Temos vivido dias enganosos. Muitos têm sido enganados por falsificações, por fatos que aparentemente são reais, a tal ponto que, por eles, vão às ultimas conseqüências. Mas não são verdadeiros, são falsos, e esta é uma característica do diabo, de satanás, o pai da mentira, o pai da falsificação. E neste contexto as seitas são exatamente o que aparenta ser verdadeiro e por isso têm enganado a tantos. Como diagnosticar estas seitas?

Primeiro, seria bom dizer que o surgimento de seitas no meio dos evangélicos é demonstração de que a igreja não está bem. Muitos estão com problemas graves e têm procurado a igreja, mas não têm visto solução para si mesmos; creio que aqui deva ser colocado o tradicionalismo evangélico, a ortodoxia (que, diga-se de passagem, é necessária) morta, a superficialidade cristã, a falta de conversão verdadeira, o comodismo, tudo isso tem feito as pessoas buscarem outro aconchego.

No entanto é fato real que a grande maioria das pessoas está em busca de solução para os seus problemas, uma vida melhor, vida de paz, sem problemas, sem doença, mas são avessas às exortações, às recomendações de santificação; estão buscando pão como nos dias de Jesus. "Vós me procurais não porque vistes sinais, mas porque comeste dos pães e vos fartastes" (Jo.6:26). Aqui é que entra a seita, pois ela oferece ao povo exatamente aquilo que ele necessita (quer). E se você repreende alguém, recebe esta advertência: "Veja o bem que estou recebendo! Se me faz bem, deve ser de Deus!" Ou seja, se traz sucesso, solução, fez-me mudar de vida e traz felicidade, deve ser de Deus.

É exatamente aí que satanás arma sua cilada e já tem dominado muitas vidas. Lembrem-se que muitas organizações que ridicularizam o cristianismo podem ajudar as pessoas e fazê-las felizes. Lembro aqui os psiquiatras e psicólogos ateus. Eles podem trazer resultados muito bons, sem nada de orientação cristã. O próprio espiritismo tem trazido solução para muitas vidas; a yoga, o pensamento positivo e outros. Se você acha que tudo o que traz o bem pessoal é de Deus, saiba que já está caído diante do diabo.

Como saber então se é de Deus? Como diagnosticar o problema?

Seria bom inicialmente afirmar que o que importa ao homem não é o que ele sente, mas o seu relacionamento com Deus. Qualquer orientação que me faça ficar satisfeito, quando a minha relação com Deus está ruim, isto é do diabo. Era esta a situação dos fariseus.

Mas há outros testes práticos que gostaria de colocar.

O modo como vem a "bênção". Eles ensinam que se você obedecer a uma fórmula, pré-estabelecida, a bênção virá, a felicidade, a paz, a cura. E sempre é uma fórmula alheia às Santas Escrituras. Geralmente a idéia de uma visão que alguém teve, e daí é elaborado o sistema. Elas podem até citar as Escrituras, mas ao acaso, texto fora do contexto, e isso é transformado em pretexto. Compare isso com as grandes confissões de fé e credos do cristianismo. São todos sinopses da Palavra de Deus. Ali é enfatizada a grandeza e extensão da Bíblia. Como é diferente das seitas que apresentam apenas uma fórmula, uma fórmula mágica. ( Na igreja: ir a igreja, ou ler a Bíblia, ou orar).

Outro aspecto que é característico de uma seita é o testemunho pessoal. O que os sectários destas seitas falam é sobre sua vida, o que era e o que são agora. Que eram assim até entrarem para esta "igreja", o seu problema está resolvido. Não ensinam as doutrinas fundamentais do cristianismo. Enfatizam apenas uma fórmula. Vejam que eles, ao enfatizarem seus testemunhos, começam com eles e terminam com eles, e não com Jesus como Senhor, apesar de citá-lO.

Eles enfatizam apenas o que é prático. Negligenciam a doutrina. Dizem: "Vocês precisam é de algo prático". Na verdade, porém, o que estão querendo dizer é que não é importante a doutrina. Mas não era assim que Paulo fazia na epístola aos Efésios; ele escreve os três primeiros capítulos nos quais a doutrina não é prática, é pura doutrina. E só depois do capítulo quatro ;e que a torna prática. Ou seja, primeiro o fundamento doutrinário, depois a prática. A ordem inversa é de grande perigo. É o que acontece com essas seitas.

Quero aqui realçar o perigo dentro das nossas igrejas. Hoje há uma tendência em se desvalorizar a doutrina. Teologia, doutrina, tudo soa muito intelectual, sofisticado (creio até que em algumas circunstâncias é verdade) e por isso é negligenciado. Há risco de seitas no nosso meio.

Apesar de falar no Espírito Santo, não se acha que Ele é que vai realizar em nós o que Deus quer. Eles sempre afirmam que é você que pode fazer. Esquecem que é Deus que opera em nós tanto o querer como o efetuar. Daí surgir a jactância, o orgulho, a satisfação própria. Há muita arrogância, pois são eles que conseguem realizar. A mudança foi devido a uma atitude tomada, uma conseqüência do seu esforço próprio. "Eu era assim, mas agora consegui isto..." Não estão entregues à vontade de Deus, mas seus interesses é que prevalecem. Este perigo também está em nossas igrejas e os que agem assim estão esquecidos do que disse Paulo: "operai a vossa salvação com temor e tremor"(Fl.2:12) - Mas eles dizem "não há nada o que temer". Deus nos livre deste pecado da arrogância. É Deus que opera em nós a mudança. O mérito é dEle!

Uma outra característica é que "a fórmula é muito simples". Eles chegam a dizer que é um desperdício estudar tanto as epístolas, quando eles têm uma fórmula tão simples. As seitas têm todas as características dos remédios dos charlatães e toda a sua propaganda. "Eis aí o remédio que cura todos os males". O pior é que não afirmam apenas que podem resolver todos os problemas, mas que podem resolver com facilidade. Mas não é isto que ensina o apóstolo Paulo quando diz: "em tudo somos atribulados, mas não angustiados, perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos..." Podemos ser vitoriosos, é verdade, mas não é fácil. Por isso ele disse também: "Nossa luta não é contra a carne e o sangue..." Temos de lutar contra poderes terríveis. Essa idéia de "fácil" é falsa à luz do Novo Testamento.

Nesta linha de pensamento, outra característica semelhante das seitas é que elas oferecem a CURA, a BÊNÇÃO, "imediatamente". Já notou isso? É o método do "atalho", e por isso conseguem tantos adeptos. Mas o que nos ensina o Novo Testamento é que estamos num mundo difícil, pecaminoso, dominado pelo diabo e seus anjos. Por isso precisamos de toda a armadura de Deus. Precisamos ser fortalecidos "com poder pelo Seu Espírito no homem interior" (Ef.3:16). O homem moderno afirma: "Eu pensava que o cristianismo resolveria todos os meus problemas e endireitaria tudo imediatamente, mas agora me dizem que devo lutar, vigiar, orar, jejuar, suar... Não quero nada disso! Quero algo que solucione rápido o meu problema". As seitas respondem: "Certo, naturalmente". Observem que as seitas não ensinam crescimento na graça e conhecimento de Cristo; não falam em "operai a vossa salvação com tremor e temor"(2Pe.3:18).

Qualquer coisa que ofereça "atalhos" espirituais não é cristianismo da Bíblia. Mas as seitas perguntam: "O que você está precisando? Qual o seu problema?" E responde: "Venha. Nós podemos ajudá-lo". E oferecem o remédio barato, fácil e rápido. Saúde, cura física, a bênção que soluciona todos os seus problemas.

Mas o método do Evangelho é muito diferente. A primeira coisa do Evangelho é o CONHECIMENTO DE DEUS. Está é a grande mensagem da Bíblia. Por que Cristo veio ao mundo? "Para conduzir-nos a Deus", responde o apóstolo Pedro (1Pe.3:18). O Evangelho não começa com as minhas dores e penas, minhas necessidades de orientação ou minha aflição. Começa por conhecer a Deus. Este é o objetivo do Cristianismo. "A vida eterna é esta" - Qual? Que eu não me aflija mais, ou que fique livre daquilo que me deprime? Não! - "que te conheçam a ti só, por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo a quem enviaste"(Jo.17:3). Se eu estiver correto com este pensamento, as outras coisas estarão resolvidas. O objetivo do Cristianismo é levar-nos ao conhecimento de Deus e do Senhor Jesus Cristo.

As seitas não mencionam isto e também não falam de santidade. Podem até proibir muitas coisas nocivas, e dessa forma fabricar fariseus satisfeitos consigo mesmos. Mas a santidade não é algo negativo, e sim positivo - "Sede santos, pois Eu Sou Santo" diz o Senhor. Não é apenas vitória sobre pecados particulares, mas é de fato ser santo. Eles não enfatizam isso.

Outra coisa que as seitas não falam é sobre a "esperança da glória". O Novo Testamento nos fala da glória vindoura. Mas as seitas se propõem a ajudar as pessoas enquanto elas estiverem neste mundo, sem enfocar o futuro. "VOCÊ", você é que está no centro, eles estão enfatizando a experiência e não falam da glória do céu, nem do "NOVO CÉU E NOVA TERRA, ONDE HABITA A JUSTIÇA" (2Pe.3:13).

Enfim, as seitas ficam apenas num estreito círculo no qual o homem está girando, girando e repetindo constantemente a mesma coisa. A "bênção" oferecida pelas seitas é bem diferente do que o Evangelho oferece.

Abomino as seitas. Elas não passam no teste que é a Pessoa de Cristo. Todo movimento ou ensino que não faça do Senhor Jesus Cristo e Sua morte na cruz e Sua gloriosa ressurreição, uma necessidade absolutamente central, não é cristã e sim manifestação das "astutas ciladas do diabo". Ou seja, qualquer ensino ou movimento que diga que você pode Ter esta ou aquela benção sem primeiro crer no Senhor Jesus Cristo como o Filho de Deus, como Salvador de sua alma e Senhor de sua vida, e que sem Ele você não é nada, é uma negação das Escrituras, do cristianismo. Se o ensino ou movimento inclui maometano, budista, judeu e lhe oferece a bênção sem que eles reconheçam e confessem que Cristo, e somente Cristo, é o Filho de Deus e que Ele, somente Ele, pode salvar o pecador, porque ele morreu pelos nossos pecados, NÃO É CRISTÃO! Essa bênção fora do evangelho é negação do cristianismo e devemos rejeitá-la. Não há acesso a Deus, não há conhecimento de Deus como Salvador e Libertador, exceto por meio de Cristo. As seitas são um insulto a Deus, a Jesus Cristo, não têm direito de existir. Se você acha que Jesus não é suficiente, e que deve ir após as seitas em busca de ajuda e "bênção"(cura, prosperidade...), você O está negando; você O está insultando. São as astutas ciladas do diabo.

A fé que sustentou, fortaleceu e abençoou os santos no transcurso dos séculos, e que tem resistido a todos os testes que se podem conceber, é suficiente. Você não tem necessidade de seguir alguma idéia nova, moderna, que só passou a existir no século passado, ou neste. VOLTE PARA A VELHA HISTÓRIA, sempre nova e verdadeira. Volte para a fonte e origem de todas as bênçãos; volte para o Deus eterno e Seu Filho, nosso glorioso Salvador, o Senhor Jesus Cristo. E o Espírito entrará em seu ser, e todas as suas necessidades serão supridas.


Autor: Martyn Lloyd Jones
Fonte: Blog Martyn Lloyd Jones
Via: Bereianos



Não temos outro ponto de sustentação para nossa fé senão a Palavra de Deus. Escrita por profetas e apóstolos inspirados pelo Espírito Santo ela é o alicerce palpável e visível do que cremos. Uma única verdade manifesta na doutrina neotestamentária.

