"Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela. Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno. E, se a tua mão direita te escandalizar, corta-a e atira-a para longe de ti, porque te é melhor que um dos teus membros se perca do que seja todo o teu corpo lançado no inferno." (Mateus 5, 27-30)

Toda vez que eu lia as abordagens de Jesus sobre os mandamentos eu pensava, erradamente, que Ele estava alterando a lei, deixando ela mais difícil de ser cumprida pelos judeus. Hoje, contudo, vejo que a intenção de Cristo não era de mudar a lei mas sim explicá-la e, desta maneira, mostrar que somente Ele era capaz de cumprí-la (v. 17).

Antes de começar a falar sobre os mandamentos Jesus diz que ninguém poderia entrar no reino dos céus a não ser que a sua justiça excedesse a dos escribas e fariseus (v. 20). Eram esses homens legalistas que ensinavam as leis ao povo; e também eram eles os primeiros que falhavam em obedecê-la. Eles distorciam a lei que foi dada a Moisés de modo a torná-la mais fácil de ser obedecida. Dando um "jeitinho brasileiro" nos mandamentos de Deus eles conseguiam se desculpar de qualquer tipo de condenação e aliviar a própria consciência. Contudo, não faz a menor diferença conseguir cumprir uma falsa lei, uma vez que a verdadeira está sendo ignorada. Eles não apenas descumpriam os mandamentos como ensinavam os outros a fazerem o mesmo.

É dentro deste contexto que Jesus começa a explicação dos mandamentos. O sétimo mandamento diz: "Não adulterarás" (Êxodo 20, 14). Facilmente os fariseus e saduceus limitavam esta lei a "não tenha relação sexual com a mulher de outro". Mas será que é só isso mesmo? Significa que qualquer outra coisa é aceitável, desde que não haja o contato e a relação sexual?

Não precisamos ir muito longe para saber que esta lei não proibia apenas a consumação do ato. O décimo mandamento deixa claro que somente o fato de cobiçar a mulher do próximo fazia do indivíduo merecedor de condenação (Êxodo 20, 17). Não havia desculpas nem para os fariseus e saduceus, nem para qualquer judeu. O problema não estava no ato em si mas sim nos pensamentos e desejos. O próprio Jesus afirma que do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias e essas coisas contaminam o homem (Mt 15, 19-20). Percebemos que este é o foco de Jesus e é isto que Ele quer mostrar. Deus exige ser o Senhor não apenas do nosso corpo mas também do nosso coração, do nosso pensamento, dos nossos desejos e motivações. Tendo isto em mente conseguiremos não apenas entender as explicações de Jesus sobre os mandamentos como também entenderemos de maneira correta os versículos logo após o comentário sobre o adultério.

É fácil vermos notícias de pessoas que se mutilaram por interpretarem de maneira incorreta os versos 29 e 30 (clique aqui para ver um exemplo). Seja por terem recebido um ensinamento errado ou por terem lido estes versículos fora do contexto pessoas têm cometido esses tipos de atrocidades em si mesmos para tentarem vencer o pecado.

Não digo que não devemos interpretar esses versículos de maneira literal. Creio que todos nós concordamos que é infinitamente melhor perder qualquer membro ao invés de ter o corpo inteiro lançado no inferno. Isso mostra o quanto Deus odeia o pecado. A própria morte terrível de Jesus na cruz mostra o quanto Deus não tolera a nossa natureza caída e pecaminosa. Mas pense comigo: se foi mostrado que o pecado não está apenas no ato mas antes na mente e no coração então o que adiantaria deceparmos um de nossos membros para escaparmos dele e, consequentemente, do inferno? Seria inútil! Não são os nossos membros a raíz do pecado no ser humano. O pecado ainda está lá no coração e na mente. A única coisa que mudaria é que o corpo seria lançado no inferno faltando um pedaço...

Mas se a intenção de Jesus não era incentivar a auto-mutilação então qual foi o propósito destes versículos? Creio que, na verdade, Cristo está usando imagens fortes e chocantes (mutilação) para nos ensinar a verdadeira mortificação da carne e do pecado. Paulo, na carta aos colossenses, fala que devemos mortificar os nossos membros que estão sobre a terra, que nos despojemos de todas as coisas pelas quais vêm a ira de Deus e nos vistamos do novo, segundo a imagem daquele que nos criou (Cl 3, 5-11). Jesus simplesmente mostra que é necessário medidas práticas e, muitas vezes, drásticas para arrancarmos as coisas que nos fazem pecar.

Por exemplo, você gosta de ir à praia mas toda vez que vai a sua mente cria imagens pecaminosas e você fica com os desejos da carne ativos quando vê as mulheres ou os homens com poucas vestes. Então tome uma ação sobre isso, nem que seja necessário parar de ir à praia. Mutile, corte, decepe o que ocasiona o pecado em você. Não consegue ficar na internet sem que venha o desejo de buscar pornografia? Fique longe do computador. Use-o somente quando tiver alguém por perto. Se precisar jogue ele fora! Tome atitudes drásticas. Este é o ensinamento.

Portanto, quando pensamentos pecaminosos começarem a subir em sua mente não fique de braços cruzados esperando que eles tragam a destruição para você. Tome uma atitude. Fuja do pecado. Combata imagens com imagens. Lembre-se de como Deus tratou o pecado, do sacrifício de Cristo na cruz, da morte dEle por você. Visualize isso, para o bem da sua alma.

"Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis." (Rm 8, 13)


Cláudio Neto

*Baseado em The Sermon of the Mount, de Vincent Cheung




Numa grande floresta exisita um interessante jardineiro. Ele era o responsável por cuidar e zelar de tudo o que era concernente àquele local. A fauna, a flora, tudo vivia em plena harmonia sob seus cuidados. Ele, então, passeando um dia pelas trilhas que havia feito, começou a notar a presença de alguns esquilos. Esses estavam agitados, nervosos, e mesmo brigando entre si para construirem uma espécie de abrigo, contudo sem conseguí-lo. A vontade de domínio de uns sobre os outros era muito grande.

Vendo o jardineiro essa situação, aproximou-se deles e disse que ele mesmo construiria um abrigo para todos os esquilos. Imediatamente, todos começaram a saltar de alegria e a cantarolar as cantigas que as avós esquilo haviam ensinado. Eles estavam mesmo felizes. O jardineiro contou a eles que era dono do jardim e que Mirah, a mais velha árvore de lá, havia cedido alguns de seus galhos para que a cabana dos esquilos pudesse ser construída. Ele também informou a todos os esquilos que ele seria o dono ainda da cabana e apresentou-lhes as regras, deixando claro que os esquilos poderiam utilizá-la pelo tempo que fosse necessário.

Tendo o jardineiro se ausentado das redondezas, os esquilos continuaram cantando, celebrando, fazendo discursos. Isso atraiu ainda mais esquilos para o abrigo. Com o passar do tempo, o jardineiro foi esquecido, apesar das celebrações ainda continuarem. Só não se sabia mais a que, ou a quem se celebrava. Junto a isso começaram a surgir alguns esquilos cheios de novas idéias e técnicas para que mais esquilos se juntassem àquele pequeno reino. Aqueles que chegavam deveriam trazer 5 nozes para ajudar na manutenção da cabana. Assim que chegavam, a eles eram atribuídos cargos de chefia. E assim viveram por muito tempo e se acostumaram com o sistema que foi desenvolvido. Mais alguns dias se passaram e começaram a desejar reformar e ampliar a cabana. Agora, todos precisavam conseguir mais esquilos e mais nozes. Mais e mais festas, reuniões, celebrações das mais diversas, campanhas de arrecadação. Tudo em nome de ninguém e do nada. Os esquilos tinham perdido totalmente a noção do porquê das coisas.

Num certo dia, o jardineiro voltou para ver como estavam os esquilos. Estavam tão atarefados que nem perceberam a presença dele ali. Na verdade muitos ali nem mesmo o conheciam! Então o jardineiro espantou-se com o que encontrou ali. Viu alguns esquilos ensinando coisas a outros que iam contra os príncípios da floresta. Viu muitas reuniões ocorrendo, muitos esquilos emocionados, mas sem nem saber direito o motivo que os levou a estarem assim. Uns davam brados porque tinham conquistado mais nozes do que outros, e esses sentiam um fardo colocado sobre seus ombros. O jardineiro tentou falar algo, mas não permitiram. Ele não falava como os outros, não se vestia como deveria, não tinha nehum cargo especial na hierarquia. Ele não tinha chance ali. Tentou de novo, entretanto sem resultado. Mais uma vez, e nada. Buscou uma tática diferente. Aguardou um esquilo sair da cabana e se dirigir ao bosque para conseguir mais nozes e o interceptou no caminho. Falou a ele em baixa voz, ao ouvido, pedindo que avisasse aos outros esquilos que o jardineiro desejava falar, pois algumas coisas que os esquilos faziam não estavam corretas. O esquilo reconheceu ser ele o jardineiro que havia preparado tudo a eles, e prontamente, decidiu levar a mensagem.

