessa.com/2011/07/nao-e-voce-que-escolhe-cristo-r-m.html">Josemar Bessa</a><br />
Via: <a href="http://bereianos.blogspot.com/2011/08/nao-e-voce-que-escolhe-cristo.html">Bereianos</a><br />
</b>Cláudio Netohttp://www.blogger.com/profile/02343893445500444454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7573914207712945188.post-57087977932431868052011-09-04T23:56:00.001-03:002011-09-04T23:56:34.241-03:00A Essência da Verdadeira Adoração<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkAUFgvH-AbkAVL4BDlFs_Kuhqof-8VxBFoNmRDP2nTZskd-utdMuTJNa9nXcVJHftWDLf19YpzA1942ktbThjI_amcT7nMOYcrDbLzeH5YPz5F1-9YjbrECJnh_90YNpiFp6GqaMbrRmn/s1600/puritanos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkAUFgvH-AbkAVL4BDlFs_Kuhqof-8VxBFoNmRDP2nTZskd-utdMuTJNa9nXcVJHftWDLf19YpzA1942ktbThjI_amcT7nMOYcrDbLzeH5YPz5F1-9YjbrECJnh_90YNpiFp6GqaMbrRmn/s1600/puritanos.jpg" /></a></div><span style="font-size: 110%;"><br />
Cristo descreve a verdadeira adoração durante sua conversa com a mulher no poço (Jo 4: 5-26). Durante esta conversa a mulher propõe a Jesus a controvérsia religiosa preeminente que existia entre os Judeus e Samaritanos.<br />
<br />
Especificamente, a disputa era sobre onde adorar. É verdade que Deus havia prescrito Jerusalém como o local para os rituais públicos – embora isto logo fosse mudado. Externamente, quando ao local para os rituais públicos os judeus estavam certos. Deus havia prescrito um padrão de adoração que tinha seu foco em Jerusalém. Este padrão divino foi desenhado como um testemunho para toda a humanidade, no que diz respeito à salvação. “A salvação vem dos Judeus” (Jo 4:22) porque “a eles foram confiados os oráculos de Deus” (Rm 3:22). Neste sentido, os judeus adoravam o que eles conheciam: isto é, eles aderiam ao conhecimento da lei no que dizia respeito ao local para os rituais divinos. (Aqui estamos novamente nos dirigindo para a importância da religião revelada, como dada na lei). Os samaritanos haviam abandonado a lei e forjaram a sua própria religião híbrida (2 Rs 17).<br />
<br />
Expressado de forma diferente, Jesus reitera a importância da ordem de Deus na religião. Uma grande mudança estava preste a acontecer no que diz respeito às ordenanças externas da adoração. Em qual direção? Não pela designação humana, mas pela designação de Deus. Ele somente é o legislador. Ninguém pode adulterar o padrão que Ele estabeleceu; ainda mais, é prerrogativa divina fazer alterações de conformidade com seus propósitos.<br />
<br />
Em seguida Jesus resume a essência da verdadeira adoração, que inclui a união inseparável de piedade e conhecimento. Os verdadeiros adoradores adorarão a Deus “em espírito e em verdade”. A adoração dos verdadeiros adoradores é caracterizada desta forma, como um resultado da graça salvadora de Deus. A soberania de Deus na salvação se estende não apenas à forma na qual os eleitos são salvos, mas também aos propósitos para os quais estes são redimidos. Um motivo essencial na salvação dos eleitos é de que eles venham a adorar em espírito e em verdade: “são estes que o Pai procura para seus adoradores (Jo 4:23).<br />
<br />
A linguagem é repetida na forma imperativa. É uma linguagem semelhante a outros imperativos nos ensinos de Cristo, tal qual a afirmação registrada no capítulo prévio do evangelho de João: “<b>Importa-vos</b> nascer de novo”. Os verdadeiros adoradores “devem adorar o Pai em espírito e em verdade... importa que os seus adoradores <b>o adorem</b> em espírito e em verdade” (Jo 3:7; 4:23-24).<br />
<br />
A verdadeira adoração deve ser “em espírito”. Isto envolve o homem interior, exigindo sinceridade e amor. A adoração inclui mais do que meras formas de devoção externa. Muitas vezes Deus pronunciou uma maldição contra pessoas devotadas a formas vazias de religião.<br />
<br />
Os judeus incrédulos tinham o coração distante do Senhor, apesar de estarem no local correto para os rituais externos. A verdadeira adoração deve fluir do coração sincero e do amor a Deus, nosso Salvador.<br />
<br />
Da mesma forma, a adoração genuína deve ser “em verdade”. Isto é, nossa adoração deve estar de conformidade com a revelação escrita de Deus. Existe, de fato, uma medida externa para a nossa adoração. É comum, nos dias de hoje, ouvir comentários de que o “coração” é tudo o que importa: um conceito errado de que a sinceridade de motivos e a emoção fervorosa sejam a substância da adoração genuína. Mas Cristo não reduz a essência da adoração à adoração em espírito; ele acrescenta a medida da verdade. A adoração aceitável é mais do que a exaltação sentimental de um coração ardente. Sem a verdade tal fervor é uma ofensa diante de Deus; é zelo, mas “não com entendimento” (Rm 12:2).<br />
<br />
As afirmativas de Cristo sugerem uma advertência solene. Por sua referência a “verdadeiros adoradores” (Jo 4:23). Podemos perceber algo distinto que os separa dos outros adoradores. Em outras palavras, existe uma classe de adoradores que são falsos em sua adoração. Portanto, devemos examinar a nossa própria adoração cuidadosamente para que possamos discernir a classe a qual pertencemos.<br />
<br />
Para ver o artigo completo acesse o site <a href="http://www.eleitosdedeus.org/adoracao/forma-da-adoracao-principio-regulador-do-culto-kevin-reed.html">Eleitos de Deus</a><br />
<br />
<br />
<b>Autor: Kevin Reed<br />
Via: <a href="http://bereianos.blogspot.com/2011/03/essencia-da-verdadeira-adoracao.html">Bereianos</a><b></b></b><br />
</span>Cláudio Netohttp://www.blogger.com/profile/02343893445500444454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7573914207712945188.post-54573123080689801582011-09-04T23:46:00.000-03:002011-09-04T23:46:02.112-03:00Tesouros na Terra<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGeJaBnaw-R6CQIRpWy8HXSv0uI1s7OgL-TAIzzSuKfWF6uiwlph-5QcZJ9v0Aqy3YZPp6Uz-jQVU8SiQtkc4RwnGv16ktO_917wKsuiTgeOcwSo0rm-HtUbHAfGtBAn8E8v2F_u9ctb7O/s1600/tesouro.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGeJaBnaw-R6CQIRpWy8HXSv0uI1s7OgL-TAIzzSuKfWF6uiwlph-5QcZJ9v0Aqy3YZPp6Uz-jQVU8SiQtkc4RwnGv16ktO_917wKsuiTgeOcwSo0rm-HtUbHAfGtBAn8E8v2F_u9ctb7O/s1600/tesouro.jpg" /></a></div><span style="font-size: 110%;">A essência da adoração é ter Jesus como infinitamente valioso, acima de todas as coisas. As formas exteriores de adoração são atos que mostram quanto valorizamos a Deus. Portanto, toda a vida tem o propósito de ser adoração, pois Deus afirmou que, comendo, ou bebendo, ou fazendo qualquer outra coisa – toda a vida –, devemos fazer tudo para mostrar quão valiosa é a glória de Deus para nós.<br />
<br />
Dinheiro e bens são uma grande parte de nossa vida; por isso, Deus tenciona que eles sejam uma grande parte da adoração. A maneira como adoramos com nosso dinheiro e bens é ganhá-los, e usá-los, e perdê-los de um modo que mostre quanto valorizamos a Jesus, e não o dinheiro.<br />
<br />
Lucas 12.33-34 está relacionado ao padrão de como adoramos com nosso dinheiro (e, por implicação, está relacionado ao que fazemos com nosso dinheiro na adoração coletiva, conforme veremos em seguida). “Vendei os vossos bens e dai esmola; fazei para vós outros bolsas que não desgastem, tesouro inextinguível nos céus, onde não chega o ladrão, nem a traça consome, porque, onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.” Com base nesse texto, observe três ensinos importantes sobre o dinheiro.<br />
<br />
Primeiro, ter Jesus como nosso maior tesouro transmite um forte impulso à simplicidade, e não à acumulação. Focalize por um momento as palavras “vendei os vossos bens”, no versículo 33. Com quem Jesus estava falando? O versículo 22 nos dá a resposta: “seus discípulos”. Ora, em sua maioria, eles não eram pessoas ricas. Não tinham muitos bens. Mas, apesar disso, Jesus disse: “Vendei os vossos bens”. Ele não disse quantos bens eles deveriam vender.<br />
<br />
Conforme mecionado em Lucas 18.22, Jesus disse a um jovem rico: “Vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro nos céus; depois, vem e segue-me” (v. 22). Nessa ocasião, Jesus instruiu o homem a vender todas os suas posses.<br />
<br />
Quando Zaqueu encontrou-se com Jesus, disse: “Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais” (Lc 19.8). Portanto, ele deu 50% de seus bens.<br />
<br />
Atos 4.36-37 diz: “José, a quem os apóstolos deram o sobrenome de Barnabé, que quer dizer filho de exortação, levita, natural de Chipre, como tivesse um campo, vendendo-o, trouxe o preço e o depositou aos pés dos apóstolos”. Isso significa que Barnabé vendeu pelo menos um campo.<br />
<br />
A Bíblia não nos diz quantos bens devemos vender. Então, por que ela nos diz que devemos vendê-los? Dar esmolas – usar o dinheiro para mostrar amor àqueles que não têm o necessário para a vida e não têm o evangelho (a necessidade para a vida eterna) – é tão importante que, se não temos dinheiro à mão, devemos vender algo para que possamos dar.<br />
<br />
Agora pense o que isso significa no contexto. Os discípulos não eram pessoas ricas que tinham despesas além de suas condições, cujo dinheiro estava preso em títulos ou investido em imóveis. Muitas dessas pessoas têm, de fato, algumas economias. Mas Jesus não disse: “Usem um pouco do dinheiro de vocês para dar esmolas”. Ele disse: “Vendam algo e dêem esmolas”. Por quê? A suposição é que essas pessoa viviam tão próximas do limite de suas condições, que, não tendo dinheiro para dar, precisavam vender algo para que pudessem dar. Jesus queria que seu povo se movesse em direção à simplicidade, e não à acumulação.<br />
<br />
Qual é o ensino? O ensino é que existe na vida cristã um poderoso impulso à simplicidade, e não à acumulação. Esse impulso resulta de valorizarmos a Deus como Pastor, Pai e Rei mais do que valorizamos todos os nossos bens.<br />
<br />
E o impulso é poderoso por duas razões. Uma é que Jesus disse: “Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas (literalmente, aqueles que têm coisas)!” (Lc 18.24). Em Lucas 8.14, Jesus disse que as riquezas sufocam a Palavra de Deus. Contudo, queremos entrar no reino de Deus mais do que desejamos ter coisas. E não queremos que o evangelho seja sufocado em nossas vidas.<br />
<br />
A outra razão é esta: queremos que a preciosidade de Deus seja manifestada ao mundo. E Jesus nos diz que vender os bens e dar esmolas é uma maneira de mostrar que Deus é real e precioso como Pastor, Pai e Rei.<br />
<br />
Portanto, o primeiro ensino de Lucas 12 é que confiar em Deus como Pastor, Pai e Rei transmite um forte impulso à simplicidade, e não à acumulação. E isso transforma a adoração que procede do íntimo do coração em ações mais visíveis, para a glória de Deus.<br />
<br />
Mas há uma segunda lição a aprendermos no versículo 33: o propósito do dinheiro é maximizar nosso tesouro no céu, e não na terra. “Vendei os vossos bens e dai esmola; fazei para vós outros bolsas que não desgastem, tesouro inextinguível nos céus, onde não chega o ladrão, nem a traça consome”. Qual é a conexão entre vender os bens, para atender à necessidade de outros (primeira parte do versículo), e o acumular para si mesmo tesouro no céu (final do versículo)?<br />
<br />
A conexão parece ser esta: a maneira como você faz bolsas que não desgastam e ajunta no céu um tesouro inextinguível é por vender seus bens e atender às necessidades dos outros. Em outras palavras, simplificar nossa vida na terra por causa do amor maximiza nosso gozo no céu.<br />
<br />
Não entenda de modo errado este ensino radical, pois isto é o que Jesus pensa e fala em todo o tempo. Ter uma mentalidade do céu faz uma diferença radicalmente amorosa neste mundo. As pessoas que estão mais poderosamente convencidas de que o tesouro no céu é o que realmente importa, e não as grandes possessões acumuladas neste mundo, são pessoas que sonharão constantemente com maneiras de simplificar e servir, simplificar e servir, simplificar e servir. Eles darão, e darão, e darão. E, é claro, trabalharão, trabalharão, trabalharão, como Paulo disse em Efésios 4.28: “Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado”.<br />
<br />
A conexão com a adoração – na vida e nos domingos – é esta: Jesus nos manda acumular tesouros no céu, ou seja, maximizar nosso gozo em Deus. Ele diz que a maneira como fazemos isso é vendendo e simplificando, por amor aos outros. Assim, ele motiva a simplicidade e o serviço pelo nosso desejo de maximizar nosso gozo em Deus; e isso significa que todo o nosso uso do dinheiro se torna uma manifestação de quanto nos deleitamos em Deus, acima do dinheiro e de todas as coisas. E isso é adoração.<br />
<br />
Mas há um terceiro e último ensino em Lucas 12: seu coração se move em direção ao que você ama, e Deus quer que você se mova em direção a ele. “Porque, onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (v. 34). Essas palavras são apresentadas como a razão por que devemos buscar tesouros inextinguíveis no céu. Se o seu tesouro estiver no céu, onde Deus está, então ali estará o seu coração.<br />
<br />
Ora, o que este versículo aparentemente simples nos diz? Entendo que a palavra tesouro significa “o objeto amado”. E a palavra “coração” entendo que significa “o órgão que ama”. Por isso, leio assim este versículo: “Onde estiver o objeto que você ama, ali estará o órgão que ama”. Se o objeto de seu amor é Deus, que está no céu, o seu coração estará com ele no céu. Você estará com Deus. Todavia, se o objeto de seu amor é o dinheiro e as coisas da terra, o seu coração estará na terra. Você estará na terra, separado de Deus.<br />
<br />
Isso é o que Jesus pretendia dizer quando falou: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas” (Lc 16.13). Servir ao Deus dinheiro significa amar o dinheiro e seguir todos os benefícios que ele pode oferecer. Nesse caso, o coração segue o dinheiro. Mas servir a Deus implica amá-lo e buscar todos os benefícios que ele pode dar. Nesse caso, o coração segue a Deus.<br />
<br />
E isso é adoração: o coração está amando a Deus e buscando-o como o tesouro superior a todos os outros tesouros.<br />
<br />
Em conclusão, vamos relacionar esses três ensinos de Lucas 12.33-34 com o ato de adoração coletiva que chamamos de “ofertório”. Este momento e este ato serão adoração para você, não importando a quantidade ofertada – desde a pequena moeda da viúva às grandes quantias dos milionários –, se, ao dar, você disser, de todo o coração: “Primeiro, ó Deus, por meio desse ato, eu confio em ti como meu generoso e bendito Pastor, Pai e Rei, de modo que não temerei quando tiver menos dinheiro para mim mesmo, ao suprir as necessidades dos outros. Segundo, ó Deus, por meio desse ato, eu resisto a incrível pressão de nossa cultura para acumularmos cada vez mais e identifico-me com o impulso para viver em simplicidade por amor aos outros. Terceiro, por meio desse ato, eu acumulo tesouros no céu, e não na terra, para que meu gozo em Deus seja maximizado para sempre. E, quarto, com esta oferta eu declaro que meu tesouro está no céu e meu coração segue a Deus”.<br />
<br />
<br />
<b>Autor: John Piper<br />
Fonte: <a href="http://www.editorafiel.com.br/artigos_detalhes.php?id=356">Editora Fiel</a><br />
Via: <a href="http://bereianos.blogspot.com/2011/03/tesouros-na-terra.html">Bereianos</a></b><br />
</span>Cláudio Netohttp://www.blogger.com/profile/02343893445500444454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7573914207712945188.post-73802111039228394012011-07-15T18:11:00.002-03:002011-07-18T15:22:56.897-03:00A Fé Cristã é Realmente Racional?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQCl-VOasNlKnSxZef2XTIJPtHnSWojtbJGxHr4z0nuF6tsJhGw6qai344nbY0QQqtumVtBy_vQDXi0Qc5rD1m13qm4qLdgYjrAPcdBwPyt2lY-wE4zn6eP1lF4sFptxzINTh__e6wEjKu/s1600/sproul.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQCl-VOasNlKnSxZef2XTIJPtHnSWojtbJGxHr4z0nuF6tsJhGw6qai344nbY0QQqtumVtBy_vQDXi0Qc5rD1m13qm4qLdgYjrAPcdBwPyt2lY-wE4zn6eP1lF4sFptxzINTh__e6wEjKu/s1600/sproul.jpg" /></a></div><span style="font-size: 110%;">Com absoluta certeza! Ela é intensamente racional. Agora, já me fizeram a seguinte pergunta: "É verdade que o sr. é um racionalista cristão?" Eu respondi: "De maneira nenhuma! Isso é uma contradição, em termos. O racionalista é alguém que abraça uma filosofia que se contrapõe ao cristianismo." Portanto, embora um cristão verdadeiro não seja um racionalista, a fé cristã certamente é racional.<br />
<br />
O cristianismo é coerente? É inteligível? Faz sentido? Ele se harmoniza num padrão coerente de verdade, ou ele é o oposto do racional — ele seria irracional? Seria o cristianismo complacente com a superstição e concordaria com cristãos que crêem que o cristianismo é francamente irracional? Penso que isso é um fato muito lamentável. O Deus do cristianismo se dirige à mente das pessoas. Ele fala conosco. Ele tem um livro escrito para o nosso entendimento.<br />
<br />
Quando digo que o cristianismo é racional, não quero significar com isso que a verdade do cristianismo em toda a sua majestade possa ser deduzida a partir de alguns princípios lógicos por um filósofo especulativo. Há muita informação sobre a natureza de Deus que podemos encontrar unicamente porque o próprio Deus escolheu revelá-las a nós. Ele revela essas coisas através de seus profetas, através da história, através da Bíblia e através do seu Filho unigênito, Jesus.<br />
<br />
Mas o que ele revela é inteligível, podemos entender com nosso intelecto. Ele não nos pede que desprezemos nossas mentes para nos tornarmos cristãos. Há pessoas que pensam que, para se tornarem cristãs, elas precisam deixar seus cérebros em algum lugar do estacionamento. O único pulo que o Novo Testamento nos chama a dar, não é um pulo no escuro, mas é para fora do escuro, para a luz, para aquilo que verdadeiramente podemos entender. Isto não quer dizer que tudo o que a fé cristã afirma é absolutamente claro no que diz respeito às nossas categorias racionais. Não posso entender, por exemplo, como uma pessoa pode ter uma natureza divina e uma natureza humana ao mesmo tempo, que é aquilo que cremos sobre Jesus. Isso é um mistério — mas mistério não é o mesmo que irracional.<br />
<br />
Mistério não se aplica somente à religião. Não compreendo inteiramente a força da gravidade. Essas coisas são misteriosas para nós, mas não são irracionais. Uma coisa é dizer: "Não compreendo, com minha mente finita, como isso funciona." Outra coisa diferente é dizer: "Elas são gritantemente contraditórias e irracionais, mas vou acreditar assim mesmo." Não é isso que o cristianismo faz. O cristianismo afirma que há mistérios, mas esses mistérios não podem ser articulados em termos do irracional; se assim fosse, então nos afastaríamos da verdade cristã.<br />
<br />
<b> Fonte: Boa Pergunta, R C Sproul, Cultura Cristã - Paginas 203 e 204<br />
Via: [ <a href="http://bereianos.blogspot.com/2011/01/fe-crista-e-realmente-racional-r-c.html">Bereianos </a>]</b><br />
</span>Cláudio Netohttp://www.blogger.com/profile/02343893445500444454noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7573914207712945188.post-56426035723436954122011-07-14T13:51:00.002-03:002011-07-14T13:51:00.391-03:00Cura Interior - O Cristão Realmente Precisa?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtMCjjkKx9HhKOZcxxJti6s69gUiu7KBZSsR3A-4bMiHm7rZaSTHFJYRqvcGcPCCgYsvUFUh24tBJS0TwYTPcbjMlR09WXdsnU5b6N5pWRBL_jnyLoKoxJM911TgrwQm-3ipU93qLPtW8l/s1600/cura+interior.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtMCjjkKx9HhKOZcxxJti6s69gUiu7KBZSsR3A-4bMiHm7rZaSTHFJYRqvcGcPCCgYsvUFUh24tBJS0TwYTPcbjMlR09WXdsnU5b6N5pWRBL_jnyLoKoxJM911TgrwQm-3ipU93qLPtW8l/s320/cura+interior.jpg" width="214" /></a></div><span style="font-size: 110%;"><b>Texto: Jo 8. 31,36<br />
</b><br />
<b>Introdução:<br />
</b><br />
Cura interior significa a cura da alma e do espírito do homem, diferentemente da cura física. Neste sentido, a cura interior é uma realidade; o que é falso na teologia da cura interior são os métodos empregados para se obter esta cura interior, bem como o momento em que ela acontece.<br />
<br />
A cura interior existe, e hoje você irá aprender o que ela é na verdade e quando ela ocorre.<br />
<br />
<br />
<b>A teologia da cura interior<br />
</b><br />
Os adeptos desta heresia crêem que após o ser humano entregar a vida para Cristo precisa ser liberto de traumas do passado e, portanto, necessita descobrir estes traumas que tiveram no passado para liberar perdão ou ainda pedir perdão pelo ofensor, pois, caso contrário, sua vida espiritual irá por “água a baixo”.<br />
<br />
Como é difícil, segundo eles dizem, lembrarmos sozinhos da nossa vida passada; faz-se necessário à ajuda de terapias de regressão feitas individualmente e muitas vezes em seminários e encontros promovidos por pastores ou até mesmo por irmãos muitas vezes despreparados. Esta moda é bem comum em movimentos como o G12.<br />
<br />
Segundo afirmam aqueles que crêem nesta doutrina, a causa de muitos crentes viverem “debaixo de maldições” e terem uma vida derrotada e frustrada, é de não terem sido ainda curados interiormente; por isso o Espírito Santo não pode fluir plenamente em suas vidas.<br />
<br />
<br />
<b>A verdade sobre a cura interior<br />
</b><br />
1)Primeiramente quero tocar na questão da suficiência do sacrifício de Cristo. Jesus não fez a obra pela metade em nossas vidas, portanto, o que necessitamos é crer no que ele fez e continua fazendo. Leia <b>Jo 13. 10</b> (Jesus nos limpou de uma vez por todas; todos os pecados do passado foram perdoados, recebemos um novo coração que também é um coração que perdoa; o que precisamos na verdade é nos arrependermos do que fazemos em nosso caminhar cristão e pedir perdão a Deus); <b>II Co 5.17</b>.<br />
<br />
Já pensou se o nosso perdão estivesse condicionado a lembrarmos de todos os pecados que fizemos, nos mínimos detalhes! Certamente iríamos ficar em falta.<br />
<br />
É justamente por esses motivos que precisamos de Cristo, não somos capazes de conquistar libertação, por isso Jesus veio até nós e não fomos nós que nos aproximamos dele! <b>Is 53.1-5; 61.1-3</b><br />
<br />
Quando é ensinado que após a conversão precisamos descobrir qual tipo de trauma do passado estamos “carregando”, estamos indiretamente dizendo que o sacrifício de Jesus não é suficiente o bastante para nos dar a vitória. A Bíblia deixa clara que o que Jesus fez por nós é completo, a Palavra de Deus inteira nos mostra este princípio. Veja ainda o seguinte texto: <b>Jo 8.36</b>. Não podemos acrescentar algo a mais à conversão para termos uma vida plena de paz.<br />
<br />
2)Em segundo lugar, podemos observar que há um esforço humano para solucionar problemas da alma, problemas que somente Cristo pode resolver. Terapias de regressão, mapas espirituais de gerações passadas e outras práticas que demonstram a tentativa fútil do homem se libertar por esforço próprio: Eu perdôo fulano, eu declaro, eu peço a Deus que perdoe beltrano, etc...<br />
<br />
E o que Jesus fez? É uma questão de fé! Ele nos perdoou de todos os nossos pecados, isso significa todos os pecados do passado, presente e daqueles que ainda iremos cometer! A Bíblia é bem clara quanto a este fundamento! Por isso que em <b>João 8.35</b> está escrito que o Filho permanece para sempre; para sempre em que lugar? Em nossos corações! Portanto se ele nos libertou, somos verdadeiramente livres, não existe meio livre ou quase livre; o que ocorre com certas pessoas é que não conheceram a Cristo verdadeiramente ou não tem fé em sua Palavra que é a Verdade, e por isso vivem sofrendo e tentando adivinhar problemas e traumas do passado, uma verdadeira loucura e confusão!<br />
<br />
3)Esta heresia ensina que alguém é o culpado do que acontece comigo, ou seja, é ensinado que eu não sou o culpado, mais sim outra pessoa; em outras palavras “ponho a culpa em alguém”, satisfaço o meu ego e está resolvido o meu problema. Por exemplo: Se eu sou rancoroso é porque minha mãe era rancorosa ou porque me batia muito, na verdade ela é a culpada do meu agir rancoroso, portanto basta dizer: Eu perdôo a minha falecida mãe por ter me feito rancoroso e então resolvo o problema. Pelo que você pode perceber, aí é que se comete pecado, porque estou guardando magoa e amargura em meu coração e não estou verdadeiramente perdoando, mais acusando a alguém pelos meus erros e frustrações! Assim fica muito “fácil”; sou rancoroso por causa de alguém, sou lésbica por causa de alguém, sou ladrão por causa de alguém, não tive culpa de nada, sou uma vítima das fatalidades que envolveram a minha vida.<br />
<br />
Pior ainda é quando o suposto culpado está vivo e o irmãozinho cai na besteira de ir perdoar o culpado. Chega até o “culpado” e diz: Eu te perdôo por você ter me deixado cheio de traumas; na verdade esta pessoa está acusando a terceiros, quando o certo é pedir perdão a Deus por ter ficado magoado!<br />
<br />
Na verdade esta faltando para esta pessoa uma genuína conversão.A cura interior, quando ensinada deste modo, fere os princípios básicos necessários à verdadeira conversão; tais como: reconhecer os próprios pecados, se arrepender, confessar, crer, etc...<br />
<br />
Já é estranho um crente ter mágoas e traumas do passado, pois isso não pode ter lugar em nossos corações onde habita o Espírito Santo, entretanto, se por ventura a mágoa tentar entrar, ela deverá ser eliminada pelo confronto com a Palavra de Deus! Hb 12. 15<br />
<br />
Vale lembrar uma regra:<br />
<br />
a)Meus pecados antes da conversão foram perdoados(<b>At 17.29; Hb 8.12;10. 15-18</b>)<br />
<br />
b)Quando alguém nos pede perdão; devemos perdoar!<br />
<br />