Quando o Senhor me levou a conhecer a doutrina da graça também ensinou-me a provar a palavra pregada:

Agrada ao homem caído? Então desagrada a Deus.

Isso não serve para qualquer um. Não é aceitável aos arminianos, aos pregadores da teologia relacional ou liberais. É compreensível apenas aqueles que foram convencidos pela doutrina da graça, o verdadeiro evangelho de nosso Senhor.

Veja. Não estou em hipótese alguma afirmando que a palavra quando pregada deve ser amarga ou preparada com tamanho desgosto que torne impossível ao homem natural ouvi-la. Também não afirmo que ela deve ser melada com doce mundano para que possa ser devorada por pessoas carnais. Estou dizendo que a Palavra verdadeira, uma lúcida exposição da doutrina, não importando a maneira que ela chegue ao ouvido da mente caída, sem interferência do Espírito Santo será sempre rejeitada pois essa é a natureza do homem.

A verdade implicita na pregação pós-moderna é de que para que o homem carnal aceite a palavra de Deus necessário é que ela seja parcial. Necessário é que seja comprometida, não com Deus, mas com o homem. O papel de Deus é de mero coadjuvante numa trama escrita por homens. Para escrever esta história algumas técnicas básicas para produção são empregadas.

1. PALAVRA DE DEUS COMO APOIO E NÃO FUNDAMENTO: a Palavra de Deus (Bíblia), o livro sagrado, torna-se uma coletânea de exemplos morais e experiências pessoais que servem como pano de fundo para novos enredos. Nesses novos enredos são produzidas histórias com algum "sentido" para o homem.

2. PREGAÇÃO COMPROMETIDA COM O HOMEM: as pregações tornam-se relevantes ao homem não naquilo que ele precisa, mas naquilo que ele quer. O homem precisa de Deus mas não deseja arrepender-se. Prega-se um Deus sem o arrependimento, um caminho fácil de se percorrer e um evangelho desfigurado. Enfim, procura-se agradar ao homem. Ele sai satisfeito, sem compromisso, não ofendido pelo evangelho e volta no próximo final de semana.

3. VERDADE RELATIVA: quando a Palavra de Deus é relativizada ela perde seu poder. Exposta parcialmente ela não tem poder de transformar o homem. Como subterfúgio cria-se uma vasta literatura de apoio que parece preencher as "lacunas" deixadas pela Palavra de Deus. Na verdade, são band-aids sobre um tórax aberto. A Palavra deixa de ser uma verdade para ser muitas verdades dependendo do ponto de vista do homem.

4. QUESTIONAMENTO E NEGAÇÃO DA VERDADE: costumo considerar esse erro como cortar o galho onde se está sentado. Semelhante a verdade parcial, é no entanto um passo adiante. Aqui não se encobre a doutrina para que ela não ofenda o homem, ela é sim deliberadamente expurgada para dar lugar a uma visão carnal da justiça e amor de Deus.

A Palavra que não confronta o homem lhe agrada. Ela entra em seu interior e não produz nada senão uma temporária sensação de satisfação. Ele se sente perdoado sem entender perdão. Sente-se amado quando na verdade teve apenas seu ego massageado. Iludido por uma sociedade que não lhe exige compromisso encontra nesse tipo de evangelho sua salvação. Ela não precisa ter uma aliança, ele não precisa dizer sim... ele apenas fica. Seu relacionamento é superficial. Ele nada tem a oferecer e não se importa de estar nessa situação. Sente-se bem. Isto basta.

Igrejas estão apinhadas de pessoas assim. Mentes carnais que encontraram na igreja um clube social. Elas não são confrontadas à mudança, a palavra que lhes chega aos ouvidos é insípida. Trata de assuntos tão triviais quanto qualquer programa de tv à cabo. São sempre os mesmos versículos distorcidos e tirados do seu contexto. São sempre as mesmas músicas antropocêntricas. São sempre os mesmos apelos para uma salvação temporária e para um perdão com prazo de validade.

Pregadores estão literalmente minando o único alicerce do Evangelho. Ao tornar a Palavra de Deus um livro que apenas pode ser "traduzido" por homens habéis em inventar histórias destróem a própria fé. Cortam o galho onde estão sentados.

Autor: Daniel Clós Cesar
Fonte: Blog do autor
Via: Bereianos


Disciple é uma banda americana de new metal formada em 1995 na cidade de Knoxville, Tennessee. Desde sua formação a banda já lançou 8 discos, um EP contendo 5 músicas e conquistou 8 prêmios Dove Awards. Disciple é uma das bandas mais diretas que conheço quanto a sua crença em Jesus Cristo e possuem excelentes letras que mostram isso claramente. Confiram abaixo uma das músicas mais bonitas da banda (e mais calminhas, já que a maioria das músicas são pesadas) e que faz parte do álbum By God. Espero que gostem.

Membros:
- Kevin Young – Vocal
- Israel Beachy – Baixo
- Andrew Welch – Guitarra
- Micah Sannan – Guitarra
- Trent Reiff - Bateria

Albums:
- What Was I Thinking (1995)
- My Daddy Can Whip Your Daddy (1997)
- This Might Sting A Little (1999)
- By God (2001)
- Back Again (2003)
- Disciple (2005)
- Scars Remain (2006)
- Southern Hospitality (2008)
- Horseshoes and Hand Grenades (2010)

Myspace da banda: http://www.myspace.com/disciplerocks
Site da banda : http://disciplerocks.com/

Então confiram o vídeo e, mais abaixo, a letra da música:



Thousand Things

As the sun comes up, Lord I see You (psalm 84:11)
As the wind blows on my face, Lord I feel You (psalm 135:7)

Sometimes I don't know what to say
when my heart wants to praise (romans 8:26)
And I have concluded of You
that I barely know anything about You at all (isaiah 55:8-9)


Cause Lord if You showed me a thousand things
Brand new about You everyday
I still would never see the fullness of Your glory
Lord if You gave me a thousand years
To try and count up all the ways
that You have shown to me that You are just not enough
You are too much

As the river flows, Lord I hear You (revelations 1:15)
As the rain falls on my face, Lord I feel You (isaiah 55:10-11)

I know You know me better than I know myself (jeremiah 1:5)
But I want to know you even though I know my mind can't hold it all

Cause Lord if You showed me a thousand things
Brand new about You everyday
I still would never see the fullness of Your glory
Lord if You gave me a thousand years
To try and count up all the ways
that You have shown to me that you are just not enough
You are too much

Mil Coisas

Assim como o sol surge, Senhor eu Te vejo (Salmo 84:11)
Assim como o vento sopra em meu rosto, Senhor eu Te sinto (Salmo 135:7)

As vezes eu não sei o que dizer
quando meu coração quer louvar (Romanos 8:26)
E eu tenho concluído de você
que eu mal sei alguma coisa sobre você afinal (Isaias 55:8-9)

Porque Senhor se Você me mostrar mil coisas
novas em folha sobre Você a cada dia
Eu ainda não veria a plenitude da Sua glória
Senhor se Você me desse mil anos
para tentar e contar todas as maneiras
que Você tem mostrado a mim que Você simplesmente não é o bastante
Você é muito mais



Assim como o rio flui, Senhor eu te ouço (Apocalipse 1:15)
Assim como a chuva cai em meu rosto, Senhor eu te sinto (Isaias 55:10-11)

Eu sei que Você me conhece melhor do que eu me conheço (Jeremias 1:5)
Mas eu quero Te conhecer embora eu saiba que minha mente não pode conter tudo isso

Porque Senhor se Você me mostrar mil coisas
novas em folha sobre Você a cada dia
Eu ainda não veria a plenitude da Sua glória
Senhor se Você me desse mil anos
para tentar e contar todas as maneiras
que Você tem mostrado a mim que Você simplesmente não é o bastante
Você é muito mais




Gostaria que eles dissessem, "quero levar a sério minha tarefa de pregar a Bíblia. Não vou ficar enrolando o povo, fazendo da entrega da mensagem uma mera oportunidade de entretenimento. Quero apresentar a elas a Palavra, fazer com que tenham interesse por sua mensagem. Quero caminhar pelos livros da Bíblia, apresentando o que é importante, e fazendo disso minha grande tarefa. Quero ser conhecido, em vinte anos, como um expositor. Quero ser capaz de pegar as Escrituras e mostrar às pessoas como elas são relevantes. Quero começar a expor Romanos 1.1, e quando chegar ao final do capítulo 16, quero que as pessoas pensem, 'como eu pude passar metade da minha vida sem conhecer essa mensagem?'"

Se eu, em algum momento, tivesse escrito um livro sobre pregação, ele conteria três palavras: pregue a Palavra. Livre-se de todas as coisas que lhe prendem e impedem de expor o evangelho com pureza; pregue a Palavra. 2 Timóteo 4.2 diz "pregue a Palavra a tempo e fora de tempo".

Um de meus mentores, Ray Stedmen, costumava dizer, "nunca tire o dedo do texto, a despeito de você estar expondo-o ou aplicando-o. Faça com que os olhos das pessoas estejam fixos nele, e fale acerca de Jesus". É simples assim.


Autor: Charles Swindoll
Fonte: Cristianismo Hoje
Via: Cinco Solas



A palavra “sinagoga” vem do grego sinɐ'gɔgɐ e significa “assembléia”. Com o passar do tempo, assim como a palavra “igreja”, “assembléia” também passou a significar o próprio edifício ou construção onde a assembléia se reunia.

Apesar das assembléias para o ensino e instrução da Lei existirem desde muito tempo atrás, como, por exemplo, “as casas dos profetas” (I Sm 10:11; 19:20-24; II Rs 4:1) ou os lugares onde eram realizadas as reuniões dos anciãos de Israel na época dos cativeiros (Ez 8:1; 14:1; 20:1), as primeiras evidências das sinagogas como instituições datam mais ou menos do século 3 a.C., período inter-testamentário (entre o Antigo e o Novo Testamento) que corresponde aos 400 anos onde a voz profética estava silenciada e a Palavra inspirada do Antigo Concerto estava calada.

Mas por qual motivo as sinagogas começaram a existir como instituições? Por volta do ano 950 a.C., o reino de Israel foi dividido em dois: Israel (norte) e Judá (sul) (I Rs 12). Mais ou menos em 722 a.C. o reino do norte foi devastado pelos Assírios (II Rs 17:6-41) e, dois séculos mais tarde, Judá, o reino do sul, foi conquistado pelos babilônicos (II Rs 25:8-26). Foi justamente nesta época em que o Templo de Salomão, que era usado pelos judeus para as celebrações das festas e para os diversos sacrifícios do povo judeu, foi destruído (II Cr 36:19). Com o cativeiro babilônico e a inexistência do Templo o povo judeu se viu incapaz de adorar a Deus da maneira como eles foram ensinados pelos seus antepassados. Nem mesmo era possível celebrar as três principais festas ao Senhor (Páscoa, Pentecostes/Primícias e Tabernáculos), uma vez que o povo, três vezes ao ano, se juntava no Templo para essas celebrações. Os babilônicos, além de destruírem o Templo, espalharam os exilados em comunidades por todo o Império. Sem o Templo, a saída encontrada pelos judeus foi improvisar reuniões periódicas com a intenção de reunir o povo para orar, revisar a lei e discutir seus problemas comunitários. Essas reuniões ocorriam no Shabat e nos dias festivos, criando assim um modelo de organização para que a comunidade judaica pudesse se reunir em assembléias, ou seja, sinagogas. Portanto as sinagogas foram criadas antes de Cristo com o propósito de substituir, de maneira incompleta, o Templo quando este não existia.