Correu até a cabana começou a bradar: “Ei! Atenção todos vocês! O jardineiro me encontrou no caminho do bosque e me disse que deseja falar a todos! Ele disse que algumas coisas que estamos fazendo não estão corretas!”. Nesse momento um dos esquilos mais eloqüentes e comoventes de todos tomou a palavra: “Mas o que é isso? Você ficou doido? Você acha que é mais importante do que os outros aqui para que o jardineiro fosse falar com você? Você se acha melhor que todos nós!? Nós seguimos tudo o que o jardineiro disse e estamos somente cuidando da cabana dele! E ele tem sido tão bom que tem cuidado das outras plantas que sempre temos nozes à vontade para nos fartar! Você está agindo em rebeldia e vai ser punido por isso! Você está se levantando contra os escolhidos pelo jardineiro para tomar conta da cabana!”

E aí esquilo? Conhece essa história?

Há alguns dias estive numa conversa com uns amigos e uma coisa que um deles disse me chamou muito a atenção. Conversávamos sobre a situação da Igreja atualmente, sobre como hoje as coisas são diferentes, como as pessoas agem diferente, como a pregação é diferente. E ele numa conclusão elucidativa afirmou: “Cara, a mim parece que Deus não tem mais chance na Igreja, saca? Ele perdeu totalmente o espaço!”. Fiquei surpreso e só pude concordar com meu silêncio. Essa foi uma das coisas mais certas que ouvi nos últimos tempos! É impressionante dizer isso, mas temos de concordar. O Jardineiro perdeu a chance na sua prórpia cabana. Tantas coisas, programações, métodos, teologias, modelos e bla bla bla, que o humilde carpinteiro montato num jumentinho não tem a menor chance nisso!

É tanta enrolação e embromação que, cada vez mais, fica muito mais complicado, difícil e raro ouvir os princípios simples do Reino. Antes, dizia-se que Deus era colocado numa caixinha pelas igrejas tradicionais numa ilustração ao “controle e limitação” das manifestações do Espírito Santo. Eu afirmo o contrário. Deus não está na caixinha. Ele está é longe dela e de tudo o que está em nossas mãos. Jesus perdeu a chance na Igreja. Sua voz não é mais reconhecida, seus princípios não mais obedecidos. A voz de muitos esquilos se tornou, para muitos, mais importante do que a do Jardineiro.

Sério. Tire as programações, reuniões, metodologias, ritos, encontros religiosos ou sociais, congressos, ou qualquer atividade que exista, e veja se sem o evento existe a figura de Deus, ou pelo menos uma distante lembrança do Jardineiro. Ou você enxerga somente o vazio? Ser cristão antes, era sinônimo de piedade e consagração. Hoje, sucesso financeiro e extorção celestial. Não lute por uma causa barata e sem valor. Não usurpe as verdades do Evangelho. Não ache que você tem o domínio. E não se preocupe em agora dar chance a Ele porque Ele não precisa da sua misericórida.

Ele vai sacudir a cabana para mostrar que Ele é quem manda e domina. Vai amedrontar os esquilos enganadores e aproveitadores, e sua voz vai trovejar para que todos os habitantes da floresta o ouçam!

Ficou bravo, esquilo? Sinceramente, eu só lamento.

Um grande abraço.


Autor: Leonardo Oliveira
Fonte: CRENTE.QI.PENSA




"Não, não estou fazendo apologia à pobreza, 'simplicidade' no sentido pejorativo do termo ou ignorância. Mas à decência e humildade. É demagogia dizer que se vive na busca da pobreza e da mediocridade, todos queremos prosperar. É isso que Deus tem para nós."

Por si só o texto supracitado é demagógico e combina bem com a boca dos inimigos da cruz que não pregam o Evangelho da Salvação, mas sim um evangelho antropocentrista onde deus (o deus desse evangelho), vive para o agrado de seus seguidores... CORREÇÃO: seguir e agradar seus mestres... a saber: os crentes.

O irônico é que milhares desses crentes concordam com o que escrevi acima, no entanto, se eu também digitasse o nome de seus líderes; a turma que prega, divulga e usa a Bíblia como manual de magia e bruxaria gospel, eu passaria de "profeta blogueiro" para "fariseu" no tempo de uma troca gasosa dos pulmões... ou até menos que isso... nesses crentes, o nome de seus "ungidos" dispara um alarme... e nada importa senão as palavras de seu líder... mais sábios que Deus, mais importantes que Cristo... mais influentes que o Espírito Santo.

Não por medo dessa turma, nem por respeito (não sei se devo isso a quem cospe na obra da cruz e crucifica a Cristo dia a após dia, expondo Cristo a vergonha novamente - pois é isso que significa a palavra vitupério em Hebreus 6.6) é que deixarei de citar nomes... é simplesmente porque é inútil.

Se vemos por um lado mais ridículo da "cristandade" decaída do século vigente pessoas suplicando a seu deus, por meio de novenas, campanhas e ingresso em nações religiosas um carro importado... de outro vemos "falsos" piedosos que não dizem se ajoelhar e pedir o mesmo BMW, mas se apresentam como filhos do rei e como tais querem o "melhor dessa terra"...

Tolos, estúpidos... não ouviram quando o Filho disse: "O meu reino não é deste mundo!" (Jo 18.36)... Não entenderam ainda que os nascidos em Cristo são apenas peregrinos e não pertencem a esta terra?... Não conseguem acreditar que o mundo é vosso inimigo e deseja vossa morte?

"Adúlteros, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus." (Tg 4.4)

O problema é que esses mesmos, com a mente já cauterizada pela doutrina humana distorcida, que não se apresenta como lei mas como liberdade, mas no entanto deturpa a graça de Deus tornando-a em libertinagem, homens perversos (Jd 1.4), desgraçam a Graça de nosso Senhor e Salvador para obter vantagens pessoais e saciar suas almas egoístas e promover sua prostituição "gospel". Esses mesmos, não conseguem se encaixar nessa Palavra, olham para ela e a direcionam para o viciado, para o bêbado, para a prostituta... ignorantes... não foi para estes que os apóstolos escreveram... era para aqueles que vivem sob o teto das igrejas mas não sob as asas da Graça de nosso Deus a quem Cristo, Paulo, Judas, Pedro... direcionam seus textos de arrependimento. foi para os "crentes" da época que Cristo pregou, gente doente que acreditava ser sã.... foi para as igrejas constituídas pelo verdadeiro ministério apostólico que Paulo e outros apóstolos escreveram... não para os "nitidamente" perdidos... não para os que proclamam nas ruas não crerem em Deus... nestes - sem arrependimento - a perdição é notória.

Passei grande parte da minha vida acreditando que minha mediocridade de pulos, danças, profecias e busca por prosperidade me aproximavam de Deus e constituíam um sinal de salvação... o que percebi quando verdadeiramente conheci o Evangelho que é Cristo? "Um camelo não passa pelo buraco de uma agulha"... e esqueça a história do túnel das cidades judéias... Jesus falava de uma agulha mesmo... néscios até quando acreditarão que a ira de Deus não cairá sobre vós?

Uma vez alguém fez comigo uma "oração de confissão"... um erro infantil, estúpido e que apenas alimentou meu ego... tempos depois percebi o grande assassinato que eu havia cometido... havia enganado um homem dizendo que ele estava salvo após uma oração tola e sem sentido... nunca mais vi esse rapaz em nossa igreja, e até onde sei não frequenta lugar algum. O que sei dele? Sua empresa fechou um grande negócio naquela semana... soube também que ele ficou muito "agradecido". Fez semelhante aos nove leprosos que não retornaram para adorar a Deus... era-lhes suficiente a cura de seu corpo mortal... pouco importava-lhes a alma eterna...

Tenho pedido a Deus outra oportunidade, para mim ou para ele... pois fui eu quem o condenou encaminhado-o a um caminho de engano, e desejo ser livre desse sangue inocente que eu propositadamente derramei (tenho para mim que o pecado é um ato pensado, planejado e executado pelo homem, conforme compreendo ao ler - Tg 1.15)... e digo isso não porque tenha feito àquela oração condenatória ao inferno pensando nisso. O problema foi não ter ouvido a voz de Deus mas apenas o meu enganoso coração que dizia: "É agora Daniel, coloque mais um na sua lista, mais uma pedrinha na sua coroa."

Peço a Deus a oportunidade (a mim ou a alguém mais capaz e fiel ao Senhor do que eu tenho sido) de dizer a este rapaz: "Amigo, se você não se arrepender, não mudar sua vida, não buscar intensamente este Evangelho você irá para o inferno".

Não como que buscando justificar meu erro, mas como quem alerta, sei que qualquer um pode errar... mas é necessário reconhecer o erro... o Evangelho é um contínuo caminho de arrependimento e piedade (ou devoção).

No entanto a cruz pregada pelos apóstolos da prosperidade e pelos sacerdotes da nojenta idolatria gospel desobrigam os "crentes" de seus deveres de cristão... forjam um contrato com Deus e ensinam-lhes a serem fiéis apenas a seus próprios desejos e a praticarem um punhado de doutrinas sem valor espiritual algum, senão monetário e mundano.

Deus tenha misericórdia nesses últimos dias e guarde os poucos que ainda não se dobraram perante satanás e seu horrendo exército... e preserve a vida daqueles que após deitarem-se com a prostituta chamada Teologia da Prosperidade arrependeram-se e tornaram ao Caminho Santo.


Autor: Daniel Clós
Fonte: Batalha pelo Evangelho
Via: Bereianos





Recentemente foi questionada no blog www.michelsonborges.com a veracidade histórica do Novo Testamento (NT). Há muitos bons livros no mercado sobre isso, mas procurei reproduzir aqui, de forma resumida, as dez razões apresentadas no livro Não tenho Fé Suficiente Para Ser Ateu (Vida), pelas quais sabemos que os autores do NT disseram a verdade.