4)Os adeptos deste ensino precisam compreender ainda que todo homem é pecador (<b>Rm 3.23</b>) e precisa de salvação. Por mais que alguém tenha sido maltratado pelos pais ou por qualquer pessoa que seja, ou tenha passado por situações terríveis, este alguém será culpado pelos seus próprios atos; se não fosse assim, nem todos precisariam de salvação, haja vista alguns terem explicações para agirem de determinada forma.<br />
<br />
Todo homem é responsável por seus próprios atos! <b>Ez 18.4,20</b><br />
<br />
5) A salvação compreende um novo nascimento, morrer para o mundo e viver para Cristo. Se verdadeiramente somos novas criaturas, tudo relativo ao nosso passado foi sepultado com Cristo. Leia os textos a seguir: <b>II Co 5.17 e Fp 3.13,14</b> . É certo que ainda vivemos neste corpo sujeito a muitas limitações por causa do pecado, mais quanto aos traumas do passado, eles devem ser sepultados!<br />
<br />
6)Na autêntica conversão, a cura interior ocorre imediatamente, ou seja, um coração transformado pelo Espírito Santo reconhece os seus próprios erros e também perdoa os do próximo. Um coração transformado é um coração perdoador; se ele está cheio de magoas e traumas, não é porque precisa de terapia, e sim de conversão!<br />
<br />
O coração de uma nova criatura perdoa o que lhe ofende e não fica guardando ressentimentos!<br />
<br />
7)É uma maldade levar alguém a ficar sofrendo lembrando de traumas do passado quando Cristo já apagou todos eles de nossa vida.<br />
<br />
<br />
<b>Do que o homem precisa ser curado interiormente?<br />
</b><br />
Precisamos da cura do coração.<br />
<br />
Todo mal vem de dentro do coração do homem (Mt 15.16-20)<br />
<br />
Devemos saber que o homem necessita ser curado interiormente, no entanto precisamos saber também do que ele precisa ser curado.<br />
<br />
A Palavra de Deus nos ensina que Jesus levou sobre si as nossas enfermidades. O coração do homem estava distante de Deus e doente; cheio de pecados e de maldade. Cristo morreu para nos libertar do pecado e da morte. Ao derramar o seu sangue na cruz, resolveu definitivamente o problema do pecado e da morte. Quando aceitamos a Jesus Cristo como o Nosso Senhor e Salvador, o Espírito Santo vem habitar em nosso coração transformando este coração em um novo coração onde a mágoa, ódio e ressentimentos não podem achar mais lugar.<br />
<br />
Jesus entra aonde nenhum remédio, psicólogo ou psiquiatra pode entrar; ele entra no mais profundo do homem. Quando um crente está se sentindo mal ou frustrado, ele não precisa de terapia, mais de arrepender-se e lembrar de que ele é uma nova criatura!<br />
<br />
<br />
<b>Conclusão:<br />
</b><br />
Aprendemos que a verdadeira cura interior acontece no momento da conversão e que consiste na transformação de um coração doente em um novo coração. Desmascaramos a heresia da cura interior e estudamos os seus erros.<br />
<br />
<b><br />
Fonte: <a href="http://www.igrejasementedavida.com.br/docs/heresiasnasigrejas/aula15.html">www.igrejasementedavida.com.br</a><br />
Via: <a href="http://bereianos.blogspot.com/2008/10/doutrina-da-cura-interior.html">Bereianos</a><br />
Título Original: A "doutrina" da cura interior neopentecostal<br />
</b><br />
<br />
Sábio conselho do apóstolo Paulo:<br />
<br />
"Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas, prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa <i>esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão</i>, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesusfaço: ". Fl 3:12-14 (grifo meu).<br />
</span>Cláudio Netohttp://www.blogger.com/profile/02343893445500444454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7573914207712945188.post-77229599941525019962011-07-13T11:27:00.003-03:002011-07-13T11:27:01.952-03:00O Mito do Livre Arbítrio<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWLBjwwiUc6lbNwGDZPg8CEV-sM425S1229JYNafudCwLcAILZSZ1zuPGaTmDU5nnlozsP29WhtAQKnuROxrMQU_MFvikLV3kePEE9XKMvhU4vvWRUG8paDoJltXuJSu9Cp0qrmOOLfvpS/s1600/livre+arbitrio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWLBjwwiUc6lbNwGDZPg8CEV-sM425S1229JYNafudCwLcAILZSZ1zuPGaTmDU5nnlozsP29WhtAQKnuROxrMQU_MFvikLV3kePEE9XKMvhU4vvWRUG8paDoJltXuJSu9Cp0qrmOOLfvpS/s320/livre+arbitrio.jpg" width="220" /></a></div><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> A maioria das pessoas diz que crê no “livre-arbítrio”. Você tem alguma idéia do que isso significa? Acredito que você achará grande quantidade de superstição sobre este assunto. A vontade é louvada como o grande poder da alma humana, que é completamente livre para dirigir nossa vida. Mas, do que ela é livre? E qual é o seu poder?</span><br />
<br />
<b style="font-size: 110%;">O mito da liberdade circunstancial<br />
</b><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> Ninguém nega que o homem tem vontade – ou seja, a capacidade de escolher o que ele quer dizer, fazer e pensar. Mas, você já refletiu sobre a profunda fraqueza de sua vontade? Embora você tenha a habilidade de fazer uma decisão, você não tem o poder de realizar seu propósito. A vontade pode planejar um curso de ação, mas não tem nenhum poder de executar sua intenção.</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> Os irmãos de José o odiavam. Venderam-no para ser um escravo. Mas Deus usou as ações deles para torná-lo governador sobre eles. Escolheram seu curso de ação para fazer mal a José. Mas, em seu poder, Deus dirigiu os acontecimentos para o bem de José. Ele disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem” (Gn 50.20).</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> E quantas de nossas decisões são terrivelmente frustradas? Você pode escolher ser um milionário, mas a providência de Deus talvez o impedirá. Você pode decidir ser um erudito, mas a saúde ruim, um lar instável ou a falta de condições financeiras podem frustrar sua vontade. Você escolhe sair de férias, mas, em vez disso, um acidente de automóvel pode enviar-lhe para o hospital.</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> Por dizer que sua vontade é livre, certamente não estão queremos dizer que isso determina o curso de sua vida. Você não escolheu a doença, a tristeza, a guerra e a pobreza que o têm privado de felicidade. Você não escolheu ter inimigos. Se a vontade do homem é tão poderosa, por que não escolhemos viver sem cessar? Mas você tem de morrer. Os principais fatores que moldam a sua vida não se devem à sua vontade. Você não seleciona sua posição social, sua cor, sua inteligência, etc.</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> Qualquer reflexão séria sobra a sua própria experiência produzirá esta conclusão: “O coração do homem traça o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos” (Pv 16.9). Em vez de exaltar a vontade humana, devemos humildemente louvar o Senhor, cujos propósitos moldam a nossa vida. Como Jeremias confessou: “Eu sei, ó Senhor, que não cabe ao homem determinar o seu caminho, nem ao que caminha o dirigir os seus passos” (Jr 10.23).</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> Sim, você pode escolher o que quer e pode planejar o que fará, mas a sua vontade não é livre para realizar qualquer coisa contrária aos propósitos de Deus. Você também não tem o poder de alcançar seus objetivos, mas somente aqueles que Deus lhe permite alcançar. Na próxima vez que você tiver tão enamorado de sua própria vontade, lembre a parábola de Jesus sobre o homem rico. O homem rico disse: “Farei isto: destruirei os meus celeiros, reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens... Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma” (Lc 12.18-21). Ele era livre para planejar, mas não para realizar. O mesmo acontece com você.</span><br />
<br />
<b style="font-size: 110%;">O mito da liberdade ética<br />
</b><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> A liberdade da vontade é citada como um fator importante em tomar decisões morais. Diz-se que a vontade do homem é livre para escolher entre o bem e o mal. Novamente temos de perguntar: do que ela é livre? E o que a vontade do homem é livre para escolher?</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> A vontade do homem é o seu poder de escolher entre alternativas. Sua vontade decide realmente suas ações dentre várias opções. Você tem a capacidade de dirigir seus próprios pensamentos, palavras e atos. Suas decisões não são formadas por uma força exterior, e sim dentro de você mesmo. Nenhum homem é compelido a agir em contrário a sua vontade, nem forçado a dizer o que ele não quer dizer. Sua vontade guia suas ações.</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> Isso não significa que o poder de decidir é livre de todas as influências. Você faz escolhas baseado em seu entendimento, seus sentimentos, nas coisas de que gosta e de que não gosta e em seus apetites. Em outras palavras, a sua vontade não é livre de você mesmo! As suas escolhas são determinadas por seu caráter básico. A vontade não é independente de sua natureza, e sim escrava dela. Suas escolhas não moldam seu caráter, mas seu caráter guia suas escolhas. A vontade é bastante parcial ao que você sabe, sente, ama e deseja. Você sempre escolhe com base em sua disposição, de acordo com a condição de seu coração.</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> É por essa razão que a sua vontade não é livre para fazer o bem. Sua vontade é serva de seu coração, e seu coração é mau. “Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração” (Gn 6.5). “Não há quem faça o bem, não há nem um sequer” (Rm 3.12). Nenhum poder força o homem a pecar em contrário à sua vontade; os descendentes de Adão são tão maus que sempre escolhem o mal.</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> Suas decisões são moldadas pelo seu entendimento, e a Bíblia diz sobre todos os homens: “Antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato” (Rm 1.21). O homem só pode ser justo quando deseja ter comunhão com Deus, mas “não há quem busque a Deus” (Rm 3.11). Seus desejos anelam pelo pecado, e, por isso, você não pode escolher a Deus. Escolher o bem é contrário à natureza humana. Se você escolher obedecer a Deus, isso será resultado de compulsão externa. Mas você é livre para escolher, e sua escolha está escravizada à sua própria natureza má.</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> Se carne fresca e salada fossem colocadas diante de um leão faminto, ele escolheria a carne. Isso aconteceria porque a natureza do leão dita a escolha. O mesmo se aplica ao homem. A vontade do homem é livre de força exterior, mas não é livre das inclinações da natureza humana. E essas inclinações são contra Deus. O poder de decisão do homem é livre para escolher o que o coração humano dita; portanto, não há possibilidade de um homem escolher agradar a Deus sem a obra anterior da graça divina.</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> O que muitas pessoas querem expressar quando usam o termo livre-arbítrio é a idéia de que o home é, por natureza, neutro e, por isso, capaz de escolher o bem ou o mal. Isso não é verdade. A vontade humana e toda a natureza humana é inclinada continuamente para o mal. Jeremias perguntou: “Pode, acaso, o etíope mudar a sua pele ou o leopardo, as suas manchas? Então, poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal” (Jr 13.23). É impossível. É contrário à natureza. Portanto, os homens necessitam desesperadamente da transformação sobrenatural de sua natureza, pois sua vontade está escravizada a escolher o mal.</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> Apesar do grande louvor que é dado ao “livre-arbítrio”, temos visto que a vontade do homem não é livre para escolher um curso contrário aos propósitos de Deus, nem é livre para agir em contrário à sua própria natureza moral. A sua vontade não determina os acontecimentos de sua vida, nem as circunstâncias dela. Escolhas éticas não são formadas por uma mente neutra, são sempre ditadas pelo que constitui a sua personalidade.</span><br />
<br />
<b style="font-size: 110%;">O mito da liberdade espiritual<br />
</b><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> No entanto, muitos afirmam que a vontade humana faz a decisão crucial de vida espiritual ou de morte espiritual. Dizem que a vontade é totalmente livre para escolher a vida eterna oferecida em Jesus ou rejeitá-la. Dizem que Deus dará um novo coração a todos que, pelo poder de seu próprio livre-arbítrio, escolherem receber a Jesus Cristo.</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> Não pode haver dúvida de que receber a Jesus Cristo é um ato da vontade humana. É freqüentemente chamado de “fé”. Mas, como os homens chegam a receber espontaneamente o Senhor? A resposta habitual é: “Pelo poder de seu próprio livre-arbítrio?” Como pode ser isso? Jesus é um Profeta – e receber a Jesus significa crer em tudo que ele diz. Em João 8.41-45, Jesus deixou claro que você é filho de Satanás. Esse pai maligno odeia a verdade e transmitiu, por natureza, essa mesma propensão ao seu coração. Por essa razão, Jesus disse: “Porque eu digo a verdade, não me credes”. Como a vontade humana escolherá crer no que a mente humana odeia e nega?</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> Além disso, receber a Jesus significa aceitá-lo como Sacerdote – ou seja, utilizar-se dele e depender dele para obter paz com Deus, por meio de seu sacrifício e intercessão. Paulo nos diz que a mente com a qual nascemos é hostil a Deus (Rm 8.7). Como a vontade escapará da influência da natureza humana que foi nascida com uma inimizade violente para com Deus? Seria insensato a vontade escolher a paz quando todo as outras partes do homem clamam por rebelião.</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> Receber a Jesus também significa recebê-lo como Rei. Significa escolher obedecer seus mandamentos, confessar seu direito de governar e adorá-lo em seu trono. Mas a mente, as emoções e os desejos humanos clamam: “Não queremos que este reine sobre nós” (Lc 19.14). Se todo o meu ser odeia a verdade de Jesus, odeia seu governo e odeia a paz com Deus, como a minha vontade pode ser responsável por receber a Jesus? Como pode um pecador que possui tal natureza ter fé?</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> Não é a vontade do homem, e sim a graça de Deus, que tem ser louvada por dar a um pecador um novo coração. A menos que Deus mude o coração, crie um novo espírito de paz, veracidade e submissão, a vontade do homem não escolherá receber a Jesus Cristo e a vida eterna nele. Um novo coração tem de ser dado antes que um homem possa escolher, pois a vontade humana está desesperadamente escravizada à natureza má do homem até no que diz respeito à conversão. Jesus disse: “Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo” (Jo 3.7). A menos que você nasça de novo, jamais verá o reino de Deus.</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> Leia João 1.12-13. Essa passagem diz que aqueles que crêem em Jesus foram nascidos não “da vontade do homem, mas de Deus”. Assim como a sua vontade não é responsável por sua vinda a este mundo, assim também ela não é responsável pelo novo nascimento. É o seu Criador que tem de ser agradecido por sua vida. E, “se alguém está em Cristo, é nova criatura” (2 Co 5.17). Quem escolheu ser criado? Quando Lázaro ressuscitou dos mortos, ele pôde, então, escolher obedecer o chamado de Cristo, mas ele não pôde escolher vir à vida. Por isso, Paulo disse em Efésios 2.5: “Estando nós mortos em nossos delitos, [Deus] nos deu vida juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos” (Ef 2.5). A fé é o primeiro ato de uma vontade que foi tornada nova pelo Espírito Santo. Receber a Cristo é um ato do homem, assim como respirar, mas, primeiramente, Deus tem de dar a vida.</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 110%;"> Não é surpreendente que Martinho Lutero tenha escrito um livro intitulado A Escravidão da Vontade, que ele considerava um de seus mais importantes tratados. A vontade está presa nas cadeias de uma natureza humana má. Você que exalta, com grande força, o livre-arbítrio está se agarrando a uma raiz de orgulho. O homem, caído no pecado, é totalmente incapaz e desamparado. A vontade do homem não oferece qualquer esperança. Foi a vontade, ao escolher o fruto proibido, que nos colocou em miséria. Somente a poderosa graça de Deus oferece livramento. Entregue-se à misericórdia de Deus para a sua salvação. Peça ao Espírito de Graça que crie um espírito novo em você.</span><br />
<br />
<b><span class="Apple-style-span" style="color: #999999; font-size: x-small;"> - Walter Chantry, nascido em 1938, foi pastor da Grace Baptist Church em Carlisle, PA, EUA por 39 anos, até o ano de 2002. Chantry recebeu seu Mdiv pelo seminário teológico Westminster, PA, foi editor da revista “The Banner of Truth” e é escritor e preletor em conferências teológicas.</span></b> <br />
<i style="font-size: 110%;"><b><br />
<br />
Traduzido por: Wellington Ferreira<br />
Copyright© Walter Chantry<br />
©Editora Fiel<br />
Traduzido do original em inglês: The Myth of Free Will <br />
Extraído do site: [ <a href="http://www.blogger.com/www.the-highway.com">The Highway</a> ]<br />
Fonte: [ <a href="http://www.editorafiel.com.br/artigos_detalhes.php?id=352">Editora Fiel</a> ]<br />
Via: [ <a href="http://bereianos.blogspot.com/2011/02/o-mito-do-livre-arbitrio.html">Bereianos</a> ]</b></i>Cláudio Netohttp://www.blogger.com/profile/02343893445500444454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7573914207712945188.post-46218761316505267452011-07-12T23:19:00.000-03:002011-07-12T23:19:30.469-03:00Um Calvinista Compartilha o Evangelho<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2Kz_5G4FBUAHOG_MMA2SKFj1O8JYL1MonsNbqei-zJs9heMw-tyDvTiXDdKheQRqde1xm84IBQAvSGKmUMLLJ2F7wuWbu-WoheUdG0r60SYPO5NrtGgjgQUtdEhWPdCOt7LxmXTtPYis7/s1600/expia%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2Kz_5G4FBUAHOG_MMA2SKFj1O8JYL1MonsNbqei-zJs9heMw-tyDvTiXDdKheQRqde1xm84IBQAvSGKmUMLLJ2F7wuWbu-WoheUdG0r60SYPO5NrtGgjgQUtdEhWPdCOt7LxmXTtPYis7/s200/expia%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" width="200" /></a></div><span style="font-size: 110%;"><br />
Eis aqui uma conversa entre um incrédulo e um evangelista que acredita na doutrina da expiação definitiva (algumas vezes desafortunadamente chamada de “expiação limitada”) — o ensino bíblico que quando Jesus morreu, o propósito inalterável de Deus foi cancelar os pecados e a sentença de morte de todos os que ele deu ao Filho (João 6.39).<br />
<br />
<i>Incrédulo</i>: Então, o que você está me oferecendo?<br />
<br />
<i>Evangelista</i>: Salvação da ira de Deus e dos seus pecados. Vida eterna!<br />
<br />
<i>Incrédulo</i>: Como?<br />
<br />
<i>Evangelista</i>: Quando Jesus, o Filho de Deus, morreu, ele absorveu a ira de Deus, removeu-a, e assumiu a culpa do pecado por todos aqueles que confiam nele.<br />
<br />
<i>Incrédulo</i>: Ele fez isso por mim?<br />
<br />
<i>Evangelista</i>: Se você for tê-lo — recebê-lo — terás tudo o que ele é e tudo o que ele fez. Se você confiar nele, sim, ele fez isso por você.<br />
<br />
<i>Incrédulo</i>: Então você não sabe se ele fez isso por mim?<br />
<br />
<i>Evangelista</i>: Ele está se oferecendo agora a você gratuitamente. Ele está oferecendo a você uma obra de redenção maravilhosa e consumada — tudo o que ele fez ao absorver a ira de Deus e cancelar os pecados. Tudo isso é seu para ter agora mesmo. Se você não a tiver, então a obra não é sua. Se tiver, então ela é. Há somente uma forma de saber se os seus pecados foram cancelados e sua sentença de morte comutada na morte de Jesus. Creia nele. Sua promessa é absoluta: Se você crer, será salvo. Se não crer, você permanece no pecado, e sob a ira de Deus.<br />
<br />
<i>Incrédulo</i>: Então o que você está me pedindo para receber?<br />
<br />
<i>Evangelista</i>: Jesus. Receba Jesus! Porque Jesus fez de fato essas coisas. Ele realmente assegurou a liberdade do seu povo da ira de Deus. Ele verdadeiramente carregou os pecados deles em seu corpo no madeiro. Se você o receber, você é um deles. Você está incluso. Tudo isso é verdade para você. Ele oferece a você gratuitamente agora mesmo.<br />
<br />
<i>Incrédulo</i>: Pensei que poderia saber se Jesus morreu por mim antes de acreditar. É assim que sempre fui informado: Creia nele, pois ele morreu por todo o mundo.<br />
<br />
<i>Evangelista</i>: Não posso dizer com certeza, mas as pessoas que te ensinaram isso provavelmente queriam dizer o seguinte: Jesus morreu para que o evangelho pudesse ser oferecido a todos, e todos os que creem serão salvos. Isso é verdade. Mas se eu assegurasse a você, antes de você crer, que os seus pecados foram cancelados e que sua liberdade da ira de Deus foi obtida, eu te enganaria. Imagine se eu dissesse para você: Jesus certamente obteve a sua libertação da ira de Deus e com certeza perdoou todos os seus pecados. Agora creia nisso. O que você diria?<br />
<br />
<i>Incrédulo</i>: Eu diria: Maravilha! E se eu não crer agora? Ainda estou salvo, correto? Afinal, os meus pecados foram perdoados com certeza. Está feito!<br />
<br />
<i>Evangelista</i>: Sim, isso é provavelmente o que você diria, e você estaria errado. Mas isso porque eu teria enganado você. As boas novas que Jesus tem para você antes de você crer nele não é que seus pecados foram certamente cancelados. As boas novas é que Jesus realmente propiciou a ira de Deus, e realmente perdoou os pecados do seu povo. Está consumado. E isso é o que eu ofereço a você. É completo. É glorioso. E a promessa absoluta de Deus a você é: É tudo seu, se você receber a Cristo. Creia no Senhor Jesus Cristo, e você será salvo.<br />
<br />
<br />
<i><b>Autor: John Piper<br />
Fonte: <a href="http://www.desiringgod.org/">http://www.desiringgod.org/</a><br />
Via: <a href="http://www.blogger.com/www.monergismo.com">Monergismo</a><br />
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto (10/03/2011).</b></i><br />
</span>Cláudio Netohttp://www.blogger.com/profile/02343893445500444454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7573914207712945188.post-58727050183824598472011-05-26T22:36:00.001-03:002011-05-27T17:55:32.502-03:00Arrependimento: uma doutrina quase esquecida<span style="font-size: 110%;"><br />
<b>FÉ: CONDIÇÃO ÚNICA PARA A SALVAÇÃO<br />
</b><br />
As Escrituras deixam claro que uma pessoa é salva pela fé. Em Romanos 4:1-4 Paulo descreve que a justificação nossa perante Deus é imputada pela fé, assim como ocorreu com Abraão. O mesmo Paulo escreve aos gálatas que nenhuma obra da lei ou obra que nossa carne produz pode trazer justificação para nós.<br />
<br />
Isto acontece simplesmente porque, apesar de termos dificuldades em aceitar essa verdade, somos completamente e totalmente maus. Isso não quer dizer que cometemos o maior número possível de maldade que conseguirmos. Na verdade dizer que somos completamente maus é dizer que todo o nosso ser é mau, desde as nossas obras até nossos pensamentos, vontades e desejos. Não é um problema superficial mas um problema que atinge todo o âmbito do ser humano. É do interior do coração dos homens que saem os frutos do pecados e da carne (Mc 7:21-23). Este coração é mais perverso e enganoso do que qualquer outra coisa (Jr 17:9), estando cheio de maldade (Ec 9:3).<br />
<br />
Sabendo que o problema não é apenas exterior pode-se concluir que nem mesmo o melhor ato de bondade de nossa parte é capaz de trazer justificação nossa perante Deus. Nós pecamos contra um Deus infinitamente Santo e Justo, fazendo com a justiça de Deus aplicada sobre nós não seja menor que a infinita condenação. É por este motivo que Isaías diz que nossas obras para Deus são como trapos de imundícia (Is 64:6).<br />
<br />
A fé que nos traz salvação e justificação é dada por Deus em forma de dom gratuito, afim de que ninguém possa se gloriar em nada da sua prórpia salvação (Ef 2:8-9). Esta fé não pode ser definida apenas como um sentimento, uma aceitação passiva, um desejo interno do ser humano ou uma asserção intelectual. Ela é um porto seguro, uma confiança firme no favor divino para conosco, movendo nossa mente, nosso corpo, nosso coração e nossa vontade à esta confiança. Este é o motivo pelo qual uma vez que a fé nos trouxe a salvação inevitavelmente seremos levados a viver de acordo com essa crença, pois somos salvos em Cristo Jesus para as boas obras que Deus já havia preparado para que andássemos nelas (Ef 2:10). É isso que Tiago afirma quando diz que somente uma fé morta deixaria de produzir obras, sendo as obras a prova da nossa fé (Tg 2:17).<br />
<br />
A maioria de nós não tem muitos problemas em acreditar que a fé é condição para a salvação. O nosso maior problema é acreditar que a fé é condição sine qua non (ou condição única) para a salvação. Se levantassemos uma lista de coisas que precisam ser feitas para que um indivíduo seja salvo com certeza a fé entraria nesta lista. Mas não sozinha. Para nós é sempre fé mais obras, fé mais amor, fé mais dons, fé mais lei, fé mais circuncisão, fé mais batismo, ... jamais fé sozinha. Provavelmente ela nem ocuparia a primeira posição da nossa lista.<br />
<br />
O propósito do presente estudo é falar sobre mais um desses itens que são colocados ao lado da fé como condição para a salvação, e este item é o “Arrependimento”. Apesar de ser um tema complicado eu pretendo, se Deus assim permitir, trazer uma luz com relação ao que é o arrependimento genuinamente bíblico e tentar desmistificar a idéia de que o arrependimento é mais uma condição além da fé para salvar o homem. <br />