Em 539 a.C. o rei Ciro, da Pérsia, apodera-se da Babilônia e, segundo a descrição bíblica, ordena o repatriamento dos judeus e a reconstrução do antigo Templo de Salomão (Ed 1: 1-4). Contudo, mesmo com a reconstrução do Templo nos tempos de Esdras e Neemias e o retorno dos judeus para Jerusalém, as sinagogas continuaram a existir e, além disso, continuaram a ser construídas (segundo o Talmude, o texto central para o judaísmo rabínico, durante a época da existência do segundo templo cerca de 394 sinagogas eram usadas por toda Jerusalém).

Mas se as sinagogas foram criadas para substituir o Templo quando este não existia por qual motivo elas continuaram a existir depois da reconstrução do mesmo? Talvez eu não tenha a resposta correta para esta pergunta, mas creio que os judeus acabaram se acostumando com a praticidade das sinagogas. Nelas era mais fácil reunir as pessoas para oração, para estudar a Lei, para criar discussões políticas e econômicas, etc. Elas acabaram sendo usadas como um auxílio ao Templo quando este ainda existia. As festas e os sacrifícios ainda eram celebrados no Templo, enquanto as sinagogas eram usadas mais para capacitar o povo judeu e dar ensinamento da lei, sendo também mais freqüentes as reuniões nas sinagogas do que no Templo.

As sinagogas se tornaram realmente importantes e primordiais para o judaísmo após o ano 70 d.C, quando o general e futuro imperador romano Titus Flávio destruiu quase que por completo o segundo Templo. A única parte restante dele permanece de pé até os dias de hoje e é conhecido como Muro das Lamentações. Desta maneira as sinagogas se tornaram o principal e único lugar de encontro da comunidade judaica.

Você, leitor, deve estar se perguntando qual o propósito desta breve e modesta aulinha de história, visto que quem vos escreve é cristão e não judeu hehehe. Pois bem. Antes de trazer as coisas para o nosso contexto é necessário que nós saibamos algumas das atividades que eram desenvolvidas nas sinagogas e, para isso, usarei a bíblia como referência. Vamos ver algumas coisas que as sinagogas tinham:

“E eis que chegou um dos principais da sinagoga, por nome Jairo...” (Mt 5:22). Havia liderança.

“... entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga, e levantou-se para ler. E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías...” (Lc 4:16-17). Havia leitura das Escrituras e dias especiais para isso.

“... entrando na sinagoga, num dia de sábado, assentaram-se; e, depois da lição da lei e dos profetas, lhes mandaram dizer os principais da sinagoga: homens irmãos, se tendes alguma palavra de consolação para o povo, falai...” (At 13:14-15). Eram dadas oportunidades para as pessoas falarem e/ou testemunharem.

“... Porque Moisés, desde os tempos antigos, tem em cada cidade quem o pregue, e cada sábado é lido nas sinagogas...” (At 15:21). Existia(m) pregadores/pregação.

“...Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas...” (Mt 6:2). Eram recolhidas esmolas.

“...Na cadeira de Moisés estão assentados os escribas e fariseus...”(Mt 23:2). Cadeiras especiais para os líderes.

“Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos.” (Mt 23:8). Não havia apenas liderança mas também títulos e cargos.

“Guardai-vos dos escribas, que querem andar com vestes compridas; e amam as saudações nas praças, e as principais cadeiras nas sinagogas, e os primeiros lugares nos banquetes” (Lc 20:46). Existiam as vestes especiais para os líderes. Estes amavam os cumprimentos, gostavam do destaque, etc.

“E pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas...” (At 9:2). Existiam cartas de transferência.

“os judeus tinham resolvido que, se alguém confessasse ser ele o Cristo, fosse expulso da sinagoga.” (Jo 9:22). Havia segregação. Caso alguém não seguisse as regras das sinagogas ou dos seus líderes era expulso da reunião.

“E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos libertinos, e dos cireneus e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estevão” (At 6:9). Havia denominações diferentes.

Apesar de existirem várias outras referências bíblicas que mostram quais eram as atividades praticadas nas sinagogas creio que as referências que foram citadas acima são mais do que suficientes para tirarmos algumas conclusões interessantes. Você achou familiares as atividades que eram praticadas nas sinagogas? Já viu essas práticas em algum lugar? Eu tenho quase certeza que você viu coisas semelhantes a essas no último domingo, correto? Lembrou? É, meu amigo (a). Não estranhe, mas você com certeza encontrará essas características na “igreja” mais próxima da sua casa.

O modelo que conhecemos hoje como “igreja” nada mais é do que uma cópia (com algumas pequenas mudanças) das antigas sinagogas dos judeus. Tudo nas nossas igrejas se assemelha às sinagogas! A liturgia, a forma de ensino, os líderes, o sistema “púlpito-povo”, alguém bem vestido lá na frente, enfim, não há muitas novidades. Perceba que não foi Jesus nem os discípulos que criaram o modelo de reunião que nós temos hoje. Quantas vezes na minha vida eu ouvi que o modelo das igrejas de hoje foi definido pelos discípulos, mesmo eu nunca tendo encontrado uma única referência bíblica que confirmasse este fato. Quão grande foi o meu assombro quando ouvi que este modelo de igreja cristã já existia antes mesmo de Cristo vir a esse mundo. Quem diria, não é mesmo? Quando eu soube que as igrejas de hoje não têm nada a ver com Cristo ou com os discípulos um pensamento quase que instantâneo veio a minha mente: “nunca mais piso numa denominação de novo”. Sei que parece bem radical, mas a sensação de estar sendo enganado por tanto tempo não foi nada agradável. Contudo, meu amado, se algo semelhante passou pela sua cabeça eu realmente recomendo que você continue a leitura deste artigo e, quando chegar ao final dele, que você possa raciocinar um pouco melhor sobre este fato.

Na introdução dos Atos dos Apóstolos, Lucas começa o livro dizendo: “Fiz o primeiro tratado, ó Teófilo, acerca de tudo o que Jesus começou, não só a fazer, mas a ensinar” (At 1:1). Perceba que Jesus não apenas ensinava aos seus discípulos o que eles deveriam fazer. Ele fazia o que ensinava. As suas ações eram ensinamentos para os discípulos. Jesus não ensinava nada que Ele mesmo não fizesse. Ele era o perfeito Mestre. Se Ele dissesse aos discípulos para amarem os seus inimigos é porque Ele fazia o mesmo. Se ensinava a perdoar os que os ofendessem era porque Ele também perdoava os seus ofensores. A intenção de Jesus era que os seus discípulos fossem em tudo semelhantes a Ele. O homem prudente não é aquele que ouve e decora os ensinos do mestre, mas sim aquele que “escuta estas palavras e as pratica (Mt 7:24)”. Lucas mostra que o “fazer” era algo da natureza de Cristo, mas que Ele não se limitava apenas a isso. Com suas ações ele também oferecia ensinamentos para as pessoas. Sendo assim, o que Jesus ensinou sobre as sinagogas “fazendo”?

A primeira coisa que podemos notar no comportamento de Jesus com relação às sinagogas é que Ele, antes da crucificação, não deixou de freqüentá-las, salvo às vezes em que foi expulso delas pelos religiosos (Lc 4:28-29). Ele não apenas as freqüentava como também levava os seus discípulos junto com Ele (Mt 10:6, 16-17; Mt 23:34). Comparecia tanto nas sinagogas (já era um costume para Ele, ver Lc 4:16) que era louvado pelas pessoas e tinha fama dentro delas (Lc 4:14-15).

Quais eram as atividades que Jesus realizava nas sinagogas? Expulsava demônios (Lc 4:33-35), pregava (Lc 4:44), curava enfermos (Mc 3:1,5), ensinava em todas as sinagogas o evangelho do Reino (Mt 4:23), etc. Jesus viveu cerca de 30 anos dentro do sistema das sinagogas. Ele não tinha uma visão sectária e, por este motivo, não deixou de se envolver com elas e muito menos incentivou as pessoas a deixarem-nas.

Hoje em dia por muito menos paramos de freqüentar uma igreja. Damos todos os tipos de desculpas possíveis para isso: eu não agüento esses crentes cegos, não suporto os líderes, preciso de pregações mais impactantes, bando de povo avarento e egoísta, raça de víboras, etc. Mas você acha que nos tempos de Jesus as coisas eram mais fáceis? Lembre-se que naquela época o Espírito Santo não tinha sido derramado sobre toda a carne. Imagine quão duros eram os corações das pessoas que conviviam com Jesus dentro das sinagogas. Não precisamos ir muito longe para imaginarmos. Basta lembrarmos o comportamento dos Seus discípulos. Qualquer bobeira já tinha um querendo descer fogo dos céus (Lc 9:54), outro que desejava ser o maior no Reino (Mt 18:1), um que queria uma cadeira de honra ao lado de Jesus na glória (Mc 10:35-37), outro que cortou sem dó a orelha de um soldado (Lc 22:50), outros discutiam entre si qual entre eles era o maior (Mc 9:34), enfim... Se os discípulos eram tão cabeças duras assim, quanto mais o povo, os religiosos e os líderes das sinagogas que não conviviam diariamente com o Mestre. Mas, apesar de tudo isto, Jesus ainda os suportava e nos ensinou a fazer o mesmo. Se nos achamos tão melhores e mais espirituais que os freqüentadores das sinagogas, mais ainda deveríamos suportar uns aos outros. Se não suportamos a religiosidade das pessoas então nós não somos tão espirituais como imaginamos, uma vez que Paulo deixa claro em Romanos 14 que os mais fortes devem suportar os mais fracos.

Precisamos ter em nossas mentes que Jesus não deu as costas para as coisas que aconteciam nas sinagogas. Ao contrário, a intenção do ensino dEle muitas vezes era de mostrar às pessoas que elas deveriam fazer coisas que iam além da religiosidade ensinada pelos líderes. Se nós lermos a doutrina de Cristo, que está em Mateus 5, 6 e 7, logo notaremos isso. Em Mt 5:20 Jesus diz que “se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus”. Se a lei dizia que era proibido matar, Jesus dizia que qualquer um que se encolerizasse contra o seu irmão já seria réu de juízo (vs. 21-22). Se dizia que não era para cometer adultério, Jesus ensinava que qualquer um que olhasse cobiçosamente para uma mulher já havia cometido adultério com ela (vs.27-28). Se, para o divórcio bastava uma carta de desquite, para Jesus separar-se de sua mulher por qualquer motivo era adultério, tanto dela quanto daquele que a deixasse. E Ele continua com as mesmas idéias no capítulo 6 e 7. Se eles oram em voz alta para chamar a atenção que você vá para o seu aposento e ore apenas para o Pai, pois Ele, que vê em secreto, te recompensará publicamente. Não jejue para ser visto. Não de esmolas para ganhar glória dos homens. Perdoe os seus inimigos. Não se importe com as riquezas deste mundo. Não seja hipócrita. Faça mais que os fariseu e escribas. Vá além da religiosidade das sinagogas. Vá além das ordenanças da lei. Vá além da liturgia que é ensinada.

Jesus viveu a Igreja dentro da igreja (sinagoga). Ele sabia que dentro delas era o melhor lugar para viver as verdades do Reino, onde o maior deve servir o menor. Enquanto dentro das sinagogas muitos querem aparecer e receber destaque, Jesus se preocupava em ser servo. E como é fácil ser servo em um lugar onde a gigantesca maioria quer ser “cabeça”. Serviço é o que não falta nas sinagogas, sem contar que é o melhor lugar para tratarmos do nosso caráter. As pedras dos rios são redondas de tanto tomarem pancadas uma das outras. Antes, elas são quadradas, pontiagudas e afiadas. Servir dentro das sinagogas é uma das maneiras que existem para sermos moldados e aprendermos a não ser tão afiados. Muitas vezes deixar de freqüentar a igreja é falta de amor e agradecimento de quem cuidou de você no início da sua caminhada cristã. Sabemos que eles não são perfeitos, mas de alguma forma Deus usou a vida deles no começo da nossa conversão e deveríamos ser gratos primeiramente a Deus e depois a eles (II Tm 3:14 – “sabendo de quem o tens aprendido”).