1. Os autores do NT incluíram detalhes embaraçosos sobre si mesmos. A tendência da maioria dos autores é deixar de fora qualquer coisa que prejudique sua aparência. É o “princípio do embaraço”. Agora pense: Se você e seus amigos estivessem forjando uma história que você quisesse que fosse vista como verdadeira, vocês se mostrariam como covardes, tolos e apáticos, pessoas que foram advertidas e que duvidaram? É claro que não. Mas é exatamente isso que encontramos no NT. Se você fosse autor do NT, escreveria que um dos seus principais líderes foi chamado de “Satanás” por Jesus, negou o Senhor três vezes, escondeu-se durante a crucifixão e, mais tarde, foi repreendido numa questão teológica?

O que você acha que os autores do NT teriam feito se estivessem inventando uma história? Teriam deixado de lado a sua inaptidão, sua covardia, a repreensão que receberam, as negações e seus problemas teológicos, mostrando-se como cristãos ousados que se colocaram a favor de Jesus diante de tudo e que, de maneira confiante, marcharam até a tumba na manhã de domingo, bem diante dos guardas romanos, para encontrarem o Jesus ressurreto que os esperava para salvá-los por sua grande fé! Os homens que escreveram o NT também diriam que eles é que contaram às mulheres sobre o Jesus ressurreto, que eram as únicas que estavam escondendo-se por medo dos judeus. E, naturalmente, se a história fosse uma invenção, nenhum discípulo, em momento algum, teria sido retratado como alguém que duvida (especialmente depois de Jesus ter ressuscitado).

2. Os autores do NT incluíram detalhes embaraçosos e dizeres difíceis de Jesus. Os autores do NT também são honestos sobre Jesus. Eles não apenas registraram detalhes de uma auto-incriminação sobre si mesmos, mas também registraram detalhes embaraçosos sobre seu líder, Jesus, que parecem colocá-Lo numa situação bastante ruim. Exemplos: Jesus foi considerado “fora de Si” por Sua mãe e Seus irmãos, por quem também foi desacreditado; foi visto como enganador; foi abandonado por Seus seguidores e quase apedrejado certa ocasião; foi chamado de “beberrão” e de “endemoninhado”, além de “louco”. Finalmente, foi crucificado como malfeitor.

Entre as situações teologicamente “embaraçosas”, encontramos as seguintes: Ele amaldiçoa uma figueira (Mat. 21:18); Ele parece incapaz de realizar milagres em Sua cidade natal, exceto curar algumas pessoas doentes (Mar. 6:5); e parece indicar que o Pai é maior que Ele (João 14:28). Se os autores do NT queriam provar a todos que Jesus era Deus, então por que não eliminaram dizeres e situações complicados que parecem argumentar contra a Sua deidade? Os autores do NT foram extremamente precisos ao registrar exatamente aquilo que Jesus disse e fez.

3. Os autores do NT incluíram as exigências de Jesus. Se os autores do NT estavam inventando uma história, certamente não inventaram uma que tenha tornado a vida mais fácil para eles. Esse Jesus tinha alguns padrões bastante exigentes. O Sermão do Monte (Mateus 5), por exemplo, não parece ser uma invenção humana. São mandamentos difíceis de ser cumpridos pelos seres humanos e parecem ir na direção contrária dos interesses dos homens que os registraram. E certamente são contrários aos desejos de muitos hoje que desejam uma religião de espiritualidade sem exigências morais.

4. Os autores do NT fizeram clara distinção entre as palavras de Jesus e as deles. Embora não existam aspas ou travessão para indicar uma citação no grego do século I, os autores do NT distinguiram as palavras de Jesus de maneira bastante clara. Teria sido muito fácil para esses homens resolverem as disputas teológicas do primeiro século colocando palavras na boca de Jesus. E fariam isso também, caso estivessem inventando a “história do cristianismo”. Teria sido muito conveniente para esses autores terminar todo debate ou controvérsia em torno de questões como circuncisão, leis cerimoniais judaicas, falar em línguas, mulheres na igreja e assim por diante, simplesmente inventando citações de Jesus. Mas eles nunca fizeram isso. Mantiveram-se fiéis ao que Jesus disse e não disse.

5. Os autores do NT incluíram fatos relacionados à ressurreição de Jesus que eles não poderiam ter inventado. Eles registraram que Jesus foi sepultado por José de Arimatéia, um membro do Sinédrio – o conselho do governo jadaico que sentenciou Jesus à morte por blasfêmia. Esse não é um fato que poderiam ter inventado. Considerando a amargura que certos cristãos guardavam no coração contra as autoridades judaicas, por que eles colocariam um membro do Sinédrio de maneira tão positiva? E por que colocariam Jesus na sepultura de uma autoridade judaica? Se José não sepultou Jesus, essa história teria sido facilmente exposta como fraudulenta pelos inimigos judaicos do cristianismo. Mas os judeus nunca negaram a história e jamais se encontrou uma história alternativa para o sepultamento de Jesus.

Todos os quatro evangelhos dizem que as mulheres foram as primeiras testemunhas do túmulo vazio e as primeiras a saberem da ressurreição. Uma dessas mulheres era Maria Madalena, que Lucas admite ter sido uma mulher possuída por demônios (Luc. 8:2). Isso jamais teria sido inserido numa história inventada. Uma pessoa possessa por demônios já seria uma testemunha questionável, mas as mulheres em geral não eram sequer consideradas testemunhas confiáveis naquela cultura do século I. O fato é que o testemunho de uma mulher não tinha peso num tribunal. Desse modo, se você estivesse inventando uma história da ressurreição de Jesus no século I, evitaria o testemunho de mulheres e faria homens – os corajosos – serem os primeiros a descobrir o túmulo vazio e o Jesus ressurreto. Citar o testemunho de mulheres – especialmente de mulheres possuídas por demônios – seria um golpe fatal à tentativa de fazer uma mentira ser vista como verdade.

“Por que o Jesus ressurreto não apareceu aos fariseus?” é uma pergunta comum feita pelos céticos. A resposta pode ser porque não teria sido necessário. Isso é normalmente desprezado, mas muitos sacerdotes de Jerusalém tornaram-se cristãos. Lucas escreve: “Crescia rapidamente o número de discípulos em Jerusalém; também um grande número de sacerdotes obedecia à fé” (Atos 6:7). Se você está tentando fazer que uma mentira seja vista como verdade, não facilita as coisas para os seus inimigos, permitindo que exponham a sua história. A conversão dos fariseus e a de José de Arimatéia eram dois detalhes desnecessários que, se fossem falsos, teriam acabado com a “farsa” de Lucas.

Em Mateus 28:11-15, é exposta a versão judaica para o fato do túmulo vazio (a mentira do roubo do corpo de Jesus). Note que Mateus deixa bastante claro que seus leitores já sabiam sobre essa explicação dos judeus porque “essa versão se divulgou entre os judeus até o dia de hoje”. Isso significa que os leitores de Mateus (e certamente os próprios judeus) saberiam se ele estava ou não dizendo a verdade. Se Mateus estava inventando a história do túmulo vazio, por que daria a seus leitores uma maneira tão simples de expor suas mentiras? A única explicação plausível é que o túmulo deve ter realmente ficado vazio, e os inimigos judeus do cristianismo devem realmente ter espalhado essa explicação específica para o túmulo vazio (de fato, Justino Mártir e Tertuliano, escrevendo respectivamente nos anos 150 d.C. e 200 d.C., afirmam que as autoridades judaicas continuaram a propagar essa história do roubo durante todo o século II).

6. Os autores do NT incluíram em seus textos, pelo menos, 30 pessoas historicamente confirmadas. Não há maneira de os autores do NT terem seguido adiante escrevendo mentiras descaradas sobre Pilatos, Caifás, Festo, Félix e toda a linhagem de Herodes. Alguém os teria acusado por terem envolvido falsamente essas pessoas em acontecimentos que nunca ocorreram. Os autores do NT sabiam disso e não teriam incluído tantas pessoas reais de destaque numa ficção que tinha o objetivo de enganar.

7. Os autores do NT incluíram detalhes divergentes. Os críticos são rápidos em citar os relatos aparentemente contraditórios dos evangelhos como evidência de que não são dignos de confiança em informação precisa. Mateus diz, por exemplo, que havia um anjo no túmulo de Jesus, enquanto João menciona a presença de dois anjos. Não seria isso uma contradição que derrubaria a credibilidade desses relatos? Não, mas exatamente o oposto é verdadeiro: detalhes divergentes, na verdade, fortalecem a questão de que esses são relatos feitos por testemunhas oculares. Como? Primeiro, é preciso destacar que o relato dos anjos não é contraditório. Mateus não diz que havia apenas um anjo na sepultura. Os críticos precisam acrescentar uma palavra ao relato de Mateus para torná-lo contraditório ao de João. Mas por que Mateus mencionou apenas um anjo, se realmente havia dois ali? Pela mesma razão que dois repórteres de diferentes jornais cobrindo um mesmo fato optam por incluir detalhes diferentes em suas histórias. Duas testemunhas oculares independentes raramente vêem todos os mesmos detalhes e descrevem um fato exatamente com as mesmas palavras. Elas vão registrar o mesmo fato principal (Jesus ressuscitou dos mortos), mas podem diferir nos detalhes (quantos anjos havia no túmulo). De fato, quando um juiz ouve duas testemunhas que dão testemunho idêntico, palavra por palavra, o que corretamente presume? Conluio. As testemunhas se encontraram antecipadamente para que suas versões do fato concordassem.