<br />
<b>ARREPENDIMENTO: DEFINIÇÃO<br />
</b><br />
Na grande maioria das vezes a nossa definição de arrependimento é sempre a parte exteriorizada do negócio. É aquilo que a pessoa faz com o objetivo de ser melhor do que antes. Arrependimento é tomar vergonha na cara, ser religioso, andar na linha, mudar minhas atitudes. Resumindo: normalmente o conceito que temos é de algum tipo de aprimoramento que se faz necessário para sermos pessoas melhores. E é mais ou menos este conceito que a maioria de nós tem com relação ao arrependimento para a salvação. De acordo com a nossa mente o arrependimento tem a ver com o nosso passado, mas tendo em vista o presente, objetivando um futuro melhor. Para a salvação funcionaria assim: você é um pecador e precisa melhorar. Portanto largue o cigarro, a bebida, os vícios, desista da prostituição, do adultério, das mentiras, da roubalheira, etc, e depois que você cumprir uma lista de exigências aí sim você estará apto para a salvação. Depois que você mudar sua vida completamente Deus ficará feliz e estará a sua espera do outro lado desta estrada, de braços abertos, pronto para te salvar.<br />
<br />
Na teoria um discurso assim aparentemente é lindo, uma vez que o evangelho é uma coisa que deve ser levada a sério. Contudo, existe um problema implícito em pensarmos desta maneira. Se olharmos com atenção esta lista de exigências perceberemos que voltamos a estaca zero, enfatizando novamente as obras como condição para a salvação. Nossas mentes estão tão saturadas de obras que para nós é necessário ver mudanças no indivíduo para que realmente falemos que ele pode ser salvo, isto porquê, para a salvação, não basta apenas você visualizar e ter ciência da sua condição de pecador; é necessário que você abandone o pecado antes.<br />
<br />
Pensar desta maneira é totalmente anti-bíblico, uma vez que damos enfaze às obras da carne. Já foi comentado que o homem não pode mudar a si mesmo, assim como o leopardo não pode mudar as suas manchas ou o etíope mudar a cor da sua pele (Jr 13:23). Deus nunca intencionou dar um jeitinho na nossa natureza humana, muito menos planejou que nós fizessemos alguma coisa para melhorar a nossa natureza adâmica. A intenção de Deus é revelada na cruz: morte e destruição ao velho homem, e não melhora do mesmo.<br />
<br />
Quando colocamos uma lista de exigências que devem ser cumpridas para a salvação então nunca aceitaremos o fato de que Deus chama o o pecador ao arrependimento na condição que ele se encontra atualmente: PECADOR (Lc 5:29-32; Mt 9:10-13). Jesus não está interessado nos nossos sacrifícios, nem se importa com os nossos holocaustos ou nossas obras. O que Ele quer são pecadores cônscios do estado em que se encontram.<br />
<br />
Quantas pessoas têm duvidado da segurança da sua salvação porque estão exigindo de si mesmas (uma vez que foram ensinadas desta maneira) que o arrependimento salvífico deve ser igual ao arrependimento de um crente maduro que está na caminhada cristã a uns 20 ou 30 anos! Muitos ensinam desta maneira sem perceberem que estão correndo o risco de fechar o Reino de Deus e manter pessoas fora dele. Fazem exigências que nem eles mesmos cumprem. Querem um arrependimento que nem mesmo Deus exige!<br />
<br />
Percebe como o nosso modo de pensar no arrependimento é falho? Notou como o modelo de arrependimento que temos aprendido é deficiente? Se isto ficou claro então faz se necessário entendermos o que é o arrependimento realmente bíblico.<br />
<br />
<b>ARREPENDIMENTO NAS ESCRITURAS<br />
</b><br />
Antes de tentar expor o verdadeiro significado do arrependimento bíblico primeiramente eu gostaria de enfatizar que o arrependimento é uma das verdades fundamentais e essenciais das Escrituras, sendo o homem convocado constantemente ao arrependimento por toda a Bíblia. Vejamos alguns exemplos disso:<br />
<br />
· João Batista, em Mateus 3:2<br />
· Jesus, em Mateus 4:15-17<br />
· Os doze comissionados, em Marcos 6:12<br />
· Pedro no Pentecostes, em Atos 2:38<br />
· Paulo aos gentios, em Atos 26:20<br />
· Das sete igrejas do Apocalipse, cinco recebem como exortação a convocação ao arrependimento<br />
· Apelo constante dos profetas no Antigo Testamento<br />
· O resumo do evangelho de Cristo que deveria ser pregado ao mundo, em Lucas 24:46-48.<br />
<br />
Tantas referências assim só nos mostram como a mensagem do arrependimento é importante e, sendo de tamanha importância, torna-se mais importante ainda nós termos uma definição correta deste tema tão abordado nas Escrituras.<br />
<br />
Arrependimento vem da palavra grega metanoia, que quer dizer “mudança de mente”. Somente isso: mudança de mente. Não mudança de conduta, não mudança de atitude, não mudança de hábito. Simplesmente mudança de mente.<br />
<br />
Uma das grandes vantagens da língua grega é que ela é uma das melhores línguas (se não for a melhor) para que uma pessoa consiga expressar exatamente aquilo que ela quer dizer. Quantas vezes falamos ou escrevemos alguma coisa na língua portuguesa e as pessoas não entendem o que queriamos realmente dizer, ou não entendem o sentido, ou o sentido do que nós escrevemos ou falamos fica duplicado. Isto raramente acontece no grego. No grego quando um autor escreve “algo” pretendendo dizer “algo” ele realmente diz “algo” e todos entendem o que ele realmente quis dizer. Existe no grego uma riqueza de vocábulos para expressar cada situação. É bom lembrarmos que o Novo Testamento foi todo escrito em grego. Isto quer dizer que quando um autor intentou escrever sobre arrependimento usando o vocábulo metanoia ou suas variações então ele realmente estava falando sobre mudança de mente.<br />
<br />
É nessas horas que entra o famoso “gato”, “ponte”, “gancho” ou seja lá que nome você costuma dar ao ato de tentar dar um “jeitinho” em algum versículo para que ele possa se encaixar nas nossas ideologias. Tentamos interpretar o texto de acordo com o nosso achismo e não de acordo com o que Deus e o autor pretendiam dizer. Contudo, “texto fora do contexto é pretexto”. Quantos estudos sobre arrependimento eu já vi que começavam assim: “Arrependimento significa mudança de mente. Mas quer dizer muito mais do que isso...”. Não! Não quer dizer mais do que isso! É apenas mudança de mente mesmo, e é isso o que Deus quer de um pecador.<br />
<br />
Mas mudar exatamente o que na mente?<br />
<br />
<b>ARREPENDIMENTO: UMA MUDANÇA DE MENTE<br />
</b><br />
Em Gênesis 3 é relatado a queda do homem (mais precisamente Gn 3:1-7). Repare neste trecho que Eva foi levada a comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal quando a serpente disse: “Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal (vs. 5)”. <br />
<br />
Quando o homem viu a possibilidade de ser como Deus e saber o que Deus sabe então ele resolveu desobedecer a ordem expressa de Deus: “mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás (Gn 2:17)”. Ao comer, o homem pecou contra Deus e com este pecado o que Adão (e Eva, claro) estava dizendo era que Deus não era mais necessário. Por qual motivo o homem precisaria de Deus se ele sabe o que Deus sabe e conhece o que Deus conhece? A motivação deles foi unicamente serem como Deus. Estavam dizendo: “nós não precisaremos dEle se formos como Ele”.<br />
<br />
Se olharmos ao nosso redor notaremos que é este o pensamento que impera na nossa humanidade. O ser humano vive segundo a sua própria vontade, escravo dos seus prazeres e desejos. Não se importa com a existência de Deus e não faz questão alguma de seguir os desígnios dEle. Para o homem não regenerado servir a Deus é sinal de fraqueza e esta dependência de um ser Supremo não traz agrado.<br />
<br />
O pecado causou separação nossa com Deus. No antigo testamento os homens se esforçavam para conseguirem o agrado de Deus e a purificação dos seus pecados através dos sacrifícios e obediência a lei. Mas nós vimos que isso não serve para nada e não pode resolver o nosso problema e é por isso que o homem precisa mudar a sua mente. O arrependimento, portanto, serve para gritar aos ouvidos dos homens: “VOCÊS NÃO PODEM!”. Esta é a mensagem do arrependimento. Esta é a semente do arrependimento para a salvação. “Deus é tudo. Eu preciso dEle”. A mudança da nossa mente se faz necessária para nos levar a parar de confiarmos na força do nosso braço e nos levar novamente a confiarmos em Deus.<br />
<br />
Vemos em Romanos 5:20 que onde abunda o pecado superabunda a graça. Logo, a partir do momento que o pecador tem consciência do seu estado lamentável a graça tem espaço para reinar.<br />
<br />
A mudança da mente é para que o pecador perca completamente as esperanças em sim mesmo. Enquanto o pecador não tiver todas as esperanças em si mesmo e na força dos seu próprio braço, nos seus feitos, nas suas obras ou na sua caridade, completamente destruídas ele nunca poderá se voltar verdadeiramente a Cristo. O arrependimento pertence exclusivamente à religião dos pecadores. Não tem lugar na vida das criaturas não caídas ou na vida daqueles que não reconhecem a sua real condição (Lc 13:1-5). Aqueles que nunca cometem pecados, que são tido como justos, que não possuem uma natureza pecaminosa não precisam do perdão de Deus ou do arrependimento. Portanto a mudança da mente pode ser um simples “eu não consigo, eu não sou capaz”.<br />
<br />
Perceba que o arrependimento para a salvação não tem a intenção de pegar a nossa natureza caída, fazer com que esta natureza produza algumas obras melhores, suba um degrau no seu comportamento para só assim estar apta para a salvação. O arrependimento é justamente o contrário: é feito para trazer humilhação e vergonha da vida que você vivia, revelando um sentimento de total incapacidade, com o único propósito de destruir nossa auto-estima.<br />
<br />
<b>O ARREPENDIMENTO ESTÁ INCLUSO NA FÉ SALVÍFICA<br />
</b><br />
Mas como pode o homem, com sua natureza caída, enxergar a sua verdadeira condição? Realmente fica claro para nós que o homem em seu estado natural de servo do pecado (Jo 8:34), inimigo de Deus (Rm 1:30), ignorante e duro de coração (Ef 4:18) não tem a menor capacidade de enxergar a sua própria condição. Por isso se faz necessário que Deus realize algo. Somente uma intervenção divina poderá trazer luz aos olhos do cego de nascença.<br />
<br />
Existem dois exemplos básicos que costumo usar para explicar a intervenção de Deus para que o homem possa olhar a sua real condição: <br />
<br />
· A visão de Isaías (Is 6:1-5)<br />
Se olharmos o capítulo 5 de Isaías veremos o autor do livro proferindo várias condenações aos povos em volta dele. Muitos “ais” são pronunciados contra as nações vizinhas de Israel. Contudo, quando este homem teve uma visão de Deus, uma visão da santidade dEle, os “ais” que ele pronunciava às nações se voltam contra ele mesmo. Ele enxerga a sua real condição e muda completamente o discurso dele, dizendo: “Ai de MIM! Pois ESTOU PERDIDO; porque SOU um homem de lábios impuros, e HABITO no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos (vs. 5)”.<br />
<br />
· Paulo na estrada de Damasco (At 9:1-9)<br />
Algo semelhante acontece com Paulo, anteriormente Saulo, no caminho para Damasco. Paulo era um homem que zelava pelo cumprimento da lei dos judeus e isto o levava a caçar e aniquilar todos aqueles que se diziam seguidores do Cristo. Não aceitava em hipótese alguma que Jesus era o Deus encarnado e o Messias que traria salvação a humanidade. Certa vez, Paulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, pede cartas para Damasco, pretendendo conduzir preso qualquer homem ou mulher que fizesse parte da seita dos seguidores de Jesus. No caminho para Damasco Jesus aparece a Paulo e diz: “Saulo, Saulo, por que me persegues? (vs. 4)”. Com a visão não restou nada nos lábios daquele ex-judeu zeloso, a não ser um: “Senhor, que queres que eu te faça? (vs. 6)”. Ver o Senhor mudou completamente a vida daquele homem, fazendo com que ele ficasse três dias sem comer e sem beber nada pensando no que tinha vivenciado.<br />
<br />
Algo semelhante precisa acontecer na vida do homem caído. É necessário uma visão de Deus, de Cristo, para que o homem tenha um real comparativo para si mesmo. Se olharmos apenas na horizontal nunca veremos a nossa real condição. O ser humano não é um bom grau de comparação para nós mesmos. Sempre serei melhor do que fulano ou ciclano porque faço mais caridades, ou porque não tenho tantos vícios como o outro, eu porque sou mais fiel a minha esposa, etc. Contudo apenas um vislumbre da luz de Cristo é mais do que suficiente para revelar a nossa real condição. Comparados com o próprio Cristo quem ficaria inescusável ou sem culpa? Quem se sentirá santo o suficiente ao ficar defronte ao Ser cuja essência é a santidade?<br />
<br />
A luz de Cristo é mais do que necessária para revelar a nossa real condição. Se eu estiver em uma sala escura não há como eu olhar para as roupas que estou vestindo e dizer que elas estão sujas. Ao passo que se uma luz for acesa no meio das trevas então será possível eu avaliar se minhas vestes realmente estão limpas ou não. E é neste momento que entra a fé.<br />
<br />
A fé leva-nos a olhar para Cristo, enquanto o arrependimento é uma consequência do olhar para nós mesmos através da luz de Cristo. A fé faz com que meu corpo fique voltado na direção da luz de Cristo. Quando esta luz bate em mim eu posso analisar a minha condição e ver que estou em trevas. <br />
<br />
Para que se cumprissem as Escrituras, logo após Jesus ouvir que João Batista estava preso, Ele deixa Nazaré e vai habitar Cafarnaum, e então é relatado “o povo, que estava assentado em trevas, viu uma grande luz; e, aos que estavam assentados na região e sombra da morte, a luz raiou” (Mt 4:12-16). É esta luz que precisa brilhar em nossas trevas.<br />
<br />
Enquanto o arrependimento revela a nossa doença, a fé revela o nosso remédio. Enquanto o arrependimento revela que eu não posso me salvar, a fé mostra que Jesus pode! Como é maravilhoso isso!<br />
<br />
Perceba que não é fé mais arrependimento que traz a salvação. A verdade é que a fé salvífica não vem sem o arrependimento. É impossível para o homem que enxerga a luz de Cristo não enxergar a escuridão em si mesmo. Quando o homem crê ele vê o que Deus fez por ele em Cristo Jesus. Quando ele vê Cristo ele é levado a se arrepender por reconhecer as suas próprias obras no passado e a sua real situação no presente. O que o homem fez no passado é arrependimento. Ver o que Jesus fez na cruz do Calvário é fé.<br />
<br />
Um dos momentos mais lindos que vejo nas Escrituras referente a salvação é o episódio relatado em Lucas 23:39-43, que fala dos malfeitores que foram cruxificados junto com Jesus. Veja o que diz o malfeitor que inaugurou o Paraíso ao lado de Cristo (vs. 43) ao outro indivíduo que blasfemava contra Jesus: “Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação? E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez. E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino.”<br />
<br />
Todas as vezes que leio este trecho eu me emociono vendo com quão grande graça Deus tem nos salvado. Veja que a primeira atitude do malfeitor é reconhecer que ele estava pagando pelo que ele fez. Ele reconheceu o seu estado, o seu pecado e que era digno de condenação. Ao mesmo tempo a fé dele em Cristo é mostrada quando ele pede para que Jesus lembre-se dele quando entrasse no reino. Amado, isso é salvação. Ele não precisou fazer mais nada, não precisou repetir uma oração, levantar o braço, ir até o altar, fazer um sacrifício, nada! Apenas fé produzindo arrependimento naquele coração. Quão glorioso é isso!<br />
<br />
Portanto, apesar de na teoria sempre tentarmos separar o arrependimento da fé dizendo que salvação vem pela fé mais arrependimento, a grande verdade é que o arrependimento está incluso na verdadeira fé. Quando eu digo que estou salvo é porque o arrependimento está incluso nisso. Ele é a evidência da salvação em nós e esse arrependimento será cada dia mais crescente na vida dos salvos.<br />
<br />
<b>SALVAÇÃO: OBRA EXCLUSIVA DE DEUS<br />
</b><br />
Já foi falado que a salvação vem pela fé e é obra exclusiva de Deus (Ef 2, 8). Então se eu digo que o arrependimento está incluso na fé que salva logo é esperado que esse arrependimento também não seja algo gerado por nós mesmos, mas sim por Deus.<br />
<br />
Embora o arrependimento seja um dever óbvio de todo pecador, ele só pode ser realizado de modo verdadeiro e eficaz pela graça de Deus. A natureza humana não pode se rebelar contra ela mesma para que seja produzido arrependimento. Mesmo que ela pudésse fazer isso a verdade é que o o homem não quer isso. Mas felizmente a bíblia deixa algumas referências claras que dizem que Deus, sendo suficiente para salvar, provê o arrependimento necessário:<br />
<br />
“E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor; instruindo com mansidão os que resistem, A VER SE PORVENTURA DEUS LHES DARÁ ARREPENDIMENTO PARA CONHECEREM A VERDADE, e tornarem a despertar, desprendendo-se dos laços do diabo, em que à vontade dele estão presos.” (II Tm 2:24-26)<br />
<br />
“Deus com a sua destra o elevou a Príncipe e Salvador, para [DEUS] dar a Israel o arrependimento e a remissão dos pecados.” (At 5:31)<br />
<br />
“E, ouvindo estas coisas, apaziguaram-se, e glorificaram a Deus, dizendo: na verdade até aos gentios DEU DEUS O ARREPENDIMENTO PARA A VIDA.” (At 11:18)<br />
<br />
Esses versículos estão de acordo com promessas feitas por Deus no antigo testamento:<br />
<br />
“E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis... E livrar-vos-ei de todas as vossas imundícias.” (Ez 36:26-27, 29) <br />
<br />
“E farei com eles uma aliança eterna de não me desviar de fazer-lhes o bem; e porei o meu temor nos seus corações, para que nunca se apartem de mim.” (Jr 32:40)<br />
<br />
Deus prometeu que Ele resolveria o problema do nosso coração e Cristo é a solução para este problema. Muitos conseguem notar em si mesmos que a conversão que tiveram foi obra única e exclusiva de Deus. Na primeira vez que ouvimos o evangelho ele não nos trouxe agrado nenhum. De repente, em um estalar de dedos, abrem-se os nossos olhos e dizemos: “Eu me arrependo!”. Ai as coisas que antes eram odiosas se tornam as mais maravilhosas , enquanto que o pecado que nos trazia prazer e agrado agora se torna nojento e repugnante. Só Deus pode mudar nossa natureza desta maneira.<br />
<br />
<b>POR QUE ENFATIZAR TANTO A SALVAÇÃO COMO OBRA SOMENTE DE DEUS?<br />
</b><br />
Posso oferecer pelo menos três respostas a essa pergunta:<br />
<br />
· Para que Deus tenha toda a glória<br />
Deus não divide a glória dEle com ninguém. O homem sempre quer ter parte na salvação de si mesmo. Costumamos dizer que “Deus me salvou. Mas eu tive que dizer sim”, “Deus me salvou. Mas fui eu quem levantou a mão e repetiu a oração do pastor”, “Deus me salvou. Mas eu é quem fui até o altar e me prostrei lá na frente”. MENTIRA!!! Deus fez tudo! Somente Ele! Isso para que ninguém se glorie em nada, nem um infinitésimo de porcentagem deve ser dado a nós mesmos na nossa salvação. Não deve existir nenhuma possibilidade no grande Dia para que eu encha o peito e diga: “Vocês aí que estão se perdendo e indo para o inferno. Bem feito! Se fossem tão inteligentes quanto eu teriam aceitado o evangelho que foi pregado. Se fossem tão espertos quanto eu teriam dado atenção a mensagem. Se fossem tão sábios quanto eu vocês teriam ido à igreja que eu frequentava...”. Deus, sendo o único autor da nossa salvação, não permite que haja espaço para qualquer tipo de argumentação a nosso favor. Precisamos reconhecer o nosso real estado para podermos glorificar a Deus na medida que Ele merece.<br />
<br />
· Para ter segurança na sua salvação<br />
Muitos têm baseado a salvação em coisas tão banais que facilmente são levadas a dizer que perderam a sua salvação. Se um pastor faz um apelo dentro de uma igreja do tipo: “Quem não tem certeza da sua salvação ou está se sentindo longe de Deus venha até a frente que vamos orar por você” é certo que na maioria das congregações mais da metade das pessoas que estão na igreja vão a frente receber oração. Mas no que essas pessoas estão baseando a salvação delas? Normalmente elas ainda se baseiam nas suas próprias obras. “Se eu não pecar hoje eu estou bem. Mas se eu pecar eu perco minha salvação”. “Preciso andar na linha e me santificar senão Deus se afastará de mim”. “Droga! Hoje pisei na bola. Preciso confessar meu pecado aos meus irmãos, ao meu pastor, ao padre, etc, para que eu seja salvo novamente”. Isso beira a estupidez! Você não deve barganhar com Deus a sua salvação! Se você tem consciência da sua natureza então por que é que você confiaria em si mesmo para se manter salvo? Não faz nenhum sentido isso. Em outros casos a pessoa acha que perdeu a salvação dela na primeira dificuldade ou problema que enfrenta. Ou perde a salvação quando deixa de dar o dízimo, ou quando deixa de ir em algum culto (se for culto de ceia então faltar chega a ser um pecado imperdoável!), etc. Enfim, firmam sua salvação em bases feitas de areia, onde na primeira ventania tudo desmorona.<br />
<br />
Contudo, se eu baseio a minha salvação em uma obra exclusiva de Deus, desta maneira meus pés encontram solo firme e inabalável. Pode alguma coisa ganha sem mérito ser perdida por demérito? Se eu não tinha mérito nenhum em mim mesmo para ser salvo não faz sentido Deus rifar a minha salvação, baseando ela nos meus méritos. Não é por obra nenhuma minha.<br />
<br />
Qual é a rocha que devemos fundar a segurança da nossa salvação? São várias:<br />
<br />
- É Deus quem muda o coração de pedra e transforma-o em um coração de carne, com o único propósito desse coração nunca se apartar dEle (Jr 32:40)<br />
<br />
- O Espírito Santo é o selo e o penhor (uma garantia) da nossa herança para o grande Dia (Ef 1:13-14)<br />
<br />
- Deus nos entregou nas mãos de Cristo, Aquele que promete que nós nunca pereceremos e ninguém pode retirar-nos das mãos dEle (Jo 10:28-30)<br />
<br />
- A vontade de Deus é que nenhum daqueles que Ele entregou a Cristo se perca. E Cristo garante que ressuscitará estes no último dia (Jo 6:37-40)<br />
<br />
- Em vários lugares Jesus diz ser o bom Pastor das suas ovelhas. Ele é a porta e ele é o porteiro do aprisco. Ninguém sai desse aprisco sem passar pelo pastor. Ainda que uma ovelha saia Ele deixa noventa e nove para trás e vai atrás dela, chama-a pelo nome e retorna alegremente com ela em seus ombros (Jo 10; Lc 15; Mt 18)<br />
<br />
- Se morrermos em Cristo certamente ressuscitaremos com Ele. Assim como Cristo ressuscitou uma vez e não pode mais ser morto assim nós, se realmente ressuscitamos com Ele, não há como perecermos pois estamos nEle (Rm 6:6-7)<br />
<br />
- Deus nos reconciliou com Ele em Cristo quando éramos inimigos dEle. Logo muito mais agora, estando já reconciliados, seremos poupados por Ele da ira (Rm 5:8-10)<br />
<br />
- Nada pode nos separar do amor de Deus em Cristo Jesus. Ninguém pode intentar qualquer acusação contra aquele que foi justificado por Cristo (Rm 8:31-39)<br />
<br />
- Se eventualmente pecarmos temos um Advogado perante o Pai. Este Advogado é justo e Ele mesmo é a propiciação pelos nossos pecados. É sobre os atos dEle que será dada a sentença, e não sobre os nossos atos. (I Jo 2:1-2)<br />
<br />
Esses trechos são bons fundamentos para você depositar a segurança da sua salvação. Perceba que a ênfase dada é para os atos de Deus e não para os seus atos. Poderia citar mais n referências que podem nos trazer segurança na salvação, pois as Escrituras estão cheias de passagens similares. Portanto creia que Deus é fiel para terminar a boa obra que começou em nós e não diminua o poder do sangue de Cristo que foi derramado na cruz em nosso favor.<br />
<br />
· Para ter base na oração pelos perdidos<br />
Devemos crer que Deus é suficiente para salvar para que possamos orar com uma base firme pelos perdidos. Não faz sentido eu orar para a salvação de uma pessoa se eu basear a salvação na aceitação desta pessoa, ou na fé dela, ou em qualquer coisa que ela possa produzir. Lembre-se que o ser humano caído não tem poder para se salvar ou mudar a sua natureza. Ao passo que se eu creio que Deus é o autor da salvação então creio que Ele é poderoso o suficiente para salvar, mudar o coração do perdido, trazer arrependimento ao mesmo e levá-lo a viver uma vida nos caminhos dEle. Creia nisso você também.<br />
<br />
<b>A IGREJA SEM A MENSAGEM DO ARREPENDIMENTO<br />
</b><br />
Infelizmente a maioria das nossas igrejas têm ignorado por completo a mensagem do arrependimento. Creio que o maior motivo para isso é a tentativa de fazer com que o evangelho seja mais aceitável ao homem. Muitas de nossas igrejas estão mais preocupadas com o dinheiro, com o número de fiéis que frequentam ela, com status, etc. Por isso coisas como arrependimento, renúncia, ira de Deus, juízo eterno, fim das esperanças em nós mesmos, não somos tão bons quanto imaginamos, esses tipos de mensagens não agradam as pessoas e, por não trazer agrado, corremos o risco de perder membros ensinando coisas assim.<br />
<br />
Essa tentativa de deixar o evengelho mais “digerível” faz com que seja pregado um evangelho totalmente deturpado, que seja ensinado algo que não é mais o verdadeiro evangelho e, por este motivo, não tem poder para salvar todo aquele que crê (Rm 1:16).<br />