Diferente de muitos de nós que somos cristãos apenas uma vez por semana dentro das denominações que freqüentamos, Jesus não se limitou a viver a Igreja apenas entre às quatro paredes das sinagogas. A liturgia de Jesus excedia em muito a dos religiosos. Se os ensinamentos nas sinagogas aconteciam apenas de sábado, para Jesus não havia hora nem lugar fixos para dar alguma lição sobre o Reino. Se folhearmos os evangelhos veremos que Jesus pregou, curou enfermos, expulsou demônios, ensinou, corrigiu, etc., em vários lugares diferentes: no alpendre do Templo (Jo 10:23), na casa de Pedro (Lc 4:38), de Zaqueu (Lc 19:5), de Marta (Lc 10:38), do leproso (Mc 14:3), do fariseu Nicodemos (Jo 3), do oficial do rei (Jo 4), dentro de um barco (Mt 14), em cima do monte (Mt 5-7), durante a ceia (Mt 26:17-30), pelas ruas (Mc 9:34-35; Mc 10:46; Mc 8:27), enfim, todos os lugares eram apropriados para Jesus revelar a glória do Pai.

E, apesar de nós muitas vezes não levarmos a sério essas lições do Mestre, certeza que os discípulos agarraram com unhas e dentes esses ensinamentos. O livro dos Atos dos Apóstolos mostra que eles também viviam o Reino em qualquer lugar que eles estivessem, fosse no templo (2:46; 3:11; 5:12, 21, 25, 42), ou nas sinagogas (13:5, 14-15; 17:1-2, 10; 19:8), ou nas casas (2:46; 5:42; 8:3; 20:20), etc.

Nós precisamos achar um ponto de equilíbrio nesta história. De um lado temos pessoas que idolatram as igrejas e acreditam que Deus só se manifesta dentro delas, que o cristianismo é restrito às quatro paredes, que elas são lugares sagrados, etc. Perdi a conta de quantas vezes ouvi pregadores proibirem as pessoas de mascarem chicletes, entrarem de bermuda ou usarem boné dentro da igreja, dando a desculpa de que o lugar é a casa de Deus, merece reverência e é sagrado. Em Atos dos Apóstolos, tanto Estêvão quanto Paulo batem de frente contra este tipo de doutrina (7:48-50; 17:24). Acaso o Criador de todas as coisas visíveis e não visíveis necessita de construções feitas por homens? De maneira nenhuma! Tendo tantos lugares para usar como casa Ele resolve fazer de nós, criaturas formadas pelas Suas próprias mãos, habitação (I Co 3:16; 6:19). Diferente de outras religiões, o verdadeiro cristianismo bíblico mostra que não existe um lugar sagrado, um dia sagrado ou pessoas sagradas. Quando tivermos uma revelação real dessas coisas talvez nós não nos escandalizaremos tanto ao lermos coisas como "todas as coisas são puras para os puros, mas nada é puro para os contaminados e infiéis" (Tt 1:15a). Contudo, do outro lado existem aqueles que simplesmente ignoram a existência da igreja e vivem para "meter o pau" nelas. Esquecem que dentro delas existem pessoas que necessitam (e muito) da revelação do verdadeiro evangelho, que é "o poder de Deus para salvar todo aquele que crê" (Rm 1:16). Penso que as pessoas que mais necessitam deste evangelho estão dentro das igrejas, pois a grande maioria dos que participam das reuniões são aqueles que vieram do mundo com a vida completamente destruída. E com que tipo de alimento espirítual elas estão sendo tratadas? Prefiro nem comentar... E como nós devemos lidar com esta situação? Basta seguirmos os exemplos do Mestre, o que incluí não deixarmos as sinagogas a menos que sejamos expulsos delas.

Portanto, amados, ao invés de nos preocuparmos em deixar ou não de freqüentar as igrejas, creio que nossa maior preocupação deve ser em como viver a Igreja do Senhor em qualquer lugar que nós estejamos. O conselho que eu deixo é o seguinte: se você está dentro da igreja tente viver lá da mesma maneira que Jesus viveu dentro das sinagogas. Cumpra as regras, siga a liturgia e seja exemplo dentro do lugar. Mas não se conforme com a religiosidade de lá. Vá além, faça mais, se disponha a servir e sempre que tiver chance pregue o verdadeiro evangelho do Reino, não apenas com palavras mas também com sua vida. Fora da igreja, continue vivendo a Igreja: tenha comunhão com Deus e com os irmãos, ame ao próximo, tenha compaixão das pessoas, viva o Reino e aproveite cada oportunidade que existir para glorificar a Deus com suas ações.

João termina o seu evangelho da seguinte maneira: “há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez; e se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem” (Jo 21:25). Esse Jesus que tanto fez é o mesmo que, através do Espírito Santo, habita dentro de nós. Basta nós deixarmos a imagem dEle transparecer. Que o Deus de toda glória nos conceda graça para isto.


Cláudio Neto



Muitos são os questionamentos quando tratamos desse assunto à luz da Palavra de Deus, porque devido as falsas teorias muitas pessoas têm se sentido inseguras e receosas em associar o estudo dos dinossauros com a Bíblia, porém o fato de realizar-se tal estudo não implica de forma alguma em colocar a teoria evolucionista em acordo com a Bíblia.

Devemos ter em mente que os dinossauros, são ou foram animais que, em geral, diferem das outras espécies principalmente pela sua estatura elevada, lembrando ainda que existem alguns dinossauros pequenos, do tamanho aproximado de um coelho.

Devemos olhar para a Palavra de Deus com o coração quebrantado e então veremos o Deus Criador de todas as coisas revelar-se com poder e majestade. Começaremos, então, a ver a eterna soberania que possui o Deus que servimos.

Na biologia os dinossauros são classificados com répteis, sendo assim Gn 1: 24 – 25 declara:

“Disse também Deus: Produza a terra seres viventes, conforme a sua espécie: animais domésticos, répteis e animais selváticos, segundo a sua espécie. E assim se fez.

Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança, tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra.”


Contudo, muitas pessoas têm afirmado que a Bíblia não fala sobre dinossauros, pois tal palavra não encontra-se nas Sagradas Escrituras.

Essa questão é respondida quando estudamos a origem do termo dinossauro que só veio a ser inventado em 1841, pelo médico inglês Gideon Mantell, que encontrou ossos e dentes de um grande animal, que ele achou semelhante aos de uma iguana, denominando-o de Iguanodon (“dente de Iguana”). Posteriormente, dois enormes fósseis foram encontrados na Inglaterra, o de um Megalosaurus e o de um Hylaeosaurus. Apenas em 1841 receberam um nome para seu grupo.

Atualmente são catalogados cerca de 2000 espécies diferentes, divididas em 650 gêneros, e são descobertos em média 12 novas espécies por ano.

Apesar do termo “dinossauro’ só ser inventado em 1841, esse animal sempre existiu independente do nome que viesse a receber: monstro, dragão, criatura, dinossauro etc.

A versão inglesa da Bíblia – Rei James (Tiago) – KJV (King James Version) escrita em 1611 já falava a respeito dos grandes animais, que posteriormente viemos a chamar de dinossauros.

Partindo da certeza que os dinossauros fazem parte da criação de Deus, devemos deduzir que a Palavra de Deus – Bíblia – também deve relatar algo a respeito.

Os principais textos bíblicos que citam tais animais são:

- Jó 40 – 41
- Sl 74:13 – 17; 104:26
- Is 27:1
- Jó 40: 15 – 24


Devemos observar que Deus, ao falar com Jó, estava demonstrando seu infinito poder e majestade e para isso utilizou um exemplo que era bem familiar a Jó, para que ele pudesse ter um ponto de referência para compreender o que Deus estava falando.

v.15 – hipopótamo

A palavra aqui utilizada, no original (hebraico), é Behemoth e não hipopótamo.

Ao observarmos as características físicas desse animal concluiremos que se trata de outro ser que não o hipopótamo.

v.16 – 17

A descrição bíblica indica que o animal possuía uma cauda grande e potente, pois é comparada com o cedro – árvore alta forte e resistente. Se um hipopótamo, ou mesmo um elefante, possuísse uma cauda como é descrito no v.17 seriam bem diferentes do que conhecemos hoje.

v.20, 23

A declaração é que tal animal se alimentava em lugares altos, diferente do hipopótamo e do elefante.

Juntamente com o v.23 concluímos que se trata de um animal muito grande e pesado, pois não se alarma com enchentes, mesmo de um rio como o Jordão, com um considerável volume de águas.

Ao observarmos a descrição de tal animal, feita por Deus, destacamos ainda a afirmação feita pelo Senhor que assim como Ele criou a Jó (homem) também criou tal animal – Jó 40:15: “que eu criei contigo” e Jó 40:19: “Ele é obra-prima dos feitos de Deus”.

Algumas versões traduzem tal animal como hipopótamo, porém o hipopótamo não é encontrado na região geográfica que descreve esse acontecimento bíblico.

Segundo alguns pesquisadores esse animal é identificado, hoje, com o Braquiossauro, porém não temos certeza se é realmente tal animal ou outra espécie.

- Jó 41

Estaremos observando os principais versículos contidos nesse capítulo, onde iremos observar que o animal aqui descrito não se trata de um crocodilo ou jacaré.

v.1

A palavra utilizada no original (hebraico) não é crocodilo, mas sim Leviathan.

Faz-se menção acerca de travar a língua do crocodilo com uma corda, porém o crocodilo, assim como o jacaré, não possui uma língua solta, mas presa à parte inferior de sua boca.

Deus continua sua explanação com Jó descrevendo de forma detalhada as características físicas de tal animal.

v.18,19,20,21,31,32

Nesses versículos encontramos a afirmação de que o Leviathan, aos olhos humanos, cuspia fogo. Seria isso possível?

O fato é que essa informação tem feito com que muitas pessoas passassem a afirmar que o texto utiliza uma linguagem figurada, pois não existe animal que ‘cuspa fogo’.

Muitas pessoas, como já falamos, por falta de informação fazem afirmações que terminam por comprometer a veracidade e infalibilidade da Bíblia.

Alguns contestam o fato alegando ser impossível um animal realizar tal ação, contudo esquecem-se que outros animais produzem energia como o peixe elétrico e outros luz como algumas espécies de animais marinhos e o ‘vaga-lume’.

Em casos como esses, alguns cientistas se colocam como omissos, conhecendo a verdade todavia escondendo-a da população, pois tais informações irão desmoronar suas teorias e comprovar os relatos bíblicos.

Sabemos da existência de um besouro conhecido por alguns como besouro bombardeiro ou escaravelho – bombardier beetle.

Esse animal possui em seu interior um sistema de ‘bolsas’ que é capaz de armazenar substâncias inflamáveis como a hidroquinona e peróxido de hidrogênio que ao entrar em contato com o ambiente inflama.

Esse besouro utiliza esse recurso para defesa e ao observarmos temos a impressão que o animal está expelindo fogo de seu corpo.

Esse recurso é bem eficiente na defesa do besouro, já que o produto inflamável está a uma temperatura de 212°F (100°C) e é protegido pelo uso de um inibidor natural, não prejudicando o seu portador.

Essa informação não seria tão interessante se não fosse pelo fato de três animais pré-históricos (dinossauros) terem sido encontrados com características semelhantes às do bombardier beetle. Tais animais são o Kronossauro e o Hadrossauro e o Plesiossauro.