À luz dos diversos detalhes divergentes do NT, está claro que os autores não se reuniram para harmonizar seus testemunhos. Isso significa que certamente não estavam tentando fazer uma mentira passar por verdade. Se estavam inventando a história do NT, teriam se reunido para certificar-se de que eram coerentes em todos os detalhes.

Ironicamente, não é o NT que é contraditório, mas sim os críticos. Por um lado, os críticos afirmam que os evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) são por demais uniformes para serem fontes independentes. Por outro lado, afirmam que eles são muito divergentes para estarem contando a verdade. Desse modo, o que eles são? Muito uniformes ou muito divergentes? Na verdade, são a mistura perfeita de ambos: são tanto suficientemente uniformes e suficientemente divergentes (mas não tanto) exatamente porque são relatos de testemunhas oculares independentes dos mesmos fatos. Seria de esperar ver o mesmo fato importante e detalhes menores diferentes em manchetes de jornais independentes relatando o mesmo acontecimento.

Simon Greenleaf, professor de Direito da Universidade de Harvard que escreveu um estudo-padrão sobre o que constitui evidência legal, creditou sua conversão ao cristianismo ao seu cuidadoso exame das testemunhas do evangelho. Se alguém conhecia as características do depoimento genuíno de testemunhas oculares, essa pessoa era Greenleaf. Ele concluiu que os quatro evangelhos “seriam aceitos como provas em qualquer tribunal de justiça, sem a menor hesitação” (The Testimony of the Evangelists, págs. 9 e 10).

8. Os autores do NT desafiam seus leitores a conferir os fatos verificáveis, até mesmo fatos sobre milagres. Lucas diz isso a Teófilo (Luc. 1:1-4); Pedro diz que os apóstolos não seguiram fábulas engenhosamente inventadas, mas que foram testemunhas oculares da majestade de Cristo (II Ped. 1:16); Paulo faz uma ousada declaração a Festo e ao rei Agripa sobre o Cristo ressurreto (Atos 26) e reafirma um antigo credo que identificou mais de 500 testemunhas oculares do Cristo ressurreto (I Cor. 15). Além disso, Paulo faz uma afirmação aos cristãos de Corinto que nunca teria feito a não ser que estivesse dizendo a verdade. Em sua segunda carta aos corintios, ele declara que anteriormente realizara milagres entre eles (II Cor. 12:12). Por que Paulo diria isso a eles a não ser que realmente tivesse realizado os milagres? Ele teria destruído completamente sua credibilidade ao pedir que se lembrassem de milagres que nunca realizara diante deles.

9. Os autores do NT descrevem milagres da mesma forma que descrevem outros fatos históricos: por meio de um relato simples e sem retoques. Detalhes embelezados e extravagantes são fortes sinais de que um relato histórico tem elementos lendários. Note este trecho da narração da ressurreição no livro apócrifo Evangelho de Pedro: “...três homens que saíam do sepulcro, dois dos quais servindo de apoio a um terceiro, e uma cruz que ia atrás deles. E a cabeça dos dois primeiros chegava até o céu, enquanto a daquele que era conduzido por eles ultrapassava os céus. E ouviram uma voz vinda dos céus que dizia: ‘Pregaste para os que dormem?’ E da cruz fez-se ouvir uma resposta: ‘Sim’.”

Provavelmente seria assim que alguém teria escrito se estivesse inventando ou embelezando a história da ressurreição de Jesus. Mas os relatos da ressurreição de Jesus no NT não contêm nada semelhante a isso. Os evangelhos fornecem descrições triviais quase insípidas da ressurreição. Confira em Marcos 16:4-8, Lucas 24:2-8, João 20:1-12 e Mateus 28:2-7.

10. Os autores do NT abandonaram parte de suas crenças e práticas sagradas de longa data, adotaram novas crenças e práticas e não negaram seu testemunho sob perseguição ou ameaça de morte. E não são apenas os autores do NT que fazem isso. Milhares de judeus, dentre eles sacerdotes fariseus, converteram-se ao cristianismo e juntam-se aos apóstolos ao abandonarem o sistema de sacrifícios de animais prescrito por Moisés, ao aceitar Jesus como integrante da Divindade (o que era inaceitável naquela cultura estritamente monoteísta) e ao abandonar a idéia de um Messias conquistador terrestre.

Além disso, conforme observa Peter Kreeft, “por que os apóstolos mentiriam? ... se eles mentiram, qual foi sua motivação, o que eles obtiveram com isso? O que eles ganharam com tudo isso foi incompreensão, rejeição, perseguição, tortura e martírio. Que bela lista de prêmios!” Embora muitas pessoas venham a morrer por uma mentira que considerem verdade, nenhuma pessoa sã morrerá por aquilo que sabe que é uma mentira.

Conclusão de Norman Geisler e Frank Turek, autores de Não Tenho Fé Suficiente Para Ser Ateu: “Quando Jesus chegou, a maioria dos autores do NT era de judeus religiosos que consideravam o judaísmo a única religião verdadeira e que se consideravam o povo escolhido de Deus. Alguma coisa dramática deve ter acontecido para tirá-los do sono dogmático e levá-los a um novo sistema de crenças que não lhes prometia nada além de problemas na Terra. À luz de tudo isso, não temos fé suficiente para sermos céticos em relação ao Novo Testamento.”


Postado por Michelson em Arqueologia Bíblica





O título deste artigo pode parecer um contra-senso, mas isso ocorre apenas porque, quando o assunto é sexo e erotismo, especialmente na mentalidade ocidental, a conotação é de impureza. Uma das definições da palavra “sensual” no Dicionário Michaelis é: “Pertencente ou relativo aos sentidos ou à sensação física, sensitivo.” Já o Houaiss define assim: “Que atrai fisicamente; belo, bonito.” Como foi Deus quem criou os sentidos, sensualidade não deveria ter a conotação que tem. A Bíblia coloca a sensualidade em sua verdadeira moldura. Segundo o Pastor Edson Nunes Jr., líder da comunidade judaico-adventista de São Paulo e mestrando do Centro de Estudos Judaicos da USP, “a visão judaico-bíblica do sexo é baseada claramente em Gênesis 1 e 2, ou seja, o sexo foi criado por Deus e instituído antes do pecado”. Edson destaca uma nuance interessante do texto: Deus diz que homem e mulher formam “uma só carne”, isto é, eles se tornam um, e essa é a principal característica do próprio Deus (Deut. 6:4). “No sexo, o ser humano deve refletir o caráter de Deus, daí a importância do sexo como fator de santidade”, afirma Edson. “É importante notar que Moisés ‘gasta’ boas páginas de Levítico, Números e Deuteronômio para tratar de pecados sexuais. Outro fator importante é a questão do sexo dentro do casamento. A história de Isaque é o exemplo mais claro.”

O foco da pesquisa de Edson é o livro de Cantares, que trata o sexo como momento único de intimidade entre homem e mulher que se amam tanto que não suportam a ausência um do outro (cf. o capítulo 3, por exemplo). “A intimidade sexual é abordada com inúmeras metáforas, sendo uma delas o uso dos óleos (mirra, por exemplo), que não são descritos a partir do aroma, mas do aspecto táctil (5:5; 5:13)”, explica o mestrando. “O erotismo também é muito claro, principalmente pela descrição detalhada dos atributos de beleza de ambos, sem pudores. O jardim que aparece ao longo do livro ora é um jardim real, ora um símbolo da genitália feminina. A vinha, em Cantares, é um lugar de consumação do amor, de um amor pleno, pois é na vinha que ela se entrega ao rei (7:12). A busca do sexo nesse livro é a busca por intimidade, por relacionamento. O sexo é uma espécie de consumação do amor pré-existente; o prazer e a alegria desses momentos de intimidade física ocorrem em virtude do amor entre ambos.”

Para o Pastor Edson, é Cantares 2:16 que estabelece o padrão de relacionamento sexual: um homem e uma mulher. Ele é dela e vice-versa. Não há inserção de terceiros. Sobretudo, o que leva ao sexo, erotismo e prazer entre eles é justamente essa reciprocidade (companherismo, intimidade, interação, parceria, etc.), uma espécie de pacto pleno, um pertencer ao outro único, completo, profundo. “As comparações que são feitas sobre o corpo de ambos também são outro claríssimo indicador da pureza e naturalidade do sexo, que de um lado não precisa carregar uma ‘aura’ pecaminosa e pervertida, mas de outro, deve ser colocado como um passo de santidade. O sexo, em Cantares, é um quadro perfeito, com a mistura exata de todos os ingredientes: a mulher amada; o homem amado; romantismo; muito amor e desejo; carinho; respeito.”

Infelizmente, para tudo o que Deus fez e abençoou, Satanás criou uma contrafação. Deus criou o sexo, o inimigo criou a licensiosidade. Deus orientou o namoro, o diabo inventou o “ficar”. Deus criou o homem para apreciar a beleza feminina, o anjo caído tratou de saturar o mundo com a superesposição do corpo da mulher, tornando-a objeto.