Perceba como nossas mensagens chamadas “evangelísticas “ não enfatizam em nada o arrependimento, mesmo eu tendo demonstrado que isso é fundamental para o ser humano não regenerado. Dentro da igreja a mensagem é que você pode ter a mesma mentalidade que tinha antes, mas crendo que existe um Deus que pode resolver todos os seus problemas, sanar suas dívidas, curar sua família e dar uma vida boa para você. Uma mensagem totalmente enraízada neste mundo, nesta vida terrena, totalmente aquém da eternidade. É lógico que o ser humano orgulhoso e egoísta vai querer aceitar esse falso evangelho. Quem não aceitaria um Jesus “legal prá caramba”, que promete fazer minha vida mais feliz e ainda conceder tudo aquilo que eu sempre quis e desejei?<br />
<br />
Mas quando eu leio versículos como “aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece”(João 3:36) eu sou obrigado a discordar de um Jesus que se alegra tanto assim em abençoar as pessoas. Lucas 20:9-18, assim como João 3:36, mostra um Deus completamente irado com a humanidade. Veja que em João é dito que aquele que não crê no Filho a ira de Deus sobre ele PERMANECE. Isso quer dizer que desde o momento em que você nasce Deus já está irado contigo e esta irá permanecerá a menos que você creia no Filho dEle. Lucas mostra que este Filho é o mesmo que foi morto mesmo depois que Deus enviou servos e mais servos para revelar a Sua vontade ao povo. Mas os homens espancaram esses servos. Até que Deus envia o próprio Filho, mas Ele é espancado até a morte pelos lavradores da vinha. E a passagem concluí-se da seguinte maneira: “Qualquer que cair sobre aquela pedra ficará em pedaços, e aquele sobre quem ela cair será feito em pó” (vs. 18). Vendo trechos assim você realmente consegue acreditar que Deus quer abençoar a todos? Você realmente acha que é esse tipo de mensagem que deve ser pregada e anunciada em nossos púlpitos? De maneira nenhuma! Deus está irado com a humanidade. A única coisa que mantem o braço do Senhor recolhido para não fulminar os povos é a misericórdia dEle. Portanto a única mensagem que deve ser pregada as pessoas é o arrependimento: “Deus está irado contigo, portanto arrependa-se”.<br />
<br />
A tentativa de tornar o evangelho mais aceitável ao homem é tão estúpida quanto herética. A Bíblia claramente diz que o homem, no estado natural dele, está completamente cegado pelo deus deste mundo; tendo inclinação para a carne ele é um completo inimigo de Deus e não é sujeito a lei dEle e nem pode ser (Rm 8:7). I Co 2:14 diz que para o homem natural as coisas espirituais são loucura. Tentar apresentar o escandalo da cruz (Gl 5:11) como algo agradavél é uma negação ao evangelho. Nos preocupamos tanto em pregar um evangelho mais aceitável ao homem que acabamos por esquecer que a não aceitação do Evangelho pelas pessoas também faz parte do Evangelho. Uns crerão, outros não, mas a mensagem deve ser pregada na íntegra.<br />
<br />
A consequência da negligência de doutrinas tão importantes das Escrituras (como arrependimento, total depravação, juízo eterno, ira de Deus, fé, ressurreição, etc.) é uma Igreja manca, inoperante e que nada pode fazer pelo mundo. Se as pessoas não ouvem que realmente são pecadoras e que são dignas de juízo eterno elas não verão necessidade de se arrependerem. Se não existe necessidade de arrependimento então não preciso ter fé que Jesus traz justificação para mim, uma vez que eu não tenho porquê ser justificado. E se a fé em Cristo é condição para a salvação logo as pessoas estão perecendo. Consegue ver a dimensão do problema?<br />
<br />
Outra coisa que deve ser ressaltada: a falta da mensagem sobre arrependimento nos nossos púlpitos faz com que a Igreja se conforme com o mundo e ande de mão dada com ele. Paulo, em Romanos 12:2, diz que nós não deveriamos nos conformar com este mundo mas deveriamos ser transformados pela renovação das nossas mentes, para que assim possamos experimentar por completo a vontade de Deus. Lembre-se que arrependimento quer dizer mudança de mente. Logo o arrependimento traz essa renovação que faz com que sejamos transformados, que faz com que não andemos segundo os costumes do mundo e que experimentemos verdadeiramente a vontade de Deus. Mas o que temos visto é uma igreja que deseja as mesmas coisas que o mundo deseja: poder, riquezas, bens, saúde, etc. Ou seja, uma igreja com o coração focado apenas nas riquezas passageiras deste mundo, uma igreja que não deposita a sua confiança na eternidade, que prega sobre viver eternamente mas os seus atos falam muito mais alto que os seus lábios e a mensagem de ambos se opõem. Se realmente cressemos que esta vida é passageira e com tempo infinitamente menor se comparado a eternidade então não nos preocupariamos com coisas tão fúteis e banais (Cl 3:1-3).<br />
<br />
Portanto paremos de arranjar desculpas para não pregarmos o verdadeiro evangelho, porque somente ele é poder de Deus para salvar todo aquele que crê, quer seja judeu, quer seja grego. (Rm 1:16)<br />
<br />
<br />
<b>Autor: <a href="http://www.blogger.com/profile/02343893445500444454">Cláudio Neto</a><br />
(Estudo ministrado na Igreja Agnus - Vila Carvalho - Sorocaba)</b><br />
</span>Cláudio Netohttp://www.blogger.com/profile/02343893445500444454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7573914207712945188.post-55976510790676752252011-04-02T23:32:00.005-03:002011-04-02T23:32:00.242-03:00Céus e Terra no Plano de Deus<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitNUKNjpmJ0d4UIFQikRDlD-jabL-KAGHGGRy7lFoomhm_trKPXyEDLX2yuGIrmQFrUDKVUbJF0U4wX3Owmxeh-3XGk0Df3zsX8lGcrsbbNuyCNnjKiMoGmLoB_dIX3usalccHj1p5kJmv/s1600/entre-o-ceu-e-a-terra.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitNUKNjpmJ0d4UIFQikRDlD-jabL-KAGHGGRy7lFoomhm_trKPXyEDLX2yuGIrmQFrUDKVUbJF0U4wX3Owmxeh-3XGk0Df3zsX8lGcrsbbNuyCNnjKiMoGmLoB_dIX3usalccHj1p5kJmv/s320/entre-o-ceu-e-a-terra.jpg" width="320" /></a></div><span style="font-size: 110%;"><br />
A história do plano de Deus registrada na Bíblia começa com estas palavras: “No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1). Tudo o que acontece no restante do drama, tanto no Velho Testamento quanto no Novo, tem a ver com essas duas esferas.<br />
<br />
A frase sobre a criação dos Céus e da Terra tem um significado duplo. Não se tratava apenas de mostrar que Deus criou uma Terra física e um espaço sideral (Céu) cheio de astros. Era explicar que houve duas criações: o mundo material e visível, por um lado, e o mundo espiritual e invisível por outro.<br />
<br />
Veja como a Bíblia contrasta as duas esferas: “Os céus são os céus do Senhor, mas a terra, deu-a ele aos filhos dos homens” (Sl 115.116). Deus deu autoridade para o homem sobre a Terra, mas não sobre os Céus.<br />
<br />
No livro de Mateus, no Novo Testamento, Jesus fala sobre os Céus: “Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mt 5.3); um pouco adiante, fala também sobre a Terra: “Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra” (v. 5).<br />
<br />
No capítulo 6, Jesus ensinou seus discípulos a orar assim: “Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus” (v. 10).<br />
<br />
Como judeu messiânico, tenho oportunidades de ministrar tanto a judeus quanto a cristãos. É impressionante ver como os judeus conseguiram preservar muito bem o plano de Deus no que diz respeito à Terra, enquanto os aspectos relacionados ao Céu são mais claros para os cristãos. Quando falo com o povo de Israel sobre o Céu, eles parecem não me entender muito bem. Por outro lado, quando falo sobre o Reino de Deus na Terra, há uma compreensão muito maior. Já, com os cristãos de modo geral, ocorre o contrário. Compreendem muito bem o reino espiritual no Céu, mas se mostram confusos sobre o que Deus quer fazer, exatamente, aqui na Terra.<br />
<br />
Para tentar esclarecer esse assunto, vou explicar, em poucas palavras, como entendo o plano de Deus conforme revelado em sua Palavra.<br />
<br />
<b>O início do mundo material<br />
</b><br />
No princípio, Deus, que é Espírito, decidiu fazer um mundo material. O mundo material e o mundo espiritual coexistiriam em harmonia, sendo que o mundo espiritual, habitado por Deus e pelos anjos, estaria acima do material. Deus quis fazer um planeta material, com pessoas materiais, porque queria morar dentro dessas pessoas no mundo físico e visível. Talvez, não tenhamos capacidade de compreender por que ele quis assim, mas é isso o que a Bíblia revela.<br />
<br />
Deus não estava satisfeito só no mundo espiritual com seres celestes. Ele gosta da ideia de espírito viver dentro de um corpo. É assim que ele quer. Por isso, depois de fazer o mundo material, na presença dos anjos e do mundo espiritual, ele criou o ser humano do pó da terra, à sua própria imagem. Depois, soprou sua própria vida para dentro do homem, para dar-lhe uma parte de si mesmo. Não foi a plena habitação de Deus nele, mas foi o começo, o primeiro estágio. Assim, o homem tornou-se um ser vivo, metade pó da terra e metade Deus. Esse foi o primeiro Adão.<br />
<br />
Porém, Deus ainda não estava satisfeito. Seu plano não era habitar em apenas um indivíduo. Por isso, tomou o homem, tirou dele uma costela e fez a mulher. Então, disse-lhes: “Sede fecundos e multiplicai-vos”. Ele queria ter muita gente para poder morar em todos eles, num mundo perfeito e bonito.<br />
Para poder ter um relacionamento com o homem e a mulher e habitar neles, Deus lhes deu o livre arbítrio. Também lhes deu uma missão e a autoridade para executá-la. Disse-lhes: “Tomem domínio sobre toda a Terra; dou a vocês autoridade sobre todo o planeta, sobre todos os seres vivos”.<br />
<br />
Quando Deus diz uma coisa, sua palavra não pode mudar; ela permanece para sempre. Para nós, pode até parecer um grande erro Deus ter dado o livre arbítrio ao homem e colocado o planeta em suas mãos. Mas ele sabia o que estava fazendo.<br />
<br />
<b>Problemas no mundo espiritual<br />
</b><br />
No mundo espiritual, havia anjos, que também foram criados à imagem de Deus, porém sem corpo físico. Os anjos se parecem conosco porque Deus também os fez à imagem dele. Os anjos são filhos de Deus no sentido espiritual, enquanto nós o somos no mundo material. Acima de todos os anjos no Céu, estava o Filho de Deus, o comandante dos exércitos do Céu.<br />
<br />
Embora não seja possível provar, podemos inferir das Escrituras que havia três anjos principais que comandavam todos os demais: Miguel, Gabriel e Heilel Ben-Shachar, que significa luz da manhã em hebraico, ou Lúcifer (o mesmo significado em latim). Todos os três anjos eram bons, mas o terceiro aparentemente ficou com inveja de Jesus e queria pegar a glória dele para si mesmo; queria tomar o lugar de Deus.<br />
<br />
Ao ver que Deus dera o mundo para Adão, Lúcifer formou um plano estratégico, pensando ser muito mais esperto que o homem. Embora seu desejo inicial fosse ser deus sobre os Céus, ele reconhecia que isso seria impossível. Jeová era muito santo e forte; não daria para enfrentá-lo diretamente. Resolveu, então, aceitar um nível menor e descer à Terra. Lá, ele poderia subjugar a raça humana e contentar-se em ser deus sobre os seres humanos. Dominaria o mundo físico, já que não teria condições de vencer Deus no mundo espiritual.<br />
<br />
E foi exatamente isso o que fez: enganou Adão e Eva e induziu-os a pecar. A partir daquele momento, o homem passou a ser dominado por Satanás (que significa inimigo). Dominando o homem, Satanás passou a ter poder também sobre o planeta e a ser o deus deste mundo – não por direito como Deus era, mas por ter roubado o domínio pela tentação e pelo pecado.<br />
<br />
“É muito simples”, Satanás pensou. “Sempre que algum ser humano nascer, será uma moleza: eu o tentarei e o farei submeter-se a mim. Dessa forma, serei o deus deste mundo.”<br />
<br />
Neste momento, podemos perguntar: “Mas por que Deus não o destruiu?”<br />
<br />
Porque o diabo, ele próprio, não fez nada! Apenas enganou Adão e Eva e os induziu a pecar. Para Deus se livrar de Lúcifer, ele teria de livrar-se, também, de Adão e Eva e de todos os seres humanos! Teria de desistir de seu próprio plano.<br />
<br />
Assim, Deus ficou numa “enrascada”. O diabo disse: “Eu o peguei! Você deu a Terra para os homens, não pode voltar atrás com sua palavra e não vai consegui-los de volta, porque posso enganá-los e levá-los a pecar. Agora tenho autoridade sobre este mundo; você pode ser o Deus do Céu, mas eu sou o deus deste mundo e não há nada que o Senhor possa fazer.”<br />
<br />
Então, Deus lhe respondeu: “Por enquanto, você pode até ter razão, mas vou trazer uma semente pela mulher, um ser humano, que um dia virá e derrotará você, tomará a Terra e a trará de volta para mim”.<br />
<br />
Antes de Adão e Eva pecarem, o Céu e a Terra estavam interligados. Os rabinos dizem que era como um sobrado, com uma escada entre os dois andares. Havia acesso diário entre o homem e Deus; o homem podia ver Deus, e Deus visitava o homem. Tinham comunhão um com o outro. Mas, quando Adão pecou, Deus precisou afastar-se do homem. Colocou uma separação entre o Céu e a Terra, uma barreira que impedia o homem de ver Deus. Além disso, o homem foi expulso do jardim do Éden, e Satanás foi condenado a ficar preso na esfera que escolheu, no pó da terra.<br />
<br />
<b>A estratégia do diabo<br />
</b><br />
Saindo do jardim do Éden, o homem foi para o oriente, onde fica Babilônia, e começou a multiplicar-se. Foi ali o berço da civilização. E Satanás estava preocupado com o que Deus lhe dissera, que uma semente da mulher viria e esmagaria sua cabeça.<br />
<br />
Como aconteceria isso? Muito simples: por meio de alguém que não pecasse! Nesse caso, ele não estaria sob o domínio de Satanás e voltaria a ter a autoridade dada por Deus sobre o planeta. Qualquer ser humano que não pecasse teria autoridade sobre o diabo. Pena que durante tantos séculos ninguém tenha conseguido!<br />
<br />
Enquanto isso, o diabo ficava sempre procurando a semente da mulher, tentando descobrir quem era a pessoa que ameaçaria seu domínio para poder destruí-la antes que isso acontecesse. Já na primeira geração, Adão e Eva tiveram dois filhos, Caim e Abel. Vendo que Abel era bom, que obviamente seria esse que Deus usaria para trazer a semente da mulher, o diabo logo influenciou Caim e induziu-o a matá-lo.<br />
<br />
“Está vendo?”, o diabo desafiou Deus. “Sempre vou ganhar. Todas as pessoas que nascerem no mundo ou serão boas ou serão más. Se forem más, já são minhas. Se forem boas, vou matá-las. De todo jeito, eu ganho.”<br />
<br />
Depois da morte de Abel, Deus levantou outra descendência em Sete, procurando em uma geração após outra achar um grupo de pessoas leais a ele a fim de introduzir sua semente na Terra, destruir o diabo, redimir o homem e unir novamente o Céu e a Terra. Porém, a situação foi ficando cada vez pior, até que todos estavam corrompidos, dominados pelo inimigo. Quando parecia que não haveria ninguém, que Deus teria de destruir todos e liquidar seu plano, ele encontrou uma pessoa com quem poderia andar e relacionar-se.<br />
<br />
Assim, Deus julgou o mundo com o dilúvio, mas preservou Noé e toda a sua família e, com eles, seu plano redentor. Quando saíram da arca, depois que as águas baixaram, ele lhes deu a mesma ordem que havia dado originalmente a Adão e Eva: “Sejam fiéis, entrem em aliança comigo, multipliquem-se, encham a Terra e assumam o domínio sobre ela”. Essa é a primeira ordem de Deus ao homem: tomar posse e exercer domínio sobre toda a Terra.<br />
<br />
<b>Recomeçando com Abraão<br />
</b><br />
O diabo, porém, continuou com sua estratégia, tentando os que eram maus e matando os que eram bons. Passaram-se muitos anos antes que Deus encontrasse alguém. Finalmente, apareceu Abraão, um homem fiel, na terra que hoje é o Iraque, dois mil anos depois de Adão.<br />
<br />
Então, Deus lhe disse: “De todos os povos na Terra, você é a única pessoa em quem achei lealdade. Façamos uma aliança entre nós: seja leal a mim e eu serei leal a você; darei somente a você, entre todos os filhos da humanidade, os direitos de propriedade sobre todo este planeta.”<br />
<br />
A primeira coisa que Deus lhe pediu foi que saísse do Iraque e fosse para o ocidente. Por quê? Porque quando Deus expulsou Adão e Eva do jardim, por causa de sua infidelidade, ele os enviou para o oriente. Agora, ao encontrar um homem fiel, Deus o chamou para o ocidente, ou seja, na direção contrária, para voltar ao lugar de onde Adão saíra. Deus lançou Adão fora, mas chamou Abraão para voltar. Ele queria recomeçar com Abraão o que pretendia fazer com Adão.<br />
<br />
É importante entender que Deus não estava propondo que Abraão fosse dono apenas de uma pequena faixa de terra no Oriente Médio; na verdade, era o primeiro passo para assumir controle sobre toda a Terra. Tinha de começar em algum lugar: onde seria melhor? No mesmo lugar onde havia colocado Adão originalmente.<br />
<br />
Deus poderia ter começado com qualquer pessoa íntegra. Deus não escolheu Abraão por outra razão. Não o escolheu por ser judeu (porque não existia a raça judaica ainda), mas simplesmente porque era honesto e fiel.<br />
<br />
Deus fez uma aliança com Abraão, e Abraão tinha uma aliança de casamento com Sara. Então, Deus e Sara ficaram vinculados por intermédio de Abraão. Deus queria que os filhos dele nascessem da fé e não da capacidade natural; por isso, tornou Sara temporariamente estéril. Abraão teve de esperar e esperar, e Sara ficou impaciente. Aconselhou Abraão a ter um filho com sua serva Hagar. Qual seria o problema com isso? O problema não era Ismael, porque para Deus não há diferença entre árabes e judeus; todos são iguais. A questão não era entre Isaque e Ismael; era Sara. Deus tinha uma aliança com Abraão, e Abraão tinha uma aliança com Sara, não com Hagar. Como Deus podia trazer um Salvador ao mundo por meio de alguém que não tinha aliança com ele? Impossível!<br />
<br />
No fim, Deus fez um milagre sobrenatural, e Sara teve o filho da promessa com 90 anos de idade. Mas ainda faltava outro passo no plano de Deus. Para poder levar o homem a tomar novamente o domínio sobre a Terra, era necessário primeiro livrá-lo do pecado.<br />
<br />
Por isso, disse a Abraão: “Vou levar você para um lugar específico; você não sabe onde é nem por que é preciso ir. Apenas obedeça! Leve seu filho para esse lugar, para o monte que lhe mostrarei e sacrifique-o ali”.<br />
<br />
Abraão obedeceu e preparou o filho para sacrificá-lo. No último instante, quando Abraão estava com a faca erguida, Deus o impediu. Abraão não podia sacrificar Isaque porque Isaque não era o Messias; era apenas uma figura do Messias. Porém, o fato de Abraão ter-se disposto a sacrificar Isaque deu a Deus a permissão de sacrificar o Filho dele.<br />
<br />
Veja, Deus deu autoridade nesta Terra para os homens e, por conseguinte, não pode simplesmente fazer o que quer. Ele precisa fazer as coisas aqui por meio de parcerias, com nossa permissão. Deus já tinha um plano de sacrificar Jesus, mas ele não podia executá-lo sem a permissão do homem. Foi quando encontrou um parceiro de aliança em Abraão, que se dispôs a sacrificar o próprio filho, que Deus obteve permissão para dar Jesus pelos nossos pecados.<br />
<br />
Foi por isso que Deus bradou do Céu a Abraão no monte e disse-lhe: “Pare agora; você não entende o que aconteceu nem precisa entender, mas por ter-me obedecido, você se tornou efetivamente meu parceiro de aliança. Isso é suficiente, e posso lhe dizer que, por intermédio de seu filho Isaque, virá a semente que prometi a Adão e Eva. Por essa semente, todas as nações da Terra serão abençoadas, todas as nações do mundo serão salvas porque você me obedeceu e seguiu a minha aliança. Por causa de sua fidelidade, por ser meu parceiro de aliança, é a sua semente que trará o Salvador para destruir Satanás e o pecado e tomar a Terra de volta para o Reino de Deus. Vou começar com esse pequeno pedaço de terra porque você ainda é uma família pequena.”<br />
A aliança de Deus com Abraão incluiu os aspectos da semente, da terra e do sacrifício, tudo o que era necessário para o plano de redenção.<br />
<br />
<b>De um indivíduo para um reino<br />
</b><br />
A partir daí, o plano continuou e passou de um indivíduo (Abraão) para uma família, da família para um grupo de tribos (os doze filhos de Jacó) e do grupo de tribos para uma nação. Quando a descendência da Jacó estava no Egito, multiplicando-se, Satanás começou a ficar nervoso. Havia já milhares de descendentes, e ele não conseguia saber quem era a semente prometida.<br />
<br />
As principais armas de Satanás sempre foram assassinato e pecado sexual. Até hoje, a estratégia é a mesma: o espírito de Jezabel, que é mais forte no Ocidente e se manifesta por meio de pecados sexuais, e o espírito de Jihad no Oriente, que procura matar. O objetivo é o mesmo.<br />
<br />
No Egito, então, Satanás começou a entrar em pânico: como iria parar a semente? Ela estava em algum lugar no Egito, mas ele não sabia quem era. Então, teve uma ideia horrível: “Já que não sei quem é, vou matar todos os meninos. Não preciso matar as mulheres porque sei que será um homem”.<br />
<br />
Foi assim que Satanás usou faraó para tentar matar todos os meninos hebreus que nascessem. Foi uma tentativa de impedir a semente de vir à Terra, mas Deus interveio, protegeu Moisés e usou-o para tirar a nação do Egito.<br />
<br />
Vamos saltar para a época de Davi agora. O pensamento de Deus é tomar de volta todo o planeta. Ele não estava procurando apenas uma família ou um pequeno país. Seu objetivo é um império sobre toda a Terra. No tempo de Davi, o plano de Deus já havia progredido, e havia uma nação na terra prometida. Estavam prontos para o próximo passo, para constituir um rei. Não era um império ainda, apenas uma nação, mas precisava de um rei. E Deus procurou até achar outro homem, assim como achou Abraão, um homem que lhe fosse leal. Era um jovem pastor, um garoto cujo coração era reto. E Deus mandou ungi-lo como rei sobre seu povo.<br />
<br />
Anos depois, quando Davi estava sentado em seu palácio, ele olhou para a tenda que abrigava a arca, o símbolo da habitação de Deus, e pensou: “Isso não está certo; como posso morar num palácio, e Deus ficar nessa pobre barraca? Vou construir uma grande casa real para Deus”.<br />
<br />
Na verdade, Davi errou em parte e acertou em parte. Por isso, Deus enviou um profeta para dizer o seguinte (estou traduzindo com minhas palavras): “Olhe, Davi, eu não preciso de uma casa nem de um templo; você está errado sobre isso. Entretanto, você é a primeira pessoa na história que entendeu que eu não quero ficar no Céu, que estou querendo sair daqui e ir morar na Terra”.<br />
<br />
Ninguém havia entendido isso até aquele momento. Davi havia dito: “Vou fazer uma casa e convidar Deus para morar na Terra, aqui perto de mim, no meio do povo dele”.<br />
<br />
Deus ficou tão comovido com isso que mandou o profeta dizer a Davi: “Já que você entendeu que não quero ficar no Céu, que estou procurando voltar para a Terra, é você e a sua semente que terão o reino. Eu prometo a você que o reino será seu para sempre e sempre, para toda a eternidade!”<br />
<br />
Davi ficou atônito. “Para sempre? Como? Não estou entendendo! O Senhor está me abençoando para toda a eternidade?”<br />
<br />
“Sim, você não entende agora, mas o fato de você me convidar para morar aí é que me dará acesso eterno a essa Terra.”<br />
<br />
Deus ainda orientou Davi sobre o lugar onde Salomão, seu filho, construiria o templo – no mesmo local onde Abraão ofereceu Isaque e, possivelmente, no mesmo lugar onde Adão e Eva pecaram. Não posso provar este último fato, mas creio que há alguns indícios para isso na Palavra. Nesse mesmo lugar, no Monte Moriá, Jesus também seria crucificado (Gólgota fazia parte da mesma cordilheira, conhecida como Monte Moriá).<br />
<br />
<b>A Semente da Mulher<br />
</b><br />
Dando mais um salto no tempo, para a época do evangelho de Mateus, no Novo Testamento, o momento estava finalmente chegando para a semente verdadeira nascer na Terra. Mateus apresenta Jesus como filho de Davi e filho de Abraão. Esses dois nomes foram destacados na genealogia, porque Deus fizera aliança com eles para trazer seu Filho ao mundo. Abraão foi o primeiro homem justo, e Davi foi o primeiro a convidá-lo para a Terra. Jesus tinha de nascer da linhagem deles; não poderia ser de outra forma. Finalmente, quatro mil anos depois de Adão, o tempo estava maduro.<br />
<br />
Logo após o nascimento de Jesus, vemos Satanás mais uma vez tentando matar a semente. Ele não é onipotente nem onisciente, e não sabia quem era a semente. Só sabia que as pessoas estavam falando de seu nascimento e do cumprimento das profecias. Quando os magos falaram com Herodes sobre um rei que nasceu em Belém, Satanás entrou em Herodes e o levou a matar todos os meninos recém-nascidos na cidade. Porém, Deus avisou José, e ele tirou sua família de lá a tempo.<br />
<br />
Jesus cresceu e chegou à idade de 30 anos. Pela primeira vez na história, havia um ser humano que nunca pecara. Era um homem que nascera da aliança de Deus com Abraão e Davi; ao mesmo tempo, era o Filho de Deus, o cabeça de todos os exércitos celestiais de anjos, o único ser mais forte do que Lúcifer. Os únicos dois anjos que poderiam talvez empatar com Lúcifer em poder seriam Miguel e Gabriel. Mas só existia um ser no universo mais forte do que ele, e Deus o introduziu secretamente na Terra.<br />
<br />