Ao estudar-se a estrutura craniana do Hadrossauro, constatou-se que o seu crânio possuía órgãos, bexigas e câmaras bem semelhantes às do besouro, permitindo que o Hadrossauro (Hadrossaur parasaurolophus) não só criasse, mas armazenasse e lançasse produtos químicos inflamáveis para proteger-se, ou atacar, sem queimar-se ou machucar-se.

Esse animal pode perfeitamente ser o dragão citado nas histórias de várias civilizações, e que ao longo dos anos passaram a exagerar nos relatos, ingressando-o na categoria de contos mitológicos.

O que sabemos de real é que tal animal existiu, foi relatado na Bíblia e também fez parte da Criação de Deus.

Se um animal pequeno pode produzir produtos químicos inflamáveis a uma temperatura de 100°C e não queimar-se, nada impede que um animal de grande porte com características imensamente semelhantes também o fizesse.

v.22

É destacado que a força desse animal reside no pescoço, porém a força de um crocodilo reside na cauda e na mandíbula, não no pescoço.

Mais uma vez percebemos que tal animal não é um crocodilo ou jacaré.

v.26-29

As características físicas do animal demonstram que ele possui uma resistência física bem superior a qualquer crocodilo, mesmo os pré-históricos já encontrados.

v.30

Sabemos que o ventre dos crocodilos são lisos e não possuem escamas pontiagudas como observamos no relato bíblico.

O Leviathan possuía escamas pontiagudas no ventre.

v.33,34

Ao observarmos a descrição do tamanho do animal percebemos que o mesmo é de grande porte, pois “olha com desprezo tudo o que é alto”. Ao contrário dos crocodilos que, dependendo da espécie, podem chegar a 5 metros ou mais de ‘comprimento’ e não de altura, tais animais eram muito altos.

Em geral, os crocodilos são baixos e não altos como descreve o texto bíblico.

- Sl 74:13-17

O animal aqui citado trata-se do Leviathan, que possui as mesmas características do animal em Jó 40.

- Sl 104:26

Ao observarmos o contexto do capítulo 104 iremos observar que o salmista referia-se a coisas reais, como animais grandes e pequenos e o monstro marinho – Leviathan.


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Fonte: Texto de Robson Tavares Fernandes. Membro da Igreja Batista da Graça (Campina Grande – PB) e bacharel em Teologia pelo STEC (Seminário Teológico Evangélico Congregacional). Diretor e professor do CBA (Curso Básico de Apologética), e pesquisador da VINACC (Visão Nacional para a Consciência Cristã) e palestrante.
Via: Bereianos



Estamos vivendo na época dos crentes marionetes. Em um país onde apenas uma parcela ínfima da sociedade adquiriu o gosto pela leitura, era de se esperar que uma religião que demanda fidelidade a um livro – ainda que seja um livro sagrado – encontraria problemas para se desenvolver de forma saudável. É claro que eu conheço as estatísticas recentes que mostram o crescimento vertiginoso dos evangélicos, mas essas pesquisas também nos revelam que a maior parte desse crescimento se dá na ala neopentecostal, em meio a igrejas que exploram ao máximo a fé mística, ubandista, idólatra e xamânica do povo brasileiro – sincretizando essas religiões e condensando-as em uma forma de culto muito diferente do culto racional de Romanos 12, e que por pura teimosia insiste em serem chamadas “igrejas evangélicas”. É claro que essas crenças não passam pelo crivo bíblico, de modo que para sustentá-las não basta apenas distorcionar as palavras da Bíblia: é preciso literalmente abandoná-la para levar à cabo essa religião idólatra, utilitarista e manipuladora.

Devido à multiplicação dos chamados “movimentos contraditórios” (um eufemismo para seitas), a Bíblia tem sido conservada apenas como acessório, um adorno para o púlpito, mas a bem da verdade, uma peça sem serventia. Cada vez menos se recorre a ela para basear opiniões, de forma que até o conhecido bispo-empresário chegou ao ponto de lançar uma campanha televisiva em favor do aborto, causando gande confusão no meio evangélico. Se por um lado o telebispo foi mais longe que todos os demais, por outro lado precisamos reconhecer que ele não está só: ele fez escola. Muitos telepastores e telepregadores tem seguido os seus passos. Essa semana estava lendo acerca de um telepastor (aquele que faz chapinha, sabe?) que formou uma caravana e se dirigiu para Israel, a fim de queimar os pedidos de oração que os “fãs” enviam para o seu programa. Outro pregador, que já foi um verdadeiro militante apologista, e que batia de frente com os modismos, heresias e falácias neopentecostais, mudou de trincheira e agora defende com unhas e dentes a teologia da prosperidade, preferindo a mensagem de “Vitória em Cristo” do que aquela da “Salvação por Cristo”.

Quero deixar claro que jamais afirmei ser o dono absoluto da verdade, antes anuncio que a Bíblia é verdadeira e me oponho veementemente a esse cristianismo analfabeto. Ora, o cristianismo sem Bíblia é como um casamento sem conjuge! É nela que encontramos a ética do reino, as promessas de Deus e suas demandas, as palavras inspiradoras de Cristo nos evangelhos, a doutrina cristã sistematizada por Paulo e a mensagem apologética de Pedro e Judas. Ela é o maior documento que o cristianismo possui. Ignorar a Bíblia é ignorar os atos de Deus na história da salvação, e conseqüentemente a nossa própria história. Mas infelizmente o que vejo hoje é um cristianismo sem Bíblia, sem Cristo, sem dogma e sem mensagem salvadora. Um cristianismo consumista, capitalista, utilitário, espíritista, relativista e pragmático. Os seguidores desse cristianismo caricato são marionetes nas mãos dos lobos devoradores, sendo constantemente manipulados para o benefício dos líderes que enchem os bolsos com o dinheiro dos “fiéis”, comprando aviões de 30 milhões de dólares, construindo mansões em Campos do Jordão, ou investindo em cavalos árabes “puro sangue”. Enquanto isso, os crentes se prestam aos mais absurdos papéis: banhando-se com sabonete de arruda, participando de sessões de descarrego, fazendo despachos, comprando produtos “made in Israel” e movimentando esse marcado milionário que é a industria da iconolatria evangélica.

É assim que cresce a igreja evangélica brasileira: enferma. Ela é uma igreja obesa, com o colesterol alto e diabetes. É uma comunidade doente, mas não é a única culpada da sua saúde precária. Falharam os seus pastores em administrar-lhe uma dieta saudável, e ainda falham ao dar-lhe veneno em lugar de remédio. É verdade que a igreja evangélica está crescendo, porém esse não é um crescimento saudável.

Quando era criança, me apaixonei por marionetes. Lembro-me que no jardim de infância meus olhos brilhavam durante as apresentações do grupos de títeres. Porém, o tempo foi passando e um dia eu descobri que a voz que eu ouvia não era a voz do boneco: havia alguém escondido atrás da cortina movendo os pobres personagens sem vida. Desse dia em diante, perdi totalmente o interesse por marionetes. Os membros dessas novas igrejas são meros títeres, massa de manobra na mão dos perversos, dominadores e exploradores da fé alheia. São os lobos vorazes que manipulam os bonecos inertes a fim de satisfazer suas necessidades e seus sórdidos interesses. Nossos membros são marionetes: a voz que ouço em suas defesas “apologéticas”, definitivamente não é deles. Já ouvi essa voz antes e aprendi a reconhecer o som por detrás do boneco de madeira. Eles não podem me enganar, pois aprendi cedo, aos 5 anos de idade, a discernir a voz que comanda o sistema.


Autor: Leonardo Gonçalves
Fonte: Pulpito Cristão
Título original: "Cristianismo de marionetes: Bonecos sem vida nas mãos de uma liderança corrupta"



Deus está sacudindo a igreja removendo os corruptos, mas somos culpados de trazer os charlatães para nossos púlpitos!

Al Capone controlava a cidade de Chicago. O prefeito da cidade comia na mão dele e Capone trazia a polícia sob cabresto, enquanto dominava um império de cassinos, prostituição e contrabando de toda espécie. Durante anos fez uso das armas e vivia acima da lei, a ponto de ganhar o apelido de “intocável”, porque ninguém conseguia levá-lo às barras dos tribunais.

Mas, finalmente preso em 1932 justificou seus crimes, dizendo: “Tudo que fiz foi satisfazer a vontade do povo”. Ele não se preocupava com as consequências de seus crimes porque conhecia os prefeitos, a polícia, os líderes comunitários e os cafetões que o protegiam.

“Não existe como saber quantas pessoas rejeitaram o evangelho porque viram a igreja apoiando esses pregadores que gritam, mentem, enganam, corrompem, roubam e são aplaudidos pela congregação quando pedem dinheiro”.

Detesto ter de comparar qualquer ministro a um gangster, mas a triste verdade é que existem muitos obreiros inescrupulosos que seguem os passos de Al Capone. São enganadores e mestres na arte da manipulação. Encontraram seu espaço nos subterrâneos do movimento carismático e usam sua capacidade hipnótica para controlar um bom número de emissoras de TV. E, como Al Capone seus dias estão contados. A justiça os alcançará!

Esses falsos profetas, possivelmente começaram seus ministérios com um chamamento genuíno de Deus, mas a fama e o sucesso os desviaram e os destruíram. Abandonaram a fé levados pela fama e pelo dinheiro, e quando se deram conta tiveram que criar mecanismos para manter seus ministérios em funcionamento. Agora, Deus os está apertando.

Mas, antes que nos regozijemos crendo que esses impostores estão sendo removidos de nossos púlpitos, apertemos o botão de pausa e pensemos um pouco. O que aconteceu para que tais pregadores adquirissem tal fama? Eles jamais seriam famosos sem nossa ajuda.

Nós somos os culpados. Quando eles dizem: “Deus lhes está prometendo riquezas infindas, desde que hoje você oferte mil reais”, corremos para o telefone e doamos o dinheiro ou parcelamos em nosso cartão de crédito. Deus nos perdoe!

Não soubemos discernir esses lobos. Quando afirmam: “Preciso de sua oferta sacrificial para que eu conserte meu avião particular”, não indagamos por que o servo de Deus não pode viajar numa linha comercial, na classe turística para visitar um país do terceiro mundo. (Eles vêm ao Brasil em jatinhos; e os teleevangelistas percorrem nossa nação em seus jatos particulares enquanto nós os sustentamos - NT).

Somos os bobos da corte. Ao ficarmos sabendo que viviam na imoralidade, tratando mal suas esposas ou enchendo as cidades com filhos ilegítimos, nunca exigimos que seus líderes se posicionassem e os disciplinassem com seriedade. Perdoa-nos, Deus!

Quando nos pedem dois milhões de reais porque o orçamento deles está apertado, não nos perguntamos por que precisam ficar em hotéis em que uma diária custa dez mil reais! De fato, se questionássemos, algum cristão responderia rapidamente: “Não critique. A Bíblia diz que não podemos tocar nos ungidos de Deus!”. Que Deus nos perdoe!

Tratamos esses charlatães como tratavam Al Capone – como se esses pregadores fossem intocáveis – e, como resultado a corrupção desses homens minaram as igrejas carismáticas como uma praga. Nossas igrejas foram consumidas pelo capitalismo, pelo orgulho, engano e pecados sexuais, tudo porque temos medo de chamar esses pregadores de Bozo, porque isso é que são. Inseguros, egoístas e desequilibrados emocionais.

Se tivéssemos nos apoiado com discernimento na Bíblia teríamos nos livrado dessa confusão. Não existe como saber quantas pessoas rejeitaram o evangelho porque viram a igreja apoiando esses falastrões, mentirosos, enganadores, que se divertem em nossos púlpitos, enquanto nós os aplaudimos e lhes demos muito dinheiro.