A batalha do homem

Como Jesus mesmo disse, o pecado germina na mente. E a mentalidade doentia pode ter início quando se adquire o “simples” hábito de ficar observando mulheres bonitas. O próximo passo, segundo estudiosos da sexualidade, é usar a mente para fantasiar. Depois que o sentimento de culpa e a força para resistir à tentação diminuem, fica mais fácil observar fotos de mulheres seminuas em revistas e catálogos de roupas femininas, por exemplo. Daí para a pornografia, é um pulo.

O viciado em pornografia quase sempre sofre isolado, mas quem realmente colhe as conseqüências de seu pecado é a família. É o tipo de vício que atrofia o homem, impedindo-o de se tornar o marido e pai que Deus sonha e a esposa e os filhos desejam. O marido viciado tem dificuldade de se relacionar sentimentalmente com a esposa, que, por sua vez, jamais consegirá competir com as mulheres da fantasia, que parecem perfeitas e fazem qualquer coisa que a mente pervertida exija.

No livro A Batalha de Todo Homem (Mundo Cristão), os co-autores Stephen Arterburn e Fred Stoeker colocam o problema para o qual se propõem oferecer soluções: “Você [homem] está em uma posição difícil, vive em um mundo levado pela maré de imagens sensuais, disponíveis 24 horas por dia, em uma grande variedade de mídias: impressos, televisão, vídeos, internet – até mesmo telefones. Mas Deus lhe oferece a liberdade da escravidão do pecado através da cruz de Cristo, e foi Ele que criou os seus olhos e a sua mente com a capacidade de serem treinados e controlados. Basta permanecer firme e andar, pelo Seu poder, no caminho correto.” Essa é a batalha do título do livro – contra a sensualidade deturpada e a imoralidade – e o “caminho correto” é apontado pelos autores, por meio de seu próprio testemunho de queda e vitória.

Depois de falar de sua vida imoral e promíscua, Fred relata sua conversão, mas afirma que ainda havia “datalhes” para serem entregues a Jesus. E esses detalhes o impediam de crescer na fé. Ele diz: “Nunca conseguia olhar Deus nos olhos. Nunca conseguia adorá-Lo completamente. Pelo fato de sonhar com outras mulheres e preferir me divertir mentalmente com as lembranças das conquistas sexuais do passado, eu sabia que era um hipócrita e continuava a me sentir distante de Deus. ... Minha vida de oração era débil. ... Meu casamento também passava por maus momentos. Por causa do meu pecado, eu não conseguia confiar totalmente em Brenda, sem deixar de temer que ela pudesse me abandonar mais tarde. ... Na igreja, eu era um engravatado oco. ... Finalmente eu estabeleci a conexão entre minha imoralidade sexual e minha distância de Deus. Eu estava pagando multas pesadas em todas as áreas da minha vida. Tendo eliminado os adultérios e a pornografia visível, eu parecia puro exteriormente, para as outras pessoas. Mas para Deus faltava muita coisa. Eu havia encontrado meramente um terreno intermediário, algum lugar entre o paganismo e a obediência às leis de Deus.”

Você conhece algum homem assim? Fred era o tipo, mas pelo poder de Deus conseguiu tornar-se um homem puro e feliz em seu casamento – alcançou a sensualidade pura. Mas como? Afinal, o que o homem que enfrenta esse tipo de luta deve fazer? Os autores sugerem a construção de três “perímetros de defesa”: (1) com os olhos, (2) em sua mente e (3) em seu coração. O objetivo é a pureza sexual, e o livro traz uma boa definição disso: “Você é sexualmente puro quando seu prazer sexual provém de ninguém ou nada além de sua esposa.”

No primeiro perímetro (o dos olhos), a proposta é fazer uma aliança com os olhos, exatamente como fez Jó: “Fiz uma aliança com meus olhos; como, pois, os fixaria eu numa donzela?” Jó 31:1. Para isso, são necessárias duas etapas: (1) fazer um estudo de si próprio. Como e onde você está sendo mais atacado? (2) Definir sua defesa para cada um dos maiores inimigos que você identificou. Quais são as fontes mais óbvias e abundantes de imagens sensuais, além de sua esposa? Para onde você olha com mais freqüência? Onde você é mais fraco?

Sobre imagens sensuais que aparecem em comerciais de TV, por exemplo, a recomendação é mudar de canal imediatamente. “Quando seus filhos o observarem mudar de canal, você servirá de exemplo vivo de santidade em sua casa, e isso lhes servirá de ótimo exemplo.” E sobre filmes? “Temos uma ótima regra em casa. Qualquer vídeo inapropriado para as crianças será provavelmente inapropriado para os adultos. Com essa regra em vigor, os filmes sensuais nunca foram um problema em nosso lar.”

Com o segundo perímetro (a mente), “você não só bloqueia os objetos de luxúria, como também os avalia e os captura”, explicam os autores. “Um versículo-chave para apoiá-lo nesse estágio está em 2 Coríntios 10:5: ‘Levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo.’” Segundo eles, a meta é privar os olhos de todas as coisas sensuais além da esposa. Para os solteiros, isso significa distanciar os olhos de todas as coisas sensuais. “Isso o ajudará a vencer o desejo pelo sexo antes do casamento com a mulher que namora”, garantem. “Se você privar seus olhos assim como os homens casados, verá sua companheira como uma pessoa, e não como um objeto.”

Exemplo da mulher islâmica

Uma notícia que surpreendeu muita gente foi o aumento da exportação de lingeries brasileiras para os países islâmicos, um crescimento na ordem de 160%. Cobertas da cabeça aos pés pela burca, as mulheres que as usam se preocupam em ser sensuais – para o marido. E o restante dos homens não tem nada a ver com isso. Enquanto elas escondem e preservam o “mistério”, as ocidentais escancaram, de tal forma que o corpo feminino não tem mais segredo a ser revelado. Esqueceram que, conforme escreveu a jornalista Lucia Sauerbronn, “sensualidade nada tem que ver com exposição. Sedução não é vulgaridade. Intimidade é um negócio a dois”, no casamento, é claro.

Evidentemente que a comparação com as muçulmanas não deve ser levada às últimas conseqüências. Mas o princípio da modéstia não pode ser passado por alto, ainda que isso signifique para o cristão remar contra a maré.

No A Batalha de Todo Homem, à página 37, os autores apresentam o desabafo do jovem Thad, que estava se recuperando da dependência de drogas e procurando se tornar membro de uma igreja. Ele diz: “Eu quero ser livre, mas estou ficando cada vez mais frustrado e enfurecido com a igreja. A Bíblia diz que as mulheres devem se vestir de forma modesta, mas elas não agem assim. As mulheres solteiras estão sempre usando as últimas (e mais agarradas) roupas da moda. Eu olho para elas, mas tudo o que vejo são curvas e pernas. Sabe aquela saia que tem um racho mostrando quase toda a coxa? Então, essa coxa cintila a cada passo. Eu fico completamente irado. Por que elas fazem com que tudo seja mais difícil?”

Não é preciso usar burca. Mas o cuidado com a indumentária, isso sim, é necessário.

Alvo possível?

O escritor Julio Severo dá alguns conselhos para se vencer na área sexual: “Homens, quando surge uma fantasia sexual, não podemos acompanhá-la. Se entregarmos a mente só um minuto, teremos mais dificuldades para vencer quando outras fantasias aparecerem. Se seu problema são as revistas, fique longe das bancas de jornais. Se é a internet ou a TV por assinatura, desconecte-se. Se os catálogos de roupas femininas da sua esposa são uma tentação para você, converse com ela e peça-lhe que cancele sua assinatura. O que estou querendo dizer é que é preciso tomar a decisão de parar antes que se perca o controle. Faça como José: fuja da tentação sexual (Gn 39:10-12). Se você sente que já está além de suas forças, há pessoas que podem ajudar. Mulheres, é hora de despertar. Vocês precisam compreender as dificuldades que seus maridos e filhos têm para proteger a mente e mantê-la pura. Vocês precisam entender que cenas e imagens têm um impacto muito forte na mente masculina. ... As meninas precisam entender que elas podem com muita facilidade se tornar o alvo da fantasia dos homens. Quando rebaixam seus padrões e levantam a barra da saia, vocês ajudam a alimentar a imaginação e os impulsos de outros homens.”

A sensualidade pura é um alvo a ser buscado. Para o bem do homem, da mulher, da família, da igreja e da sociedade. Será que isso é possível neste mundo tão corrompido? Sim, mas somente com a força que vem dAquele que planejou a sexualidade humana – o Deus Criador.



Michelson Borges é jornalista, mestrando em Teologia e autor do livro Nos Bastidores da Mídia.

Fonte: Criacionismo





Já dizia um bom sábio! Um pouquinho de reflexão não faz mal a ninguém. Ainda mais quando estamos perdendo a capacidade de argumentar, formar diálogo, dar clareza e concisão ao discurso proposto.

Nossa capacidade argumentativa está longe de alcançar um patamar razoável diante da preciosidade daquilo que anunciamos.

Nossa confusão é tamanha que alteramos as bênçãos divinas eternas em temporais. Alegamos aos quatro ventos que por sermos filhos do Rei temos direito a tudo que for do melhor: o melhor carro, a melhor mansão, os melhores lugares, etc.