Mais uma vez, é essencial explicar por que Deus não destruiu Satanás antes se ele tinha todo o poder e os recursos para fazê-lo. Deus deu o planeta Terra à raça humana e, portanto, só um ser humano poderia tomá-lo de volta. Como capitão do exército de anjos no Céu, Jesus poderia simplesmente ter vindo e matado Satanás, sem nascer como homem e sofrer neste mundo. Porém, se tivesse agido assim, Deus teria perdido o planeta Terra por toda a eternidade.<br />
<br />
Foi por isso que Jesus precisou nascer aqui, num corpo feito do pó da terra, para poder redimir a Terra e tomá-la de volta para Deus. Jesus precisou de um corpo humano, o mesmo corpo de Adão, por duas razões: para ganhar o direito legal de salvar todos os seres humanos e para retomar domínio sobre o planeta Terra.<br />
<br />
Satanás não sabia quem Jesus era até o dia em que foi batizado, quando João o anunciou como Filho de Deus, e o Espírito Santo veio sobre ele com testemunho audível do Céu. Logo em seguida, Satanás foi tentá-lo no deserto.<br />
“Muito bem, agora sei que é o Filho de Deus; embora seja mais forte do que eu, você está jogando no meu território e tem um corpo humano. Eu tenho muita experiência com corpos humanos e sei como tentá-los. Consigo tentar qualquer pessoa que tem corpo humano.”<br />
<br />
Então, Satanás levou Jesus a um lugar alto e mostrou-lhe todos os reinos deste mundo. Não era uma tentação comum. Jesus nasceu justamente para tomar todos os reinos de volta para Deus. Era exatamente este o seu destino, o propósito de sua vida. Satanás ofereceu-lhe tudo por um instante de adoração, por um ato de dobrar o joelho diante dele.<br />
<br />
Jesus estava debilitado fisicamente depois de jejuar por 40 dias. Mas olhou firmemente para o diabo e disse: “Sua tática não funcionou, saia da minha frente!” Daquele momento em diante, Jesus tomou a autoridade do diabo. Até então, Jesus não havia realizado nenhum milagre, curado nenhum enfermo nem expulsado nenhum demônio. Mas, quando saiu dali, tornou-se o primeiro ser humano a enfrentar e vencer Satanás. A partir dali, tinha toda autoridade sobre demônios, enfermidades e até a morte.<br />
<br />
De onde veio sua autoridade para expulsar demônios? Do fato de ser Filho de Deus? Não! Para usar sua autoridade de Filho de Deus, não precisaria ter vindo ao mundo. Ele expulsou demônios com a mesma autoridade que Deus dera a Adão. Adão poderia ter feito a mesma coisa!<br />
<br />
Jesus sempre dizia: “Sou filho do homem”. Na verdade, estava dizendo: “Sou filho de Adão. Vim como filho de Adão e estou tomando a autoridade que Deus deu a ele. Digo aos demônios: ‘Saiam!’ Digo às pessoas: ‘Vocês têm um corpo feito do planeta Terra, mas eu tenho domínio sobre a Terra e posso curar seu corpo’.”<br />
<br />
Deus deu autoridade a Adão sobre tudo o que se movia sobre a Terra, o que agora incluía os anjos que deixaram o céu. Por isso, Jesus dizia: “Agora vocês estão no meu domínio, então ‘saiam!’ ”<br />
<br />
Ele também pregava o Reino. “Aqueles de vocês que são mansos e têm um coração certo herdarão a Terra, assim como Abraão e Davi. Se vocês tiverem um coração humilde e confiarem em mim, lhes darei de volta o planeta Terra.”<br />
Os discípulos pediram que lhes ensinasse a orar. “Orem assim”, Jesus disse. “Venha o teu reino, ó Deus, seja feita a tua vontade na Terra, na Terra, como no Céu.” Essa é a única oração que faz algum sentido dentro do plano de Deus revelado em toda a Bíblia.<br />
<br />
Na minha experiência, porém, quando ouço os cristãos repetindo essa oração, eles não estão orando com sinceridade. Na verdade, não entendem o que estão dizendo. O que estão pensando, de verdade, é: “Nosso Pai que estás nos céus, venha o teu reino. Livra-me desta Terra, pois não gosto dela e quero morar no Céu para sempre. Na verdade, eu nem ligo para esta Terra; pode deixá-la para o anticristo e para o diabo. Quero estar aí em cima com o Senhor”.<br />
<br />
<b>Vitória pela morte<br />
</b><br />
Ainda havia mais um passo importante para Jesus obter vitória total sobre o diabo. Ele teve de ser pregado numa cruz, numa árvore (ou madeiro). No Velho Testamento, não havia a palavra cruz. Só conheciam a palavra árvore, e era essa palavra que os apóstolos usavam quando se referiam à cruz. O pecado que começou numa árvore no jardim do Éden foi resolvido e eliminado na árvore que foi a cruz de Jesus. Foi ali que o pecado de Adão foi revertido, a cruz no lugar da árvore e Jesus no lugar de Adão. Pessoalmente, creio que a cruz foi colocada no mesmo local em que a árvore se situava no jardim. Não posso provar isso, mas entendo que foi assim.<br />
<br />
Depois, Jesus foi sepultado. Seu corpo estava embaixo da terra, e seu espírito desceu para o inferno. Satanás pensou: “Finalmente ganhei! Jesus deve ter-se contaminado com orgulho, e Deus o está rejeitando. Eu ganhei, venci Jesus!”<br />
<br />
Porém, a cruz não foi somente o lugar onde Jesus nos redimiu dos nossos pecados; foi, também, um truque, uma emboscada para Satanás. Jesus deixou todo o mundo pensar que estava sendo julgado, condenado por algum pecado, derrotado em sua missão. O próprio diabo foi enganado. Quando Jesus morreu, e seu espírito não foi para o Céu, mas para o inferno, o diabo pensou: “Eu o peguei, agora vou torturá-lo!”<br />
<br />
Mas no terceiro dia, o poder de Deus entrou em Jesus, e ele ficou de pé. Agora era ele que estava dizendo: “Eu o peguei, inimigo! Enganei-o! Você caiu na armadilha!”<br />
<br />
Veja bem: esta foi a primeira vez que Satanás fizera algo totalmente por conta própria, sem usar um ser humano. Ele sempre conseguiu agir como os chefes da Máfia, que a polícia não consegue pegar mesmo sabendo exatamente quem são. Como usam subordinados para fazer suas maldades, nunca são condenados, porque eles próprios não cometeram crime algum.<br />
<br />
Mas, enfim, Jesus pegou o diabo. “Estou esperando por isso há 4 mil anos. Você é uma serpente enganosa, sabe que amo o ser humano e não quero destruí-lo, mas sempre se esconde por trás dele. Eu não podia pegar você sem destruir a humanidade, mas agora você caiu na emboscada!”<br />
<br />
Então, Jesus pegou as chaves do diabo, as chaves do inferno e as chaves da morte. Com o poder da vida divina, ele subiu e entrou novamente em seu corpo. Não deixou o corpo de lado para voltar direto para o Céu. Ele reassumiu o corpo porque era esse o propósito de Deus desde que criou os Céus e a Terra. O plano de Deus sempre foi, ainda é e sempre será viver dentro de um grupo de seres humanos que têm corpos físicos no planeta Terra. Não importa se você gosta ou não desse plano; é o que Deus quer e o que vai fazer! <br />
<br />
<b>A consumação final<br />
</b><br />
Depois de ressuscitar, as últimas palavras de Jesus, no evangelho de Mateus, foram estas: “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra” (Mt 28.18). Ele era a única pessoa no universo que tinha direito e poder para retomar a Terra e colocá-la sob a autoridade de Deus novamente. Ele era Filho de Deus e, depois da encarnação, filho de Adão também.<br />
<br />
Nenhum dos anjos poderia ter feito isso, porque não eram filhos de Adão. Mesmo Jesus, quando estava no Céu, como Filho de Deus, não poderia ter feito isso. Foi preciso que ele abrisse mão de sua glória, que se despisse de sua posição celestial, que descesse para a Terra e se tornasse filho de Adão. Só depois disso, por ser tanto filho de Adão quanto Filho de Deus, é que obteve plena autoridade no Céu e na Terra. Mesmo que ajuntasse todos os bons anjos no Céu ou todas as pessoas justas do mundo, ninguém seria capaz de alcançar tal vitória; nem o próprio Deus Pai o seria; ninguém pôde fazer tal coisa a não ser Jesus, porque ele é Filho de Deus e filho de Adão.<br />
<br />
Depois de ressuscitar num corpo transformado, Jesus voltou para o Céu, deixando ordem para que os discípulos esperassem a descida do Espírito e levassem o Evangelho a todo o mundo. Judeus e gentios começaram a aceitar e crer na Palavra que era anunciada. A eles, o apóstolo Paulo escreveu em uma de suas epístolas: “Se tiverem a mesma fé que teve Abraão, vocês serão herdeiros do mundo como descendentes de Abraão” (Rm 4.13).<br />
<br />
Esse é o plano de Deus. Saímos pelo mundo, pregamos o evangelho e as pessoas que creem tornam-se participantes dessa mesma promessa. Quando Jesus voltar, de acordo com a sua palavra, ele ficará entre os Céus e a Terra e dirá: “Agora vamos unir tudo novamente, o Céu e a Terra”.<br />
<br />
Satanás e todos os demônios serão expulsos, os pecadores serão removidos, as pessoas justas serão ressuscitadas num corpo físico, os santos que estão vivos terão o corpo transformado, e Deus virá morar dentro deles. O véu será tirado, a barreira removida, e homens e anjos estarão todos juntos com Deus conforme seu plano original. O planeta Terra será renovado, e Deus fará o que sempre desejou: viverá por seu Espírito num grupo de seres humanos, com corpos físicos, numa Terra maravilhosa.<br />
<br />
O jardim do Éden será uma realidade novamente, só que abrangerá o mundo inteiro. Toda a Terra será governada por um rei, Jesus, a partir do centro, Israel. Haverá líderes sobre todas as nações do mundo, que serão os santos que foram ressuscitados. Haverá um reino, um império internacional, com Jesus como cabeça. Deus habitará no meio das pessoas, e tudo será perfeito, exatamente como Deus planejou desde o início.<br />
<br />
O texto que descreve a consumação final desse plano secreto de Deus é Efésios 1.9,10: “Desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo, de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu como as da terra”. Deus reunirá de novo tudo o que está nos Céus e tudo o que está na Terra em Jesus. Ele ajuntará tudo para formar um só reino, Céus e Terra, Deus e homem, todos juntos por meio de Jesus.<br />
<br />
Depois de muitas e muitas horas de estudo e pesquisa na Palavra, cheguei a esse entendimento do plano de Deus. A minha oração por você, leitor, é que Deus lhe conceda não apenas o entendimento, mas uma verdadeira revelação desse grandioso propósito divino. Já é hora de a Igreja preparar-se para tomar domínio sobre a Terra. Ela precisa preparar-se antes de Jesus voltar! Precisamos compreender que o Reino de Deus está, de fato, no Céu, mas também está na Terra. E é para a Terra que Deus quer vir a fim de estabelecer seu Reino para sempre. Jesus obteve toda autoridade nos Céus e na Terra e a deu aos seus discípulos. Nossa tarefa é pegar essa autoridade e usá-la para trazer todas as coisas sob o domínio do nosso Rei e para convidá-lo de volta para esta Terra. Que sejamos verdadeiramente tomados por essa revelação e paixão!<br />
<br />
<br />
<b>Autor: Asher Intrater<br />
Fonte: <a href="http://www.revistaimpacto.com.br/?modulo=materia&id=565">Revista Impacto</a></b><br />
</span>Cláudio Netohttp://www.blogger.com/profile/02343893445500444454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7573914207712945188.post-64871429743394579142011-04-01T23:17:00.002-03:002011-04-01T23:17:00.135-03:00Divergências Históricas Sobre a Escatologia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnwGAOOuCVhwJQY7jU9UkiIUvTMW3nCIardKuDLousIpAS3z2YmmdlXQCeT0K_VcQGbfOWuuhlkar8l7wMi6xJjJmkzBCv2bliR3xAYNicI2D0i65D-sWAhQpHfe-NbGEhSMdh-dr-RC8c/s1600/sinais-dos-tempos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnwGAOOuCVhwJQY7jU9UkiIUvTMW3nCIardKuDLousIpAS3z2YmmdlXQCeT0K_VcQGbfOWuuhlkar8l7wMi6xJjJmkzBCv2bliR3xAYNicI2D0i65D-sWAhQpHfe-NbGEhSMdh-dr-RC8c/s1600/sinais-dos-tempos.jpg" /></a></div><span style="font-size: 110%;"><br />
A escatologia bíblica tem como objetivo estudar tudo o que está relacionado com o fim da história da humanidade na Terra. Não se limita ao retorno pessoal e visível do mesmo Jesus que já veio uma vez para consumar o plano de Deus na Terra com a ressurreição dos mortos, o juízo final e a inauguração do Reino eterno. Sobre esse fato central, nunca houve divergências fundamentais entre a maioria daqueles que se consideram verdadeiros cristãos (que creem na inspiração sobrenatural das Escrituras, na encarnação, morte e ressurreição de Jesus e na necessidade de um novo nascimento).<br />
<br />
As divergências surgem quando se fala dos outros acontecimentos preditos na Bíblia que devem ocorrer antes e/ou depois da volta de Jesus, tais como uma grande tribulação, maior que qualquer outra já experimentada pelo povo de Deus (Dn 12.1; Mt 24.21), o surgimento de um anticristo, também chamado de besta (Ap 13.4) ou homem do pecado (2 Ts 2.3), e um período de mil anos (chamado milênio), durante o qual Satanás será preso e as fiéis testemunhas de Jesus reviverão e reinarão como sacerdotes com Cristo sobre a Terra (Ap 20.1-6).<br />
<br />
Dentre várias outras questões, as maiores discussões históricas têm sido a respeito do milênio (se é um período literal ou simbólico e se ocorrerá antes ou depois da Segunda Vinda) e, mais recentemente, sobre a tribulação (se a Igreja estará na Terra nesse tempo ou se Jesus virá secretamente para arrebatá-la antes).<br />
<br />
De forma bem resumida, vou apresentar as quatro linhas mais conhecidas de interpretação escatológica e o período em que cada uma surgiu na história da Igreja.<br />
<br />
<b>1. Pré-milenismo histórico<br />
</b> <br />
Durante os primeiros quatro séculos da história da Igreja, de acordo com vários documentos da época (como o Didaquê e a Epístola de Barnabé), predominava o que é conhecido como pré-milenismo, ou seja, a perspectiva de que Jesus voltará depois do período final de tribulação e antes do milênio de paz e justiça sobre a Terra. Somente depois desse milênio é que começará o Reino eterno.<br />
<br />
Como já estavam sofrendo muitas perseguições, os cristãos primitivos entendiam que tribulação e sofrimento eram experiências “normais” para os discípulos de Jesus. Os líderes mais destacados, conhecidos como pais da Igreja, procuravam prevenir e preparar os cristãos para o sofrimento maior que estava por vir. Ao falar sobre o milênio, alguns o descreveram em termos bem terrenos, como uma época em que haveria grande prosperidade, abundância de frutos e harmonia na criação (como, por exemplo, Pápias, bispo de Hierápolis, na Frígia, início do segundo século).<br />
<br />
Não havia unanimidade sobre o milênio, porém. Um dos pais do segundo século, Justino Mártir, mencionou o fato de que nem todos acreditavam em um milênio literal depois da vinda de Cristo, e que esse não era um ponto fundamental da fé cristã.<br />
<br />
Apesar de o pré-milenismo ter sido a visão predominante, naquela época foram plantadas várias sementes que prepararam o caminho para as fortes mudanças que viriam a partir do quarto século. Talvez, a influência mais forte, responsável, pelo menos em parte, pelos demais fatores de mudança, tenha sido a filosofia grega, em geral, e o gnosticismo, em particular. Embora vários líderes e pensadores cristãos tratassem de combater essa tendência, outros tentavam abertamente aproveitar o pensamento grego e conciliá-lo com o cristianismo.<br />
<br />
Uma das ideias gregas que mais contaminou o cristianismo foi a de que a matéria é má por natureza e que precisamos livrar-nos do corpo e do mundo material para alcançar perfeição num Céu que é totalmente espiritual e transcendental.<br />
<br />
Outro fator de mudança, decorrente em parte desse desprezo por tudo o que é terreno e visível, foi a introdução da interpretação alegórica das Escrituras. Como o Velho Testamento (que até meados do segundo século depois de Cristo era a única Bíblia da Igreja) fala muito de um povo natural e do reino na Terra, alguns pais do segundo século (dentre os quais, destacam-se Clemente e Orígenes) começaram a transformar essas passagens em alegorias para evitar os conflitos que uma interpretação mais literal poderia trazer. O Velho Testamento passou a ser visto, cada vez mais, não como uma parte importante do plano de Deus, mas apenas como uma história simbólica cheia de figuras das verdades espirituais e invisíveis.<br />
<br />
O terceiro fator foi o distanciamento entre a Igreja e os judeus. Embora os primeiros cristãos fossem todos judeus, depois da abertura para os gentios, a Igreja foi aos poucos se desligando de suas raízes originais. Houve várias causas para isso, uma das quais foi a destruição de Jerusalém em 70 d.C. O método de interpretação alegórica também contribuiu, fazendo com que os cristãos desprezassem a história da nação de Israel e o entendimento judaico das revelações de Deus. Isso preparou o caminho para a Igreja se considerar o novo Israel de Deus, herdeira de todas as promessas do Velho Testamento (num sentido espiritual), deixando Israel como povo e nação completamente fora.<br />
<br />
<b>2. Amilenismo<br />
</b> <br />
Como resultado dos três fatores citados acima, veio uma nova visão escatológica conhecida como amilenismo. O maior responsável por torná-la predominante na Igreja foi Agostinho (354-430 d.C.). Como alguns de seus antecessores e contemporâneos, ele não conseguia aceitar a ideia de um milênio com prazeres terrenos defendida pelo pré-milenismo. Usando o método de interpretação alegórica, Agostinho explicou o milênio de Apocalipse 20 como um período simbólico que representava o Reino que Jesus inaugurou em sua primeira vinda. Como resultado da vitória de Cristo na cruz, Satanás (o homem valente de Mt 12.29) foi preso no sentido de não mais poder impedir o avanço do Reino para todas as nações.<br />
<br />
Com o fim da perseguição da Igreja no quarto século, a expectativa do cumprimento das profecias apocalípticas ficou mais distante. O Apocalipse começou a ser interpretado como uma visão da história da Igreja e não somente do tempo do fim.<br />
<br />
O termo amilenismo, que só começou a ser usado no século 20, vem do conceito de que não haverá um reino de Jesus aqui na Terra. O milênio está acontecendo agora no reino espiritual, desde a primeira vinda de Jesus, e terminará quando ele voltar para ressuscitar os mortos (justos e injustos), trazer o juízo final e introduzir o Reino eterno.<br />
<br />
Essa perspectiva escatológica foi a que mais perdurou em toda a história da Igreja. Foi adotada pela Igreja Católica desde o tempo de Agostinho, pela Igreja Ortodoxa e pelas igrejas da Reforma (de Lutero, Calvino e outros). Mesmo assim, sempre houve grupos dissidentes e minoritários dentro e fora das igrejas institucionais que acreditavam em alguma forma de pré-milenismo.<br />
<br />
Embora não possa ser considerada uma característica obrigatória do amilenismo, é correto dizer que, tanto na história católica quanto na protestante, os amilenistas geralmente não alimentavam muita expectativa da volta de Cristo. Havia pouca menção da Segunda Vinda e pouca expectativa de qualquer mudança na Igreja antes disso. <br />
<br />
<b>3. Pós-milenismo<br />
</b> <br />
Outra linha de pensamento, chamada pós-milenismo, surgiu no século 17 com Daniel Whitby da Inglaterra, mas alcançou mais destaque no período do Primeiro Grande Despertamento a partir da década de 1730. Jonathan Edwards foi o maior responsável por torná-la conhecida e respeitada.<br />
<br />
A grande novidade do pós-milenismo era a visão de uma igreja triunfante em toda a Terra antes da volta de Jesus. De acordo com eles, o milênio não foi inaugurado com a primeira vinda de Jesus (conforme ensinam os amilenistas), mas começaria de forma gradativa, em algum momento na presente era, por meio de intervenções do Espírito Santo (avivamentos) que levariam a Igreja a cumprir integralmente sua missão de discipular as nações (Mt 28.19) e estender a autoridade de Jesus a todos os povos. Dessa forma, o Reino permearia toda a massa e encheria a Terra, exatamente como Jesus explicou nas parábolas do fermento e do grão de mostarda (Mt 13.31-33).<br />
<br />
O nome pós-milenismo se refere à perspectiva de que a volta de Jesus seria depois do milênio, o período de triunfo mundial da Igreja. De todas as linhas escatológicas, essa é considerada a mais otimista, no sentido de crer que o mundo será transformado pela Igreja nesta era. Foi a visão predominante na igreja norte-americana e inglesa durante os séculos 18 e 19.<br />
<br />
Embora tenha sido rejeitada pela maioria da Igreja a partir do século 20 (em grande parte por causa das guerras mundiais e da percepção de que o mundo não estava sendo transformado pela Igreja), o pós-milenismo foi responsável pelo período de maior engajamento da Igreja na transformação da sociedade, combatendo a escravidão, a injustiça, a pobreza, a discriminação das mulheres e muitos outros males. Foi uma época de grandes avivamentos e expansão missionária. Sem dúvida alguma, a visão do plano de Deus afeta nossa escatologia, e a escatologia afeta nossa prática!<br />
<br />
No lado negativo, muitos pós-milenistas, a partir do século 19, adotaram uma visão natural de transformação gradativa do mundo por meio de um evangelho social, sem muita ênfase no poder e na intervenção do Espírito Santo.<br />
<br />
<b>4. Pré-milenismo dispensacionalista<br />
</b> <br />
No século 19, houve um retorno ao pré-milenismo, porém com algumas diferenças fundamentais em relação ao pré-milenismo histórico dos primeiros séculos. Esse novo pré-milenismo, que seria conhecido como dispensacionalista por dividir o plano de Deus na Bíblia em etapas bem distintas chamadas dispensações, levou várias décadas para ser mais aceito e só se tornou a visão escatológica predominante nas igrejas evangélicas no século 20.<br />
<br />
A semelhança entre as duas linhas de pré-milenismo é que ambas interpretam o milênio de Apocalipse 20 como um período literal em que Jesus reinará na Terra depois da Segunda Vinda. A diferença é que o pré-milenismo dispensacionalista coloca uma vinda secreta de Jesus antes da tribulação, em que a Igreja será arrebatada para o Céu. Durante a tribulação e o domínio do anticristo, a nação de Israel será preparada para aceitar o Messias e ser a base do Reino milenar. Assim, haveria dois planos de Deus para dois povos distintos: um reino espiritual para a Igreja no Céu e um reino terreno para Israel na Terra. A Segunda Vinda ocorreria em duas etapas, uma secreta para arrebatar a Igreja antes da tribulação e outra visível no final da tribulação.<br />
<br />
Não há um consenso sobre as circunstâncias exatas em que a ideia de um arrebatamento secreto surgiu. Sabe-se que a pregação de um evangelista escocês, Edward Irving, despertou grande interesse na Inglaterra, no final da década de 1820, ao enfatizar a iminência da Segunda Vinda. As reuniões eram acompanhadas por dons espirituais, principalmente visões, profecias e línguas. Em uma dessas reuniões, houve uma profecia sobre a Segunda Vinda que alguns identificam como a origem da doutrina do arrebatamento. Porém, nos escritos que documentaram a profecia, parece não ter havido uma declaração muito explícita sobre isso.<br />
<br />
A pessoa que desenvolveu e difundiu a teologia do dispensacionalismo foi J. N. Darby (1800 – 1882), um dos líderes de um movimento de restauração da igreja chamado Plymouth Brethren, Irmãos Unidos ou simplesmente Irmãos (no Brasil, Casas de Oração). Embora o movimento fosse voltado principalmente para o estudo das Escrituras e não encorajasse manifestações de dons sobrenaturais, Darby esteve nas conferências que surgiram como resultado do despertamento profético de Irving e seus seguidores. Não sabemos exatamente como ele desenvolveu suas doutrinas escatológicas, mas o fato é que foi ele o responsável pela formulação inicial do dispensacionalismo e pela doutrina do arrebatamento secreto pré-tribulacionista.<br />
<br />
Depois de séculos de interpretação alegórica das Escrituras e uma ausência do senso de iminência e expectativa pela volta de Jesus em grande parte da Igreja, o pré-milenismo trouxe uma forte mudança de visão para toda a teologia evangélica. Enfatizando a interpretação literal das Escrituras (a aceitação do texto no sentido que tinha quando foi escrito), o futuro de Israel no plano de Deus e a possibilidade de Jesus voltar a qualquer momento, a nova perspectiva escatológica mudou radicalmente a face do movimento evangélico do século 20.<br />
<br />
Enquanto os teólogos das grandes igrejas históricas pendiam cada vez mais para o liberalismo, com sua Alta Crítica (questionando a autenticidade e inspiração das Escrituras), o movimento dispensacionalista se organizava como a única defesa viável da fé que “uma vez por todas foi entregue aos santos” (Jd 3). Contribuíram para fortalecer a posição dispensacionalista dentre os evangélicos o estabelecimento de institutos bíblicos (dirigidos por dispensacionalistas), como alternativa aos seminários teológicos liberais, e a primeira Bíblia de estudo, a Bíblia Scofield com suas anotações dispensacionalistas, publicada em 1909. Como a visão escatológica de um arrebatamento secreto e de propósitos separados para Israel e a Igreja fazia parte do mesmo pacote teológico de defender o cristianismo contra ataques liberais, o dispensacionalismo começou a ser visto como parte essencial dos fundamentos da fé. Quem não aceitava as premissas escatológicas era visto como liberal, como alguém que não aceitava a verdade bíblica. Com isso, surgiu a imagem do fundamentalista intolerante como sinônimo de dispensacionalista. <br />
<br />
<b>Análise Final<br />
</b> <br />
