"Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?" (Jeremias 17:9-10)

Fico muitas vezes surpreendido com as coisas que nós cristãos somos capazes de fazer apenas baseados nas nossas emoções, sentimentos e motivações. Por vezes questiono se têm bases bíblicas alguns métodos adotados pelas igrejas, as ações que são realizadas por elas e as atividades que são promovidas. Contudo, não é raro ouvir respostas que se resumem a essas três coisas: "se fazem bem para o lado emocional das pessoas, ou se trazem bons sentimentos, ou se são feitas com uma boa motivação, então por que não fazer?".

O problema é que a fé dada por Deus a nós (Efésios 2: 8) não foi feita para se basear nas nossas emoções, sentimentos ou motivações. Enganoso é o coração do homem, por isso não devemos fazer dele o nosso aferidor de medida. Não podemos nos basear nas intenções dele. Ainda que Deus nos dê um novo coração no momento da nossa conversão, não devemos depositar a nossa confiança em algo tão inconstante. Ou vai me dizer que, mesmo depois de convertido, você nunca teve más intenções ou nunca foi enganado pelas suas motivações e sentimentos?

A fé deve basear-se unicamente em uma visão clara e correta do nosso Senhor Jesus Cristo, o autor e consumador da mesma (Hebreus 12: 2). Ele é a nossa firme Rocha e o porto seguro para depositarmos nossa confiança. Toda vontade e desígnio dEle estão revelados nas Escrituras, de Gênesis a Apocalipse. Por este motivo, as ações e atividades que dizemos ser em pról do avanço do Evangelho e do Reino de Deus devem estar baseadas na vontade expressa do Senhor em Sua Palavra. Cada motivação, cada sentimento e cada emoção deve passar pelo crivo das Escrituras.

A pergunta que primeiramente devemos fazer não é se a nossa motivação é boa para realizarmos alguma tarefa, mas sim se aquilo que intentamos fazer foi expressamente recomendado por Cristo para nós fazermos e se tem base firme, real e sólida em Sua Palavra. Se a resposta for afirmativa então podemos prosseguir confiantes de que não estamos cometendo nenhum desvio doutrinário. Caso contrário, é melhor pararmos tudo e dedicarmos o nosso tempo em oração e meditação nas Escrituras para ouvirmos a Deus, ao invés de gastarmos nossos esforços em coisas temporárias que não produzirão resultado algum para o Reino dEle.

Pensem nisso.


Autor: Cláudio Neto


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