Quando os bem-intencionados crentes citam o texto de 1 Crônicas 16.22: “Não toqueis nos meus ungidos, nem maltrateis os meus profetas” para encobrir os corruptos e charlatões, cometem grave engano contra as Escrituras. Nada indica nesta passagem que devemos silenciar quando um líder está abusando do poder para enganar as pessoas.

Bem ao contrário, somos convocados a que confrontemos o pecado numa atitude de amor e de honestidade, e, certamente não demonstramos amor para com a igreja quando permitimos que os Al Capone carismáticos corrompam nossa geração!


Autor: J.L. Grady
Traduzido por: João A. de Souza Filho
Fonte: Charisma
Via: Bereianos (Dica de Rildo Lopes Feitosa, via e-mail)





MEU UNIVERSO

Que sejas meu universo
Não quero dar-te só um pouco do meu tempo
Não quero dar-te um dia apenas da semana

Que sejas meu universo
Não quero dar-te as palavras como gotas
Quero que saia um dilúvio de bençãos da minha boca

Que sejas meu universo
Que sejas tudo o que sinto e o que penso
Que de manhã seja o primeiro pensamento
E a luz em minha janela

Que sejas meu universo
Que enchas cada um dos meus pensamentos
Que a tua presença e o teu poder sejam alimento
Jesus este é o meu desejo

Que sejas meu universo
Não quero dar-te só uma parte dos meus anos
Te quero dono do meu tempo e dos meus planos

Que sejas meu universo
Não quero a minha vontade
Quero agradar-te
E cada sonho que há em mim quero entregar-te


Postado por Cláudio Neto



Tem coisa mais ridícula do que crente desviando de escada para não passar por debaixo dela? Ou batendo três vezes na madeira para espantar mau agouro? O que dizer daqueles que não abrem mão de usar branco no dia de Réveillon, para garantir sorte no ano que chega? E aqueles que só saem de casa com o pé direito? Pois é, nesta sexta-feira 13, nada como dar umas alfinetadas santas nos supersticiosos incorrigíveis, que ainda carecem de “um banho de sal grosso” para largar mão de besteira.

Tempos atrás, preguei sobre superstição para jovens e vi uns e outros se coçando na cadeira. Meu projeto inicial era posicionar escadas nas portas principais, de maneira que, para entrar na igreja, todos tivessem de passar por debaixo delas. Mas, declinei da idéia por temer um possível esvaziamento no culto. No final, o que deveria ser uma ministração corriqueira, tornou-se esclarecedora e reveladora, pois muitos reconheceram alimentar superstições em seu dia-a-dia.

Sem querer ridicularizar as esquisitices supersticiosas de ninguém, mas cristão que perde tempo atribuindo algum poder a objetos, gestos, roupas, datas, signos, gatos pretos, ou coisas dos tipo, ainda não entendeu o que é ser liberto em Cristo Jesus. Num país como o nosso, no qual se aprende a fazer mandingas e simpatias em programas de TV, como o da Ana Maria Braga, é triste se constatar que esse tipo de imbecilidade contagie até as pessoas que se dizem cristãs. Talvez seja por isso que hoje amargamos o desprazer de ver heresias do tipo “rosa ungida”, “água benta gospel”, “toalha ungida com suor milagroso”, “óleo da unção colorido” e outras invencionices que se vê em certas igrejas por aí.

Por isso, nesta sexta-feira 13, o conselho dos supersticiosos é o seguinte: ao sair de casa, pise com o pé direito, não passe por debaixo de escadas, evite gatos pretos pelo caminho, não abra mão do pé de coelho, nem do trevo de quatro folhas. O meu conselho é: seja livre em nome de Jesus.


Autor: Clóvis Cabalau
Via: Pulpito Cristão



O texto a seguir foi adaptado de uma mensagem ministrada na Conferência “Heart-Cry for Revival” (Clamor do Coração por Avivamento) em abril de 2008, na Carolina do Norte, EUA.

A unção com óleo novo, pelo Espírito Santo, é tema que arde em meu coração há muitos anos. Nesses quase trinta anos de ministério em tempo integral, devo ter pedido ao Senhor a unção do Espírito Santo mais vezes do que qualquer outra bênção.

Ao longo das Escrituras, existe uma ligação entre unção com óleo e o Espírito Santo. Os profetas, sacerdotes e reis eram ungidos com óleo, que simbolizava o Espírito. A unção os consagrava e capacitava para cumprir o chamamento específico dado pelo Senhor.

Lemos em Êxodo 28.41: “E os ungirás, consagrarás e santificarás, para que me oficiem como sacerdotes”. Junto com a unção, invariavelmente, recebiam a capacitação e o revestimento do Espírito Santo para o serviço.

Davi foi ungido como rei pelo profeta Samuel. Em 1 Samuel 16.13, vemos como o Espírito do Senhor se apossou poderosamente de Davi, daquele dia em diante. A unção com óleo era o símbolo físico e palpável de uma obra interior de Deus nos seus servos quando o Espírito descia com força e poder sobre eles.

Jesus, o profeta, sacerdote e rei definitivo, é o Messias, palavra hebraica que significa o ungido. Referindo-se ao futuro ministério de Cristo, a Escritura nos diz em Isaías 61.1: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque o Senhor me ungiu, para pregar boas-novas aos quebrantados”.

Depois dos chamados do Velho Testamento e do próprio Cristo, nós, agora, como povo da Nova Aliança, fomos separados como reis e sacerdotes diante do Senhor. Lemos em 2 Coríntios 1.22 que Deus nos ungiu, colocando seu selo sobre nós e o Espírito em nossos corações. Que presente precioso, maravilhoso é o dom do Espírito Santo! Foi-nos dito: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas” (At 1.8).

Certo teólogo disse que unção “é a invasão e o domínio da personalidade pelo Espírito de Deus”.

Quem precisa da unção?

Necessitamos da unção do Espírito para tudo o que Deus nos chamou a fazer no seu serviço. Aqueles que pregam e ensinam a Palavra de Deus precisam da unção do Espírito Santo, assim como todos os demais que a proclamam de forma não tão pública, como no aconselhamento, discipulado e evangelização pessoal.

Para partilhar o Evangelho, todos necessitamos da unção de Deus cada vez que abrimos nossa boca para ajudar ou dar uma palavra na vida de alguém. Para sermos pais, desde a fase de bebezinho até a de adulto, precisamos da unção do Espírito.

Temos necessidade dessa unção para qualquer serviço – seja para participar de equipes de louvor, para dirigir um culto, para dons de administração, socorros ou misericórdia. Seja qual for a forma de servir a Deus, há necessidade do óleo do Espírito. Resultados espirituais nunca virão por meios naturais.

Embora a unção do Espírito Santo seja um dos ingredientes mais imprescindíveis do ministério, no mundo evangélico do século 21 é também um dos mais negligenciados, desprezados e ausentes. A unção nada tem a ver com nossas habilidades naturais – e tudo a ver com a infusão sobrenatural do Espírito Santo.

Tenho presenciado manifestações inconfundíveis da mão e do sopro sobrenatural de Deus sobre pessoas cujos dons e capacidades eram apenas medianos, ou até inferiores à média. Como se explica isso? Somente por meio da unção e o poder do Espírito Santo.

Qual é a nossa parte?

A unção é obra e dom de Deus. Se assim é, qual a nossa parte nisso? Como podemos cooperar com Deus para receber tal unção do Espírito? Há vários elementos que têm relação com a unção, os quais, em meu entender, podem ser classificados em dois aspectos. Primeiro, o aspecto da vida ungida, ou seja, minha preparação pessoal para o ministério da Palavra. Depois, o aspecto de Deus conceder lábios ungidos para proclamar poderosamente a Palavra de Deus, seja para uma única pessoa, seja para uma multidão.

Uma vida ungida

Uma vida ungida é o fundamento tanto para a preparação da mensagem como para sua proclamação. A preparação da mensagem é fundamental, mas se não tivermos, em primeiro lugar, uma vida ungida e dedicada a estudar e buscar o Senhor, toda a nossa proclamação será vazia. Não terá a unção do Espírito Santo.

Lemos como Esdras preparou seu coração, determinando que estudaria a lei de Deus e ensinaria seus estatutos e ordenanças em Israel. Primeiro se dispôs a aprender – a praticar e ter uma mensagem de vida – para só então proclamá-la.

O Salmo 39.3 diz: “Meu coração queimava dentro de mim, ao meditar nisto o fogo se inflamava, e deixei minha língua falar”. Quantas vezes usamos nossas línguas para falar, seja a uma pessoa só, seja a um grupo, sem que antes esse fogo tenha ardido no coração! Se quisermos uma vida ungida, precisamos deixar Deus falar conosco antes de comunicar sua Palavra a outrem.

Lemos sobre Moisés, que comparecia ao lugar determinado (à tenda ou ao monte) e falava com o Senhor, para só depois sair e transmitir aos filhos de Israel tudo aquilo que Deus lhe havia falado.

No final de 1 Samuel 3 e início do capítulo 4, há uma progressão que é preciosa e poderosa. O texto diz ali que o Senhor se revelou a Samuel pela sua palavra. O Senhor falava a Samuel e, depois, a palavra de Samuel saía para todo Israel. Lemos ali também que o Senhor não permitia que nenhuma de suas palavras caísse em terra.

Tenho buscado a Deus exatamente para isso, para que ele conceda, em sua maravilhosa graça, que nenhuma palavra do seu chamado para mim caia por terra. Isso faz com que eu tome muito cuidado com as palavras, para ter certeza de que Deus falou, de que ouvi sua Palavra antes de proclamá-la.

Foi exatamente isso que aconteceu com Ezequiel. “Mas tu, filho do homem, ouve o que te digo... abre a boca e come o que eu te dou” (Ez 2.8). Em seguida, Deus estendeu-lhe um rolo escrito em que havia palavras de lamentação, angústia e julgamento. Não eram palavras doces. E então Deus lhe disse: “Come este rolo e vai falar com a casa de Israel... Tudo quanto eu te disser, recolhe em teu coração, ouve com toda atenção. E vai... ao teu povo e dize-lhe” (Ez 3.1,10-11).

Comer o rolo é, simbolicamente, trazer a Palavra de Deus para dentro de nós, digeri-la, internalizá-la até que ela queime em nosso interior com fogo inextinguível. Primeiro, a paixão de Deus precisa encher a nós mesmos, antes de podermos proclamar sua Palavra com poder.

Depois de ouvirmos de Deus, nossas vidas precisam encarnar, ilustrar e demonstrar aquilo que vamos proclamar. Se a verdade não mudou nada em nós mesmos, provavelmente não mudará em mais ninguém. Voltando a 1 Tessalonicenses 1.5-6, diz o apóstolo Paulo: “Bem sabeis quais fomos entre vós por amor de vós. E vós vos tornastes imitadores nossos e do Senhor.” “Vós e Deus sois testemunhas de quão santa, justa e irrepreensivelmente nos portamos para convosco que credes” (1 Ts 2.10). Paulo compreendeu a importância de se viver a mensagem. Por isso, podia dizer “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo”. Podemos dizer que a maioria das pessoas nas igrejas cristãs, onde se preza tanto a pregação bíblica, não coloca em prática os ensinos e mensagens que ouve. Uma das razões disso é que não vêem as verdades encarnadas na vida dos pregadores. Oswald Chambers disse “Antes de a mensagem de Deus libertar outras vidas, a libertação tem de ser real na sua”.