Podemos dizer que grande parte da história da Igreja foi dominada por uma perspectiva escatológica que interpretava o Reino de Deus como um reino espiritual, presente, representado pela Igreja que tomou o lugar de Israel como povo de Deus na Nova Aliança. Com isso, pouca importância era dada ao plano de Deus com a nação de Israel no Velho Testamento e à consumação futura desse plano com um reino milenar na Terra. Além disso, houve fortes sentimentos e atitudes antissemitas durante muitos períodos da história, tanto por parte da Igreja Católica quanto da Protestante. Algumas pessoas até conseguiam entender as profecias do apóstolo Paulo em Romanos 11 sobre a futura restauração dos judeus aos propósitos de Deus, mas geralmente previam uma grande conversão de judeus, não uma restauração do povo à sua terra ou um futuro profético para a nação.<br />
<br />
Foram os dispensacionalistas que viram que as promessas de Deus ao povo de Israel seriam cumpridas literalmente, e isso no século 19, quando ainda não havia sinais dos grandes acontecimentos do século 20. Quando Israel voltou a ser nação em 1948, cumprindo diversas profecias do Velho Testamento, os dispensacionalistas o consideraram como grande confirmação de todo o seu sistema escatológico.<br />
<br />
De maneira geral, a grande maioria das igrejas evangélicas continua adotando a escatologia dispensacionalista, sem muito questionamento. Quem pensa diferente geralmente não tem coragem de manifestar-se, por se considerar em desvantagem e por viver há tanto tempo sendo considerado praticamente um herege. Quem ouve uma opinião diferente às vezes se espanta por nunca ter imaginado que existissem outros pontos de vista. Isso ilustra a desconexão de grande parte dos cristãos com a história, pois, durante 17 séculos, a ideia de um arrebatamento secreto e a possibilidade de a Igreja não passar pela tribulação jamais foram cogitadas.<br />
A seguir, algumas conclusões importantes:<br />
<br />
<b>1. Cada linha enfatiza um aspecto da escatologia e esquece outros.<br />
</b> <br />
A maioria das divergências doutrinárias na Igreja é resultado de visão parcial, tanto de um lado quanto de outro. Precisamos aprender a valorizar as contribuições de cada ênfase e incluí-las numa perspectiva mais ampla, e não combater e rejeitar aquelas que são diferentes da nossa. De forma resumida, podemos dizer que o pré-milenismo histórico dos primeiros séculos enfatizou a necessidade de enfrentar o sofrimento na tribulação e estar preparado para glorificar a Jesus no meio dela. O amilenismo enfatizou o reino espiritual que Jesus inaugurou na Primeira Vinda e a autoridade sobre Satanás que já pode ser exercida pela Igreja. O pós-milenismo enfatizou o triunfo que a Igreja foi incumbida de alcançar antes da Segunda Vinda, transformando a sociedade, a cultura e os governos. O pré-milenismo dispensacionalista trouxe a interpretação literal das Escrituras, resgatando verdades sobre Israel e o plano de Deus que estavam esquecidas há séculos. Renovou uma expectativa viva pela Segunda Vinda de Jesus.<br />
<br />
<b>2. As circunstâncias históricas, incluindo condições políticas e culturais do mundo e reações a exageros anteriores, tiveram grande influência no surgimento de cada linha.<br />
</b> <br />
O pré-milenismo histórico foi a primeira linha e reflete de forma mais próxima o pensamento dos escritores do Novo Testamento. Estava bem alinhado com as condições de perseguição que já existiam nos tempos apostólicos. O amilenismo foi influenciado pelo fim da perseguição à Igreja e pela filosofia grega de pensamento alegórico. O pós-milenismo refletiu o otimismo que prevalecia no período de expansão da influência britânica e norte-americana. E o pré-milenismo dispensacionalista foi uma reação a séculos de interpretação alegórica e desprezo à contribuição de Israel natural ao plano de Deus. As condições mais pessimistas do mundo no século 20, durante e após as guerras mundiais, também contribuíram para fortalecer essa linha de pensamento. Ao mesmo tempo em que se observa que cada linha tinha uma função importante para equilibrar exageros anteriores e trazer uma contribuição relevante para aquele momento histórico, pelo mesmo motivo devemos entender que cada uma é incompleta sozinha e incapaz de representar a verdade como um todo.<br />
<br />
<b>3. Incoerência e convergência.<br />
</b> <br />
Atualmente, existem defensores de todas as quatro linhas, embora o pré-milenismo dispensacionalista continua sendo a mais popular e difundida. Porém, a variedade de pensamento é muito maior do que as quatro perspectivas descritas aqui. Por isso, seria um grande erro rotular as pessoas e concluir que elas concordam com todos os itens de determinada linha escatológica. Aliás, hoje as pessoas fazem uma grande salada de ideias que nem caberiam dentro de uma linha coerente de pensamento. Por exemplo, o triunfalismo, que prevê uma grande expansão da influência transformadora da Igreja em toda a sociedade, não é compatível com a previsão dispensacionalista de que o mundo só vai piorar, e a Igreja será retirada do mundo antes da tribulação final. No entanto, muitos cristãos hoje acreditam nas duas coisas, sem qualquer tentativa de conciliar essas ideias com uma visão mais ampla do plano de Deus. Qual é o plano de Deus – levar a Igreja a triunfar e mudar o mundo ou tirar a Igreja do mundo e aguardar a Segunda Vinda para implantar o Reino?<br />
<br />
Por outro lado, algo muito interessante está acontecendo: pensadores e teólogos de todas as linhas estão convergindo cada vez mais para alguns pensamentos em comum que seriam impensáveis há pouco tempo. Amilenistas, que não falavam de um reino a ser estabelecido na Terra, estão entendendo que o Reino eterno será mesmo na Terra renovada e que Israel voltará a fazer parte do plano de Deus. Dispensacionalistas têm mudado mais de uma vez ao longo do último século, amenizando a separação tão radical entre o plano de Deus para a Igreja e para Israel. Até criaram uma nova linha de pensamento chamada dispensacionalismo progressista, que vê mais união nas etapas do plano de Deus e entre o reino espiritual e natural.<br />
<br />
Algumas diferenças continuam, mas a distância entre elas está diminuindo. Isso é consequência natural de uma visão cada vez mais clara do plano de Deus como um todo. Ali está a chave para entendermos melhor para onde Deus está conduzindo a história e como podemos cooperar com ele, andando em harmonia com todas as diversas correntes do seu povo na Terra.<br />
<br />
<br />
<b>Autor: Christopher Walker<br />
Fonte: <a href="http://www.revistaimpacto.com.br/?modulo=materia&id=566">Revista Impacto</a></b><br />
</span>Cláudio Netohttp://www.blogger.com/profile/02343893445500444454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7573914207712945188.post-23623087714049536082011-03-31T11:08:00.001-03:002011-03-31T11:08:00.370-03:00Seres Extraterrestres e a Bíblia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9Wb8scyU3Gr1xPEDxO6SBrrj-nT6JNfKwZE7VbtF8nP0jslsViHpodS2AdwitrBiRNwEibXwXbrPfuT0VGKNMH4-Wv_ouIP5DZrUuwlpLYgOYF-_RqiVqrHEAHtlcAKvDy5ug1fojSWJh/s1600/extraterrestres.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9Wb8scyU3Gr1xPEDxO6SBrrj-nT6JNfKwZE7VbtF8nP0jslsViHpodS2AdwitrBiRNwEibXwXbrPfuT0VGKNMH4-Wv_ouIP5DZrUuwlpLYgOYF-_RqiVqrHEAHtlcAKvDy5ug1fojSWJh/s1600/extraterrestres.jpg" /></a></div><span style="font-size: 110%;"><br />
<b>A CIÊNCIA E OS ETs<br />
</b> <br />
Estamos sozinhos no Universo ou existe vida em outros planetas? Histórias sobre discos voadores e contatos com extraterrestres produzem muitas especulações e reboliço na imprensa mundial. Atualmente, a polêmica ganhou um aliado de peso, Stephen Hawking, físico britânico que ocupou durante muitos anos a cadeira de Isaac Newton em Cambridge e é um dos mais respeitados do mundo. Em uma entrevista recente, fez declarações intrigantes sobre a vida fora da Terra. Baseando-se no fato de que há 100 bilhões de galáxias no universo, cada uma com milhões de estrelas, afirmou, à semelhança de outros cientistas, que seria muita pretensão nossa achar que estamos sozinhos nessa infinidade de astros.<br />
<br />
Porém, existe, de fato, algum resultado de pesquisa que comprove essa afirmação? Algum sinal de vida extraterrestre, ainda que primitiva, já foi encontrado? De onde procedem todas as informações que temos hoje sobre os extraterrestres?<br />
<br />
Hawking afirma que é perfeitamente racional achar que os alienígenas existam. Nós, humanos, porém, deveríamos evitar qualquer contato com eles, em vista do grande risco de serem predadores. Se os ETs nos visitarem, as consequências poderão ser semelhantes às do desembarque de Cristóvão Colombo na América – nada menos que desastrosas para os nativos. Ele aconselha que o homem pare de mandar sondas para o espaço com mapas da Terra e mensagens de boas-vindas. Por outro lado, contradizendo a si mesmo, Stephen Hawking entende que o mais provável é que outros planetas apresentem apenas vida primitiva, de microorganismos ou no máximo de animais semelhantes a lagartos, em vez de seres inteligentes capazes de fazer uma viagem interestelar.<br />
<br />
Declarações desse tipo ganham a mídia com muita rapidez, e, pelo fato de virem de um cientista renomado, as pessoas as aceitam como verdade absoluta. Isso ficou bem demonstrado num debate recente na Internet. Quando um jovem que defendia a opinião de Hawking foi questionado por outro participante sobre acreditar que o cientista apresentara alguma evidência, a resposta foi: “Eu acredito porque ele é um cientista e com certeza deve ter usado o método científico”. O jovem nem sequer investigou os dados ou checou se houve observações experimentais – simplesmente acreditou! Ou seja, a ciência nada descobriu até agora, mas, mesmo assim, cientistas fazem declarações categóricas em cima de teorias, levando muitos atrás de ideias absurdas.<br />
<br />
<b>O QUE JÁ FOI COMPROVADO SOBRE VIDA EXTRATERRESTRE<br />
</b> <br />
Os defensores da vida extraterrestre precisam responder a duas questões básicas: primeiro, se existem condições favoráveis à vida em algum outro lugar no universo; segundo, caso existam alienígenas e caso sejam muito mais inteligentes que os terráqueos, como e por que venceriam as grandes distâncias entre nós e seu planeta original para fazer contato com a Terra? Até hoje, nenhuma pesquisa científica conseguiu responder a qualquer uma das duas.<br />
<br />
De acordo com o conhecimento atual, nenhum outro planeta foi encontrado em que a vida fosse, ao menos, possível. Este precisaria atender a várias necessidades ao mesmo tempo (e não apenas a uma delas), como temperatura ambiente, existência de água e elementos orgânicos indispensáveis à vida, velocidade ideal nos movimentos de rotação e translação, concentração vital de gases atmosféricos, campo magnético, força de gravidade, distância correta do seu sol, uma superfície que suprisse diversas condições semelhantes às que ocorrem na Terra, dentre muitos outros fatores.<br />
<br />
Até agora, os astrônomos só encontraram algumas dessas condições em um planeta de outro sistema solar. Ele orbita em torno da estrela Pégaso de nossa Via Láctea, distante de nós 45 anos-luz. Mas, como está 20 vezes mais próxima de seu sol do que a Terra do nosso, a vida lá seria impossível devido ao calor de até 1.700º C. Outros possíveis planetas não passam de gigantes gasosos, como Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Esses não têm uma superfície sólida, e, portanto, seria impossível a vida desenvolver-se lá.<br />
<br />
No início de agosto de 1996, pesquisadores da Nasa anunciaram a descoberta de vida em Marte após encontrarem possíveis restos de nanobactéria em um meteorito que supostamente viera daquele planeta. Esse material também poderia ser bolinhas de lama petrificada, ressaltaram. Uma prova de "vida", na verdade, não existia, mas, para a mídia, foi uma evidência de que existiu vida em Marte. Outras pesquisas seguiram a linha de tentar encontrar água em outros planetas, como se isso em si provasse alguma coisa. Onde há vida, certamente haverá água; porém, onde há água, não haverá, necessariamente, vida.<br />
<br />
Mesmo que até agora não exista a menor prova científica da existência de vida extraterrena, muitos astrônomos – sob o impacto da quantidade enorme de estrelas – acham que a vida, como é concebida na Terra, também teria de ter surgido em outros lugares. Os cientistas americanos do Seti (Search for Extraterrestrial Intelligence - Busca de Inteligência Extraterrestre) partiram da hipótese de que seres inteligentes poderiam utilizar ondas eletromagnéticas moduladas (AM ou FM), as mesmas produzidas pelos terráqueos, para transmitir informação. Embora estejam usando radiotelescópios desde 1960 para tentar captar sinais de extraterrestres, até hoje não captaram nada que pudesse ser uma comunicação de outra civilização.<br />
<br />
Embora a ciência tente demonstrar total objetividade com relação às motivações e conclusões, nota-se claramente um grande interesse em provar que existe vida, por elementar que seja, em outros pontos do Universo. É o mesmo interesse que desperta quando alguém encontra um fóssil, com a possibilidade de finalmente ter achado alguma prova para a teoria da evolução das espécies. Inconscientemente ou não, o homem deseja comprovar sua ideia fixa de que a vida surgiu espontaneamente, eliminando, assim, a necessidade de um Deus para explicar ou governar nossa existência.<br />
<br />
<b>APARIÇÕES DE ETs NA TERRA<br />
</b> <br />
Considerando-se que exista vida em algum lugar do espaço, uma visita de extraterrestres à Terra, como as sugeridas pelos relatos de óvnis, seria praticamente impossível. O principal empecilho são as distâncias inimaginavelmente grandes e, com isso, o longo tempo de viagem que se faz necessário. A estrela mais próxima da Terra, chamada Proxima Centauri, fica a 4,3 anos-luz, ou seja, 40,7 trilhões de quilômetros. O ônibus espacial da Nasa, viajando a aproximadamente 28 mil km/h, levaria 168 mil anos para vencer essa distância. A espaçonave mais veloz que a espécie humana já construiu até agora (Voyager da Nasa) levaria 80 mil anos nesse percurso. Mesmo com um reator de fusão nuclear, o combustível necessário para a viagem ocuparia mil navios supertanques e levaria 900 anos.<br />
<br />
Se existisse alguma força de impulsão que alcançasse um décimo da velocidade da luz, mesmo assim a viagem levaria 43 anos. Segundo os cálculos aproximados do físico nuclear sueco C. Miliekowsky, seriam necessárias quantidades enormes de energia para a propulsão. Elas equivaleriam à quantidade de energia elétrica consumida atualmente pelo mundo inteiro em um mês. Além do mais, as pequenas partículas de poeira que flutuam no espaço representam um problema para as sondas espaciais, pois colidiriam com elas causando sua explosão. Tudo isso torna uma viagem de eventuais extraterrestres até nós ou de nós até eles praticamente impossível.<br />
<br />
Devido às distâncias enormes e gastos energéticos envolvidos, é muito improvável que as dezenas de óvnis noticiados a cada ano pudessem ser visitantes de outros planetas, tão fascinados com a Terra que estariam dispostos a gastar quantidades fantásticas de tempo e energia para chegar aqui. A maioria dos óvnis, quando estudados, revelam-se como fenômenos naturais, como balões, meteoros, planetas brilhantes ou aviões militares classificados. De fato, nenhum óvni jamais deixou evidência física que pudesse ser estudada em laboratórios para demonstrar sua origem de fora da Terra.<br />
<br />
<b>PUBLICAÇÕES EM REVISTAS<br />
</b> <br />
A revista alemã Focus relatou que 90% das notícias de óvnis são consideradas disparates, mas os 10% restantes são suficientes para o surgimento de muitas especulações. Um exemplo foi apresentado pela Revista Isto É, de 20/10/2010, com a matéria intitulada “A história oficial do ET de Varginha”, esclarecendo uma possível aparição de extraterrestres na cidade de Varginha, no interior de Minas Gerais, em janeiro de 1996. Naquela época, três meninas (e também algumas crianças) disseram ter visto um ser incomum agachado, que chorava alto e fino quando acuado. Paralelo a esse relato, outras pessoas também alegaram ter visto um óvni semelhante a um submarino sobrevoando a cidade e, logo em seguida, a sua queda. Também foi citado que militares capturaram o corpo de um ET e o levaram para necropsia em Campinas.<br />
<br />
Essa história teve repercussão em todo o mundo e fez de Varginha um centro de romaria internacional para estudos ufológicos. Segundo a revista, tudo não passou de um equívoco, em que algumas pessoas viram um doente mental, que mora em frente ao terreno onde os boatos se originaram e que fica agachado o tempo todo, e acharam que era um ET.<br />
<br />
<b>UFOLOGIA</b><br />
<br />
O estudo dos óvnis (objetos voadores não identificados) é conhecido como Ufologia e pode ser dividido em científica e mística. A ufologia científica analisa as possíveis aparições e demais acontecimentos inexplicáveis pela ciência naturalista. Já a ufologia mística preocupa-se mais com as mensagens e questões filosóficas relacionadas com essas visitações extraterrestres.<br />
<br />
O livro Eram os deuses astronautas? organizou muitas dessas ideias a partir de fatos inexplicáveis que aconteceram em vários períodos da história da humanidade. Trata-se, em geral, de projetos arquitetônicos, de 2 a 4 mil anos atrás que só poderiam ser executados por uma inteligência sobrehumana, muito mais desenvolvida do que a atual.<br />
Como se pode explicar a construção das pirâmides do Egito, em que cálculos avançados de engenharia, astronomia e geometria foram utilizados? Como os imensos blocos de pedra, de até 85 toneladas, foram arrastados e empilhados com tamanha precisão?<br />
<br />
E quanto a Stonehenge, na Inglaterra, onde rochas com 5 toneladas foram transportadas por até 400 quilometros de distância, e blocos com 45 toneladas por uma distância de 30 km? Quem a construiu, com que objetivo e, novamente, como as pedras gigantescas foram transportadas e colocadas sobre os imensos pilares?<br />
<br />
Podemos lançar os mesmos questionamentos a respeito das pirâmides astecas, no México ou as enormes cabeças de pedra na ilha de Páscoa, no Chile. Na costa peruana, encontramos estruturas misteriosas, as linhas de Nazca, que são imensos desenhos em formato de animais que só podem ser identificados do céu (quem olha para o local, embaixo, só vê valas extensas sobre o solo rochoso e desértico). Quem os riscou, e com que propósito, já que não podem ser discernidos no nível terrestre?<br />
<br />
E o que dizer da superfície do planeta Marte, onde a sonda espacial registrou a presença de três pirâmides, uma fortaleza de pedras, enormes estruturas inacabadas e algo semelhante a um rosto humano?<br />
<br />
Na ausência de explicações naturais plausíveis, e diante dos avançados conhecimentos necessários para a construção das pirâmides do Egito, surgiu a hipótese da participação de seres superiores, que seriam os verdadeiros responsáveis pela obra. O que os antigos egípcios chamavam de deuses, segundo alguns ufólogos, eram, na realidade, astronautas extraterrestres que usaram sua tecnologia superior para construir as pirâmides. Essa crença também se aplica a todos os outros fenômenos misteriosos para as quais a ciência não conseguiu dar uma explicação sustentável. Um fato interessante é que todas essas construções são locais para comunicação com divindades e práticas de alta magia; há também relatos de sacrifícios humanos e animais, rituais que incluíam relações sexuais com essas divindades, além de outras práticas de ocultismo.<br />
<br />
A ufologia, para muitos, tende a transformar-se em ufolatria quando a influência religiosa esotérica é marcante. Observa-se também uma relaçao muito próxima com praticamente todas as seitas e práticas espiritualistas e ocultistas, como druidas, celtas e diversas formas de magia, espiritismo e nova era. Algumas descrições de contatos com ETs só são possíveis com a ajuda da parapsicologia e hipnose. A comunicação com os alienígenas é feita por telepatia. Em alguns relatos, a relação sexual com ETs é citada.<br />
<br />
<b>A BÍBLIA E OS SERES EXTRATERRESTRES<br />
</b> <br />
Se considerarmos que extraterrestre inclui toda forma de vida que não pertence a este planeta, a Bíblia traz muitos relatos de “visitações” extraterrestres. Ela não oferece nenhuma base para a existência de vida natural ou corpórea em outros planetas, seja ela primitiva ou inteligente. Porém, menciona seres espirituais, como anjos e demônios, além do próprio Deus.<br />
<br />
Anjos são seres espirituais criados, dotados de juízo moral e alta inteligência, mas desprovidos de corpo físico. Em geral, não podemos vê-los, a não ser que Deus nos dê a capacidade especial de enxergá-los (Nm 22.31; Lc 2.13). Algumas vezes, assumiram a forma corpórea, aparecendo a diversas pessoas nas Escrituras (Mt 28.5; Hb 13.2). São mais poderosos que os homens (Sl 103.20; Mt 28.2; Hb 2.7), protegem-nos (Sl 34.7; 91.11) e atuam na luta contra os poderes demoníacos controlados por Satanás (Dn 10.13; Ap 12.7-8; 20.1-3).<br />
<br />
Como os anjos, os demônios também são seres espirituais criados, dotados de discernimento moral e elevada inteligência, desprovidos de corpo. Em virtude de uma rebelião no mundo espiritual, muitos anjos voltaram-se contra Deus e se tornaram maus (2 Pe 2.4; Jd 6; veja também Is 14.12-15 e Ez 28.2-10).<br />
<br />
Satanás exerce influência desde o início da humanidade, de forma sutil e velada, muitas vezes sob o disfarce de deuses. Os cultos oferecidos aos ídolos das nações que cercavam a Israel eram, na verdade, culto a Satanás e seus demônios (Dt 32.16-17; Sl 106.35-37; 1 Co 10.20). Com o propósito de destruir todas as boas obras de Deus, o culto aos ídolos demoníacos se caracterizava pelo sacrifício de crianças (Sl 106.35-37), autoflagelação (1 Rs 18.28; Dt 14.1) e prostituição cultual (Dt 23.17; 1 Rs 14.24; Os 4.14). O culto a demônios leva comumente a práticas imorais e autodestrutivas.<br />
<br />
Podemos concluir, também, que as batalhas que os israelitas travavam contra nações pagãs eram, de fato, batalhas contra as forças demoníacas que as dominavam. Eram verdadeiras guerras espirituais que os israelitas jamais conseguiriam vencer sem o poder sobrenatural de Deus no reino espiritual. As lutas que travamos hoje contra o mundo em suas diversas manifestações são também guerras espirituais que requerem reforço e intervenção divina (1 Jo 5.19).<br />
<br />
As táticas do diabo e dos seus demônios são a mentira (Jo 8.44), o engano (Ap 12.9), o homicídio (Sl 106.37) e todo e qualquer tipo de ação destrutiva no intuito de fazer as pessoas se afastarem de Deus rumo à destruição (Jo 10.10). Lançam mão de qualquer artifício para cegar as pessoas ao evangelho (2 Co 4.4) e mantê-las presas a coisas que as impedem de aproximar-se de Deus (Gl 4.8)<br />
<br />
Um relato bíblico intrigante é sobre algo que aconteceu antes do dilúvio. O texto de Gênesis 6 diz que houve união carnal entre os filhos de Deus e as formosas filhas dos homens, o que resultou no nascimento de gigantes, homens valentes, varões de renome na antiguidade.<br />
<br />
Existem várias teorias sobre o significado de tal união (como, por exemplo, que era a mistura das linhagens de Sete e Caim); o problema é que não justificam a intensidade da ira de Deus a ponto de arrepender-se de ter feito o homem na Terra. Ainda que tenhamos dificuldade em explicar plenamente o que aconteceu, o texto parece indicar que houve mesmo uma interação malfadada entre seres humanos e seres “extraterrestres”.<br />
<br />
Mesmo depois do dilúvio, com a destruição de toda aquela raça “mestiça”, ainda aparecem relatos de gigantes na terra de Canaã, como a história de Golias que foi derrotado por Davi. Os ufólogos também usam esses relatos para afirmar que houve relações sexuais entre extraterrestres e a raça humana. Uma possibilidade a ser considerada é que os rituais demoníacos incluíam práticas de orgias sexuais entre pessoas canalizadas por potestades demoníacas ou até mesmo demônios manifestos na forma humana. Nesse caso, mulheres poderiam ter tido contato com uma energia tão poderosa que foi capaz de provocar mutações no DNA de seus filhos, aumentando sua estatura. O fato de haver gigantes em Canaã nos leva a crer que os rituais com prostituição cultual continuaram a ocorrer após o dilúvio, o que novamente provocou a ira de Deus, que enviou a nação de Israel como instrumento para exercer seu juízo.<br />
<br />
Já que não existe nenhuma comprovação de vida em outros planetas, sem falar da impossibilidade de uma viagem interplanetária, os relatos sobre aparições de óvnis e ETs não podem ser considerados como provas de seres em outros planetas. Quando não são invenções, superstições ou equívocos, muito provavelmente são manifestações demoníacas com o único objetivo de manter a humanidade no engano e afastá-la do propósito eterno de Deus, até mesmo por sua íntima ligação com práticas de ocultismo e magia reprovadas em todo o Velho Testamento e no Novo também. "Não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz” (2 Co 11.14).<br />
<br />
<br />
<b><br />
Autor: Ezequiel Netto<br />
Fontes:<br />
<br />
1 - Jornada nas estrelas - O que as Escrituras têm a dizer sobre a existência de vida fora da Terra, artigo de Michelson Borges.<br />
<br />
2 – Wayne Grudem – Teologia Sistemática atual e exaustiva, Editora Vida Nova.<br />
<br />
3 – Sites na Internet:<br />
<br />
http://sociedadecriacionistapiauiense.blogspot.com/2010/10/vida-extraterrestre-falsa-ciencia-dos.html<br />
http://mszabotto.blogspot.com/2009/10/deus-e-os-extraterrestres.html<br />
http://adventista.forumbrasil.net<br />
http://www.ufo.com.br<br />
http://www.sitedecuriosidades.com/ver/ufologia_cientifica_e_ufologia_mistica.html<br />
