O estudo a seguir foi escrito pelo dr. Augustus Nicodemus Lopes e trata de um assunto que tem atingido cada vez mais o público evangélico e que, em proporção inversa, é cada dia mais ignorado em nossas igrejas: a pornografia. A proposta do texto é tentar ajudar de alguma forma as pessoas que lutam contra esse mal, fazendo uma abordagem clara e objetiva do tema.

"Este terceiro Caderno Bíblico publicado pela Primeira Igreja Presbiteriana do Recife trata da questão da pornografia. O consumo de material erótico tem se tornado cada vez mais freqüente entre os próprios evangélicos à medida que a pornografia se torna mais e mais disponível através da mídia e da Internet. Muito embora as estatísticas sugiram que a média de evangélicos viciados em pornografia é menor do que a média entre outros grupos, ainda assim permanece esta realidade perturbadora: muitos que se dizem filhos de Deus e nascidos de novo vêem, de forma regular, imagens contendo material que, de acordo com a Bíblia, é sexualmente imoral. Estas imagens expõem e promovem explicitamente o adultério, a prostituição, a fornicação, o homossexualismo e toda sorte de perversão sexual. Os grupos mais atingidos pela indústria pornográfica são os de adolescentes e jovens, muito embora existam muitos adultos envolvidos..."


Para ter acesso ao estudo completo clique aqui.


Fonte: Monergismo





“Não permitiu a ninguém que os oprimisse, e por amor deles repreendeu a reis, dizendo: não toqueis os meus ungidos, e não maltrateis os meus profetas.” (Salmos 105, 14-15)

Baseado neste versículo, e em uma outra referência semelhante em I Samuel 24, 6, algumas igrejas tem criado uma classe especial de pessoas que não podem ser tocadas. Isso significa dizer que não importa o que estas pessoas falam ou ensinam, se isso tem ou não tem base bíblica, não podemos questioná-las, criticá-las ou falar qualquer coisa sobre a doutrina delas, uma vez que Deus vai “pesar a mão” em qualquer um que tiver a audácia de cometer tamanha afronta.

Contudo, uma coisa que todos nós deveriamos saber é que “texto fora do contexto é pretexto”. E como esta frase é verdadeira, principalmente no contexto bíblico. Nenhum versículo revela tudo por si só. Existe uma conexão de contextos dentro da bíblia que sempre deve ser respeitada e, se violarmos essa regra, estaremos mudando o sentido daquilo que Deus queria nos revelar. Existem vários versículos que são destinados a pessoas específicas ou servem apenas para uma época específica mas muitos não levam isso em consideração, utilizando-os de maneira displicente. Portanto, primeiramente vamos tentar entender o contexto destes versículos que falam sobre os ungidos.

No caso de Salmos, “ungidos” é a forma pelo qual Deus se referencia aos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó. O salmista faz esta citação ao lembrar do concerto que Deus fez com o povo de Israel. Em I Samuel 24 a palavra “ungidos” é pronunciada por Davi aos seus homens quando ele surpreendeu Saul dentro de uma caverna, logo após este ter tido um encontro com o exército filisteu. É importante ressaltar que, em ambos os contextos, “não tocar”, “não maltratar” e “não estender a mão contra” não diz nada sobre não criticar ou não questionar mas sim não usar de violência física. Não há qualquer exegética para pegar estas passagens, tirar elas do contexto original e aplicá-las aos líderes das igrejas de hoje, por mais abençoados que eles supostamente sejam, usando-as como base para aceitarmos tudo aquilo que é dito.