Na vida pública, tudo o que fazemos está sendo observado. As pessoas examinam, avaliam e, às vezes, interpretam mal. Porém o meu maior temor, no sentido mais positivo dessa palavra, é em relação àquele dia em que cada detalhe, por menor que seja, de minha conduta será descoberto e exposto diante dos olhos de Deus, que tudo vêem, tudo sabem e tudo perscrutam. Ele enxerga, mesmo agora, aquilo que as multidões não vêm – quem eu sou nos bastidores, nos lugares privados, nos recantos secretos do meu coração, nos esconderijos de meus pensamentos mais resguardados. Eu sei que se minha vida não encarnar, até mesmo no mais recôndito do meu ser, a verdade que estou proclamando, perderei a unção e o poder do Espírito Santo em meu ministério público.

Lábios ungidos

Deus permita que tenhamos não apenas uma vida ungida, mas também lábios ungidos, para podermos fazer proclamações poderosas, seja para uma só pessoa, seja para pequenos grupos, seja no púlpito!

Primeiro, devemos cultivar e comunicar profunda admiração e reverência pela Palavra de Deus.

A Escritura fala sobre aqueles que tremem diante da Palavra de Deus (Is 66.5). Estou cada vez mais comovida com a imensa responsabilidade que é levar a Palavra de Deus em minhas mãos, manejar a Palavra de Deus, introduzir a Palavra de Deus em vidas alheias. Dizia Agostinho: “Quando a Escritura fala, Deus fala”. Precisamos cultivar esse tipo de reverência com temor pelas palavras de Deus em comparação com as nossas próprias palavras. O simples fato de que Deus pode falar por nosso intermédio deveria nos constranger! Se nos constrange, com certeza há de comover os que nos ouvem. Não podemos esperar que as verdades proclamadas impactem mais os ouvintes do que já impactaram nosso próprio coração.

Segundo, precisamos confiar plenamente no poder da Palavra de Deus, no poder da verdade.

Jesus disse: “As palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida” (Jo 6.63). Não são nossas palavras que transmitem vida. Existe uma forte tendência, em nossa cultura consumista, de confiar em dons naturais e de aplaudir nos outros os talentos e habilidades que possuem – como capacidade de comunicação, oratória, criatividade, inovação, uso de tecnologia avançada (apresentações PowerPoint). Não sou contra nada disso, mas devemos ter em mente que são apenas ferramentas, inúteis, vazias, enfadonhas e ocas se forem desvinculadas da confiança na Palavra de Deus e no seu poder.

Não subestime o poder da verdade nua e crua para trazer vida. Foi a Palavra de Deus que criou o mundo, e é ela que o sustenta. É a Palavra de Deus que cura, que convence, que converte e que santifica. Penso que hoje, talvez por não conhecermos tanto Deus ou sua Palavra, estamos muito propensos a confiar no braço da carne. Confiamos mais na embalagem, nas palavras agradáveis, do que na proclamação do poder da Palavra. Ela é mais afiada do que qualquer espada de dois gumes. É capaz de penetrar os corações e dividir alma e espírito, juntas e medulas (Hb 4.12). Expõe os corações de homens e mulheres. Confie no poder da Palavra de Deus e de sua verdade.

Quando me levanto para pregar a Palavra de Deus às mulheres, às vezes sinto-me tomada pela sensação de incapacidade e fraqueza. Digo: “Oh Senhor, eu sou barro. Pães e peixes são o máximo que tenho para te oferecer, mas toma tua Palavra e faze com que ela penetre o coração do teu povo”.

Eu creio firmemente no poder da Palavra de Deus para mudar vidas. Todo dia recebo mensagens de pessoas que ouviram nosso programa de rádio e que abrem o coração e partilham coisas que não teriam falado aos amigos mais íntimos, nem ao pastor ou a algum membro da família. Se eu não acreditasse no poder da verdade para fazer novas todas as coisas, para corrigir o que está errado, para endireitar o que está torto, iria procurar uma outra vocação. É a Palavra de Deus que tem poder para mudar vidas. A Palavra de Deus é como fogo, como martelo que esmigalha a pedra (Jr 20.9; 23.29).

Terceiro, se quisermos lábios ungidos, devemos constante, ininterrupta, consciente e intencionalmente encaminhar as pessoas a Cristo e à cruz.

Paulo disse: ”Não pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, Senhor. Quanto a nós mesmos, apresentamo-nos como vossos servos” (2 Co 4.5). “Pois decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado” (1 Co 2.2). Ele é o poder de Deus para a salvação, para a santificação, para a redenção (1 Co 1.30). Ele é o princípio e o fim, o Alfa e o Ômega, e tudo o que vem depois do princípio e antes do fim (Ap 1.8). Toda a Bíblia aponta para Jesus.

Uma grande alegria (e um desafio) em meu ministério junto às mulheres é encontrar Cristo em cada página das Escrituras. Estou sempre procurando por ele e pelo Evangelho. E é uma experiência estimulante encontrá-lo e ser capaz de oferecê-lo e o Evangelho às pessoas, não importa que assunto esteja ensinando.

Charles Spurgeon, ao falar sobre o terremoto sobrenatural que ocorreu logo após a morte de Cristo, comentou: “Perguntamos a nós mesmos: como vamos abalar o mundo? Os apóstolos nunca fizeram essa pergunta. Eles tinham plena confiança no Evangelho que pregavam. Sabiam que podiam abalar o mundo pela simples pregação do Evangelho. Eu suplico que tenham a mesma confiança hoje”. Não precisamos de nenhuma mensagem nova para impactar o mundo hoje; basta-nos a velha história de Jesus e de seu amor.

Quarto, se quisermos lábios ungidos, devemos falar com fervor, intensidade e convicção.


Se não acreditamos na urgência e importância daquilo que falamos, por que nossos ouvintes iriam dar valor? Eu sempre me pergunto, quando estou ouvindo a pregação ou o ensino da Palavra de Deus: onde está a paixão? As multidões ficavam atônitas com o ensinamento de Jesus, porque ele ensinava com autoridade, e não como os escribas (Mt 7. 28-29). Quando alguém se levanta, deve falar com a convicção de estar transmitindo as palavras de Deus (1 Pe 4.11). “E assim, conhecendo o temor do Senhor”, escreveu Paulo, “persuadimos os homens....” “Pois o amor de Cristo nos constrange....” “Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus.” (2 Co 5.11,14,20). O interesse do apóstolo Paulo não era levar mais informação às pessoas. Seu anseio expressava-se em súplicas, apelos de coração para que os pecadores se reconciliassem com Deus. Em outra carta, ele escreveu: “Meus filhos, por quem eu sofro novamente as dores do parto, até que Cristo seja formado em vós...” (Gl 4.19). Havia intensidade e convicção.

Leonard Ravenhill, em seu clássico Por que tarda o pleno avivamento?, diz: “Um título que se ajustaria inegavelmente à igreja dos nossos dias é ‘Nós não lutamos!’. Preferimos exibir nossos dons, naturais ou espirituais; transmitir programas com nossos pontos de vista, políticos ou espirituais; pregar um sermão, escrever um livro ou corrigir um irmão em alguma questão doutrinária. Mas quem vai avançar contra as fortalezas do inferno? Quem terá coragem de dizer um não peremptório ao diabo? Quem abrirá mão de comida deliciosa, boa companhia ou lazer merecido para lutar contra o inferno, envergonhar demônios, libertar cativos, despovoar o inferno e deixar, como resposta às dores de parto, uma multidão de vidas lavadas no sangue de Jesus?” Para isso, é preciso que haja fervor e convicção.

Quinto, Deus nos conclama a confrontar os corações e as vontades de nossos ouvintes.

O objetivo é transformar e não meramente informar. Não queremos que nossos ouvintes limitem-se a saber mais sobre Deus, mas que esse conhecimento transforme sua maneira de viver. Vemos esse elemento de convicção no Novo Testamento. Os judeus “sentiram o coração traspassado” após ouvirem Pedro, no dia de Pentecostes (At 2.37). Depois que Estevão pregou, eles “enfureciam-se nos seus corações” (At 7.54).

É comum se ver hoje convicção de pecados, pessoas sendo compelidas pelo Espírito Santo a se dobrarem diante de Deus? Na história dos avivamentos, esse elemento sempre esteve presente, um senso predominante da presença de Deus e uma profunda convicção de pecados.

É claro que essa é uma ação do Espírito, não podemos produzir ou programá-la. Mas creio que é muito importante entender o papel da exposição da Palavra de Deus. Se a Palavra de Deus não estiver presente, não haverá poder. É uma questão de ilustrar com as Escrituras, fazer uma aplicação prática e depois confrontar a vontade. Faça perguntas que possam tocar a consciência, perguntas diretas que sondam o coração, que não admitem rodeios. O que vai fazer sobre isso? Como está sua vida em relação a essa verdade? O que vai fazer a respeito de tudo que acabou de ouvir?

Em sexto lugar, peça uma resposta.

Não se contente em pregar ou ensinar para passar informação; busque uma resposta, uma transformação. Cada vez que somos expostos a uma verdade da Palavra de Deus, exige-se uma resposta pessoal. Se não, de acordo com Tiago, seremos como o homem que observa o rosto no espelho, vai embora e diz “Oh, não estou com boa aparência”, mas nada faz a respeito (Tg 1.22).

Deixamos as pessoas vacinadas, de forma que a verdade não consegue penetrar e cortar o coração, porque aplicamos camada após camada de conforto e consolação, mas não as instigamos ao arrependimento ou a crer no Evangelho e obedecê-lo. Chamar alguém à obediência requer tempo.

Em sétimo lugar – busque o poder do Espírito Santo e dependa conscientemente dele.


Clame a Deus: “Oh, Senhor, dá-me do teu óleo novo!”.

Sinto muita tristeza ao constatar que em muitos dos nossos círculos de teologia ortodoxa – e digo isso com cuidado, porque conheço algumas maravilhosas exceções – deixa-se pouco espaço para o trabalho misterioso, sobrenatural e sempre novo do Espírito Santo. Nenhum dos teólogos negaria o Espírito Santo. Todos ensinam sobre ele, mas quando se trata dessa obra misteriosa do Espírito para ungir a vida e os lábios do pregador e do ouvinte, surge o temor, o que traz enorme prejuízo.

O Espírito é como o vento, que sopra onde quer e não pode ser encerrado em uma caixa. Temos de clamar a Deus por esse óleo novo do Espírito Santo, porque o poder não está nas palavras que proferimos; não está em nossa eloqüência ou em nossos métodos fantásticos ou ultramodernos. Não é pela força, mas pelo Espírito Santo de Deus, diz o Senhor dos exércitos! (Zc 4.6).

Lembre-se da passagem de 2 Reis 4, quando uma mulher teve um filho por milagre, e esse filho veio a morrer. A mulher foi procurar Eliseu, sabendo que ele, o homem de Deus, podia fazer alguma coisa. Que homem de Deus Eliseu deve ter sido para essa mulher, a ponto de ela acreditar que ele poderia fazer alguma coisa até com um filho morto! E Eliseu enviou seu servo Geazi à frente com seu bordão.

Você consegue imaginar Geazi dizendo: “Tenho o bordão de Eliseu! Já o vi fazendo coisas maravilhosas com ele, e agora está comigo!”. Ele correu na frente de Eliseu e colocou o bastão sobre o rosto do menino morto – e o que aconteceu? Absolutamente nada, porque não são os bordões que trazem vida. A vida não está nas pessoas, nem nas equipes de ministério, nos currículos, nos livros ou nos programas.

Eliseu chegou a essa cena de morte e deitou-se sobre o cadáver do menino – cabeça com cabeça, mão com mão, braço com braço, corpo com corpo, perna com perna. Eliseu orou, e Deus soprou o sopro divino sobre Eliseu e, através de Eliseu, sobre o corpo inerte, e a criança tornou a viver. Esse é o trabalho do Espírito Santo de Deus, quando dispomos nossas vidas – não nossos programas, nossos diplomas, CDs ou retórica – quando nos colocamos, nós mesmos, sobre os corpos sem vida. Clamamos a Deus e dizemos “Oh Senhor, unge com o poder do teu Espírito! Faze com que esses ossos secos vivam novamente, para que se tornem um grande exército!”.