Loucura, insensatez e equívocos nos cercam! O sinal da prosperidade tornou-se ter um carro na garagem, dinheiro na conta corrente, em diversas aplicações e na poupança, usufruindo dos melhores serviços de atendimento ao público, sempre sendo servido sem nunca servir, adquirindo prestígio, fama, sucesso e status social.

Prendemos nossos olhos cansados na temporalidade da necessidade! Apesar de Deus olhar para um ponto fugaz temporal, que é breve como a sombra que passa, e socorrer o homem de espírito quebrantado, coração compungido e contrito, seus olhos abençoadores focalizam bênçãos que o tempo não extinguirá.

Nossos olhos desejam as bênçãos eternas no meio da temporalidade, simplesmente, porque não crêem com segurança suficiente que o que Deus determinou dar-lhe na eternidade será recebido ou, ainda, que aquela benção que ele me dará somente lá seria melhor aproveitada aqui.

Deste modo a teologia da prosperidade não passa de um rascunho muito mal escriturado e inacabado acerca do que Deus tem guardado para aqueles que o amam.

A ânsia de receber antecipadamente um presente que somente será dado em sua presença faz com que ansiemos mais o presente do que o presenteador, justamente, como uma criança mimada, egoísta e mesquinha que não anseia ter seus verdadeiros amigos por perto, mas sim, àqueles que tem poder aquisitivo para adquirir, através da entrega do presente, a permissão para participar da festa e, assim, estar mais perto do aniversariante.

Aqueles que abraçam a teologia da prosperidade não são nada mais do que filhos egoístas e mesquinhos que “determinam” que Deus somente participará de suas vidas se Ele os presentear com toda sorte de bênçãos materiais. Eles trocam as bênçãos eternas pelas temporais como se não houvesse eternidade. O que receberão quando lá chegarem? Ora, se os fariseus que tudo faziam para adquirirem prestígio, fama, status e tinham seus valores arraigados na temporalidade de suas ações, mais importando a forma que eram vistos por seus semelhantes do que a forma que eram vistos por Deus, receberam reto julgamento de Deus, não me surpreenderia em nada se Deus dissesse àqueles que buscam, novamente, a temporalidade o mesmo que disse aos fariseus em sua época, “Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa” (Mt 6.16).

Que possamos entender que existe um tempo para todas as coisas e um momento certo de recebê-las!

Fonte: O Pensador





Há diversas formas de ajudar as vítimas do terremoto no Haiti, não somente com oração.

Além de orar, mobilize-se, pois há diversas vítimas do terremoto precisando de ajuda. A situação no Haiti é catastrófica e está além do que os jornais e as câmeras da TV podem mostrar.

Cuidado com sites não confiáveis que podem passar dados de conta corrente para depósito, mas na verdade não passa de estelionato.

Seguem os dados de contas confiáveis para depósito e transferências em dinheiro para ajudar as referidas vítimas:

Podem ser feitos depósitos ou transferências de qualquer banco e até mesmo de fora do Brasil para a conta corrente.
Nome: Embaixada da República do Haiti
Banco: Banco do Brasil
Agência: 1606-3
CC: 91000-7
CNPJ: 04170237/0001-71

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) também recebe doações só em dinheiro. Segundo Silvia Backes, coordenadora do CICV no Brasil, a entidade não recebe outros tipos de doações, como roupas, devido à dificuldade de enviá-las ao país. Ela diz que há uma equipe de ajuda emergencial da Cruz Vermelha saindo de Genebra com toneladas de doações e com equipes de médicos.
Nome: Comitê Internacional da Cruz Vermelha
Banco: HSBC
Agência: 1276
CC: 14526-84
CNPJ: 04359688/0001-51

O Movimento Viva Rio informou que abriu uma conta para receber doações que serão usadas para compra de alimentos, água e medicamentos.
Presente desde 2004 no Haiti, o Viva Rio mantém uma equipe de mais de 400 pessoas trabalhando nos projetos, sendo nove brasileiros. Doações podem ser feitas na conta:
Nome: Movimento Viva Rio
Banco: Banco do Brasil
Agência: 1769-8
CC: 5113-6
CNPJ: 00343941/0001-28

O músico haitiano Wyclef Jean recebe doações para ajudar as vítimas do terremoto por meio de sua ONG, a Yelé Haiti. Para doar, acesse o site http://www.yele.org/ , clique em ?Donate?, escolha o valor da doação e forneça os dados do seu cartão de crédito.

Informações sobre cidadãos brasileiros no Haiti podem ser obtidas no Núcleo de Assistência a Brasileiros do Itamaraty, nos telefones abaixo:
(61) 3411-8803
(61) 3411-8805
(61) 3411-8808
(61) 3411-8817
(61) 3411-9718
(61) 8197-2284

"E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano,
E algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí ?
Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma." Tiago 2:15-17



Autor: Rodrigo Ribeiro
Fonte: OGalileo




As cenas são chocantes: corpos espalhados pelas ruas, gritos sufocados sob escombros, o desespero por uma garrafa de água. Correria, violência, dor. Imagine, por um momento, o que significa olhar ao redor e perceber que tudo aquilo que você chamava de "vida", acabou. Casas e suas pessoas agora são pó e lembranças. As ruas são apenas a mistura estranha de mortos e destroços. Não encontro outra palavra a não ser: devastação.

Um cinegrafista amador captou o momento em que uma mulher, atônita ao observar as chamas de um prédio destroçado bradou desesperada: "o mundo está acabando!" Paradoxo intrigante: começa um novo ano, acaba o mundo dela. Em lágrimas, procurei por pessoas que nunca conheci. Chorei por crianças que nunca abracei. Tentei encontrar meios para, de alguma forma, minimizar o que é absurdo. 

Lembrei de Jeremias em suas Lamentações. A devastação de sua amada terra fez seus olhos derramarem-se em fontes. Chorei pelos haitianos porque somos todos humanos, fronteiras, nomes e "raças" são apenas criações imbecis que abraçamos só para dificultar nossos esforços na convivência. Somos todos filhos do pó, filhos da Mãe Terra, filhos amados do Pai. Chorei não apenas como um brasileiro sentado em seu confortável sofá numa distância segura do caos, mas como um humano aflito cuja mesma distância apenas apavora ainda mais.

Em meio a todo o caos, uma fúria me invadiu: onde está a "poderosa" igreja? Aquela que berra todos os dias na televisão sobre seus poderes para curar, exorcizar e angariar muita grana! Aquela dos mega-pastores, mega-empresários, mega-pregadores, mega-cantores, mega-patifes! Aquela dos endinheirados bispos do poder! Aquela dos magnatas da fé que enganam, distorcem as Escrituras e, sob a fachada do sobrenatural, escravizam mentes ávidas pelo espetáculo!

Vejo uma grande mobilização de governos, entidades não-governamentais, civis, a igreja católica e suas pastorais, mas não vejo nada da Poderosa Igreja Evangélica Brasileira! Pense bem no que vou escrever agora: se essa tragédia não servir para mudar radicalmente os rumos da teologia triunfalista da atualidade no Brasil, descretamos a nossa morte!

Depois das atrocidades da Inquisição e do Nazismo, a teologia cristã experimentou novos rumos, se o Haiti e sua absurda tragédia não nos sacudir os alicerces teológicos, é porque já estamos tão mortos quanto os que entram na crescente estatística macabra do terremoto. Quanto dinheiro as igrejas evangélicas brasileiras movimentam por mês? Quanto se gasta com o luxo miserável dessas "pseudo-elites" tupiniquins travestidas de cristãos? 

Assim como hoje julgamos pesadamente a Inquisição e o Nazismo, nos julgarão daqui a alguns anos pelo descaso com a natureza, pela insensibilidade com os que sofrem e pela farsa que toleramos socialmente todos os dias. 

Vou chorar mais um pouco...

Até mais...


Autor: Alan Brizotti
Fonte: Blog do Prof. Alan Brizotti





As lembranças das inundações de 2008, em Santa Catarina, ainda estavam bem presentes conosco, quando testemunhamos as mortes e prejuízos resultantes de deslizamentos, desmoronamentos e alagamentos nesta transição 2009/2010, em nosso Brasil. Depois, nos últimos dias, estamos sendo impactados com o terremoto no Haiti. Temos testemunhado e chorado com o conseqüente sofrimento chocante, intenso e extremamente abrangente, que nos remete ao Tsunami de 26.12.2004, no Oceano Índico, quando pereceram cerca de 220 mil pessoas.

Não sabemos ainda a extensão da tragédia causada pelo terremoto no Haiti. Alguns falam em 200 mil mortos, sem contar aqueles que ainda enfrentarão as doenças e conseqüências da falta de higiene, alimentos e cuidados médicos. A desagregação de famílias e daquela sociedade, já tão fragmentada pela miséria e ausência de governo, corta o nosso coração. Enquanto vemos as cenas de dor e tristeza, e avaliamos tudo isso, procurando aferir o que podemos e devemos fazer, somos levados às Escrituras para procurar alguma compreensão trazida pelo próprio Deus, para esses desastres.

Acima de tudo, devemos resistir à tentação de procurar respostas que diminuem a bíblica soberania e majestade de Deus, e consequentemente a sua pessoa. Tais “explicações”, “conclusões” e “construções” aparentam ser plausíveis, mas revelam-se meramente humanas, pois contrariam a revelação das Escrituras. Esse tipo de resposta sempre aparece, quando ocorrem tais acontecimentos; elas não são novidade nem têm surgido apenas em nossos dias.