Mas, no contexto bíblico,  o que quer dizer a palavra “ungido”? “Ungido” vem do verbo “ungir” que quer dizer “derramar azeite (ou óleo) sobre a cabeça”. Este ato, na cultura judaiaca, era realizado, a mando de Deus, quando alguém era escolhido para executar uma determinada missão ou tarefa. Esta unção era dada a quem fosse ou não servo de Deus, podendo ser retirada a qualquer momento, visto que tinha um fim determinado. Podemos citar como exemplos Saul, que foi ungido rei de Israel mesmo não sendo um servo fiel a Deus, e o rei Ciro (Is 45, 1), um pagão que nunca prestou adoração a Deus mas, para que fosse cumprido o plano de salvação da humanidade, foi ungido para trazer libertação aos israelitas. Existem vários outros exemplos no Antigo Testamento de sacerdotes, profetas e reis que foram ungidos. Em todos esses casos esta unção indicava que o indivíduo seria o mediador entre Deus e as outras pessoas.

Já no Novo Testamento, Jesus é o verdadeiro Ungido do Senhor, pois tanto o título Messias (hebraico) como Cristo (grego) concedidos a Ele querem dizer “Ungido”. Quando Jesus morreu por nós a unção que estava nEle tornou-se universal. Isto significa que todos os que estão em Cristo são ungidos de Deus por Ele. Paulo diz que é Deus quem confirma que estamos em Cristo, que é por Ele que fomos ungidos e também selados pelo Espírito Santo, o penhor da salvação gravado em nossos corações (II Co 1, 21-22). João afirma que nós temos a unção do Santo (Jesus Cristo) e que esta unção que recebemos dEle fica em nós e nos ensina todas as coisas (I Jo 2, 20 e 27). O mesmo João escreve no primeiro capítulo de Apocalipse que o sangue de Cristo nos lavou dos pecados e nos fez reis e sacerdotes para Deus. Pedro não apenas mostra que somos sacerdotes por Cristo como também indica a nossa missão como ungidos: anunciar as virtudes daquele que nos resgatou e nos tirou das trevas (I Pe 2, 9). Como isto é maravilhoso!

Amados, por este motivo temos que ter em mente que não existem classes especiais de pessoas e que ninguém é melhor que ninguém. Cristo é o cabeça e nós somos os membros do corpo. Cada um tem a sua função específica, o que não significa dizer que um é melhor e o outro é pior. Somos membros desse corpo e nada mais além disso. Não existem intocáveis ou infalíveis. Todos nós, quer sejamos apóstolos, pastores, mestres, líderes, etc., estamos sujeitos a falhar e erros e devemos ser repreendidos, principalmente quando ensinamos ou falamos qualquer coisa que não esteja em harmonia com a Palavra de Deus – esta sim infalível. Devemos seguir o exemplo dos moradores de Beréia. Quando estes recebiam um ensinamento examinavam todos os dias na Escritura se o que eles ouviam era realmente a verdade, mesmo se fosse Paulo (o grande apóstolo dos gentios) quem tivesse ensinado a eles (At 17, 11).

Infelizmente creio que boa parte dos chamados cristãos de hoje não acreditam verdadeiramente em Deus, em Cristo ou nas Escrituras Sagradas. A crença deles está firmada sobre o que ouvem dos seus líderes. São poucos aqueles que realmente estudam a bíblia e não se deixam levar por qualquer vento de doutrina (Ef  4, 14). Conselhos como “examinai tudo, retende o bem” aparentemente não tem serventia nenhuma para os nossos dias. Muitos se contentam com leitinho espiritual quando existe um alimento sólido reservado para aqueles que, pelo costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem quanto o mal (Hb 5, 14).

Não fique calado diante de falsas doutrinas e pseudo-evangelhos. Não incentivo a rebeldia ou a desobediência. Ninguém deve entrar em confronto com ninguém por divergência de pensamentos. O ato de pensar é livre para todos. Mas também não devemos fechar a nossa boca diante de ensinamentos anti-bíblicos. Saiba que o amor deve ser a base de toda a nossa repreensão, pois sem ele tudo seria em vão (I Co 13). Por amor a Cristo defenda o verdadeiro evangelho. Por amor às pessoas que ensinam falsas doutrinas exorte e repreenda, na esperança de que os olhos delas sejam abertos. Por amor a Igreja medite na Palavra e a ensine, fazendo com que o povo não caia facilmente nos enganos dos falsos profetas.