http://g1.globo.com<br />
http://astro.if.ufrgs.br/vida/index.htm<br />
http://astronomiaovinis.br.tripod.com/id5.html<br />
http://www.cacp.org.br</b><br />
<b>Via: <a href="http://www.revistaimpacto.com.br/?modulo=materia&id=574">Revista Impacto</a><br />
</b></span>Cláudio Netohttp://www.blogger.com/profile/02343893445500444454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7573914207712945188.post-80750122359513100312011-03-30T13:04:00.001-03:002011-03-30T13:04:00.240-03:00Todo o Plano de Deus em Nove Palavras<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXr1M3u3W1iSgWmqKp7RT2jBOSKVSotWcNGt4ykoU2RJbHYlsHPNcMeDaOjW7g0zHFeZVvRrwu7Rly4mDd35B3YlyrhlZs34bLba9JWdvYqmGPhEUEkvKgJ1VASb-WGepUIUeJoOVe3PBs/s1600/PlanejamentoEstratgico.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXr1M3u3W1iSgWmqKp7RT2jBOSKVSotWcNGt4ykoU2RJbHYlsHPNcMeDaOjW7g0zHFeZVvRrwu7Rly4mDd35B3YlyrhlZs34bLba9JWdvYqmGPhEUEkvKgJ1VASb-WGepUIUeJoOVe3PBs/s320/PlanejamentoEstratgico.jpg" width="320" /></a></div><span style="font-size: 110%;"><br />
Podemos resumir a história do mundo em apenas nove palavras e adquirir, assim, uma visão panorâmica de todo o seu percurso, começando antes da criação do mundo e chegando até o final de todas as coisas.<br />
<br />
<b> 1. SONHO<br />
</b> <br />
Talvez a melhor expressão do sonho de Deus encontre-se em Efésios 1.3-14. Paulo estava tão inspirado e empolgado que, de um só fôlego (sem usar pontos ou terminar a frase), usou uma riqueza de palavras e expressões equivalentes para o explicar e descrever: “elegeu, predestinou, beneplácito de sua vontade, mistério da sua vontade, predestinados, propósito, conselho da sua vontade”. Ele fala sobre o período anterior à fundação do mundo (v.4) e o da plenitude dos tempos (v.10), ou seja, sobre o início e o fim do mundo.<br />
<br />
Perceba a grandeza de nosso Deus: antes da fundação do mundo, ele já estava planejando o que aconteceria no fim. Ou seja, Deus viu o fim do mundo antes de criá-lo. Que coisa impressionante! E, durante o processo da história, ele continua escolhendo, propondo, amando, querendo, planejando, sonhando.<br />
<br />
Veja no versículo 10 como Paulo expressou o alvo final do sonho de Deus: “fazer convergir em Cristo todas as coisas, tanto as do céu como as da terra”.<br />
<br />
O que existia antes do início do mundo? Só Deus. Mas não devemos dizer “Deus” levianamente, como se fosse pouca coisa. Existia DEUS – e isso tem grande significado! Ele é tão grande que não cabe nem no imenso universo que criou; não conseguimos sequer conceber a extensão de sua infinitude. E este Deus onipotente, onisciente e onipresente não estava lá, parado e inerte, contente consigo mesmo. Ele estava sonhando, pensando e imaginando de que forma criaria todas as coisas.<br />
<br />
O sonho de Deus não é um sonho de alguém que está dormindo. Seu sonho é um projeto, um plano, uma idéia, uma vontade. Em sua mente, tudo já está pronto e arquitetado; não aconteceu ainda no tempo e no espaço, mas vai acontecer. Na verdade, Deus nada faz sem sonhar primeiro. E o mesmo acontece com o homem feito à sua imagem. Como homem, se você sonha, talvez seu sonho não se realize; porém se você não sonha, é certeza que nada acontecerá. Este princípio que vemos no mundo material – de tudo acontecer no pensamento antes de se concretizar – é apenas um reflexo da criatividade de Deus: tudo o que existe, quer seja no mundo visível, quer no invisível, aconteceu primeiro no pensamento de Deus.<br />
<br />
O primeiro aspecto que precisamos entender sobre Deus é que ele é invisível, mas real. Se fosse visível, poderíamos dar uma olhada nele e compreender e dominá-lo. Poderíamos divisar seus limites e ver onde começa e termina. Nesse caso, deixaria de ser Deus. O fato é que, por ser tão grande, Deus é invisível, mas nem por isso irreal.<br />
<br />
Em segundo lugar, o fato de ser invisível não significa que seja um Deus desmiolado, abstrato, sem lógica, coerência, alvo ou propósito. É invisível, mas não é uma energia cósmica impessoal. É um Deus que pensa de modo semelhante a nós, só que muito melhor. Pensa com proposições verbalizadas, com sujeito e predicado. Seus pensamentos têm lógica, com início, meio e fim. Se nossa capacidade de pensar pudesse chegar perto da capacidade de Deus, entenderíamos que os pensamentos dele têm lógica.<br />
<br />
Por sermos finitos, há coisas que vão além da nossa capacidade de compreensão. Por exemplo: como, num piscar de olhos, nosso corpo haverá de tornar-se glorioso e imortal? Como os céus e a terra vão desaparecer e de onde virão os novos céus e nova terra? Não compreendemos como tudo acontecerá, mas não podemos negar que tudo faz sentido, pois os pensamentos de Deus são claros, concretos e definidos.<br />
<br />
Finalmente, devemos entender que Deus não passa direto do sonho para a ação. Deus, além de eficiente, aprecia a interação. O mundo moderno, cada vez mais mecanizado e automatizado, é que procura funcionar com mais eficiência e menos relacionamento. Há cada vez menos funcionários nas fábricas e empresas porque o pensamento que impera hoje é de que as coisas funcionam melhor sem gente – onde há gente, há confusão! Porém Deus gosta de sonhar e gosta de gente. É essa característica que nos leva à segunda palavra...<br />
<br />
<b> 2. COMUNHÃO <br />
</b> <br />
A Bíblia não nos mostra um Deus solitário, introvertido e narcisista, mas um Deus em três pessoas, em amor e comunhão constantes. E o fator mais importante na comunhão é o outro. Eu, sozinho, vivendo em função de mim mesmo, produzo solidão, mas, quando entra o outro, há comunhão. Qual é a principal característica da vida eterna? É a doação total de um para o outro, e a devolução integral do outro para o primeiro. É esse tipo de vida que sempre existiu na Trindade.<br />
<br />
Portanto, antes da fundação do mundo, havia uma família celestial: Pai, Filho e Espírito Santo. Deus é eternamente Pai e eternamente tem Filho. Nunca houve uma época em que o Pai existiu sem o Filho; do contrário, não seria Pai. O Pai sempre amou o Filho, confiou nele e o achou o máximo. O Filho nunca quis tomar o lugar do Pai e, por sua vez, também sempre o achou o máximo. Os dois se doam um para o outro. Tal relação pode ser comparada a um maravilhoso e interminável rali numa partida de vôlei. A bola nunca cai no chão, e o movimento da bola no ar, ligando um time ao outro, é o Espírito Santo. Há tanta harmonia e glória no relacionamento entre o Pai e o Filho que entra em cena uma terceira pessoa: o Espírito Santo. Com uma comunidade divina e tão espetacular, não havia necessidade de mais nada.<br />
<br />
Na verdade, o Filho não é só ele mesmo, ele também está no outro que, por sua vez, também está nele. E o mesmo acontece com o Pai. Afinal, se você ama tanto o outro a ponto de lhe dar tudo, e ele lhe dá tudo de volta, existe muito de você dentro do outro e muito do outro dentro de você. No fim, fica difícil saber quem é quem. A Trindade é algo misterioso, impossível de ser captada por nossa mente finita, porque está em outra dimensão – na dimensão da eternidade onde três são um sem, por isso, serem três deuses. Três pessoas, mas um só Deus; três pessoas, mas uma só essência, uma só vontade e conselho.<br />
<br />
Interessante que o filósofo grego Platão, sem revelação dessas coisas sobre Deus, por meio de matemática e lógica, provou a existência da Trindade. Declarou que para existir 1 tem de haver 3. O 1 sozinho não existe porque não há nenhum outro para conhecê-lo. É necessária a existência do 2 para que o 1 seja conhecido. Mas só o 1 e o 2 também não existem se não houver o 3 para fazer a ligação entre os dois. O que nos liga uns com os outros aqui na Terra? O ar, a luz, o som, as palavras e muitas outras coisas. Sem esses elementos, não perceberíamos uns aos outros.<br />
<br />
Filosoficamente falando, para existir 1 tem de haver 3. E, quando se chega ao 3, abre-se uma porta para todos os outros números: 4, 5, 6..., infinitamente. De modo semelhante, a Trindade abre a porta para que toda a humanidade participe desse mirabolante sonho de Deus.<br />
<br />
É importante que entendamos a vida dinâmica da Trindade para perceber que o sonho de Deus é uma grande obra de arte. Tudo já estava muito bom, mas ele achou que poderia ficar ainda melhor. O sonho de Deus é de um idealismo desvairado. E, se você é cristão, tem de decidir se o abraça ou não. Existem uns loucos idealistas que pregam um mundo de paz, sem guerra ou maldade – um paraíso na Terra sem Deus. No entanto, Deus é mais louco do que eles, pois leva seu sonho a extremos inimagináveis. E você precisa decidir se vai crer ou não nesse sonho de Deus, porque é o que determinará o rumo de sua vida.<br />
<br />
Deus sonhou que a comunhão que tinha com o Filho pelo Espírito Santo poderia ser multiplicada com muitos outros seres à sua imagem. Que a vida eterna de amor e comunhão desfrutada pela Trindade antes de o mundo começar cresceria em quantidade e qualidade com a criação de seres semelhantes a ele. Que a confiança total de absolutamente nunca duvidar do outro nem invejá-lo, a disposição de dar sem esperar nada em troca, o desejo de só procurar o bem do outro – que todas essas facetas do amor divino seriam multiplicadas de forma inimaginável.<br />
<br />
Basicamente, este era o sonho de Deus: criar seres que vivessem o mesmo tipo de vida que há na Trindade. Uma expressão que resume tudo isso é amor divino – total ausência de inveja, desconfiança, medo, egoísmo, nem um pingo de orgulho. E entenda uma coisa: Jesus não voltará enquanto não existir uma igreja que pratique esse tipo de amor. Para Jesus voltar, o sonho de Deus tem de se cumprir. Portanto, além de sonhar, Deus conversou sobre seu sonho e apostou tudo nele. Jamais desistirá enquanto não realizá-lo de fato na Terra.<br />
<br />
<b> 3. CRIAÇÃO<br />
</b> <br />
Coloque-se, por um instante, no lugar de Deus para perceber o que poderia ser feito. Só existia ele e nada mais. O Todo-poderoso poderia criar qualquer coisa, do jeito que quisesse, e nada seria capaz de impedi-lo. É como se houvesse diante de você uma folha de papel em branco na qual pudesse escrever, desenhar, rabiscar, fazer qualquer coisa: feia, bonita, certa, errada. Porém, a partir do momento em que fizesse algo, você estaria comprometido porque, automaticamente, teria limitado sua liberdade de criar. Se quisesse manter a liberdade, bastaria deixar a folha em branco – contudo nada iria acontecer.<br />
<br />
Ou, então, imagine aquele jovem solteiro, livre para casar-se com qualquer moça, que nunca se decide porque tem medo de perder a liberdade. Sabe que, se escolher uma, terá de dizer adeus para as outras. Por outro lado, se permanecer solteiro e mantiver sua liberdade, será obrigado a passar o resto da vida sozinho.<br />
<br />
Portanto, se você tem uma folha em branco e escreve algo nela, jamais tornará a ser branca. Você pode até usar corretivo ou borracha, mas será uma folha rabiscada e manchada – e um problema! De modo semelhante, Deus se autolimitou quando criou o mundo.<br />
<br />
É por não entender isso que sempre perguntamos: por que Deus permite tanta maldade no mundo se ele é todo-poderoso e absolutamente bom? Por que não dá um fim a tanta crueldade? Das duas uma: ou ele não é todo-poderoso ou não é bom! Como conciliar os dois pensamentos?<br />
<br />
Precisamos entender que, quando fez a criação, Deus decidiu limitar-se para alcançar seu sonho. O Deus todo-poderoso quis seguir certas regras e princípios. Ao criar o mundo, ele se arriscou ao envolver-se com coisas materiais. Poderia ter feito tudo caindo para cima, mas quis que tudo caísse para baixo. Poderia ter permitido que dois corpos ocupassem o mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo. Nesse caso, seria como naqueles filmes de fantasmas em que um passa por dentro do outro. Não haveria problema de trânsito e, muito menos, necessidade de estradas, pois os carros cruzariam o mesmo espaço ao mesmo tempo.<br />
<br />
Pare e pense: os fabricantes de carros têm o objetivo de matar os outros com o seu produto? Não, certamente não. Mas cada carro novo que sai da fábrica tem o potencial de causar a morte de muitas pessoas. Podemos dizer que o dono da fábrica é mau porque fabrica carros? Não. Contudo sabemos que o carro permite a destruição de muitas pessoas – simplesmente porque dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo.<br />
<br />
Na verdade, Deus precisou de muita coragem para criar o mundo. Ao invés de ficar na sua, para evitar acontecimentos ruins, ele se arriscou e, para cumprir seu sonho, criou o mundo com limitações – tudo cai para baixo, e dois corpos colidem se ocupam o mesmo lugar ao mesmo tempo. Deus criou todas as coisas como as conhecemos: borboletas, bichos, aves, plantas, planetas, estrelas, galáxias. Criou os céus e a terra – e, no meio de tanta riqueza e variedade, um ser especial, que é nossa quarta palavra...<br />
<br />
<b> 4. HOMEM <br />
</b> <br />
O homem, criado à imagem e semelhança de Deus, é a peça-chave no plano divino. Há implicações sérias nisso. Imagine que você, com duas orelhas, se coloque à frente de um espelho e veja uma imagem com apenas uma orelha. Há algo errado! A imagem está imperfeita.<br />
<br />
Ou, talvez, você esteja com as mãos abaixadas e, ao se olhar no espelho, uma delas apareça erguida! Certamente achará que algo muito estranho e perigoso está acontecendo! Mas é exatamente isso o que ocorre no mundo hoje. Deus tem bilhões de imagens aqui na Terra – fazendo tudo ao contrário do que ele faria. Na igreja, cada um faz o que quer, sem se importar se representa o que Deus está fazendo ou não.<br />
<br />
Ser feito à imagem de Deus significa ter o potencial para fazer tudo o que ele faz: pensar, criar, sentir, imaginar, sonhar, relacionar-se, ficar bravo, ter ciúmes. Tudo o que temos, Deus tem, e vice-versa.<br />
<br />
Quando Deus fez o homem à sua imagem, criou um problema seriíssimo. Sua criatura era alguém livre como ele – livre para amá-lo ou desprezá-lo. Ele não quis criar um robô que fosse manipulado por ele, porque, no fim, sempre se despreza tudo o que se controla. Você gostaria de ter um filho-robô que só dissesse “eu te amo” quando nele se apertasse um botão? Seria monótono e cansativo. Com o tempo, você ficaria entediado e o deixaria de lado. O amor, para ser autêntico e verdadeiro, precisa correr o risco e dar à outra pessoa a liberdade de ser espontânea, criativa, original. Amor programado impede comunhão e amizade.<br />
<br />
Há muitos aspectos da imagem de Deus em nós, e um deles é a liberdade que temos para, espontaneamente, amá-lo e obedecer-lhe. Uma pergunta que sempre fazemos é: por que Deus colocou a árvore do conhecimento do bem e do mal no jardim do Éden? A resposta é óbvia: porque ele não queria a obediência do homem na marra. Do contrário, seria como dizer ao filho pequeno: “Não toque na tomada da sala” quando, na realidade, nem existia tal tomada!<br />
<br />
Alguns pais criam os filhos numa redoma e não lhes dão a liberdade de errar. Mas Deus correu o risco e criou o homem à sua imagem, com liberdade de fazer escolhas erradas. É por isso que existe um Deus que suporta tanta maldade no mundo e ainda é bom e todo-poderoso: porque é um Deus que não vai “meter a mão” e mudar a regra do jogo. O homem foi criado à sua imagem para, voluntariamente, amá-lo e cuidar da criação. Esse era o sonho que ele continua perseguindo até hoje.<br />
<br />
O homem foi criado para ter a vida plena de Deus – mas somente mediante constante contato com ele. A vida que recebesse de Deus, pela comunhão e amizade com ele, seria transmitida para outros, e, assim, o mundo seria governado pelo homem dependente da vida de Deus.<br />
<br />
O que é amor? É a vida de dar sem cobrar coisa alguma, sem esperar nada em troca. O amor é semelhante ao sol, que dá energia para todo ser vivente sem nunca cobrar conta de luz. Todas as formas de vida na Terra dependem dessa energia gratuita do sol. O buraco negro é o contrário do sol: como um gigantesco aspirador de pó, suga tudo para dentro de si, até mesmo a luz, e não permite que nada saia. Esses dois princípios – o do sol e o do buraco negro, ou seja, do amor e do egoísmo – estão em funcionamento no universo. E o sonho de Deus é multiplicar o sol e derrotar o buraco negro. Qual dos dois vencerá?<br />
<br />
Para entender o buraco negro, precisamos passar para a quinta palavra...<br />
<br />
<b>5. PECADO<br />
</b> <br />
Esse foi o elemento estranho que entrou na criação por intermédio do homem e atrapalhou o funcionamento do sonho de Deus. Imagine um maquinário que, por meio de um pequeno motor, faz coisas complicadas – como a impressão de jornais e revistas ou a preparação e embalagem dos mais variados tipos de produtos. Coloca-se a matéria-prima numa ponta e, pelo funcionamento de inúmeras engrenagens e correias, o produto acabado sai do outro lado. Algo complicado e complexo, funcionando em perfeita harmonia. O que é necessário para quebrar o maquinário? Basta enfiar um ferrinho em qualquer engrenagem e o estrago está feito. A engrenagem emperra, trava as demais e todo o equipamento geme e pára.<br />
<br />
De modo semelhante, o pecado é como um ferrinho que entrou no mundo e travou todo o plano de Deus. Ele inverteu a ordem estabelecida por Deus, afetando tanto o interior do homem quanto a criação ao redor. É como se alguém malvado entrasse numa fábrica e colocasse um ferrinho na engrenagem da máquina. Basta um ferrinho minúsculo para produzir uma quebradeira! Foi isso o que Satanás fez e, depois, convenceu o homem a fazer o mesmo: “Ao invés de transmitir a energia proveniente do motor para as outras engrenagens, procure tomar tudo para si mesmo”. E assim o sonho de Deus virou um pesadelo.<br />
<br />
A origem desse pesadelo foi uma mentira de Satanás: “Deus está usando de segundas intenções; ele quer ser o tal e não quer que vocês cheguem a ser iguais a ele”. Mentira deslavada! Deus criou o homem para ser igual a ele. Satanás jogou sujo, enlameou o caráter de Deus e atribuiu-lhe a mesma motivação que havia dentro de si – egocentrismo. Antes, era um anjo que ministrava louvores a Deus, mas ficou incomodado com o fato de o louvor passar por ele e não parar nele. Travou tudo no andar de cima (nos céus) e conseguiu travar tudo no andar de baixo (na Terra), porque o homem tinha liberdade de crer ou não nessa terrível e vil mentira.<br />
<br />
Imagine se Deus precisava querer ser o tal. Ele é o tal! Ele é o cara! Deus não possui um pingo de desconfiança ou ambição. Não pratica esse espírito absurdo de competição que existe hoje nas igrejas nas quais a exaltação de um é motivo de tristeza do outro. Infelizmente, ninguém percebe hoje que, quando se nasce de novo, esse espírito deve ser expurgado. Ao contrário, os líderes usam essa força egoísta de motivação própria para promover crescimento numérico, para aumentar o “reino de Deus”. E ninguém prega contra isso nem percebe como contraria o sonho de Deus. Deus diz: “Eu sou contra essa atitude, minha obra não é baseada em princípios satânicos. Meu sonho é amor: é dar sem esperar nada em troca, é confiar sem duvidar. Esse é o meu sonho, e ainda terei um povo na Terra que aja dessa forma; um povo que aja baseado no princípio do sol e não no do buraco negro”.<br />
<br />
Jesus ensinou que não se pode ter o reino de Deus e sua vida própria ao mesmo tempo. Quem quisesse segui-lo teria de negar a si mesmo. Hoje, prega-se que é possível ter o reino de Deus e o meu também. É uma coisa ser próspero porque minha vida pertence a Deus, e ele está me fazendo prosperar; outra bem diferente é ser próspero para poder realizar meu sonho, mesmo que este tenha de competir com o sonho de Deus.<br />
<br />
O sonho de Deus é multiplicar a vida de doação. O sonho de Satanás é sugar, tirar vantagem de tudo. Permita que o Espírito de Deus sonde seu coração e perceba qual força ou motivação está atuando em você e na sua igreja.<br />
<br />
<b> 6. REDENÇÃO<br />
</b> <br />
Redimir significa comprar de volta. Se você penhora uma jóia valiosa no banco, por exemplo, é preciso pagar um valor para recebê-la de volta. Da mesma forma, Deus, a quem já pertencíamos, teve de pagar um alto preço para nos comprar de volta. Ele mandou seu Filho para resgatar o que já era seu por direito. E não adianta pôr a culpa da situação em Adão nem dizer que teria agido de modo diferente se fosse ele. Na verdade, você teria feito a mesma coisa. Aliás, para Deus não existe tempo. Ele olha tudo do ponto de vista da eternidade e vê você como parte integral de Adão. Você é Adão! Ele olha para você e o vê fazendo a escolha errada. Todo homem tem culpa moral diante de Deus e necessita de salvação.<br />
<br />
O que Deus fez na encarnação de Cristo foi como se um homem se transformasse numa formiguinha para ver o mundo sob a ótica das formigas. Se continuasse como Deus, ele não conseguiria fazer o que fez como homem. Jesus, o homem-Deus, veio não apenas para morrer por nós, mas também para abrir a porta a um novo tipo de vida; não a vida egocêntrica do buraco negro que suga tudo para si e nunca se satisfaz, mas a vida de se doar aos outros, representada pelo sol.<br />
<br />
O homem sem Deus, por mais que tente, só consegue ser um buraco negro disfarçado. E Deus, lá do céu, também não conseguiria consertá-lo. Por isso, Deus encarnou, virou homem como um de nós para ver as coisas do nosso ponto de vista. Como homem, foi tentado de todas as formas, teve sede e fome, precisou orar noites inteiras. Viveu e morreu como homem para abrir o caminho para que toda a humanidade pudesse viver a mesma vida divina de se doar aos outros.<br />
<br />
Você já parou para pensar como Jesus é um herói diferente de todos os outros? Super-Homem, Batman, Homem-Aranha, Zorro, todos eles têm algo em comum: matam os perversos. Todo mundo vibra quando eles defendem os bons e destroem os maus. O problema é que, na realidade, ninguém é bom. Um herói de verdade teria de matar todos (até ele mesmo!) como se mata a barata mais nojenta. Entretanto, se Deus fizesse isso, acabaria com o seu sonho. Por isso enviou um herói tão diferente. Ele não mata, mas morre. Ele não ganha, mas perde. Não propaga seus feitos, mas faz questão de ficar no anonimato. Não se enriquece, mas perde dinheiro (dá sua tesouraria para um ladrão!). Jesus é um herói que faz tudo ao contrário dos outros. No entanto tem um nome acima de todo nome que toda língua confessará e diante do qual todos os joelhos se dobrarão!<br />
<br />
Portanto, a igreja está terrivelmente enganada se pensa que o caminho de Deus é obter cada vez mais sucesso e poder. Nosso Rei ensina o contrário – ele ganha perdendo. Ele vive morrendo. Jesus veio e praticou outra lei. Não veio apenas para morrer pelos pecados do mundo, mas também viver a vida de doação e nos ensinar outra atitude e motivação. Veio abrir a porta para que você e eu vivêssemos a vida do sol – de dar sem esperar nada em troca.<br />
<br />
Redenção significa que ele se enfiou debaixo da máquina e tirou o ferrinho que a estava impedindo de funcionar – o ferrinho que estava, não no sistema do mundo ou nas coisas do mundo, mas no coração do homem: o maldito orgulho ou egocentrismo. Tornou-nos livres para entrar na vida do sol, amando a Deus e ao próximo mais do que a nós mesmos. Jesus já veio e tirou o ferrinho, foi embora e está esperando que a máquina volte a funcionar para que ele possa voltar e receber os louros pela vitória que obteve.<br />
<br />
<b> 7. MENSAGEM <br />
</b> <br />
Neste ponto, eis alguns questionamentos que podem surgir: o que tudo isso tem a ver conosco? Se a morte e ressurreição de Jesus aconteceram há mais de 2000 anos, como saber se é verdade? Qual foi o propósito de tudo isso? Por que o Filho de Deus não ficou na Terra?<br />
<br />
Primeiramente, Jesus escolheu doze homens e dedicou três anos e meio de sua vida a eles. Um era ladrão e traidor, e os outros, caipiras covardes e miseráveis. O mais corajoso (pois os outros correram de medo!) negou-o três vezes diante de uma empregada. E, mesmo assim, Jesus falou antes de ir para cruz: “Eu venci o mundo”. Depois, ele foi embora e, com apenas doze homens (outro foi escolhido para substituir Judas), revolucionou o mundo!<br />
<br />
Sem sua presença física, Jesus fez muito mais do que se tivesse permanecido na Terra, pois seu plano começou a funcionar. Agora, o que aqueles homens realmente fizeram? Simplesmente falaram do que haviam visto e ouvido. A redenção virou uma mensagem, algo muito mais poderoso do que a presença física de Jesus.<br />
<br />
A mensagem atravessou os séculos, e hoje estamos aqui com nossa vida transformada por ela. Os fatos da vida, morte e ressurreição de Jesus foram transformados em uma palavra. O sonho de Deus foi encarnado. A palavra, quando transmitida, entra na mente da pessoa e a obriga a tomar uma posição. Não é uma palavra irresistível (apesar de, às vezes, quase o ser), mas desce ao coração de quem lhe diz sim e gera uma nova vida – a vida de Jesus dentro de nós. Você crê nisso? Crê que a vida da mensagem é poderosa para reproduzir a vida de Jesus em nós?<br />
<br />
No início, essa palavra foi pregada e passou a chamar-se Evangelho, as Boas Novas. Como os primeiros apóstolos anunciaram-na às multidões que foram ver o que estava acontecendo? Porventura disseram: “Temos boas novas. Hoje Deus vai salvar todo mundo!”? Não! Pedro falou: “Assassinos, vocês estão enrolados porque mataram o Autor da vida, o Filho de Deus. Seus pais mataram os profetas, mas vocês crucificaram o ‘Cara’, o filho do Dono do Universo!”. Foi um jeito muito estranho de pregar as boas novas – chamar os ouvintes de assassinos! E de que forma eles reagiram? Ficaram apavorados e disseram: “E agora, o que faremos?”.<br />