Por exemplo, em novembro de 1755 a cidade de Lisboa foi praticamente arrasada por um grande terremoto. A conclusão emitida por padres jesuítas foi a de que: “Deus julgou e condenou Lisboa, como outrora fizera com Sodoma”. Voltaire (François Marie Arouet), que era um deísta, escreveu em 1756 “Poemas sobre o desastre em Lisboa”. Ali, ele culpa a natureza e a chama de malévola, deixando no ar questionamentos sobre a benevolência de Deus. Jean Jacques Rousseau, respondeu com “Carta sobre a providência”. Nela ele culpa “o homem” como responsável pela tragédia. Ele aponta que, em Lisboa, existiam “20 mil casas de seis ou sete andares” e que o homem “deveria ter construído elas menores e mais dispersas”. Ou seja, procurando “inocentar a Deus e a natureza” ele coloca a agência da tragédia no desatino dos homens.[1]

Sobre o terremoto no Haiti, à semelhança do que ocorreu no Tsunami, vi alguns depoimentos de pastores, falando sobre a “mão pesada de Deus, em julgamento”; opinião semelhante à emitida quando do acidente com o avião que transportava o grupo “Mamonas Assassinas”, em 1996.

Ainda outros, procuram uma teologia estranha às Escrituras, para “isolar” Deus da regência da história. São os mesmos que, quando da ocorrência do Tsunami e do acidente ocorrido com o Vôo 447 da Air France em junho de 2009, emitiram a seguinte conclusão: “Diante de uma tragédia dessa magnitude, precisamos repensar alguns conceitos teológicos” (veja as excelentes reflexões sobre esse último desastre, no post do Augustus Nicodemus). No entanto, em vez de formularmos nossa teologia pelas experiências, voltemo-nos ao ensinamento do próprio Jesus.

Em Lucas 13.1-9 temos instrução pertinente sobre vários tipos de tragédias. A primeira tragédia tratada é aquela gerada por homens (Vs 1-3). Certos galileus haviam sido mortos por soldados de Pilatos. A Bíblia diz que “alguns” colocaram-se como críticos e juízes (a resposta de Jesus infere isso); deduziram que aqueles que haviam sofrido violência humana, sangue derramado por armas (em paralelo às situações que vivemos nos nossos dias) seriam mais pecadores do que os demais. O ensino ministrado é o seguinte: Não vamos nos colocar no lugar de Deus. Não vamos nos concentrar em um possível juízo ou julgamento sobre as vítimas. Jesus, em essência diz: cuidem de si mesmos! Constatem os seus pecados! Arrependam-se!

Mas ele nos traz, também, um segundo tipo de tragédias. Esta que é referida é semelhante, guardadas as proporções, à ocorrida no Haiti. São tragédias geradas por “fatalidades”. Ele fala da Torre de Siloé. O texto (Vs 4-5) diz que ela desabou, deixando 18 mortos. Jesus sabia que mesmo quando, aos nossos olhos, mortes ocorrem como conseqüência de acidentes, isso não impede que rapidamente exerçamos julgamento; não impede que tentemos nos colocar no lugar de Deus. E Jesus pergunta: “Acham que eram mais culpados do que todos os demais habitantes da cidade”? O ensino é idêntico: Não se coloquem no lugar de Deus; não se concentrem em um possível juízo ou julgamento sobre as vítimas; cuidem de si mesmos! Constatem a sua culpa! Arrependam-se!

O surpreendente é que Jesus passa a ilustrar o seu ensino com uma parábola (Vs.6-9). Ele fala de uma figueira sem fruto. Aparentemente, a parábola não teria relação com as observações prévias, mas, na realidade, tem. Ela nos ensina que vivemos todos em “tempo emprestado” pela misericórdia divina.

Figueiras existem para dar frutos - o homem vinha procurar frutos - essa era sua expectativa natural. Todos nós fomos criados para reconhecer a Deus e dar frutos. Esse é o nosso propósito original.
O escape: É feito um apelo para que se espere um pouco mais, na esperança de que, bem cuidada e adubada, a figueira venha a dar fruto e escape do corte.• Lições para o vizinho? Jesus não apresenta a figueira como um paralelo para comparação com outras pessoas – cujas existências foram ceifadas como vítimas de violência ou fatalidades. Ele quer que nos concentremos em nós mesmos, em nossas próprias vidas, pecados e na necessidade de arrependimento.
Tempo emprestado: O que ele está ensinando e ilustrando, aqui, é que nós, você e eu, como os habitantes do Haiti, vivemos em tempo emprestado; vivemos pela misericórdia de Deus; vivemos com o propósito de frutificar, de agradar o nosso proprietário e criador.

Creio que a conclusão desse ensino, é que, conscientes da soberania de Deus e de que ele sabe o que deve ser feito, não devemos insistir em procurar grandes explicações para as tragédias e fatalidades. Jesus nos ensina que teremos aflições neste mundo (João 1.33) - essa é a norma de uma criação que geme na expectativa da redenção. 1 Pe 4.19 fala dos que sofrem segundo a vontade de Deus. Lemos que não devemos ousar penetrar nos propósitos insondáveis de Deus; não devemos “estranhar” até o “fogo ardente” (1 Pe 4.12).


Assim, as tragédias, desde as locais pessoais até as gigantescas, de características nacionais e internacionais, são lembretes da nossa fragilidade; de que a nossa vida é como vapor; de que devemos nos arrepender dos nossos pecados; de que devemos viver para dar frutos.
 
Também, não cometamos o erro de diminuir a pessoa de Deus, indicando que ele está ausente, isolado, impotente. Como tantas vezes já dissemos, “Deus continua no controle”. Lembremos-nos de Tiago 4.12: “um só é legislador e juiz - aquele que pode salvar e fazer perecer”. Não sigamos, portanto, nossas “intuições”, no nosso exame dos acontecimentos, mas a Palavra de Deus. Como nos instrui 1 Pe 4.11: “ se alguém falar, fale segundo os oráculos de Deus”.

Em paralelo, não podemos cometer o erro de ser insensíveis às tragédias - Pv 17.5 diz: “o que se alegra na calamidade, não ficará impune”; mesmo perplexos, sabendo que não somos juízes nem videntes. Devemos nos solidarizar com as vítimas, na medida do possível. Um dos nossos comentaristas, em outro post, falou em começarmos uma campanha para auxílio às vítimas do Haiti. Não temos estrutura para fazer isso, como Blog e como blogueiros. No entanto existem aqueles que, chamados para tal, estão estruturados. De nossa parte, estamos procurando motivar os funcionários e alunos da instituição na qual trabalhamos (um total de 47 mil pessoas) a auxiliar de duas maneiras:

1. Para auxiliar os atingidos pela inundação de São Luís do Paraitinga, a mais próxima a nós, trazendo à capelania universitária (Prédio 50, do Mackenzie) doações de não-perecíveis, roupas e produtos de higiene.

2. Para auxiliar as vítimas do terremoto no Haiti: Ajuda através da organização de raízes cristãs, Visão Mundial (CNPJ: 18.732.628/0001-47), por depósito nas contas - Bradesco (Ag.: 3206-9 / CC: 461666-9), ou Banco do Brasil (Ag.: 0007-8 / CC: 16423-2).

“Se alguém tiver recursos materiais e, vendo seu irmão em necessidade, não se compadecer dele, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade” ( 1 João 3.17-18). 


Autor: Solano Portela
Fonte: O Tempora, O Mores  
 

[1] Folha de S. Paulo 28/12/2004; Jornal do Commércio - Recife - 2/1/2005, de onde foram extraídas as citações desse trecho.





Esta virada de ano foi bem atípica para mim. Meu pai virou o ano trabalhando, minha mãe dormindo, meu irmão só apareceu em casa na tarde do dia primeiro (vida de homem casado é assim hehe)... Enfim, acabei passando a virada sozinho, assistindo à queima de fogos do meu quarto e esperando a minha família chegar para finalmente comermos alguma coisa juntos. Mas isso faz parte...

Falando em queima de fogos, além de ter acompanhado as explosões coloridas pela janela do meu quarto (esta é uma das vantagens de se morar no terceiro andar) aproveitei também para ligar a televisão e ver as comemorações que estavam ocorrendo na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Que espetáculo lindo! Milhares de pessoas reunidas na praia olhando para o céu sendo pintado pelas cores dos fogos, lembrando do ano que estava terminando e fazendo sonhos e planos para o novo ano que acabara de começar. Chegou a ser bem nostálgico. 

Ver todas aquelas pessoas olhando para o céu me fez lembrar de um detalhe interessante na ascensão de Jesus, narrada no primeiro capítulo de Atos. A bíblia narra que os discípulos ficaram com "os olhos fitos no céu" (cf. vs. 10), enquanto Jesus estava sendo elevado às alturas. Aparentemente, ao verem aquela cena, os discípulos perderam completamente a noção da realidade, sendo necessário que dois anjos aparecessem na frente deles para lembrá-los de que aquele Jesus que estava sendo recebido acima dos céus haveria de voltar. E como esse conselho fez bem para a pregação e expansão do evangelho.