Que Deus nos conceda ousadia e sabedoria em todo o tempo.


Cláudio Neto




Existem muitas doutrinas sendo ensinadas em algumas igrejas que fazem mais mal do que bem para os cristãos. Uma dessas doutrinas é a que tenta explicar o sofrimento dos crentes. Por qual razão um cristão sofre? Por que ele enfrenta aflições? Por que muitos carregam enfermidades?

O problema não está em ter essas dúvidas. O problema está na criatividade de alguns líderes para responder a essas perguntas. Ou talvez esteja na falta de criatividade mesmo, visto que muitos dos jargões gospel utilizados nas igrejas de hoje são cópias de outras igrejas ou de outros líderes.

Como responder às perguntas relacionadas ao sofrimento? Fácil. Culpe a falta de fé do crente. Se você está doente, com alguma dificuldade ou enfermidade é porque você não teve fé suficiente para que esse sofrimento fosse embora. Precisa de base bíblica para isso? Não tem problema. “Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si... e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Is 53, 4-5 parafraseado). Você está vendo, meu irmão. Nós fomos sarados. Basta você ter fé nisso, não aceitar a enfermidade, rejeitá-la, repreendê-la e determinar a sua cura!

Amado, como isso deve fazer mal para a vida espiritual de uma pessoa. Muitas vezes somos ensinados que cristão não pode ter doenças, enfrentar dificuldades, passar por adversidades e nem sofrer. Vida de cristão tem que ser uma vida vitoriosa. Riqueza e saúde prá dar e vender. Canso de ver líderes ensinando desta maneira. Por causa desse péssimo ensinamento na primeira dificuldade que a pessoa enfrentar só duas coisas poderão vir a sua mente: ou ela não tem fé ou Deus simplesmente se afastou. Não é a toa que cada vez mais pessoas ficam insatisfeitas com as igrejas.

Minha proposta neste post não é explicar o porquê do sofrimento cristão. Existem várias causas e motivos, mas deixarei para falar sobre isso em um post futuro. No momento eu quero mostrar, através da bíblia, que não existe nada de anormal em enfrentarmos dificuldades.

Primeiramente é necessário saber que não somos os únicos que enfrentam adversidades. Pedro relata o seguinte: “Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo.” (I Pe 5, 8-9). Ele estava encorajando os cristãos para que esses se mantivessem firmes mesmo sabendo que o diabo procurava os tragar. Essas aflições causadas pelo diabo são permitidas por Deus e se cumprem em todos nós.

Paulo também escreve aos moradores de Corinto: “Bendito seja... o Deus de toda a consolação; que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação... Porque, como as aflições de Cristo são abundantes em nós, assim também é abundante a nossa consolação por meio de Cristo.” (II Co 1, 3-5).

Segundo, as aflições, enfermidades e dificuldades que enfrentamos tem um propósito determinado e fazem parte de um plano de Deus. Se realmente acreditamos que os planos de Deus para nós são maiores do que os nossos próprios planos (Is 55, 8-9) então deveriamos viver de acordo com essa crença e confiar nEle de verdade, não apenas em palavras ou somente quando as coisas vão muito bem para nós.

Muitas vezes relacionamos a causa das nossas enfermidades com coisas que fizemos ou deixamos de fazer e acabaram por não agradar a Deus. Mas e se o Senhor estiver apenas interessado em mostrar a sua graça e misericórdia através desta aflição? Lembra-se do episódio do cego de nascença, relatado em João 9? Quando os discípulos viram o cego logo perguntaram para Jesus quem era o culpado: se ele ou os pais dele. Era desta maneira que eles pensavam. Se alguém tem alguma enfermidade é porque alguém pecou. E qual foi a resposta de Jesus? “Nem ele nem seus pais pecaram, mas isto aconteceu para que a obra de Deus se manifestasse na vida dele.” (Jo 9, 3). Jesus deu um outro motivo para os discípulos: era para que a glória de Deus fosse manifestada. E isso pode acontecer com qualquer pessoa.