Paulo disse: “Minha palavra e minha pregação nada tinham de persuasiva linguagem de sabedoria humana, mas eram uma demonstração de Espírito e do poder de Deus” (1 Co 2.4-5). Não sei dizer quantas vezes tenho feito a Deus a mesma pergunta que Maria de Nazaré fez ao anjo: “Como há de ser isso?” (Lc 1. 34). Tenho olhado para o Senhor muitas vezes, sentindo seu chamado em minha vida, e perguntado: “Jesus, como pode ser isso? Eu não tenho o que o Senhor está me pedindo para dar”. Mas depois vem aquele maravilhoso versículo em que o anjo diz: “Descerá sobre ti o Espírito Santo e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra” (v. 35).

É assim que se produz um ministério ungido sob o poder e a sombra do Todo-Poderoso. Somos fracos, inadequados, extremamente pobres, na melhor das hipóteses. Mas possuímos essa fonte ilimitada de graça, que é o Espírito de Deus, disponível para cobrir nossas insuficiências e que jamais se esgota. Podemos voltar e continuar voltando e clamando: “Mais, mais! Óleo novo, óleo novo! Dá-me, ó Deus, óleo novo!”.

E. M. Bounds escreveu: “Sem o batismo no Espírito Santo, nada poderá qualificar o pregador. Ele necessita de poder, poder para trazer à vida os espiritualmente mortos, poder para libertar da escravidão de Satanás, poder para trazer o brilho do meio-dia às trevas profundas do pecado e do inferno. O poder da aprendizagem, o poder da oratória e o poder da mente não capacitam ninguém para essa tarefa”.

Prosseguiremos com ou sem a unção?

Nós nunca dizemos que vamos caminhar sem Deus, mas quanto do que estamos fazendo é feito por nós mesmos, sem depender da intervenção dele? Pretendemos prosseguir sem a unção do Espírito de Deus? Vamos buscar em Deus a divina unção, provisão e intervenção, o derramamento do Espírito em qualquer que seja a esfera do nosso chamamento! Esperemos dele a grande colheita, aquela que jamais poderá ser explicada sem ele! O mundo e a Igreja não precisam ver o que nós podemos fazer. Isso, eles já viram. Agora precisam ver o que somente Deus pode fazer.

Há algum tempo, um pastor, amigo de longa data, enviou-me um e-mail que realmente me tocou. Sempre reenvio esse e-mail para mim mesma toda vez que estou me preparando para pregar ou realizar qualquer outra atividade pública. Quero estar sempre lembrada dessa exortação.

Ele escreveu: “Sinto grande incumbência de orar para que a unção de Deus repouse sobre você. Nunca considere a unção como algo automático. É dela que vem o poder para cortar o supérfluo e chegar ao âmago das questões. Tal unção vem pela graça de Deus, porém custa um alto preço, alto agora, mas insignificante à luz das necessidades e da eternidade. Não deixe que seu ministério seja como comida requentada. Não permita que se transforme em um programa ou fórmula. Reconheça que a resposta para a lacuna nos homens e mulheres sempre é Cristo. Leve as pessoas a Cristo. Encare cada programa que faz, cada página de cada livro que escreve, cada entrevista, cada conversa como uma oportunidade de levar as pessoas à presença dele, porque é disso que precisamos. Avalie cada ponto de seu ministério com a pergunta: ‘Deus estava lá? As pessoas encontraram o Deus do universo? Ele teve prazer em comparecer? Diminuí eu o suficiente para que ele pudesse ser claramente visto e experimentado?’”

Meu clamor é: “Ó Deus, concede-nos o óleo novo, a unção, o poder do teu Santo Espírito, a plenitude, os rios de água viva, os quais prometeste que fluiriam através e a partir de nós, quando estivéssemos cheios do Espírito Santo!”. Foi do coração de Moisés que partiram essas palavras: “Ó Senhor, se tu não fores conosco, não sairemos daqui”. Não quero satisfazer-me com a normalidade, com vidas e ministérios humanamente explicáveis, vidas que poderiam ser vividas sem Deus.

Ó Deus, dá-nos o óleo novo, a unção do teu Espírito! E então, pela fé, após ter clamado pelo óleo novo, que possamos recebê-lo, confiando que Deus o dará. Amém.



Fonte: Jornal Arauto
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A revista Época desta semana (7/8/10) traz reportagem de capa sobre a reação de diversos segmentos da igreja evangélica ao crescimento das igrejas neopentecostais. O artigo pode ser lido aqui:

http://www.pulpitocristao.com/2010/08/nova-reforma-protestante.html

O título é Os Novos Evangélicos e a capa é ilustrada com uma foto da construção de uma réplica do templo de Salomão que está sendo realizada pela Igreja Universal em São Paulo.

O artigo representa um avanço na maneira como a mídia em geral trata os evangélicos, como se fossem todos farinha do mesmo saco. E farinha imprestável. Ricardo Alexandre, o articulista, reuniu depoimentos de líderes evangélicos de diversos segmentos (incluiu um sociólogo ateu) e mostrou como todos eles concordam numa coisa: sua rejeição às doutrinas e práticas das igrejas neopentecostais e o desejo por uma mudança profunda nos atuais rumos da igreja evangélica brasileira.

Neste ponto, nada a reparar. De fato, de pentecostais a episcopais, reações contrárias a estas igrejas, consideradas como seitas por algumas denominações históricas(*), têm sido veiculadas abertamente por meio de blogs e livros. Já estava na hora da grande mídia ouví-las e entender que nem todos que fazem reuniões onde o nome de Cristo é citado são necessariamente evangélicos ou mesmo cristãos.

Eu só fiquei um pouco desconfortável com dois ou três pontos da matéria que cito aqui. Estou à vontade para isto uma vez que meu nome foi mencionado no artigo, ainda que de raspão.

1) Achei que o título do artigo na capa é um equívoco histórico, pois “novos evangélicos” se aplica mais exatamente a grupos como a IURD, Renascer e Igreja Mundial e não aos que estão reagindo a estes grupos. Eu não me considero um “novo evangélico” e sim um bem antigo, com raízes históricas na Reforma do séc. XVI e teológicas nas Escrituras Sagradas. Não tem nada de “novo” em nosso desejo de ver o antigo Evangelho ser pregado corretamente em nossa pátria. Estas seitas é que chegaram ontem. Todavia, entendo o autor. Estes grupos neopentecostais cresceram tanto e influenciaram tanto a mídia e a opinião pública que viraram o padrão. Eles é que são os “evangélicos”. Quem não é como eles e quer mudanças é visto como o novo, a novidade.

Num certo sentido foi isto que aconteceu na Reforma. Os reformadores foram acusados pelos papistas de estar trazendo “novidades” na igreja, ao pregar que a justificação era pela fé somente. Lutero e Calvino retrucaram que estavam pregando as antigas doutrinas da graça, encontradas nos Pais da Igreja e nos ensinos de Cristo e de Paulo. Eu entendo que para uma igreja como a de Roma, com vários séculos de existência, os protestantes pareciam nova seita. Mas convenhamos - considerar episcopais, presbiterianos e assembleianos como “novos evangélicos” é passar recibo para a pretensão destes grupos sectários de serem igreja evangélica legítima.

2) Também achei que pode ter ficado a impressão para leitores menos avisados que os reacionários estão unidos entre si e que se aceitam mutuamente, sem problemas. Antes fosse. Mas, nem sempre o inimigo do meu inimigo é meu aliado. Eu entendo que o foco do artigo é as igrejas da prosperidade. Mas não posso deixar de ressaltar que aqueles que se levantam contra os abusos destas seitas não são necessariamente aliados entre si. Na verdade, pode haver entre eles diferenças tão abissais como a que existe entre eles e as seitas da prosperidade.

3) Denunciar o erro dos outros não nos absolve dos nossos. Se por um lado as seitas neopentecostais espalham um falso evangelho deformado pela teologia da prosperidade, há os que também propagam um evangelho distorcido pelo liberalismo teológico e por heresias antigas. As seitas da prosperidade acabaram sendo demonizadas como a própria encarnação do anti-evangelho a ponto de, conforme o artigo de Época, se fazer necessária uma nova Reforma protestante. Não discordo deste ponto, apenas considero que o enfoque nele acaba desviando a atenção de outras linhas de pensamento dentro dos arraiais cristãos que são tão prejudiciais quanto a teologia da prosperidade e que igualmente clamam por uma Reforma.

Por exemplo: e aqueles que destroem a fé em Jesus Cristo e nos padrões morais do Cristianismo? A mídia fica indignada com o mercenarismo dos pastores destas seitas, mas aplaude os evangélicos que defendem o casamento gay, o aborto, a teoria da evolução contra o relato da criação, o relativismo moral, o sexo livre e o ecumenismo com todas as religiões. A mídia não consegue enxergar que liberalismo teológico e teologia da prosperidade são irmãos gêmeos e hipocritamente aplaude um e condena o outro.

Não me entendam mal. A reportagem está correta. É preciso deixar claro que estes grupos neopentecostais estão deturpando o Evangelho de Cristo. Porém, é tendenciosa. Retrata os neopentecostais como a raiz de todos os males no meio evangélico, esquecendo o dano feito pelos liberais, pelos defensores de outro deus e pelos libertinos.

4) Por último, acho que faltou mencionar que os chamados “novos evangélicos” concordam apenas que é preciso uma mudança, mas discordam entre si quanto ao modelo de igreja que deve ocupar o lugar desta seitas. A Reforma do séc. XVI, em que pesem as diferenças entre os reformadores principais, tinha uma mensagem relativamente uniforme e praticava um modelo de igreja que era basicamente o mesmo. É só comparar as confissões de fé escritas por presbiterianos, batistas, episcopais, congregacionais e independentes para se verificar este ponto. Já os tais “novos evangélicos”… bem, há entre eles desde os “desigrejados,” que desistiram completamente de qualquer coisa que se pareça com uma igreja, até aqueles que desejam apenas expurgar o modelo tradicional de igreja dos acréscimos indevidos em sua doutrina, culto e prática, mantendo a pregação, o batismo e a ceia e o exercício da disciplina para os membros faltosos.

E no meio ainda temos os emergentes, as igrejas em células sem liderança oficial, igrejas com liturgia inclusiva e por aí vai.

É aquela velha história. Grupos contrários se unem contra um inimigo comum e após vencê-lo começam a brigar entre si. A luta comum contra as igrejas da teologia da prosperidade está longe de representar uma nova Reforma. Quando esta luta terminar - se é que vai terminar um dia - teremos de continuar a outra, mais antiga, que é contra o liberalismo teológico fundamentalista, o relativismo moral, o pluralismo inclusivista e o libertinismo que assolam os evangélicos no Brasil muito antes de Edir Macedo abrir seu primeiro templo. Para mim, estas coisas são até mais perniciosas, pois enquanto que as seitas neopentecostais criam suas próprias igrejas e comunidades, os liberais se infiltram nas estruturas e igrejas criadas por conservadores e drenam seu vigor até deixar somente a carcaça.

(*) A Igreja Presbiteriana do Brasil, por exemplo, passou a considerar a IURD e a Igreja Mundial do Poder de Deus como seitas desde julho de 2010, exigindo que membros destes grupos sejam rebatizados ao ingressarem nas igrejas presbiterianas locais.

Autor: Augustus Nicodemus Lopes
Fonte: O Tempora, O Mores!
Via: Bereianos