Em nenhum momento da história a igreja cresceu tanto e o evangelho foi tão pregado quanto nos dias logo após a ascensão de Cristo. Isso porque os discípulos conviveram com Jesus, experimentaram face a face o amor Dele e se apaixonaram tanto por Ele que ansiavam que todas as pessoas conhecessem este amor e tivessem a mesma esperança de que Jesus realmente iria voltar. Ver eles pregando e anunciando o evangelho desta maneira mostra para nós que eles realmente acreditavam e viviam a idéia deste retorno. Eles juntaram as experiências passadas (o convívio com a pessoa de Cristo) com o trabalho no presente (a pregação do evangelho) para não fazer da esperança futura (a volta do Messias) uma idéia apenas utópica.

Todos nós, durante o ano que passou,  choramos e rimos, cantamos e pranteamos, nos alegramos e nos entristecemos, conquistamos e perdemos, etc. Da mesma forma todos nós temos planos e sonhos para este novo ano que está começando. Mas, para que esses sonhos não sejam apenas utopias é importante que não fiquemos apenas com os olhos fitos no céu apreciando a queima de fogos. É necessário juntarmos as nossas experiências do passado e unirmos elas com o esforço do nosso trabalho para termos uma esperança real de um futuro melhor.

Olhe sempre para frente, nunca se esquecendo do que ficou para trás. Abandone seus maus hábitos do passado, corrija seus antigos erros, perdoe aqueles que te ofenderam, esqueça as dores e as mágoas e caminhe. Que nós, como Igreja de Cristo, tenhamos nossos olhos fitos na esperança de que Jesus realmente irá voltar e, crendo nesse retorno, possamos trabalhar arduamente para que esse ano seja de mais realizações e de menos sonhos não alcançados.

Bem vindo à 2010... Mãos à obra...


Cláudio Neto




“Entrar solando” (ou, “de sola”) é uma expressão muito comum no mundo do futebol. Ela é usada toda vez que, numa disputa de bola, o jogador entra com as travas (a sola, nesse caso) da sua chuteira por cima da bola, fazendo com que o adversário se intimide na disputa. Se o oponente não se intimidar e resolver fazer o mesmo, aí a coisa pode ficar realmente feia. Um dos dois, ou até mesmo ambos, poderão se machucar seriamente. Jogadas desse tipo são consideradas desleais e até mesmo antidesportivas, e os infratores, além de serem punidos com cartão amarelo ou vermelho no momento da partida, podem até mesmo pegar um “gancho” do Supremo Tibunal de Justiça Desportiva (STJD).

Mas não é dessa forma futebolística que eu pretendo “entrar solando” nesse ano que ora se inicia. Apesar de eu gostar muito de futebol, visualizo uma causa infinitamente mais nobre para desejar fazer isso. Em 2010, desejo ardentemente entrar solando com os famosos “Solas” da Reforma: Sola Scrpitura, Solus Christus, Sola Gratia, Sola Fide e Soli Deo Gloria. São essas as “solas” que eu pretendo calçar.

Quero entrar de “Sola Scriptura” em toda e qualquer doutrina ou prática que relegue a Bíblia a um plano inferior e secundário, e não a coloque no seu devido lugar de única regra de fé e prática do povo de Deus. Entrar de “Sola Scriptura” se faz necessário porque muitas pessoas e igrejas ditas evangélicas nos dias de hoje tem dado mais crédito às supostas “novas revelações” do que à verdadeira Revelação canônica de Deus – as Sagradas Escrituras. Do mesmo modo como a igreja medieval se afastou das Escrituras, introduzindo elementos estranhos (“preceitos de homens” – Mc 7.7) ao culto e à teologia, a igreja contemporânea tem incorrido no mesmo erro. E a sola (ou, o Sola) vale também para todos aqueles que questionam e atacam a infalibilidade, inerrância e inspiração da Escrituras, como os liberais, neo-ortodoxos e Cia. Isso só aumenta ainda mais a nossa urgência em reafirmar o brado dos reformadores de “Sola Scriptura”(Somente as Escrituras).

Quero entrar de “Solus Christus” em todo e qualquer ensino que descentralize ou destrone a Cristo do seu devido lugar de honra e glória. Entrar de “Solus Christus” se faz necessário porque Jesus não tem sido mais o centro da pregação em muitos púlpitos. Os “testemunhos” tomaram o lugar da pregação da cruz; os “zaqueus” e os “lázaros” também. Além disso, o espírito ecumênico de nossa época está fazendo com que Cristo não seja mais exclusividade para muitos pessoas. Daí o porquê de muitos televangelistas chamarem a budistas, espíritas, mulçumanos e etc. de “irmãos”. Abandonaram a verdade de que existe apenas um mediador entre Deus e os homens (cf. 1Tm 2.5). A igreja romana fez e continua fazendo o mesmo, ao colocar Maria como adjuntora na salvação. Os reformadores não se conformaram com essas coisas, motivo pelo qual o brado de “Solus Christus” (Somente Cristo) foi vigorosamente entoado.

Quero entrar de “Sola Gratia” no esforço humano (sinergismo) para a sua salvação, tanto quanto nas doutrinas e teologias que o instigam a pensar assim. Entrar de “Sola Gratia” se faz necessário porque muitas pessoas pregam por aí que “Deus já fez a parte dele, basta que façamos a nossa”. Motivados por isso, os pecadores vão a Cristo pensando que estão fazendo um grande favor para Deus ao “cooperar” com ele na salvação. Quanta mentira e ilusão! A Bíblia é suficientemente clara ao afirmar que “não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia” (Rm 9.16). PONTO. Numa cultura onde o semi-pelagianismo e o arminianismo quase que imperam, verdades como as Antigas Doutrinas da Graça não tem encontrado o mesmo espaço que outrora encontrou. Cabe a nós, então, reafirmá-las como o bom o velho “Sola Gratia” (Somente a Graça).

Quero entrar de “Sola Fide” em toda e qualquer teologia, pregação ou ensino que pregue outro meio para a justificação do homem além da fé que o próprio Deus o concede. Pedro se refere aos crentes como aqueles que “obtiveram fé igualmente preciosa na justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo” (2Pe 1.1). Ora, o que é a fé salvífica, senão a capacidade que o próprio Deus concede a nós, os eleitos (cf. Tt 1.1), para que creiamos na perfeita justiça do Seu Filho, em prejuízo da nossa própria? Esta foi uma verdade que a igreja romana rejeitou. Quer dizer, ela cria, sim, que somos justificados pela fé, mas não pela fé somente, e isso faz toda a diferença. Foi por isso que Lutero disse que a justificação pela fé é “o artigo de fé mediante o qual a igreja permanece de pé ou cai”. À maneira da igreja romana, muitas igrejas ditas protestantes tem se afastado dessa verdade, pregando que a fé carece de “algo mais”. É por essas e outras que entrar de “Sola Fide” (Somente a Fé) se faz necessário.

Finalmente, desejo entrar de “Soli Deo Gloria” em 2010, e penso que este seja o “Sola” mais caro de todos (inclusive para mim), pois ele derruba toda e qualquer pretensão e arrogância humanas. Depois de discorrer largamente sobre a doutrina da salvação, Paulo conclui a seção doutrinária da sua carta aos Romanos com uma das mais belas doxologias encontradas nas Escrituras:
"Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria quanto do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído? Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!" (Rm 11.33-36).
Agora dá pra saber de onde os reformadores tiraram todo o seu teocentrismo ao bradarem o “Soli Deo Gloria”. Michael Horton acertadamente escreveu que “pregar a Escritura é pregar a Cristo; pregar é Cristo é pregar a cruz; pregar a cruz é pregar a graça; pregar a graça é pregar a justificação; pregar a justificação é atribuir o todo da salvação à glória de Deus e responder a essa Boa Nova em grata obediência por meio de nossa vocação no mundo". Sinceramente, qualquer sistema teológico de doutrina que procure de alguma forma limitar Deus em seus atributos (arminianos e afins) não pode bradar o “Soli Deo Gloria” sem nenhum senão. Mas não é somente por conta de questões soteriológicas e doutrinárias que se faz necessário reafirmarmos que somente a Deus seja dada a glória. Entrar de “Soli Deo Gloria” se faz necessário porque muitos cristãos (pastores, ovelhas, “apóstolos”, blogueiros, “profetas”, curandeiros, cantores-astros, etc.) tem tentado usurpar o louvor, a honra e a glória que somente a Deus pertencem, chamando a atenção para si mesmos (é a “Síndrome do Zaqueu” – não o da Bíblia, mas o da música). Mas não se iludam os tais, pois o próprio Deus mesmo diz que não dará a sua glória a outrem (Is 42.8). Isso quer dizer que não apenas os construtores da autojustificação, mas também os construtores da auto-imagem são incapazes de dizer que “Somente a Deus a Glória”.

Oro a Deus para que Ele me dê forças para cumprir esse propósito de “entrar solando” nesse ano de 2010. Que eu jamais me esquive de entrar “de Sola” quando a Verdade estiver em jogo. Que eu jamais use de deslealdade quando estiver numa disputa, mas que eu me valha apenas da Sagrada Escritura. E que jamais eu alivie as canelas ou os tornozelos dos erros teológicos que tentam ofuscar os “Solas” que os reformadores nos legaram. Que sejam essas, de fato, as Solas que calcem os meus pés.


Sola Scriptura, Solus Chistus, Sola Gratia, Sola Fide, Soli Deo Gloria!!!


Autor: Leonardo Bruno Galdino