<br />
Pedro os instruiu a se arrependerem: “Mudem de idéia e desistam de querer ser bons. É impossível! Vocês são uns trastes miseráveis que devem ser batizados no nome de Jesus para serem perdoados e receber o Espírito dele e, assim, serem aceitos por Deus”. Essas foram as boas novas que a multidão ouviu, e três mil pessoas as aceitaram naquele dia. A mensagem foi pregada e produziu resultado rapidamente. Hoje enfrentamos problemas porque temos acrescentado a ela uma série de outras coisas (como filosofia e interpretação humana), mas, se ela for pura, é poderosa para reproduzir a vida de Jesus na Terra.<br />
<br />
Em Atos 7, Estêvão prega a mesma mensagem e finaliza seu discurso de modo semelhante a Pedro: “Homens rebeldes, vocês mataram o Filho de Deus”. Havia tanta vida e convicção na mensagem que eles tiveram de tapar os ouvidos para não se converterem. Do contrário, não lhe poderiam resistir. Não sei como conseguiram tapar os ouvidos e, ao mesmo tempo, pegar pedras para apedrejar o primeiro mártir da história da igreja. Se a mensagem será aceita ou não, não há garantia. A única garantia é que todo aquele que a recebe é transformado em filho de Deus.<br />
<br />
Pode parecer que a morte de Estêvão tenha sido um prejuízo para a causa divina, mas um fato curioso sobre Deus é que, quando perde, aí é que ele ganha muito mais. A morte de Estêvão e a perseguição à igreja primitiva abriram a porta para o evangelho alcançar as nações. Deus nunca perde! No final, ele sempre ganha.<br />
<br />
Estêvão foi infectado pelo mesmo vírus de Jesus e, em sua morte, proferiu as mesmas palavras: “Perdoa-lhes, Pai, eles não sabem o que fazem”. A mesma reação de Jesus: total ausência de amargura ou raiva. Uma atitude irresistível! Muçulmanos pensam que podem abalar o mundo com homens-bomba, mas a igreja dos últimos dias vai, de fato, abalar o mundo com a atitude de Jesus e de Estêvão. A força que vence o mundo é o amor. Ele não mata, ele morre; não pratica vingança, perdoa. O mundo é incapaz de compreender a força do amor de Deus.<br />
<br />
<b> 8. FRACASSO <br />
</b> <br />
Deus tem todo o poder; no entanto, a história do seu plano com a humanidade é uma seqüência de fracassos. Se olharmos para a Terra agora, teremos de admitir que Deus está perdendo de goleada.<br />
<br />
Quero lhe oferecer um pequeno resumo desse fracasso. Primeiro, a partir de Abraão, ele deu dois mil anos para os judeus. Durante esse tempo, enviou profetas para convocar o povo ao arrependimento, o último dos quais foi João Batista, que anunciou o Messias. Israel natural, porém, matou os profetas e selou o seu fracasso quando rejeitou Jesus. Jerusalém foi destruída no ano 70 d.C., e o povo de Deus ficou disperso entre as nações.<br />
Veio, então, a Igreja Católica, que tomou o lugar do Império Romano e reinou absoluta durante aproximadamente 1.200 anos. Se a história dos judeus foi terrível, muito pior foi a da Igreja Católica.<br />
<br />
A seguir, no início do século 16, surgiu o protestantismo com Lutero e outros, e tivemos mais uma sucessão de fracasso, confusão e divisão durante cerca de 400 anos. A história da Igreja Protestante é tão desagradável quanto a história da Igreja Católica (ou mais!).<br />
<br />
Finalmente, no início do século 20, Deus resolveu dar uma chance aos pentecostais (nesse ponto estou incluindo todos os que crêem no batismo no Espírito Santo). Muitos pensaram: “Agora, sim, com os dons do Espírito Santo, vamos ter uma igreja gloriosa”. Que nada! Hoje, depois de mais 100 anos dos pentecostais, só temos mais fracasso e confusão.<br />
<br />
Espero que agora ninguém mais se candidate, e todos se declarem cansados, culpados e miseráveis. Só assim Deus poderá dizer: “Cansaram-se? Agora vocês verão o que tenho para fazer”. Só então será possível chegarmos à última palavra...<br />
<br />
<b> 9. VITÓRIA (a grande virada)<br />
</b> <br />
Deus tem nervos de aço. No final, ele vai ganhar. Podem faltar dez minutos para o final do jogo, e Deus pode estar perdendo de dez a zero – mas, mesmo assim, ele virará o jogo. Se tiver de fazer onze gols em dez minutos, ele os fará, pois no fim Deus sairá vencedor. Nunca duvide disso.<br />
<br />
Antes, porém, que isso aconteça, Deus precisa levar a igreja ao pó. Ela precisa reconhecer seu fracasso e aceitar o veredicto do mundo e da história. Humilhação e quebrantamento se fazem necessários. Ninguém é melhor do que ninguém – nem judeus, nem católicos, nem protestantes, nem pentecostais. Todos precisam se arrepender e dizer: “Deus, estamos totalmente enrolados. Tem misericórdia de nós, pois reconhecemos nosso fracasso”. Aí, sim, Deus entrará em cena e dirá: “Saiam da frente e deixem-me fazer a obra. Abandonem esse maldito orgulho e autoconfiança para que eu faça com que aquela semente que enviei efetue o que tem capacidade de realizar”.<br />
<br />
Eu creio, de todo o coração, que essa semente é capaz de levantar uma igreja gloriosa na Terra antes da volta de Cristo. Talvez não seja visível aos olhos carnais, mas será uma igreja diferente. Quem entrar nela haverá de sentir que Jesus está presente de novo na Terra. Não estou dizendo que isso já não tenha acontecido ou esteja acontecendo, de alguma forma, nos países perseguidos, mas a igreja verdadeira precisa aparecer e ser reconhecida mundialmente pela natureza de Jesus presente nela. Para isso, precisa vir primeiro o Dia de Expiação, dia de quebrantamento, pois a semente maldita de Satanás tem de ser expurgada.<br />
<br />
É natural que a semente que Deus enviou por meio de Jesus não tenha se manifestado em plenitude durante toda a história. Depois de plantada, a semente produz uma planta que dá folha, flor e, no fim, o mesmo tipo de semente que a originou. Estamos nos aproximando da época em que Jesus vai aparecer e manifestar-se na Terra – concretizando o sonho de Deus. As opções estão chegando ao fim, o cenário mundial está sendo bem preparado, e as profecias dos profetas bíblicos estão se cumprindo.<br />
<br />
<br />
Não sabemos a hora exata, mas estamos bem próximos. Não sei quando Deus vai rejeitar Saul e estabelecer Davi, quando se colocará no caminho e acabará com a bagunça do pentecostalismo. Alguma hora, ele dirá “basta” e trará o reino de Davi e a restauração de Jerusalém.<br />
<br />
<b> Conclusão<br />
</b> <br />
Essas nove palavras resumem a história do mundo, do início ao fim. Meu encargo é que você medite sobre elas e entre em intercessão profética para entender o que podemos fazer a fim de cooperar com Deus para o levantamento da igreja gloriosa e, assim, apressar a vinda de Jesus. O que podemos fazer para que Deus tenha o prazer de dizer a Satanás: “Veja, ali na Terra, o povo que cumpriu meu sonho”? Nossa tarefa é mergulhar no sonho de Deus, comprá-lo de todo o coração e parar de atrapalhar a sua causa com nossas boas intenções. Precisamos descobrir como contribuir para que o reino de Deus surja, de fato, na face na Terra.<br />
<br />
<br />
<br />
<b>Esse artigo foi escrito por Elenir Eller Cordeiro a partir das gravações de ministrações de Harold Walker no seminário “Cristo para as Nações” em Belo Horizonte, MG. Na verdade, as idéias para este tema nasceram originalmente de uma palestra para os alunos de 7ª e 8ª séries da Escola Cristã de Jundiaí em 2006.<br />
<br />
Fonte: <a href="http://www.revistaimpacto.com.br/?modulo=materia&id=30">Revista Impacto</a></b><br />
</span>Cláudio Netohttp://www.blogger.com/profile/02343893445500444454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7573914207712945188.post-8613725539793220092011-03-29T23:04:00.000-03:002011-03-29T23:04:09.126-03:00Conhecimento sem Temor<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3whXYNx85_ywqLVc6Bm7n1C33tb9Ey6c7BKo4gH5EoHHIwp6TN9MHzvidYvpas1kAVV7pYH_RDmSedxrqDKuOiyfHRb0CpFcfVkyzh6b-l-D-BWD-TmuRsNg5Q6LuGOuA6VrwfRTDBCeF/s1600/CONHECER+A+DEUS.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3whXYNx85_ywqLVc6Bm7n1C33tb9Ey6c7BKo4gH5EoHHIwp6TN9MHzvidYvpas1kAVV7pYH_RDmSedxrqDKuOiyfHRb0CpFcfVkyzh6b-l-D-BWD-TmuRsNg5Q6LuGOuA6VrwfRTDBCeF/s320/CONHECER+A+DEUS.jpg" width="272" /></a></div><span style="font-size: 110%;"><br />
Deus exorta o homem a conhecê-lo. Contudo, substituímos o conhecimento de Deus pelo conhecimento de sua palavra, entendido como conhecimento bíblico. Dessa forma, transformamos o conhecimento de Deus em conhecimento sobre Deus.<br />
<br />
Seria como nos satisfazermos em conhecer a biografia de alguém ao invés de o conhecermos pessoalmente. Ora, é possível ter um profundo conhecimento biográfico sobre determinada pessoa sem nunca a ter encontrado. Alguns pesquisadores que se especializam em determinado personagem histórico vasculham todos os seus escritos e o que outros escreveram a seu respeito a ponto de produzirem, ao final, uma detalhada descrição que contém até aspectos íntimos e os próprios pensamentos do pesquisado. Nesse caso, a pessoa pesquisada tornou-se um objeto de estudo.<br />
Essa tem sido, muitas vezes, a metodologia que empregamos para conhecer Deus. No fim, enganamos a nós mesmos pensando que o conhecemos, quando, na verdade, sabemos apenas aspectos de sua “biografia”. Estamos tratando-o como objeto de estudo.<br />
<br />
Conhecer a Bíblia não implica em conhecer Deus. Não vai longe o tempo em que a simples menção desse livro produzia um misto de reverência e pavor sobre os ouvintes, pois era tido como que um livro mágico com poderes sobrenaturais. Daí, muitos ditados populares foram cunhados e atribuídos à Bíblia para não sofrerem contestação, tais como o famoso e superado “de mil passará e a 2 mil não chegará”, aludindo ao “fim do mundo” até o ano 2000. Dessa mentalidade, surgiu o hábito de manter a Bíblia aberta no Salmo 91, no qual se encontram trechos do diálogo de Jesus com o demônio na tentação no deserto, com o intuito de obter certa imunidade contra o maligno.<br />
<br />
Quem se aproxima da Bíblia com esse espírito para verificar assuntos escatológicos terá, evidentemente, pavor dos acontecimentos reais que ali estão anunciados. Por essa razão, muitos evitam a escatologia e preferem a ignorância.<br />
Por outro lado, há aqueles que, levados por uma aguçada curiosidade, tentam pesquisar tudo a respeito, usando uma metodologia acadêmica para afastar a ignorância e superar o pavor popular. Isso, contudo, nada mais é que descobrir a biografia, mas não conhecer pessoalmente o biografado. Um conhecimento que satisfaz apenas a mente é incapaz de preencher as necessidades do coração e pode redundar em frustração e desinteresse.<br />
<br />
Devemos ter em conta que o objetivo de examinar a Palavra de Deus é conhecê-lo pessoalmente, pois ele está vivo e pode responder diretamente às nossas indagações se estas nos forem pertinentes e colaborarem para o conhecermos. E isso inclui os aspectos escatológicos. Nessa dimensão, não recebemos apenas uma palavra que proporciona conhecimento intelectual, mas que comunica também espírito, vida e a fé que nos capacita a vivê-la (Jo 6.63; Rm 10.17).<br />
<br />
Qualquer pretenso conhecimento teológico obtido apenas por meio de estudo ou pesquisa pode trazer medo e pavor. Alguns, para evitar essa sensação, consideram a escatologia desprezível. A obtenção do verdadeiro conhecimento, ainda que se utilize de estudos e pesquisas, inclui o relacionamento com Deus e leva-nos a amá-lo e desejar que seu plano seja executado. Exclui-se o pavor, pois aprendemos que o Senhor é digno de confiança e que tem o melhor para seus filhos. É assim que se torna possível ver como glorioso o que outros veem como terrível. Sentir temor ou medo do fim é preocupação natural de quem recebeu apenas informações e não a fé suficiente no Senhor que tem tudo, absolutamente tudo, sob controle!<br />
<br />
<i>E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele. Nisto é em nós aperfeiçoado o amor, para que, no Dia do Juízo, mantenhamos confiança; pois, segundo ele é, também nós somos neste mundo. No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor (1 Jo 4.16-18).</i><br />
<br />
<br />
<b>Autor: Pedro Arruda<br />
Fonte: <a href="http://www.revistaimpacto.com.br/?modulo=materia&id=577">Revista Impacto</a></b><br />
</span>Cláudio Netohttp://www.blogger.com/profile/02343893445500444454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7573914207712945188.post-44931500655979036062011-02-23T23:50:00.003-03:002011-02-24T10:57:04.698-03:00O Individualismo na Oração Coletiva<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHQ6cB-5vYvBZXqavN5vUYVE4c6Gk4FgNNVaLV8HAVRV9KZsdH4-6nuxlNOVTzz6P2JiHU8JVvQtrINdVelRn94UVOIZGmt_vWYm8Gobv64Gi_K6dCVpJ3ndGEgpjPbgeSs8zGAndSO0Le/s1600/individuo-300x199.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHQ6cB-5vYvBZXqavN5vUYVE4c6Gk4FgNNVaLV8HAVRV9KZsdH4-6nuxlNOVTzz6P2JiHU8JVvQtrINdVelRn94UVOIZGmt_vWYm8Gobv64Gi_K6dCVpJ3ndGEgpjPbgeSs8zGAndSO0Le/s1600/individuo-300x199.jpg" /></a></div><span style="font-size: 110%;"><br />
A algum tempo atrás eu fui convidado para participar de uma noite de oração com um grupo de jovens de uma determinada igreja. Devo confessar que não sou muito fã de alguns tipos de oração em grupo. Não que eu não goste de orar em grupo. Na verdade quase que semanalmente eu me reuno com algumas pessoas para compartilharmos o que Deus tem feito e falado nas nossas vidas e nessas reuniões tiramos um bom tempo só para orarmos. Mas prefiro fazer isso com pessoas que eu já tenho uma boa afinidade, pois desta maneira é quase nula a possibilidade de eu ser surpreendido por alguma bizarrice "espiritual demais", tipo: mato pegando fogo, exclamações do tipo "ESTOU VENDO UM ANJO ALI!!!", pessoas rodopiando no chão, urros, gritos, mais barulho que oração, etc. Contudo, como eu conheço a denominação que me convidou e sabia que o nível de bizarrices provavelmente seria bem reduzido eu acabei concordando de participar.<br />
<br />
Depois de uma boa viagem de carro e uma longa e demorada escalada noturna a um monte (sim, um monte... eu realmente não entendo a gana que alguns tem por orar em montes e montanhas, mas deixarei esses comentários para outra ocasião) finalmente chegamos ao lugar determinado para orarmos. Sinceramente falando não rolou nada de novo nem nada que eu já não tivesse observado em outras reuniões de oração em grupo. Assim que chegamos algumas pessoas se separaram, cada um ficando no seu canto para orar sozinho. Depois de um tempo o grupo se reuniu para orarem por alguns propósitos específicos (sempre aparecia um porta-voz que recebia uma direção de Deus para orar por uma determinada causa). Nisto tinha uma roda formada onde uma pessoa ia até o centro e começava a orar para que os outros concordassem com a oração dela. Mas, infelizmente os que estavam ao redor não ficavam apenas concordando. Ficavam orando tão ou mais alto do que a pessoa que estava ao centro que mal era possível saber qual era o assunto principal da oração.<br />
<br />
Não sou nenhum expert em orações. Muito pelo contrário. Eu oro muito menos do que eu gostaria de orar e, com certeza, tendo em vista a atual situação da Igreja e do mundo, oro muito menos ainda do que Deus gostaria que eu orasse. Porém, têm algumas coisas que acho meio óbvias sobre o que deve ou que não deve acontecer em uma oração coletiva, e é isso que eu gostaria de brevemente expor aqui.<br />
<br />
Primeiramente gostaria de dizer que eu não vejo propósito nenhum quando, em um momento de oração em grupo, as pessoas se espalham, cada um para o seu canto, e ficam orando individualmente. Se for fazer isso então por que marcar com um grupo de pessoas para orarem com você? Ore na sua casa, no seu quarto, no seu aposento, sei lá. Não há a menor necessidade de chamar mais pessoas para fazer parte da sua oração individual. O grande lance da oração coletiva é justamente termos comunhão com Deus e com as outras pessoas para, desta maneira, aprendermos a pensar no coletivo e tirar os olhos dos nossos pedidos egocêntricos. Se cremos que o mesmo Espírito que habita em mim habita no irmão que está me acompanhando em oração então devo crer também que é este Espírito que apontará a direção que deve ser tomada na oração. Por isso, creio que dificilmente o Espírito guiará as nossas orações em direção a nós mesmos, como indivíduos. O foco quase sempre será visando o coletivo, o Corpo, as necessidades da Igreja e do mundo, não as minhas. Deixemos o nosso foco no coletivo. E se alguém tem alguma necessidade mais individual, e isso todos nós temos, deixe para orar em sua própria casa e sozinho ou compartilhe com os irmãos que estão orando junto com você. Evite ao máximo se afastar dos irmãos para fazer orações individuais quando o foco é orar em grupo.<br />
<br />
Ainda levando em consideração o fato de que o mesmo Espírito que habita em nós é quem deve apontar para qual direção a oração deve fluir, então se torna extremamente necessário que aprendamos a ouví-Lo. É nas horas que começa uma reunião de oração ou uma vigília que eu percebo que o conselho de Tiago para que todo homem esteja pronto para ouvir mas tardio para falar (Tg 1: 19) não é levado muito a sério por nós. Quando começa uma reunião de oração garanto que não da nem 30 segundos para que os irmãos mais pentecostais levantem a voz e comecem a clamar e orar em alto e bom som. Estamos muito mal acostumados com o fato que o Espírito Santo tem poder para guiar as nossas orações. Não damos um tempo em silêncio para, primeiro, esvaziarmos as nossas mentes das nossas preocupações e, segundo, para ouvirmos o que Deus quer que seja orado. Acabamos orando aquilo que está em nosso coração, sem nos importarmos com o que está no coração de Deus. Algumas vezes acontece de um irmão ou outro propor um motivo específico para a oração. Contudo, na maioria das vezes é possível notar que o pedido de um irmão não tem nada a ver com o de outro, e assim sucessivamente. Ou seja, a impressão que fica é que se esta direção veio realmente de Deus então Ele está meio confuso e não sabe exatamente sobre o que nós devemos orar. As orações não se conectam, não se encaixam e não se complementam simplesmente porque não ouvimos Deus! Vários são os exemplos bíblicos que mostram que em momentos de crise Deus procura o homem para expor seus sentimentos. Basta uma boa analisada nos livros proféticos para vermos Deus revelando o seu coração a pessoas específicas. Mas hoje parece que pouco nos importamos com isso. Acredito que nenhuma reunião de oração deveria começar sem antes estarmos em silêncio e permanecermos assim até que nossa mente se aquiete das preocupações, nossos corações se acalmem para que, finalmente, nós possamos ouvir de Deus sobre os anseios dEle e não os nossos.<br />
<br />
Só mais uma coisa para finalizar. Os dois problemas que eu relatei acima (orações individuais e a ausência do silêncio para ouvir Deus) são coisas que acontecem porque a maioria de nós não estamos acostumados com isso. É por falta de prática que muitas vezes não fazemos dessas coisas um costume nas nossas reuniões de oração. Mas tem um problema que eu vejo em algumas reuniões que eu não classifico como falta de costume, mas sim como falta de bom senso e de respeito mesmo. Não consigo classificar como outra coisa o fato de alguém levantar a voz para orar e as outras pessoas, ao invés de prestarem atenção no que está sendo orado, preferem ficar gritando, berrando ou falando em línguas a tal ponto que fica impossível ouvir o que o outro está orando. Esta é a junção dos dois problemas que relatei anteriormente. Deus pode muito bem usar a oração de alguém para falar com o seu povo, mas somos tão individualistas e nos preocupamos tanto com nós mesmos que muitas vezes não demonstramos nem um pingo de atenção a oração dos nossos irmãos. Não estou dizendo que você deve ficar mudo. Você pode muito bem estar em concordância com a oração do seu irmão. Mas para isso é necessário ouvir a oração dele. Por isso, amados, tenhamos um pouco mais de bom senso para que as nossas reuniões de oração sejam prazerosas e agradáveis, não um show de horror, bizarrices e falta de respeito.<br />
<br />
Pensem nisso.<br />
<br />
<br />
<b>Autor: <a href="http://www.blogger.com/profile/02343893445500444454">Claudio Neto</a></b><br />
</span>Cláudio Netohttp://www.blogger.com/profile/02343893445500444454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7573914207712945188.post-74528210644193987692011-02-22T21:04:00.003-03:002011-02-23T22:01:20.151-03:00Crônica sobre o "BBB"<span style="font-size: 110%;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKCRcDdEyXAY-wnzZtcGaoiiU9Jf8w-8ZF54iG1Hgrk8eAaw_l64gRD548cPBgaS1JFYxZX2Q97LUeqVKrgh1Bc-5ywp6hwEvWxGx9nPRkyIQdWVZyA7xQ9Rqa2rCOPJqtYCOuynBWFEbE/s1600/bbb10.jpg" imageanchor="1"><img border="0" height="280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKCRcDdEyXAY-wnzZtcGaoiiU9Jf8w-8ZF54iG1Hgrk8eAaw_l64gRD548cPBgaS1JFYxZX2Q97LUeqVKrgh1Bc-5ywp6hwEvWxGx9nPRkyIQdWVZyA7xQ9Rqa2rCOPJqtYCOuynBWFEbE/s320/bbb10.jpg" width="303" /></a></div><br />
<br />
Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço...A décima primeira(está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil, encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.<br />
<br />
Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB 11 é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB 11 é a realidade em busca do IBOPE..<br />
<br />
Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB 11. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.<br />
<br />
Se entendi corretamente as apresentações, são 15 os “animais” do “zoológico”: o judeu tarado, o gay afeminado, a dentista gostosa, o negro com suingue, a nerd tímida, a gostosa com bundão, a “não sou piranha mas não sou santa”, o modelo Mr. Maringá, a lésbica convicta, a DJ intelectual, o carioca marrento, o maquiador drag-queen e a PM que gosta de apanhar (essa é para acabar!!!).<br />
<br />
Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível.<br />
<br />
Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo.<br />
Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.<br />
<br />
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis?<br />
<br />
São esses nossos exemplos de heróis?<br />
<br />
Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados..<br />
<br />
Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia.<br />
<br />
Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.<br />
<br />
Heróis, são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína, Zilda Arns).<br />
<br />
Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.<br />
<br />
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral.<br />
<br />
E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!<br />
<br />
Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.<br />
<br />
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?<br />
<br />
(Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!)<br />
<br />
Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.<br />
<br />
Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar.... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... ,telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir.<br />
<br />
Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade.<br />
<br />
<br />
<b>Fonte: <a href="http://indexreformado.blogspot.com/2011/01/teologia-nada-hoje-vamos-de-big-brother.html">Index Reformado</a><br />
Via: <a href="http://bereianos.blogspot.com/2011/01/artigo-sobre-o-bbb-luis-fernando.html">Bereianos</a></b><br />
</span>Cláudio Netohttp://www.blogger.com/profile/02343893445500444454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7573914207712945188.post-71782241548391084702011-02-22T10:55:00.001-03:002011-02-22T10:55:00.395-03:00Você é Você<span style="font-size: 110%;"> Cada pardal é um indivíduo diferente de todos os outros. O algo especial criado por Deus naquele pardar é produto de todas as circunstâncias especiais que entraram na produção dele. A maioria de nós quase não percebe a singularidade dos pardais. Saímo-nos melhor no caso dos seres humanos. O fato de você ser o que é envolve um universo. E se o fato de você ser o que é for obra de deus, então uma infinidade de eventos passou pelas suas mãos. Foi a habilidade dEle que formou você a partir do padrão genético de seus ancestrais, a cultura do seu tempo e o conjunto de relacionamentos que o cercam. Isso não significa negar que se seus ancestrais tivessem sido mais temperados, seus mais mais sábios, seus professores mais conscientes e seus colegas de escola mais gente, você teria sido uma pessoa melhor do que é. No entanto, do jeito que você é, Deus fez você. E a suprema perrogativa da arte divina é tirar o bem do mal. Não um bem maior, não. Nós não ajudamos a Deus para que Ele produza coisas melhores oferecendo-lhe materiais piores. Mas aquilo que Ele cria é sempre um bem único. Você é você, e não há uma pessoa exatamente igual a você. Os defeitos, assim como as vantagens do seu contexto, entraram na composição da mistura.<br />
<br />
<br />
<b>Autor: Austin Farrel<br />
Fonte: A biblioteca de C. S. Lewis<br />
Via: <a href="http://cincosolas.blogspot.com/2011/01/voce-e-voce.html">Cinco Solas</a><br />
</b></span>Cláudio Netohttp://www.blogger.com/profile/02343893445500444454noreply@blogger.com0