Em terceiro lugar, existem bem aventuranças específicas para aqueles que sofrem e isto deve servir de incentivo a todos nós. Não somos desse mundo e o infinitésimo tempo que passarmos nele não tem como ser comparado com a glória eterna que está reservada a nós.

“Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos céus. Bem-aventurados serão vocês quando, por minha causa, os insultarem, os perseguirem e levantarem todo tipo de calúnia contra vocês. Alegrem-se e regozijem-se, porque grande é a sua recompensa nos céus, pois da mesma forma perseguiram os profetas que viveram antes de vocês.” (Mt 5, 10-12)

“E o Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus vos chamou à sua eterna glória, depois de haverdes padecido um pouco, ele mesmo vos aperfeiçoará, confirmará, fortificará e fortalecerá.” (I Pe 5, 10)

“Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas.” (II Co 4, 17-18)

“Bem-aventurado o homem que suporta a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam.” (Tg 1, 12)

“Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada.” (Rm 8, 18)


Não estou dizendo que devemos nos conformar com a nossa dor. Não sou masoquista e também não vejo problema em orar e pedir para que Deus nos cure, desde que nosso foco não fique apenas nisso. Porque se não formos curados ainda assim Ele é digno de toda a glória e devemos continuar confiando nele. Deus nos deixou um livro inteiro justamente para que encontrassemos forças em meio as adversidades, enfermidades e sofrimento (livro de Jó). Se você não for curado em vida como o cego de nascença, que você saiba que a glória de Deus se manifestará em você que crê no Senhor. Quando finalmente estivermos na glória a vida difícil que tivemos aqui será comparada a uma única noite mal dormida em um hotel barato.

Pense nisso.


Cláudio Neto


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No capítulo 19 de Lucas, a partir do versículo 28 , é relatada a entrada de Jesus em Jerusalém. A narrativa do evangelho diz que, depois que dois dos Seus discípulos tomaram um jumentinho emprestado, Jesus entrou na cidade. O povo, ao ver Jesus montado sobre o animal, começou a “dar louvores a Deus em alta voz, por todas as maravilhas que tinham visto, dizendo: bendito o Rei que vem em nome do Senhor; paz no céu, e glória nas alturas”. (vs. 37-38).

Porém, alguns dos fariseus, incomodados com o clamor da multidão, apelaram para Jesus dizendo: “Mestre, repreende os teus discípulos”. Jesus, além de não os ter repreendido, afirmou francamente que “se estes se calarem, as próprias pedras clamarão”. (vs. 40)

Nos dias de hoje já é possível ouvir o murmurar de algumas pedras. Isto porque a igreja, que deveria ser o representante de Cristo neste mundo, tem se distanciado do verdadeiro evangelho, que é o poder de Deus para salvar todo aquele que crê (Rm 1, 16). Ela está se silenciando, seja por coação, por vergonha, por medo, por comodismo, por omissão, etc.

Este blog tem por finalidade mostrar que ainda existem cristãos dispostos a abrir a boca para anunciar o evangelho bíblico, o evangelho de Cristo, centrado na pessoa Dele e não nas nossas vontades e egoísmos.

Cremos que a Bíblia, tanto Velho como Novo Testamento, é a Palavra de Deus e serve como regra de fé e prática à Igreja. Repudiamos qualquer ensinamento ou doutrina que seja contrária a esta Palavra, bem como qualquer acréscimo ao Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo (Gl 1, 8).

Que nós possamos juntos contribuir com o corpo de Cristo, mantendo a chama do nosso coração acesa para podermos anunciar o ano aceitável do Senhor.

Tudo isto
Antes que as pedras clamem no nosso lugar.

Cláudio Neto


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Outra maneira de contribuir com o blog é mandando suas dúvidas para este mesmo email. As suas dúvidas podem ser as nossas dúvidas e as de outros irmãos também. Por isso estaremos nos esforçando para estudar a Palavra de Deus e, se encontrarmos as respostas, poder compartilhar elas aqui no blog.

Desde já agradecemos a sua participação.

Abraços.

Cláudio Neto